
Chelsea vence o PSG e conquista o 1º Mundial de Clubes da FIFA. foto FIFA-Club-World-Cup-2025
O Chelsea FC demoliu o Paris Saint-Germain e, agora, vai ter a honra de, em sua galeria de troféus, poder exibir também aquele do primeiro Mundial de Clubes da FIFA™.
O PSG de Luis Enrique havia se transformado muito provavelmente no adversário mais temido do futebol de clubes contemporâneo. Na final da Liga dos Campeões da UEFA, golearam a Internazionale de Milão por 5 a 0. Em sua campanha no Mundial, mais duas goleadas sobre gigantes europeus: 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid na fase de grupos e sobre o Real Madrid nas semis.
No meio do caminho, é verdade, houve a histórica vitória do Botafogo por 1 a 0. Um jogo que fez parte dos estudos da comissão técnica de Enzo Maresca. O quando eles aprenderam daquela partida, ou não, só eles sabem. Na prática, o que a plateia no Estádio MetLife viu foi uma exibição de gala.

Cole Palmer, 23, deu um recital particular, com dois gols e uma assistência para seu novíssimo companheiro de ataque, João Pedro, concluir com uma cavadinha de pura classe. Sim, a revelação do Fluminense voltou a brilhar no mata-mata da competição, começando sua história pelo clube londrino da melhor forma possível.
O título mundial coroa uma temporada de reação do Chelsea sob o comando de Maresca. Eles terminaram o Campeonato Inglês com a quarta colocação, assegurando a primeira classificação à Champions desde 2022, e venceram a UEFA Conference League.
O jogo
Palmeiras e Fluminense já sabiam bem como funciona. O Chelsea começou a partida com uma marcação adiantada sufocante, capaz de desestabilizar também a saída de bola do atual campeão europeu.
Com Reece James no meio-campo ao lado de Moisés Caicedo e o trio Palmer, João Pedro e Pedro Neto à frente, o time de Enzo Maresca foi ainda mais intenso neste abafa. As recuperações de bola automaticamente se traduziam em investidas do time inglês. Todas elas, curiosamente, concluídas por Palmer.
Na primeira, o camisa 10 quase acertou o ângulo direito de Gianluigi Donnarumma, aos sete minutos. Depois, em situações de contragolpe (já com marcação recuada, é verdade), Palmer foi impecável. Cortando com a bola da direita para sua canhota, arrumou espaço na grande área e, por duas vezes, tocou com incrível categoria para superar o gigante italiano.
e não fosse o bastante, no finalzinho do primeiro tempo, Palmeiras ainda deu passe açucarado para João Pedro — por falar em categoria — enconbrir Donnarumma com uma cavadinha implecável. Era a conclusão para uma obra-prima do Chelsea na primeira etapa.
Na segunda etapa, logicamente, o Chelsea recuou sua marcação, enfim. O placar era todo favorável. O PSG se lançou ao ataque e criou chances. E aí brilhou o goleiro espanhol Robert Sánchez com duas boas defesas para esfriar qualquer tentativa de reação do time parisiense.
Em contragolpes, no finzinho, o time inglês até voltou a ser mais perigoso, agora já com o volante brasileiro Andrey Santos no meio e o centroavante inglês Liam Delap no comando do ataque.
O PSG realmente não conseguiu encontrar seu melhor jogo, e o Chelsea pôde comemorar com numerosa torcida no Estádio MetLife, que, daqui a um ano, vai receber a final da Copa do Mundo da FIFA 26™.
Camisa 10 do Chelsea FC foi protagonista da vitória sobre o Paris Saint-Germain

E o Chelsea contou com o brilho de seu protagonista: Cole Palmer. O camisa 10 do time londrino, de apenas 23 anos, abriu o placar com frieza na finalização. Depois, correu em velocidade para alcançar um lançamento de Levi Colwill, deu um drible seco, enganou Vitinha com um corte e mandou novamente no cantinho.
Para completar, ainda no primeiro tempo, Palmer teria mais um momento brilhante em sua atuação de gala. Pouco antes do intervalo, o inglês arrancou pelo meio-campo e deu um passe na medida para o brasileiro João Pedro, que teve calma para tocar por cima de Gianluigi Donnarumma e fechar o placar por 3 a 0.
“Cole Palmer é o melhor do mundo”, afirmou o goleiro Robert Sánchez à FIFA. “Se ele ainda não é o melhor, vai ser nos próximos dois ou três anos. Ele é um jogador diferenciado. Mostra isso em todos os jogos. O que ele faz é mágico. Quando tem chance, ele aproveita. Hoje fez dois gols, quase marcou um hat-trick. Impressionante.”
“Foi incrível”, concordou Liam Delap à FIFA. “Cole é um jogador de nível mundial, e hoje mostrou isso.”
Segundo Malo Gusto, Palmer é do tipo que fala pouco fora de campo, mas lidera e decide.
“Ele é mais na dele, um pouco reservado”, explicou o lateral francês. “Mas é uma pessoa muito boa. Sabe a hora de falar. Também sabe ser engraçado para ajudar a deixar o elenco mais leve. Temos uma relação muito boa entre todos. Estamos muito felizes por ter um jogador como ele.”
“Agora todo mundo conhece o Cole. Todo mundo já conhecia, na verdade. Ele é um craque, como vários outros do nosso elenco. E hoje fez muito por nós.”
Cole Palmer deixou o Estádio MetLife com as mãos cheias: além do troféu do Mundial de Clubes que ergueu com os companheiros, ele conquistou os prêmios individuais de Jogador da Partida Michelob Ultra (como destaque da final) e Bola de Ouro adidas (destaque do torneio). Mas preferiu dividir os méritos com o treinador Enzo Maresca.
“Obviamente, todo mundo estava duvidando da gente”, disse Palmer à FIFA. “Mas não ligamos para isso. Usamos como motivação extra e enfrentamos os problemas cara a cara. Achei que hoje a gente foi impecável, especialmente o nosso treinador. Tivemos um ótimo plano de jogo e executamos perfeitamente.”
Para o goleiro Robert Sánchez, o PSG entrou em campo achando que o Chelsea já estava derrotado.
“Parece que sim, né?”, disse o arqueiro espanhol. “Pelo que lemos e vimos nas entrevistas, a verdade é que parecia mesmo. Eles fizeram uma temporada excelente, mas ainda não tinham enfrentado a gente. O PSG tem muita qualidade, joga com muita intensidade e energia, mas na minha visão nós temos mais qualidade.”
“Eu disse isso para os meus companheiros: ‘temos mais energia, mais intensidade, e vamos ganhar o jogo’. E foi o que fizemos. Partimos para cima desde o primeiro minuto e, quando tivemos as chances, fizemos os gols. Que final! A gente se doou muito nesse torneio, então foi merecido. Estou muito feliz, muito contente por termos feito um grande jogo e marcado três gols. Poderíamos até ter feito mais.”
Delap concorda que o Chelsea foi subestimado antes da final: “Obviamente falaram muita coisa antes do jogo, mas a gente tinha confiança e acreditava. A gente sabia que venceria se executasse o plano de jogo.”
“Cada jogador em campo teve um papel importante. Tínhamos de estar com fome, lutar por cada bola, ganhar cada dividida e ser letais quando aparecessem as oportunidades. Fizemos tudo isso. Esse é um grupo realmente especial, e acho que podemos conquistar grandes coisas”, finalizou. FONTE E FOTOS FIFA