
Sepultamento será na Basílica de Santa Maria Maior, foto arquivo vaticano- gazeta do povo
Departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do papa Francisco. A cerimônia segue as indicações estabelecidas no Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, documento que rege os ritos funerários do Pontífice Romano.
Nesta quarta-feira (23), o corpo será trasladado à Basílica de São Pedro. A Missa das Exéquias será celebrada no sábado (26), seguida do sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior.
Traslado
Amanhã, às 9h (horário local), o corpo do papa será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. A condução da urna será precedida por um momento de oração, presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.
A procissão seguirá pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, saindo pelo Arco dos Sinos até a Praça de São Pedro, entrando em seguida na Basílica Vaticana pela porta central. Diante do Altar da Confissão, o cardeal camerlengo conduzirá a Liturgia da Palavra, após a qual será aberto o período de visitação à urna mortuária.
Exéquias e sepultamento
No sábado, às 10h (horário local), será celebrada a Missa das Exéquias, que marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice. A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de São Pedro e será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
Ao final da celebração eucarística, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. Em seguida, o caixão do Papa será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimônia de sepultamento.
Diversos chefes de Estado e de governo já anunciaram oficialmente sua presença para prestar homenagem a Francisco.
Um Papa que servia antes de ser servido
Dom Ricardo destacou características que marcaram o pontificado de Francisco: “O primeiro Papa Latino-Americano pastor próximo, simples e atento às periferias. Guiado pelo Evangelho da Misericórdia e sopro do Espírito. Seu primeiro gesto: pedir a oração do povo antes de abençoá-lo. Um papa que servia antes de ser servido. Construtor de pontes entre o Evangelho as dores do mundo. Ensinou-nos que a centralidade da Igreja está nos pobres”, enfatizou.
Dom Ricardo afirmou que o Santo Padre por meio do seu compromisso com a Sinodalidade transformou não apenas o modo de governar mas também o modo de viver a fé no nosso tempo. “O Papa Francisco apontou, na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, em 2013, sua primeira viagem apostólica, para uma Igreja em saída, corajosa, em saída missionária”, afirmou.
Dom Ricardo destacou o afeto do Papa Francisco pelo povo brasileiro e lembrou que o Santo Padre, por meio dos documentos que publicou em seu magistério, foi uma bênção para nosso tempo. “Com o seu magistério, Francisco reavivou o frescor do concílio Vaticano II. Nos seus gestos, lavando os pés de presos, acolhendo migrantes, abraçando doentes o mundo viu a face do bom pastor. O secretário-geral da CNBB destacou ainda a dor e a angústia do Papa diante das guerras e conflitos do presente, o que ele classificou, em diversas ocasiões, como a “terceira guerra mundial em pedaços”.
*Com informações do Vaticano – AGÊNCIA BRASIL