Casagrande anuncia criação de Centro de Referência para pessoas com diabetes no ES

 Iniciativa foi debatida em reunião com o deputado Gandini e representantes de entidades médicas; governador testou tecnologia de monitoramento sem agulhas e elogiou proposta. FOTO Gleberson Nascimento

O governador Renato Casagrande (PSB/ES) anunciou a criação de uma política pública específica e de um Centro de Referência para o atendimento a pessoas com diabetes no Espírito Santo. A medida foi debatida nesta quarta-feira (23), durante reunião no Palácio Anchieta, com a presença do deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), presidente da Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes.

Também participaram do encontro os secretários Tyago Hoffmann (Saúde) e José Maria de Abreu Júnior (Casa Civil), equipe técnica da Secretaria da Saúde e representantes das principais instituições dedicadas ao tema: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-ES), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD-ES), Instituto Diabetes Brasil (seccional capixaba), o coletivo Mães Pâncreas e Associação dos Diabéticos do Espírito Santo (Adies).

Durante a reunião, Gandini apresentou o Projeto de Lei 793/2023, que propõe a oferta gratuita do monitoramento contínuo da glicose, por sensores como o Libre, para crianças e adolescentes de até 18 anos com diabetes mellitus tipo 1.

Para reforçar a importância da proposta, Gandini aplicou o próprio sensor e explicou:
“Uma criança precisa ser furada até 10 vezes por dia para medir a glicose e aplicar insulina. Isso significa dor, sofrimento e um enorme desafio para as mães. O monitoramento contínuo elimina o uso de agulhas e garante um controle muito mais eficiente da glicemia, prevenindo complicações graves como problemas oftalmológicos, renais e cardíacos”, destacou o deputado, que foi diagnosticado com diabetes aos 37 anos e, desde então, tem dado atenção especial à causa.

O governador Renato Casagrande testou pessoalmente a tecnologia: primeiro, utilizando o método tradicional de medição com agulha no dedo, e, em seguida, com o sensor aplicado no braço, conectado a um aplicativo no celular. Bem-humorado, brincou: “Posso correr, assistir ao jogo do Botafogo e comer minha barrinha de cereal?”

Em tom mais sério, Casagrande reforçou a importância da proposta: “O que estamos tratando aqui é sobre qualidade de vida, cuidado com as pessoas e uso inteligente da tecnologia no SUS. Vamos sim criar uma política pública e estruturar um Centro de Referência para quem tem diabetes no Espírito Santo.”

Casagrande frisou que o governo do Estado já dá atenção à causa, atendendo a 555 pessoas com o aparelho,  por meio da análise na farmácia do Estado, mas garantiu que é possível avançar. Atualmente, são cerca de 270 mil diabéticos no Espírito Santo.

Para a coordenadora da Associação dos Diabéticos do Espírito Santo (Adies), Lorena Bucher, que também participou da reunião e articulou o encontro ao lado de Gandini, o momento marca um avanço importante:

“O Espírito Santo já se destaca no tratamento do diabetes, e tenho certeza de que esse atendimento só vai crescer. Essa união de forças é um marco para as pessoas que convivem com a doença.”

Ao final da reunião, Gandini comemorou o resultado: “É uma conquista construída com diálogo, responsabilidade e escuta ativa. Fico muito feliz em ver o Espírito Santo dando exemplo de compromisso com a saúde pública, especialmente com as pessoas que mais precisam.”

FONTE E FOTO Gleberson Nascimento

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