Cipe Rio Doce lança projeto sobre sustentabilidade

Questões como o uso não sustentável dos recursos naturais, urbanização e meio ambiente, desmatamento, mudanças climáticas, extinção de espécies marinhas e outros temas relacionados à sustentabilidade foram abordadas no lançamento do Projeto “Consciência Ambiental no Parlamento”, no Auditório Hermógenes Lima Fonseca.

A iniciativa é da Comissão Parlamentar Interestadual de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Cipe Rio Doce), cujo corrdenador é Hernandes Moreira Bermudes. O projeto terá agenda permanente na Assembleia Legislativa. 

O trabalho visa promover o interesse de crianças, adolescentes e jovens de escolas públicas e particulares pela sustentabilidade e conscientizar esses alunos a pensar e agir de forma a não comprometer os recursos naturais a longo prazo. 

A primeira palestra foi proferida pela bióloga especialista em Educação Ambiental e Ecologia e mestre em Genética e Melhoramento de Plantas Thábata Nagime Mendes. Aproximadamente 90 alunos se informaram sobre pequenas atitudes positivas capazes de provocar grandes mudanças.

Hábitos

Segundo Thábata Mendes, hábitos diários como descartar corretamente os objetos e fechar a torneira durante a escovação dos dentes podem garantir melhor qualidade de vida para as gerações futuras. 

“Cada um de nós pode fazer a diferença se pensarmos na coletividade. É necessário consumir apenas o que o planeta é capaz de repor e entender que as gerações posteriores precisarão usufruir dos mesmos recursos que usufruímos hoje”, afirmou. 

Para o deputado Lorenzo Pazolini (sem partido), que participou do evento, embora a questão ambiental tenha avançado nas últimas décadas, ela é transversal e precisa estar alinhada a questões econômicas, de saúde pública, educação e ocupação das cidades. 

O parlamentar citou os grandes complexos industriais instalados na capital há décadas e os transtornos causados pela emissão de micropartículas provenientes das mineradoras que atuam na Capital. 

“Todos já ouviram falar do pó preto. Na época em que essas empresas foram instaladas não havia condicionantes ambientais, porque achávamos que os recursos naturais eram infinitos. Hoje temos outra mentalidade; sabemos que não são e temos de ter muito cuidado com o meio ambiente”, declarou.