
Tombo da Papa integra calendário cultural e turístico de Itarana, lembra Adilson Espindula . foto PMI
O Projeto de Lei (PL) 518/2025, apresentado pelo deputado Adilson Espindula (PSD), declara o município de Itarana como Capital Estadual da Papa de Milho e inclui o tradicional Tombo da Papa no calendário oficial do turismo e da cultura capixaba. A medida acrescenta um item ao Anexo I da Lei 10.974/2019, que consolida toda a legislação em vigor referente à concessão de títulos em homenagem a municípios do Espírito Santo.
Segundo a justificativa da matéria, a papa é uma iguaria feita com milho, alimento com grande produção em Itarana. A comida, típica das colonizações italiana e pomerana, é distribuída durante o evento Tombo da Papa. Para o parlamentar, a manifestação simboliza união, fartura e preservação cultural. Espindula destaca que o município é o guardião dessa tradição e responsável pela realização do evento.
O festival anual, que consiste em despejar a papa de milho em um grande tabuleiro para servir ao público, reúne milhares de pessoas, movimentando a economia e a vida comunitária. Este ano, a festa ocorreu entre os dias 1º e 3 de agosto.
O parlamentar relata que, de acordo com informações da Prefeitura de Itarana e da Associação para o Desenvolvimento do Turismo de Itarana (Adeturi), o evento foi criado a partir de uma conversa informal em 2016. Na época, moradores — entre eles o agricultor José Carlos Vieira — discutiam a criação de uma festa do imigrante que tivesse como atração um “tombo simbólico da papa de milho”. A ideia, inicialmente tratada como brincadeira, acabou se concretizando.
Inspirado no tradicional Tombo da Polenta de Venda Nova do Imigrante, o presidente da Associação organizou, em 2017, a primeira edição do festival. “O evento integra o calendário cultural e turístico de Itarana, com o propósito deliberado de valorizar a identidade local, promover a tradição da papa de milho e alavancar o turismo rural no município”, afirma o parlamentar.
“O Tombo da Papa gerou apelo regional e atraiu visitantes de outros municípios, incluindo: público livre, famílias, produtores e turistas gastronômicos interessados na culinária rural capixaba. O milho utilizado no evento é plantado por pequenos produtores da cidade, associando o título à economia rural, agricultura familiar e ao artesanato local”, conclui Espindula.
O projeto de lei será analisado pelas comissões de Justiça, de Cultura, de Turismo e de Finanças. Caso seja aprovado e vire lei, passa a valer na data de sua publicação em diário oficial.
Acompanhe o andamento do PL 518/2025 no site da Assembleia Legislativa (Ales). Fomnte ales