Estabelecer novas possibilidades de trabalho com o agronegócio capixaba e encontrar caminhos para abrir novos mercados no exterior e manter os já conquistados. Na tarde desta terça-feira (07), o Governo do Estado se reuniu com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil) e com representantes das cadeias produtivas dos cafés arábica e conilon, cacau, florestal e pimenta-do-reino, a fim de dar encaminhamento a ações e arranjos relacionados à exportação. O evento realizado no Palácio Anchieta, em Vitória, teve a participação do vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.
“A reunião de trabalho com a presença do presidente da Apex e sua equipe é um
primeiro e importante passo para futuras cooperações com vistas à abertura de
mercados para produtos do agro capixaba que impactam o desenvolvimento da
maioria dos municípios do interior do Espírito Santo, sobretudo, na geração de
emprego e renda”, afirmou Ricardo Ferraço.
O Espírito Santo é o terceiro exportador nacional do complexo cafeeiro, com predominância da comercialização do produto em grãos crus, não beneficiados. Contudo, nos últimos anos, o Estado evoluiu muito na qualidade da produção cafeeira e também na implantação de pequenas torrefadoras de cafés especiais. Esse fato também é semelhante para o arranjo produtivo do cacau, no qual mais de 40 iniciativas de sucesso para produção chocolate já estão em operação em terras capixabas. Nesse sentido, a Apex e o Governo do Estado vão estabelecer parcerias para a capacitação e promoção desses produtos diferenciados, com vistas ao mercado exterior.
A pimenta-do-reino é o terceiro produto na pauta de exportações do agronegócio capixaba, após celulose e café, mas depende de ações conjuntas para que volte a alcançar os mercados de elite no mundo. Alguns desafios precisam ser superados pelos pipericultores para a melhoria da qualidade requerida no comércio exterior, principalmente, nas operações de colheita, pós colheita e preparo do produto para a exportação.
“O Espírito Santo tem uma boa diversificação do agro, produtos agrícolas de qualidade, agroindústrias em franca expansão e registros de Indicação Geográfica para cafés, pimenta-do-reino e cacau, fatos que favorecem a consolidação de parcerias com a APEX Brasil, tanto na capacitação quanto na promoção de nossos arranjos produtivos, no sentido de conquistarmos mais espaços no mercado internacional com produtos especiais e de maior valor agregado, o que gera mais dinamismo, emprego e renda em nosso Estado”, destaca o secretário de Agricultura Enio Bergoli.
Durante o encontro, também foi destaque o setor florestal, que vai muito além
da exportação de celulose. A recuperação de pastagens degradadas passa pelo
plantio de árvores e pela ampliação das áreas de integração pecuária-floresta,
que contribuem para a descarbonização dos processos produtivos, o que reforça a
imagem de sustentabilidade do agro capixaba e do país.
“Os números do Espírito Santo de exportação já são bastante robustos. É
um Estado com economia aberta e pretendemos desenvolver programas que vão
alavancar todas as cadeias produtivas emergentes e potenciais, que já deram
certo aqui e necessitam de pequenos ajustes. A Apex vai ter no Espírito Santo
um Estado de referência para que possamos desenvolver trabalhos focados no
aumento das exportações e que possam servir de modelo para gente replicar em
outros estados”, comentou Jorge Viana,
Presidente da Apex Brasil.
Também participaram do evento, secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, Felipe Rigoni, dirigentes da Associação dos Produtores de Cafés
Especiais do Caparaó-Apec, Associação de Produtores de Cafés Especiais das
Montanhas do Espírito Santo-Acemes, Cooabriel, Natercoop, Coopbac, Fazenda
Venturim, Associação Nacional dos Exportadores de Pimenta e Especiarias, Suzano
Papel e Celulose, Espírito Cacau, Instituto Ampliê, Movimento ES em Ação e
Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do
Estado do Espírito Santo (Fetaes). Fonte e foto Governo do es.