Deputados do ES cobram telefonia móvel

09-12-2020 – Afolhaonline.com

Deputados criticaram as empresas de telefonia móvel que operam no Espírito Santo na reunião ordinária desta quarta-feira (9). A principal crítica referiu-se à oferta do serviço no interior, repercutindo fala do governador Renato Casagrande (PSB) durante a apresentação do Relatório de Gestão, na última segunda-feira (7).

Na ocasião, o chefe do Executivo explicou, após ser questionado sobre a situação da telefonia no interior capixaba, que as concessionárias de telefonia móvel não têm interesse em operar em determinadas localidades do Espírito Santo devido aos altos custos de manutenção das torres, instaladas pelo governo estadual. 

Casagrande explicou que a gestão está construindo um programa de internet rural e que foi apresentada à Vivo – detentora de 90% do mercado de telefonia móvel no Espírito Santo – uma proposta para ampliar a participação do Estado, mas a empresa não se interessou. 

Para os parlamentares, é necessário que as empresas se conscientizem que toda atividade tem uma função social. Eles pediram união entre os Poderes para resolver o problema. “Conclamo ao Parlamento que cobre as empresas que tragam uma solução, já que a tecnologia é de extrema importância para a população. Toda empresa tem obrigação de cumprir com sua obrigação social”, afirmou Luciano Machado (PV).

Interior

Morador de Rio Novo do Sul, o deputado Dr. Emílio Mameri (PSDB) afirmou que, das 100 torres disponibilizadas na primeira gestão de Renato Casagrande, apenas 50 foram instaladas e que a outra metade precisa começar a ser utilizada. Para ele, a situação das telecomunicações no interior é preocupante. Ele afirma que Espírito Santo é explorado comercialmente por grandes empresas e é preciso cobrar contrapartida. 

“Eu me preocupo muito com a situação dos moradores do interior. As empresas não se interessaram do ponto de vista comercial, mesmo havendo contrapartida do governo do estado. Temos de ver a questão social das empresas porque elas não podem apenas visar ao lucro. Não podemos nos calar. Temos de nos movimentar para que essas empresas que ganham muito dinheiro no Estado entendam que elas têm de se conscientizar”, disse.

Fonte ales.