Câmara aprova projeto sobre regularização de imóveis rurais em áreas de fronteira

Câmara aprova projeto sobre regularização de imóveis rurais em áreas de fronteira

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que reabre por mais 15 anos o prazo para a ratificação de registro imobiliário de imóveis rurais em faixas de fronteira. O texto será enviado à sanção presidencial.

O Projeto de Lei 4497/24, do deputado Tião Medeiros (PP-PR), prevê ainda procedimentos para a ratificação de imóveis com mais de 2,5 mil hectares por parte do Congresso Nacional, inclusive tacitamente se, em dois anos, o Parlamento não se pronunciar.

Deputados aprovaram mudanças feitas pelo Senado; texto será enviado à sanção presidencial. foto seag

A relatora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), recomendou a aprovação da versão do Senado sem mudanças. Ela afirmou que a proposta traz avanços na ratificação de registros de imóveis situados na faixa de fronteira, pondo fim a controvérsias persistentes. “A unificação de procedimentos e a fixação de critérios para a declaração de ineficácia da ratificação organiza a disciplina do tema, traduzindo-se em importante elemento de segurança jurídica”, disse.

O problema jurídico surgiu com o acúmulo, ao longo do tempo, de vendas de imóveis da União pelos estados e impugnações de registros desses imóveis pelo governo federal.

O prazo original da Lei 13.178/15 vai até 2030. Já o novo texto concede 15 anos a partir da publicação da futura lei (se publicada em 2025, o prazo vai até 2040).

No entanto, o prazo poderá ser suspenso enquanto tramitar o processo de registro no cartório ou no Congresso, enquanto houver proibição jurídica específica ou incapacidade civil do interessado por perda da lucidez.

Debate em Plenário
Durante o debate em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) afirmou que o projeto vai facilitar o crédito rural ao agronegócio da região. “Temos condições de trazer esses produtores à existência como verdadeiros proprietários desses imóveis”, disse.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) defendeu a ampliação do prazo para regulamentação fundiária.

Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), a regulamentação fundiária trará segurança jurídica e garantirá o registro às propriedades e a prorrogação do prazo de georreferenciamento. “Vamos simplificar esses registros, proteger a propriedade, dar segurança jurídica na faixa de fronteira. Meu estado vive essa realidade e devemos amparar e dar segurança ao produtor rural”, declarou.

Porém, para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), o projeto piorou com as alterações do Senado. “Amplia a apropriação de terras públicas, flexibilizando a exigência para ratificação dos títulos”, criticou.

Segundo ela, o texto retira do Estado a possibilidade de contestar mesmo quando existir má-fé de quem busca aquelas áreas.

Posse de terras
O problema de posse de terras devolutas em faixas de fronteira remonta ao século 19, quando o Império brasileiro queria controlar a possível invasão de terras de fronteira por estrangeiros.

Com a criação de uma faixa de fronteira de 100 km (depois ampliada para 150 km), as terras nessa faixa passaram a ser consideradas da União, e sua venda dependia de aprovação federal. Após a Constituição de 1988, também o Congresso passou a ficar com a incumbência de aprovar a transferência de imóveis maiores que 2,5 mil hectares.

Atualmente, a Lei 13.178/15 disciplina algumas regras para ratificar o registro de terras anteriormente cedidas pelos estados sem seguir os trâmites legais da ocasião. No entanto, as dificuldades de fiscalização e de confirmação de cadeia de domínio em muitas cidades da região de fronteira permitiram o aumento de casos de grilagem que, somados à ocupação tradicional indígena, tornam mais complexo o processo de ratificação de posse das terras.

No entanto, em 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucionais alguns trechos dessa lei, exigindo que a ratificação seguisse princípios constitucionais da função social da propriedade, como submissão à política agrícola e ao plano nacional de reforma agrária.

Certificado
O texto aprovado exige do interessado a apresentação de um único documento como prova do cumprimento da função social da propriedade, o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), emitido pelo Incra.

Esse documento é obtido com a inserção de dados pelo interessado em sistema próprio do órgão, que poderá questionar inconsistências, mas o texto considera essas informações como de boa-fé.

Quando o procedimento for concluído perante o cartório e este comunicar à União, o governo federal terá cinco anos para decidir se declara a área como de interesse social para fins de reforma agrária, sem indenização pela terra nua, comprovando o descumprimento da função social (fiscalização no local, por exemplo).

Caso fique comprovada a outorga de titulação pelo estado de terra da União, caberá a esse estado indenizar o comprador pela terra nua.

Já o interessado que se sentir prejudicado por não contar com indenização terá cinco anos para entrar com ação contra a União ou ente público federal competente, como o Incra. O prazo é suspenso durante a tramitação.

Processos atuais
Embora a decisão do Supremo considere inconstitucionais, por decorrência, ratificações de imóveis sem a comprovação da função social, o texto considera que permanecem válidas essas ratificações averbadas com base nas regras anteriores.

Por outro lado, para aqueles processos em andamento, permite o uso das novas regras para beneficiar os interessados que ainda não obtiveram o registro.

Linha de sucessão
Será de cinco anos o prazo para a União declarar ineficaz a ratificação no caso de falta de registro da passagem do imóvel para outra pessoa (cadeia dominial filiatória). Mas isso deve ocorrer apenas pela via judicial.

Por outro lado, o projeto permite que o interessado entre com ação judicial para reconhecimento de que o título original foi obtido junto ao governo estadual na época, caso isso não esteja registrado em cartório. Para isso, terá de apresentar certidões, registros históricos, laudos periciais e todos os meios admitidos em direito.

Congresso
Quanto aos processos envolvendo imóveis com mais de 2,5 mil hectares, o procedimento perante o cartório é igual, mas em vez de uma ratificação definitiva o registrador deverá remeter os autos ao Congresso Nacional depois de verificar os atos de transmissão de domínio até a pessoa que atualmente reivindica a regularização.

O Congresso deverá consultar o governo, o qual terá três anos para manifestar divergência com a ratificação.

Pequenas propriedades
No caso de imóveis com até 4 módulos fiscais, a exigência de apresentar coordenadas georreferenciadas para transferência de imóveis objeto de desmembramento ou parcelamento somente valerá depois de um ano da regulamentação da isenção prevista em lei dos custos desse levantamento preciso de localização.

Dispensa
Outro benefício para o proprietário em geral é a dispensa de georreferenciamento se não houver desmembramento ou parcelamento quando de atos de registro relativos a:

  • sucessões mortis causa;
  • partilha e doações em razão da extinção de casamento ou de união estável;
  • penhora ou indisponibilidade;
  • procedimentos relacionados à dação em garantia, sua extinção ou frustração de execução de hipoteca e alienação fiduciária em garantia.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli – Fonte: Agência Câmara de Notícias

Em última reunião do ano, Copom decide se mantém Taxa Selic

Em última reunião do ano, Copom decide se mantém Taxa Selic

Com a inflação desacelerando, mas alguns preços, como energia e alimentos, pressionados, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faz nesta quarta-feira (10) a última reunião do ano. Os analistas de mercado acreditam na manutenção da taxa no maior nível em quase 20 anos.

Atualmente em 15% ao ano, a Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Desde setembro do ano passado, a taxa foi elevada sete vezes seguidas. Nas reuniões de julho, de setembro e de novembro, o Copom não mexeu na taxa.

Juros básicos estão no maior nível em quase 20 anos

A decisão sobre a Taxa Selic será anunciada no início da noite desta quarta-feira. Na ata da última reunião, em novembro, o Copom informou que a Selic será mantida em 15% ao ano por tempo prolongado para garantir a convergência da inflação à meta.

Segundo a ata do Copom, o cenário atual continua marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. No cenário interno, alguns preços, como energia, continuam a pressionar a inflação, apesar da desaceleração da economia.

De acordo com a edição mais recente do Boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve ser mantida em 15% ao ano até o fim deste ano ou início de 2026. A divergência agora está no momento do próximo ano em que os juros começarão a cair.

Inflação

O comportamento da inflação continua uma incógnita. A prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), ficou em apenas 0,2% em outubro e acumula 4,5% em 12 meses, tendo voltado para o teto da meta. O IPCA cheio de novembro só será divulgado nesta quarta-feira.

Segundo o último Boletim Focus, a estimativa de inflação para este ano caiu para 4,4%, contra 4,55% há quatro semanas. Isso representa inflação pouco abaixo do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta contínua

Pelo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro deste ano, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em dezembro deste ano, a inflação desde janeiro é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em janeiro de 2026, o procedimento se repete, com apuração a partir de fevereiro de 2025. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Política Monetária, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine este ano em 4,8%, mas a estimativa deve ser revista. A próxima edição do documento, que substituiu o Relatório de Inflação, será divulgada no fim de dezembro. Com agência brasil

Senador Marcos do Val apresenta ao Noroeste o maior projeto de segurança pública do ES

Senador Marcos do Val apresenta ao Noroeste o maior projeto de segurança pública do ES

A região Noroeste do Espírito Santo será contemplada com a apresentação do Pro-Seg — considerado o maior projeto de segurança pública já desenvolvido no Estado e comandado pelo senador Marcos do Val. O encontro reunirá gestores, autoridades de segurança e representantes dos 15 municípios que integram o Consórcio Público do Noroeste (CIM).

A apresentação ocorrerá no Cinegama, no Centro de Colatina/ES, no dia 12 de dezembro (sexta-feira), das 9h às 12h, com demonstração técnica do modelo, detalhamento da estrutura operacional e espaço para a imprensa acompanhar de perto o funcionamento do sistema.

A apresentação ocorrerá no Cinegama, no Centro de Colatina/ES, no dia 12 de dezembro (sexta-feira), das 9h às 12h. foto divulgação

Para Marcos do Val, o programa inicia uma nova fase de modernização da segurança pública no Espírito Santo.

“Estamos levando ao Noroeste um modelo moderno e integrado, com tecnologia e capacidade real de resposta. O Pro-Seg é um avanço estrutural que fortalece toda a região e prepara o Espírito Santo para um novo tempo na área de segurança”, afirma o senador.

O Pro-Seg prevê a integração dos 78 municípios capixabas em uma rede estadual de vigilância inteligente. O sistema combina reconhecimento facial, leitura automática de placas (OCR), drones táticos e uma central de dados com inteligência artificial, permitindo monitoramento em tempo real e atuação coordenada entre municípios e forças de segurança.

A primeira fase do programa já está em execução, com investimento de R$ 15 milhões para aquisição de equipamentos e viaturas. Na sequência, serão instaladas 1.600 câmeras inteligentes conectadas à central estadual de monitoramento. Também está prevista a abertura de concurso público para 750 novos agentes, que deverão passar por 1.000 horas de treinamento especializado.

A demonstração em Colatina marca o avanço do programa na região Noroeste. O Pro-Seg já foi apresentado no Sul, em Mimoso do Sul, e na região metropolitana, em Vitória. fonte Vitor Simões e foto divulgação

Candidatura é irreversível, não vamos voltar atrás, diz Flávio Bolsonaro

Candidatura é irreversível, não vamos voltar atrás, diz Flávio Bolsonaro

senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou nesta terça-feira (9) que sua candidatura é “irreversível” e que não voltará atrás na decisão de concorrer à presidência da República nas eleições de 2026.

Declaração foi feita após o senador Flávio Bolsonaro visitar o pai, Jair Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. foto senado federal

“Ao contrário do que muita gente estava imaginando, querendo dizer que era um nome inviável, a gente vê que já existem pesquisas mostrando o que eu sinto nas ruas. Falei para ele do ânimo generalizado da nossa militância, que estava angustiada e sem um norte para seguir, agora o presidente Bolsonaro deu um norte”, disse Flávio Bolsonaro em conversa com jornalistas. 

“Falei que essa candidatura é irreversível, palavras dele, não vamos voltar atrás. Vamos seguir em frente e, a partir de agora, é a gente ir conversando com as pessoas para termos as pessoas certas do nosso lado, os especialistas em algumas áreas com quem já estou conversando, ele me deu algumas sugestões de quem procurar e pediu para agradecer o governador Tarcísio pela fala dele”, acrescentou. 

Reunião com os partidos ontem em Brasília

Flávio Bolsonaro afirmou que a reunião com os presidentes do Progressistas e do União Brasil, Ciro Nogueira e Antônio Rueda, foi “muito positiva”. 

“Eles estavam preocupados com meu nome, veem pesquisas de momento e ficam preocupados do meu nome não tracionar, já de cara viram que meu nome já está tracionando, como não poderia deixar de ser com a primeira pesquisa que saiu”, afirmou Flávio. 

“Fui bem claro em pedir o apoio para eles desde o primeiro momento e, obviamente, vão conversar com suas bases, vão fazer análises de qual o impacto nos estados onde tem interesses. A gente vai voltar a falar, sempre de uma forma franca, agora conscientes de que a candidatura é irreversível”, completou.

Novo pedido de prisão domiciliar 

O senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) afirmou hoje terça-feira 9) que a defesa de Jair Bolsonaro deve protocolar um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conceder prisão domificar humanitária ao ex-presidente. 

A declaração foi feita após o senador visitar o pai, Jair Bolsonaro (PL), na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. 

“Comuniquei que a defesa dele vai protocolar um pedido de domiciliar humanitária com todo embasamento técnico e que eu acho que tem tudo para, se houve o mínimo de bom senso e humanidade, o presidente Bolsonaro ser transferido para casa”, declarou Flávio a jornalistas. 

“Dá sempre um aperto no coração ter que vir nesse lugar para visitar uma pessoa honesta, que está passando por isso de forma injusta. Mas, pelo menos, hoje ele já estava mais disposto, não estava com soluços”, acrescentou. 

Flávio Bolsonaro também declarou que explicou ao pai um pouco do que está acontecendo no país e passou sua impressão do impacto sobre o lançamento do seu nome como pré-candidato à Presidência da República. Segundo ele, o ex-presidente ficou “muito feliz”.

ES em Ação e Transparência Capixaba vão apresentar os municípios que mais se destacaram em transparência e governança pública

ES em Ação e Transparência Capixaba vão apresentar os municípios que mais se destacaram em transparência e governança pública

O Espírito Santo em Ação, com o apoio da Transparência Capixaba, lança nesta quarta-feira, 10 de dezembro, o Selo de Qualidade em Transparência e Governança Pública 2025, em evento no formato on-line. O objetivo é reconhecer publicamente os municípios que, na percepção da sociedade, se destacaram nos índices de transparência e governança no Estado.

Lançado pela primeira vez em 2023, o Selo é distribuído em quatro categorias: Diamante, Ouro, Prata e Bronze. Para ser elegível à participação, o município precisa ter obtido classificação “Ótima” – correspondente a uma nota superior a 80 pontos – no Índice de Transparência e Governança Pública 2025, cujo resultado foi divulgado em outubro deste ano. A classificação dos municípios capixabas pode ser conferida no site https://transparenciainternacional.org.br/itgp/regiao/espirito-santo/.

André Brito, diretor de Gestão Pública do ES em Ação. O crédito é divulgação

.A avaliação do Selo é realizada anualmente, com base nos dados do Índice de Transparência e Governança Pública, elaborado no Espírito Santo pela ONG Transparência Capixaba, com o apoio do ES em Ação. A metodologia utilizada segue os princípios da Transparência Internacional – Brasil.

O Selo é concedido com base em três critérios: pontuação obtida no Ranking Capixaba de Transparência e Governança Pública 2025; assinatura do Termo de Compromisso com a Transparência e Governança Pública pelo município; e avaliação do atendimento aos critérios do Guia de Recomendações de Transparência e Governança Pública para Prefeituras, da Transparência Internacional – Brasil e do Instituto Governo Aberto.

“Mais uma vez, vamos reconhecer os municípios capixabas que se destacam pela qualidade da transparência e da governança pública. Essa é uma oportunidade de valorizar os esforços realizados pelas gestões municipais sob a ótica do cidadão e da cidadania, fortalecendo a cultura da transparência e estimulando a melhoria contínua da prestação de serviços pelas administrações públicas”, destacou o diretor de Gestão Pública do Espírito Santo em Ação, André Brito. FFONTE KELLY KALLE E FOTO DIVULGAÇÃO

Deputadas do ES destacam mobilização nacional contra o feminicídio

Deputadas do ES destacam mobilização nacional contra o feminicídio

As deputadas Camila Valadão (PsolES) e Janete de Sá (PSB/ES) usaram a tribuna da Assembleia Legislativa (Ales), durante a fase de pronunciamentos da sessão ordinária desta segunda-feira (8), para destacar a mobilização nacional realizada no domingo (7) em diversas cidades do Brasil contra o feminicídio e a violência contra as mulheres.

Camila Valadão ressaltou que os atos, realizados também em Vitória, tiveram como lema “Mulheres vivas e mulheres livres” e foram motivados pelo aumento alarmante dos casos de feminicídio registrados nas últimas semanas no país. Para a parlamentar, o Brasil vive uma verdadeira epidemia de violência contra as mulheres.

Valadão: Brasil vive epidemia de violência contra as mulheres / Foto: Lucas S. Costa

“Que tempos são esses em que nós, mulheres, ainda precisamos cobrar que queremos viver? Estamos falando de uma verdadeira epidemia de feminicídio no nosso país. É impossível abrir jornais e redes sociais sem se deparar, todos os dias, com notícias brutais de mulheres assassinadas pelo simples fato de serem mulheres”, afirmou.

A deputada destacou que, mesmo em um domingo de descanso, milhares de pessoas ocuparam as ruas para exigir políticas públicas e mais proteção. Entre as reivindicações, citou o fortalecimento das delegacias especializadas, especialmente no interior do Estado, além da regulamentação das plataformas digitais para coibir o discurso de ódio e a misoginia.

“Precisamos responsabilizar quem reproduz o ódio às mulheres, inclusive em tribunas do parlamento e nas redes sociais. Uma mulher é assassinada por dia no nosso país. Isso é expressão do ódio às mulheres”, declarou. Camila também reforçou que a luta contra o feminicídio não é apenas das mulheres. “Os homens precisam ser aliados nessa luta. Enquanto eles se calarem, continuaremos chorando a perda de muitas mulheres”, completou.

Na mesma linha, a deputada Janete de Sá manifestou solidariedade às mulheres que participaram dos atos e às famílias vítimas da violência. A parlamentar explicou que não pôde estar presente na mobilização por compromissos previamente agendados no interior do Estado, mas reforçou o apoio à causa.

“Quero me solidarizar com as mulheres que foram às ruas lutando pela vida, denunciando as violências e o feminicídio que têm sido cada vez mais cruéis, tirando mulheres do convívio familiar”, disse.

Janete de Sá destacou ainda a necessidade de políticas públicas mais efetivas para enfrentar o problema. “Essa é uma luta nossa, pela vida das mulheres. É preciso ter políticas mais consistentes e nos unirmos nessa cruzada para romper com o feminicídio que ainda tira a vida de muitas mulheres no Espírito Santo e no Brasil”, declarou. Com ALES

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Orçamento 2026: Parlamentares propõem R$ 7 bilhões em emendas de transferência especial

Orçamento 2026: Parlamentares propõem R$ 7 bilhões em emendas de transferência especial

O relatório setorial de Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio do Orçamento de 2026 (PLN 15/25) acolheu 808 emendas parlamentares, em um total de R$ 9,9 bilhões. Cerca de R$ 7 bilhões são de emendas individuais de transferência especial, as chamadas emendas Pix.

Essas emendas são transferidas diretamente para prefeituras e governos estaduais sem a necessidade de convênios. Mas é preciso apresentar planos de trabalho que possam ser fiscalizados.

Os 16 relatórios setoriais da proposta orçamentária de 2026 serão votados em comissão a partir desta terça-feira (9)Foto: Agência Câmara de Notícias

O relator, deputado Bohn Gass (PT-RS), disse que recebeu 784 emendas individuais e uma de bancada estadual, que são de execução obrigatória. Ele aceitou parcialmente as 21 emendas de comissões permanentes da Câmara e do Senado.

Bohn Gass afirmou que procurou atender demandas de desenvolvimento industrial, proteção dos direitos de propriedade industrial, estímulo ao empreendedorismo, inclusão socioprodutiva e cadastro ambiental rural.

O setor tem R$ 3,8 bilhões para custeio, a maior parte para refinanciamento da dívida pública; e R$ 12,5 bilhões de investimentos, a maior parte para Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Os 16 relatórios setoriais do Orçamento de 2026 serão votados pela Comissão Mista de Orçamento a partir desta terça-feira (9). https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/emendas-impositivas/index.html

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Justiça da Itália pede a Moraes informações sobre prisão de Carla Zambelli

Justiça da Itália pede a Moraes informações sobre prisão de Carla Zambelli

A Justiça da Itália enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma lista de questionamentos sobre o sistema prisional brasileiro. Os esclarecimentos fazem parte do processo de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Na semana passada, a Justiça italiana suspendeu o julgamento da extradição solicitada pelo governo brasileiro para esperar a resposta do STF. O julgamento será retomado no dia 18 deste mês.

Esclarecimentos fazem parte do processo de extradição da deputada.

A Justiça italiana quer saber para qual prisão Zambelli deve ser levada se a extradição for aceita. Também foram feitos questionamentos sobre a condição dos presídios femininos, se há atos de violência e de intimidação praticados contra detentas e se a polícia penal tem capacidade para manter a ordem nas penitenciárias.

Moraes tem até o dia 14 de dezembro para responder aos questionamentos. A comunicação oficial foi feita pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.

Fuga

Em julho deste ano, Zambelli foi presa em Roma, capital da Itália, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Por ter dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil em busca de asilo político em terras italianas após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023.

De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra Alexandre de Moraes. Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil. O pedido de extradição de Carla Zambelli foi oficializado no dia 11 de junho pelo STF.  Em seguida, o pedido foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano. 

Na Câmara dos Deputados, Zambelli é alvo de um processo de cassação do mandato

Festival Riquezas da Terra movimenta gastronomia e cultura no Moschem no dia 14 de dezembro

Festival Riquezas da Terra movimenta gastronomia e cultura no Moschem no dia 14 de dezembro

Uma celebração das boas comidas, das tradições regionais e da musicalidade que construiu a identidade colatinense. É assim que nasce o Festival Riquezas da Terra, uma iniciativa da Prefeitura de Colatina para movimentar a cena cultural nas comunidades rurais e distritos do município, cuja primeira edição acontece no próximo domingo (14), no distrito de Patrimônio do Moschen.

Com uma proposta que une gastronomia típica, integração comunitária e valorização da produção local, o festival traz uma variedade de atrações que refletem a força e a diversidade do interior colatinense. Entre os destaques, estão os produtos artesanais do Chocolate Reinholz, a tradicional Linguiça Pomerana, o Café Filhas da Terra, Cervejaria Divina Beer e a participação de empreendedores e produtores rurais da região. O público também poderá desfrutar de degustações, vivências culturais e pratos que homenageiam as raízes da comunidade;

Uma iniciativa da Prefeitura de Colatina para movimentar a cena cultural nas comunidades rurais e distritos do município.

A programação musical fica por conta de Renan do Forró e Avião Sertanejo, garantindo animação ao longo de todo o dia. Além das apresentações artísticas, o evento abre espaço para manifestações culturais locais e para o fortalecimento das relações entre moradores, visitantes e produtores. A secretária de Cultura e Turismo de Colatina, Loressa Campostrini, destaca que o festival é uma celebração da identidade regional.

“O Festival Riquezas da Terra é mais do que um evento gastronômico; é um encontro com nossas histórias, com as famílias que preservam tradições e com os produtores que mantêm viva a riqueza da nossa região. Queremos que o público vivencie esse sentimento de pertencimento e reconheça o valor cultural que existe em cada produto. Esta primeira edição marca o início de um novo projeto de regionalização e valorização de Colatina, descentralizando as opções de lazer e fortalecendo o intuito de que as pessoas conheçam cada vez mais os diferentes atrativos da cidade”, afirma Loressa.

Confira a programação: 

Festival Riquezas da Terra – “Cada sabor, uma história”

Local: Patrimônio do Moschem

Data: 14 de dezembro

Horário: 8h às 17h

Foto e fonte Secretaria Municipal de Comunicação Social

Colatina inicia campanha de vacinação para gestantes contra bronquiolite

Colatina inicia campanha de vacinação para gestantes contra bronquiolite

Colatina inicia hoje a imunização de grávidas com idade gestacional a partir de 28 semanas com a nova vacina contra o vírus da bronquiolite. A vacina, incorporada recentemente pelo Ministério da Saúde ao pré-natal do SUS, passa a ser ofertada em todas as salas de vacina do município, incluindo a unidade da Estação Central. É a primeira vez que o imunizante é oferecido pela rede pública de saúde.

A imunização é destinada exclusivamente às gestantes e tem como objetivo proteger os bebês nos primeiros meses de vida, período em que o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável pela maioria dos casos de bronquiolite e pneumonia, representa maior risco. Ao receber a dose durante a gestação, a mãe transfere anticorpos diretamente para o bebê, reduzindo de forma significativa as formas graves da doença e, consequentemente, o número de internações.

 A vacina, incorporada recentemente pelo Ministério da Saúde ao pré-natal do SUS, passa a ser ofertada em todas as salas de vacina do município.

O secretário municipal de Saúde, Dr. Raul Amicci, destaca que a chegada da vacina reforça o cuidado materno-infantil oferecido pela rede básica do município.

“Estamos preparados para aplicar a vacina em todas as nossas unidades. É uma proteção a mais para o bebê e reforça o cuidado integral que garantimos às gestantes acompanhadas na rede municipal”, afirmou.

Como receber a vacina

A aplicação será feita conforme a rotina de cada unidade, durante o horário de funcionamento das salas de vacina em gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. Para ser imunizada, a gestante deve apresentar:

  • Cartão da Gestante (obrigatório para comprovação da idade gestacional);
  • Cartão do SUS ou CPF;
  • Cartão de Vacina.

Horário de funcionamento das salas de vacina
Sala de Vacina Central: 7h30 às 15h30
Vila Lenira: 7h30 às 12h30
São Silvano: 7h30 às 11h30 e 12h30 às 15h30
Honório Fraga: 7h30 às 11h e 12h às 15h30
Colúmbia: 7h30 às 12h30
Carlos Germano Naumann: 7h30 às 12h30
Ayrton Senna: 7h30 às 11h e 12h às 15h30
Reta Grande: quartas e quintas, 8h30 às 14h30
Paul de Graça Aranha: quintas, 8h às 11h
Itapina: segundas, 8h às 12h30

Por que essa vacina é importante?

O VSR é um dos principais responsáveis por internações de bebês em todo o país. Ao vacinar as gestantes, a proteção chega ao bebê já nos primeiros dias de vida, reduzindo drasticamente casos graves de bronquiolite, hospitalizações e complicações respiratórias.

fonte e foto Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social