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Os desfibriladores automáticos não precisam de um profissional médico no local e podem salvar vidas em grandes centros urbanos enquanto o atendimento de emergência está a caminho. Foto: Reprodução/Freepik
O desfibrilador externo automático (DEA) foi desenvolvido para ser utilizado por pessoas que não precisam ser profissionais. Com um treinamento básico, sua presença em locais públicos pode salvar vidas.
Em casos de parada cardiorrespiratória, as chances de sobrevivência chegam a 90% quando um desfibrilador é usado no primeiro minuto, enquanto o atendimento de resgate pode levar cerca de 18 minutos para chegar em áreas urbanas.
O DEA tem vantagens em relação ao desfibrilador padrão, que também é eficaz, mas restrito ao uso por profissionais habilitados.
O que são desfibriladores?
Os desfibriladores são dispositivos que aplicam uma carga elétrica por meio do tórax para normalizar os batimentos cardíacos em casos de arritmias graves. Eles são indicados principalmente em duas situações:
- Fibrilação: batimentos cardíacos desregulados, podendo ser acelerados ou muito fracos. Os sintomas incluem suor frio, sensação de nó na garganta, tontura e falta de ar.
- Taquicardia ventricular: batimentos cardíacos acima de 100 por minuto, podendo ser sinusal, ventricular ou atrial. O uso do desfibrilador ajuda a reiniciar os batimentos e evitar complicações graves.
O desfibrilador deve ser usado em conjunto com técnicas de ressuscitação cardiopulmonar até a chegada do atendimento médico.
Diferenças entre o desfibrilador padrão e automático
O desfibrilador manual é encontrado principalmente em ambientes hospitalares, como salas de cirurgia, unidades de emergência e UTIs. Seu uso é exclusivo para profissionais, pois requer ajustes específicos para cada paciente.
Já o desfibrilador externo automático (DEA) pode ser operado por qualquer pessoa com treinamento prévio. Ele identifica o tipo de arritmia automaticamente e ajusta a carga elétrica necessária sem intervenção do operador.
O DEA tornou-se essencial em locais com grande circulação de pessoas, principalmente devido à demora no atendimento médico de urgência em diversas regiões, principalmente nas longes dos grandes centros.
Onde é obrigatório ter a presença de um desfibrilador?
A legislação brasileira determina que locais com circulação diária superior a duas mil pessoas, como redes de transporte, centros comerciais, estádios e hotéis, devem contar com desfibriladores automáticos.
Além disso, eventos com público estimado acima de quatro mil pessoas e transportes públicos com capacidade para mais de 100 passageiros também estão sujeitos à obrigatoriedade do equipamento.
Veículos de resgate, como ambulâncias e viaturas, também devem ser equipados com desfibriladores. Embora a exigência legal seja restrita a espaços públicos, é recomendado que locais privados também adotem o equipamento.
O que diz a legislação sobre desfibriladores
O Projeto de Lei 4050/04 estabelece os locais onde é obrigatório ter desfibriladores automáticos.
As exigências variam conforme o estado. Em São Paulo, por exemplo, locais públicos com capacidade superior a mil pessoas já precisam ter um DEA disponível.
A tendência é que o uso de desfibriladores continue se expandindo pelo Brasil, incluindo avanços tecnológicos que aumentem sua eficácia para salvar mais pessoas. Fonte jornalista Alan Santana.