Novembro Azul: o diagnóstico e cuidado com o câncer de próstata

 Somente em 2020, foram identificados mais de 1,4 milhão de novos casos, tornando o câncer de próstata.

Novembro é o mês conhecido pela conscientização do câncer de próstata, o terceiro tumor maligno mais incidente no Brasil[1] e o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma[2]. Somente em 2020, foram identificados mais de 1,4 milhão de novos casos, tornando o câncer de próstata o tipo mais diagnosticado entre aqueles com próstata em mais da metade do mundo[3].

A próstata é uma glândula que só o sexo masculino possui e que se localiza na parte baixa do abdômen.  Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso)[4].  

“O câncer de próstata é o resultado do crescimento de células anormais no órgão, que formam o tumor. Não necessariamente vão surgir sintomas, mas alguns dos mais comumente identificados são: dificuldade para urinar, sangue na urina ou sêmen e aumento das idas ao banheiro para urinar”, informou o Dr. Arnaldo Fazoli “Em alguns casos, o paciente só vai buscar ajuda médica quando identifica outras mudanças no corpo, o que pode significar que a doença já está em estado mais avançado”, complementou.

Câncer de próstata avançado

O câncer de próstata avançado é quando o tumor está se espalhando para outros órgãos do corpo, não se restringindo apenas à próstata. Neste momento, o cuidado e o tratamento demanda maior atenção da equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, familiares, nutricionistas, entre outros) com o objetivo de estender o tempo e a qualidade de vida do paciente.

Quando o diagnóstico é o avançado, a terapia atualmente indicada é a de privação de andrógenos[5], ou seja, a redução dos níveis de hormônios masculinos como a testosterona, a depender das características da doença e perfil do paciente. Isso é feito pois as células cancerosas da próstata dependem dos hormônios para crescerem, e, com a terapia, pode ocorrer a interrupção do aumento das células[6],[7].Pacientes com câncer de próstata avançado têm aproximadamente 3 em 10 chances de sobreviver 5 anos[8].

Como é feito o diagnóstico?

Existem alguns exames que diagnosticam o câncer de próstata e que podem se complementar de acordo com a necessidade, são eles:

  • Exame PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade do Antígeno Prostático Específico (PSA), uma proteína produzida pelas células da próstata, na corrente sanguínea. Níveis elevados de PSA podem indicar a presença de câncer de próstata, mas também podem ser causados por outras condições, como inflamação ou aumento da próstata[9],[10].
  • Exame de toque retal: é um exame físico que tem como objetivo avaliar o tamanho, a forma e a textura da próstata. Para a realização do exame, o médico introduz o dedo, protegido por uma luva lubrificada, no reto do paciente[11].
  • Biópsia: é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou de toque retal. Durante a biópsia, uma pequena amostra da próstata é removida e analisada no laboratório para determinar a presença ou não de células cancerosa[12],[13].
  • Exame de ressonância magnética: é um exame recomendado pelo médico, em algumas situações, para gerar uma imagem mais detalhada da próstata, que ajuda a determinar o estágio do câncer[14].
  • Exame PET-CT: é um exame que une PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons) e CT (Tomografia Computadorizada) que possibilita a visualização dos focos de câncer de próstata no corpo. Para alguns pacientes, o exame é importante para auxiliar na determinação do estágio da doença[15].

Segundo o Dr. Arnaldo Fazoli, “com os exames realizados, vamos entender em qual estágio o câncer se encontra e determinar como proceder com o tratamento”. Ele cita que “as pessoas com próstata devem sempre realizar acompanhamento médico, através de check-ups anuais. O cuidado com o bem-estar pessoal é importante para que após o diagnóstico, o paciente seja capaz de ter uma boa recuperação”.