Audiência no STF termina sem acordo sobre IOF

Audiência no STF termina sem acordo sobre IOF

Representantes do Executivo e do Legislativo não chegaram a consenso. foto ANTONIO AUGUSTO/STF

Não houve acordo na audiência sobre os decretos das Operações Financeiras (IOF) realizada ontem (15/07) no Supremo Tribunal Federal (STF). A reunião foi promovida para acabar com o impasse entre o governo federal e o Legislativo na adoção das medidas que aumentavam as alíquotas do imposto.

A audiência contou com a participação do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, representantes do Ministério Público Federal, do Ministério da Fazenda, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Partido Liberal (PL) e do Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

Na audiência, o relator do caso, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, perguntou aos participantes se “seriam possíveis concessões recíprocas que pudessem resultar na conciliação”.

A resposta dos presentes foi a de que não haveria acordo: “Apesar da importância do diálogo e da iniciativa dessa audiência, preferiram aguardar a decisão judicial”.  A audiência foi solicitada no início do mês por Alexandre Moraes para uma negociação após o Legislativo rejeitar a proposta do Executivo sobre a rearranjo tributário. fonte AGÊNCIA BRASIL

Confiança dos empresários do comércio capixaba cresce pelo segundo mês consecutivo

Confiança dos empresários do comércio capixaba cresce pelo segundo mês consecutivo

Indicador de junho é um dos maiores da região Sudeste e demostra o otimismo com a economia e o setor nos próximos meses, além da intenção de investir nos negócios e em fazer contratações. foto Pexels.

O otimismo dos empresários do comércio capixaba está em alta: pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) no Espírito Santo cresceu em junho, sendo um dos maiores da região Sudeste e ficando acima de 100 pontos – faixa considerada como nível de satisfação com o ambiente de negócio.

Embora os executivos ainda tenham desafios, o crescimento nos últimos meses aponta sinais de recuperação. O setor volta a mostrar mais disposição para investir na empresa, nos estoques e nas contratações de colaboradores, com expectativas positivas quanto à economia, ao setor e aos negócios para os próximos meses.
As análises são de levantamento do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em junho, o Icec capixaba alcançou 100,3 pontos, tendo alta de 1,2%. O resultado acompanha a melhora nacional, cujo índice subiu 1,4%, para 102,2 pontos. Entre os demais estados do Sudeste, São Paulo apresentou o maior avanço (1,6%; 101 pontos), Minas Gerais cresceu 0,5% (99,5 pontos) e o Rio de Janeiro recuou 0,7% (93,2 pontos).

Para o coordenador de pesquisa do Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, essa trajetória de alta indica que os empresários capixabas começam a embutir expectativas mais favoráveis de vendas para o segundo semestre. “Mesmo com as incertezas econômicas, o retorno ao terreno otimista sugere espaço para retomar investimentos no varejo”.

Um dos subíndices que compõem o Icec, o de Expectativas futuras – que avalia a economia, o setor e a empresa para os próximos meses –, avançou 4,7% e atingiu 124,6 pontos. Já o de Intenções de investimento subiu 5,3% e alcançou 107 pontos. Nele, são avaliadas a possibilidade de contratação de funcionários, que cresceu 6,6%, e a pretensão de aplicar recursos nos estoques (4,1%) e na empresa (1,7%).

“Os dados revelam uma maior capacidade de adaptação dos empresários do comércio, que têm revisto estratégias, ajustando-se ao mercado, apostado nas vendas digitais, entre outras ações para manter o funcionamento dos seus negócios. Com a alta do subíndice de Expectativas futuras e de Intenções de investimento, é possível verificar que os executivos continuam apostando em uma melhora gradual do ambiente econômico nos próximos meses e começam a retomar seus planos de modernização, recomposição de estoques e contratação de pessoal, ainda que de maneira cautelosa”, detalhou André Spalenza.

De acordo com o 3º vice-presidente do Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac, José Carlos Bergamin, o estado apresenta um crescimento econômico real e se destaca pela organização e diálogo entre os setores público e privado. Mas a confiança dos empresários capixabas ainda reflete um cenário de cautela, diante de um contexto nacional desafiador.

“O cenário econômico atual capixaba apresenta um crescimento real em torno de 3%, embora algumas estimativas apontem para até 5%. Setores ampliados, como o de material de construção, e o segmento automotivo têm enfrentado maiores dificuldades, enquanto o varejo popular, que é muito importante para a empregabilidade e para a economia local, tem mostrado bom desempenho. A melhora na renda das pessoas, impulsionada pela recuperação salarial, pela alta empregabilidade e pelos programas governamentais de distribuição de recursos, tem contribuído para essa movimentação”, explicou Bergamin.

O levantamento completo, com os dados detalhados, pode ser acessado no site https://portaldocomercio-es.com.br.

Sobre o Sistema Fecomércio-ES
A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e representa 405.455 empresas, responsáveis por 58% do ICMS arrecadado no estado e pelo emprego de 652 mil pessoas. Com mais de 30 unidades, tendo ações itinerantes e presente em todos os municípios capixaba – seja de forma física ou on-line –, o Sistema Fecomércio-ES atua em todo o Espírito Santo. A entidade representa 24 sindicatos empresariais e tem como missão contribuir para o desenvolvimento social e econômico do estado. O projeto Connect é uma parceria entre Fecomércio-ES e Faesa, com apoio do Senac-ES, Secti-ES, Fapes e Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI).. fonte Kelly Kalle – e Fecomércio-ES

Queijos capixabas conquistam medalhas de ouro no VIII Prêmio Queijo Brasil

Queijos capixabas conquistam medalhas de ouro no VIII Prêmio Queijo Brasil

O evento reuniu mais de 2.200 participantes de 20 estados brasileiros. foto seag

Os queijos artesanais do Espírito Santo ganharam projeção nacional ao conquistarem importantes premiações no VIII Prêmio Queijo Brasil, realizado nessa quinta-feira (10), em Blumenau, Santa Catarina. O evento reuniu mais de 2.200 participantes de 20 estados brasileiros e avaliou centenas de produtos feitos por pequenas queijarias de todo o País.

Destaque da noite, três queijos capixabas receberam medalhas de ouro por alcançarem notas superiores a 95 pontos em 100 possíveis no julgamento técnico: o Boursin Erve de Provence, da Queijaria Pedrazul, de Domingos Martins; o Queijo Morbier, da Vila Veneto, de João Neiva; e o Queijo Minas Meia Cura Calvi, da Calvi Laticínios, de Cachoeiro de Itapemirim. Além disso, as duas queijarias também levaram outras medalhas de prata com produtos como Boursin Lemon e Boursin Alecrim, da Queijaria Pedrazul; e Queijo Asiago e doce de leite, da Vila Veneto.

Outros produtores do Espírito Santo também subiram ao pódio: o Sítio Hollunder, de Marechal Floriano, recebeu medalhas de prata e bronze, e a Queijaria Giacomin, de João Neiva, faturou uma medalha de prata e duas de bronze.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, o resultado comprova a qualidade e a tradição do queijo artesanal capixaba. “Essas premiações são motivo de orgulho para todo o Espírito Santo. Mostram que nossos produtores têm excelência, criatividade e tradição, conquistando consumidores em todo o Brasil. O Governo do Estado está comprometido em apoiar ainda mais esse segmento, que fortalece a economia local, gera renda e mantém viva a cultura capixaba”, destacou Bergoli.

Programas para fortalecer o setor

O Governo do Estado deu início a um projeto inédito para mapear, caracterizar e valorizar os queijos artesanais capixabas, financiado pelo Programa de Incentivo à Pesquisa, à Extensão, ao Desenvolvimento Social e à Inovação Agropecuária (Inovagro). Coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o projeto conta com o apoio de parceiros como o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

A pesquisa, que teve início em fevereiro deste ano, busca identificar os diferentes tipos de queijo produzidos no Estado, analisar características técnicas, promover regularização sanitária e agregar valor aos produtos. Entre os benefícios esperados estão a melhoria das práticas produtivas, a redução de perdas, a ampliação do mercado e o fortalecimento de iniciativas como a Rota do Queijo Artesanal, que já atrai turistas e consumidores para regiões como João Neiva, as Montanhas Capixabas e o Caparaó.

Atualmente, as queijarias artesanais representam mais de 40% das agroindústrias familiares do Espírito Santo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, são cerca de 1.763 estabelecimentos espalhados pelo território capixaba, um patrimônio cultural e econômico que segue ganhando reconhecimento e força para conquistar ainda mais prêmios pelo Brasil afora.

fonte e foto Seag

Tarifa de 50% dos EUA ameaça exportações e competitividade brasileira, alerta Sistema Fecomércio-ES

Tarifa de 50% dos EUA ameaça exportações e competitividade brasileira, alerta Sistema Fecomércio-ES

Os Estados Unidos são o segundo principal destino das exportações brasileiras, com forte presença de produtos de maior valor agregado foto Pexels.

O Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac manifesta sua preocupação com os impactos da nova tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A medida, unilateral e sem respaldo em acordos multilaterais, representa um retrocesso nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e impõe um risco direto à competitividade das exportações nacionais, sobretudo de bens manufaturados e setores estratégicos.

Os Estados Unidos são o segundo principal destino das exportações brasileiras, com forte presença de produtos de maior valor agregado, como aeronaves, autopeças, máquinas e derivados de petróleo. Qualquer barreira adicional imposta a essas mercadorias desestimula os embarques e compromete a estabilidade das cadeias produtivas, com reflexos sobre o comércio exterior, a indústria nacional e o mercado de trabalho, especialmente em estados com produção voltada à exportação, como o Espírito Santo.

Ao encarecer os produtos brasileiros no mercado norte-americano, a tarifa pode desestimular os embarques e comprometer a estabilidade de cadeias produtivas interligadas. Para os empresários do comércio e da indústria, essa insegurança jurídica e diplomática reduz a previsibilidade, afeta planos de investimento e dificulta estratégias de expansão internacional.

O Sistema Fecomércio-ES – juntamente com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) –, reforça que a decisão da taxação é injustificada do ponto de vista econômico, considerando que, nos últimos dez anos, a balança comercial entre os dois países registrou superávit de US$ 51 bilhões em favor dos Estados Unidos. O fortalecimento das relações de comércio exterior produz efeitos positivos para ambas as nações, sendo que medidas que desestimulem a integração econômica global tendem a encarecer cadeias produtivas, afetando o crescimento e o bem-estar social dos países envolvidos.

O Sistema Fecomércio-ES e a CNC defendem o diálogo diplomático como caminho mais eficaz para superar impasses, preservar a estabilidade econômica e manter um ambiente comercial equilibrado e baseado nos princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC). fonte Kelly Kalle/ Fecomércio-ES

Nova rota turística entre Vitória e Serra remete a levante por liberdade

Nova rota turística entre Vitória e Serra remete a levante por liberdade

Lei do deputado Fábio Duarte também busca incrementar infraestrutura na região da rota Igreja Queimados, foto LucasSCosta

O Espírito Santo agora conta com uma nova rota que remete a um dos episódios mais marcantes da história capixaba. A Rota da Liberdade percorre locais de interesse histórico, cultural, religioso e gastronômico de Vitória e da Serra. De iniciativa do deputado Fábio Duarte (Rede), a Lei 12.466, publicada no Diário de Imprensa Oficial (DIO-ES) na quarta-feira (9).

O ponto central do roteiro é o Sítio Histórico e Arqueológico de São José do Queimado, onde aconteceu a maior revolta de pessoas escravizadas no Espírito Santo. “Nos últimos dois anos, diversas ações foram realizadas para resgatar, restaurar e preservar este importante local, cenário do maior levante por liberdade em solo capixaba”, destaca o autor na justificativa do Projeto de Lei (PL) 337/2025, o qual deu origem à lei.

O texto também prevê que poderão ser implementadas pelas autoridades competentes ações de fortalecimento da infraestrutura da região, como obras de construção e melhorias até o fomento e manutenção de serviços essenciais como hospedagem, alimentação, sinalização, acessibilidade e segurança pública.

Rota

O trajeto permitirá reconstruir a narrativa da Insurreição, começando na Praça Oito, no Centro de Vitória, passando pelo Centro da Serra, até chegar ao Sítio Histórico.

O roteiro tem início no Palácio Anchieta, local onde foram julgados e condenados à morte dois líderes da revolta – Chico Prego e João da Viúva. Eles percorreram a pé o caminho desde a capital até os locais de execução no Centro da Serra e em Queimado.

A próxima parada é a Praça Oito, antiga Praça da Alfândega, onde os insurgentes foram açoitados. O percurso segue então para o Agroturismo de Pitanga e, depois, para o Centro da Serra, onde se encontram a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, o Sítio Histórico e Arqueológico do Marco Zero, e a estátua de Chico Prego, erguida no suposto local de sua execução.

A rota ainda passa pelos agroturismos de Guaranhuns e Putiri antes de chegar ao seu destino final: o Sítio Histórico e Arqueológico de São José do Queimado. Esse local, que abriga as ruínas da Igreja de São José, foi o cenário do maior levante por liberdade no estado. fonte Por Redação Web Ales, com a colaboração de Matheus Aldyr e edição de Nicolle Expósito

Entidades manifestam preocupação com efeitos de tarifaço de Trump

Entidades manifestam preocupação com efeitos de tarifaço de Trump

Algumas entidades afirmam que a medida inviabiliza exportações e advertem sobre os riscos para a economia brasileira. foto TÂNIA RÊGO/Age Brasil

imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump foi recebida com preocupação pelo setor produtivo brasileiro. Algumas entidades afirmam que a medida inviabiliza exportações e advertem sobre os riscos para a economia brasileira.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou não haver fato econômico que justifique a medida dos Estados Unidos. A entidade pede a intensificação das negociações para preservar a relação com um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.

“Não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho, elevando as tarifas sobre o Brasil do piso ao teto. Os impactos dessas tarifas podem ser graves para a nossa indústria, que é muito interligada ao sistema produtivo americano. Uma quebra nessa relação traria muitos prejuízos à nossa economia. Por isso, para o setor produtivo, o mais importante agora é intensificar as negociações e o diálogo para reverter essa decisão”, avaliou o presidente da CNI, Ricardo Alban, em comunicado.

A CNI defendeu uma comunicação “construtiva e contínua” entre os dois governos. “Sempre defendemos o diálogo como o caminho mais eficaz para resolver divergências e buscar soluções que favoreçam ambos os países. É por meio da cooperação que construiremos uma relação comercial mais equilibrada, complementar e benéfica entre o Brasil e os Estados Unidos”, acrescentou Ricardo Alban.

Carnes

Outro setor que será bastante afetado pela tarifa de 50% serão as carnes. Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a medida de Trump tornará o custo da carne brasileira tão alto que inviabilizará a venda do produto para os Estados Unidos.

“A Abiec reforça a importância de que questões geopolíticas não se transformem em barreiras ao abastecimento global e à garantia da segurança alimentar, especialmente em um cenário que exige cooperação e estabilidade entre os países”, destacou.

A associação também defendeu a retomada das negociações e informou querer contribuir com o diálogo. “Estamos dispostos ao diálogo, de modo que medidas dessa natureza não gerem impactos para os setores produtivos brasileiros nem para os consumidores americanos, que recebem nossos produtos com qualidade, regularidade e preços acessíveis”, acrescentou a entidade.

Agropecuária

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também manifestou preocupação sobre a decisão de Trump. Em nota, a frente destacou que a medida representa um alerta às relações comerciais e políticas entre os dois países e afeta o agronegócio brasileiro.

“A nova alíquota produz reflexos diretos e atinge o agronegócio nacional, com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras”, declarou a frente, que representa a bancada ruralista no Congresso.

“Diante desse cenário, a FPA defende uma resposta firme e estratégica: é momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações. A FPA reitera a importância de fortalecer as tratativas bilaterais, sem isolar o Brasil perante as negociações. A diplomacia é o caminho mais estratégico para a retomada das tratativas”, acrescentou o comunicado da FPA.

Comércio Exterior

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) disse que recebeu com surpresa e indignação a informação do aumento para 50% da tarifa de importação dos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. Para o presidente-executivo da entidade, José Augusto de Castro, não se trata de uma medida econômica, mas política com impacto econômico de grande lastro.

“É certamente uma das maiores taxações a que um país já foi submetido na história do comércio internacional, só aplicada aos piores inimigos, o que nunca foi o caso do Brasil. Além das dificuldades de comércio com os Estados Unidos, o anúncio da Casa Branca pode criar uma imagem negativa do Brasil e gerar medo em importadores de outros países de fechar negócios com as nossas empresas, afinal, quem vai querer se indispor com o presidente Trump?”, questiona Castro.

A AEB entende que o cenário que hoje se vislumbra é muito duro para o Brasil, pois se refere a uma ameaça não só aos nossos exportadores, mas a toda a economia do país. A entidade acredita que o bom senso prevalecerá e a taxação será revertida.

*Colaborou Douglas Correa, do Rio de Janeiro

ONS defende volta do horário de verão para suprir demanda de energia

ONS defende volta do horário de verão para suprir demanda de energia

Documento aponta necessidade de acionamento de usinas térmicas. foto MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASI

O sistema elétrico brasileiro deve apresentar problemas para o suprimento da demanda de potência de energia elétrica nos horários de pico, especialmente no fim do dia, nos próximos cinco anos, caso não realize leilões de potência de energia.

A conclusão é do Plano da Operação Energética (PEN 2025), lançado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nessa terça-feira (8). O documento traz as avaliações das condições de atendimento ao mercado previsto de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o período de 2025 a 2029.

Segundo o ONS, haverá necessidade de despacho de usinas térmicas flexíveis para atender a demanda no horário de pico, com a adoção de medidas alternativas. Entre elas, a possibilidade de retorno do horário de verão, suspenso no governo do ex-presidente Bolsonaro. A adoção do horário de verão poderá ser recomendada, mas dependerá das projeções de atendimento dos próximos meses.

O documento aponta que a geração de energia no país cresceu, puxada principalmente pelas fontes de energia intermitentes, como a eólica, solar e a MMGD (mini e microgeração distribuída solar), essas últimas duas praticamente não produzem menos energia no horário noturno, quando há maior necessidade de potência.

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Futuro

Para os próximos anos, é estimado um acréscimo de 36 Giga Watts (GW) de capacidade instalada, em relação ao gerado em dezembro de 2024, totalizando 268 GW até 2029.

 A MMGD, em conjunto com fonte solar, corresponderá a 32,9% da matriz elétrica em 2029, fazendo com que a fonte solar seja a segunda maior em termos de capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Para o operador, a mudança no perfil da matriz elétrica, com a crescente participação das fontes renováveis no atendimento ao SIN, trouxe novos desafios para a operação e tem exigido maior flexibilidade na operação, especialmente das usinas das hidrelétricas, que são mais controláveis, além do despacho das termelétricas.

A avaliação do ONS é que, diante do cenário atual, haverá necessidade de preparar o sistema para elevados montantes de despacho termelétrico no segundo semestre para o atendimento de potência sob o ponto de vista conjuntural, principalmente a partir de outubro deste ano. “Observa-se, em todo o horizonte, necessidade de elevado despacho térmico adicional ao previsto para atendimento energético, sendo que grande parte dos cenários já indica a necessidade de utilização da reserva de potência ao longo do segundo semestre de 2025”, diz o documento.

Geração térmica

Apesar de apontar a necessidade de despacho das térmicas, o ONS não recomenda a inclusão de geração térmica com alto nível de inflexibilidade ou com longo tempo de acionamento nos próximos cinco anos.

“Ao contrário, o SIN tem demandado cada vez mais requisitos de flexibilidade e, desta forma, o ONS precisa ter à disposição elementos de despachabilidade adequados às rápidas variações de potência requeridas para o atendimento à variação da demanda e das fontes intermitentes ao longo do dia”, diz o ONS.

Leilão

Um leilão para a contratação de potência elétrica –  Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência – estava previsto para agosto do ano passado. Mas o certame foi judicializado, levando a inúmeros adiamentos da definição das regras do leilão.

A previsão era de que o leilão ocorresse em junho, mas em abril, o Ministério de Minas e Energia editou uma portaria revogando as regras para o certame, o que, na prática, acabou cancelando a disputa que seria destinada à contratação de potência elétrica a partir de empreendimentos de geração, novos e existentes provenientes de usinas hidrelétricas e termelétricas a gás natural e a biocombustíveis.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que, caso seja publicada uma nova portaria, um novo leilão será coordenado pela Aneel e realizado na plataforma online da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

“Assim, todo o aprendizado e os documentos redigidos no processo, como a consulta pública realizada pela Agência, poderão ser utilizados como base, na medida do que for adequado e pertinente, em eventual nova instrução”, informou a agência reguladora.

Próximos anos

Para o horizonte estrutural (2026/2029), documento aponta o risco explícito de insuficiência da oferta de potência (LOLP), com a violação do nível de confiança da insuficiência da oferta de potência de agosto de 2026 a dezembro de 2026, de agosto de 2027 a abril de 2028 e de julho de 2028 a dezembro de 2029. Ou seja, a LOLP é violada em todos os anos da avaliação.

“No sentido de busca do equilíbrio estrutural em termos de atendimento aos requisitos de potência, é premente a realização de leilões anuais de reserva de capacidade na forma de potência, uma vez que os estudos do PEN 2024 já indicaram violação dos critérios de garantia de suprimento de potência em 2025, e os resultados do PEN 2025 mostram aprofundamento das violações com o decorrer dos anos avaliados” diz o documento.

Cargas especiais

Outro ponto que merece atenção é a inserção de cargas especiais no sistema, tais como plantas de datacenters e hidrogênio verde, que demandam alto suprimento de energia e possuem baixa flexibilidade operativa, “com impacto tanto nos critérios de garantia de suprimento de energia quanto de potência, como mostrado nos cenários de sensibilidade”.

“Atenção especial deve ser dada na viabilização do atendimento destas cargas no período de ponta noturno, momento no qual o sistema já apresenta uma maior dificuldade no atendimento aos requisitos de carga”, finaliza o documento.  fonte LUCIANO NASCIMENTO – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

Falta de qualificação pode deixar 85 milhões de vagas em aberto até 2030

Falta de qualificação pode deixar 85 milhões de vagas em aberto até 2030

Setor de tecnologia lidera o número de oportunidades não preenchidas por escassez de talentos. Foto: Reprodução/Freepik

O mercado de trabalho passa por transformações constantes, diante de fatores como avanços tecnológicos e mudanças geracionais. No entanto, a falta de qualificação em diversas áreas tem gerado preocupação entre as empresas e pode se agravar no futuro.

De acordo com dados do Bureau of Labor Statistics (BLS), até 2030, cerca de 85 milhões de vagas poderão ficar em aberto apenas em cargos ligados à tecnologia.

Apesar disso, existem caminhos possíveis para que as empresas invistam na formação de talentos e aumentem as chances de sucesso nos processos de contratação.

Déficit de profissionais qualificados é crescente

Atualmente, o BLS estima uma escassez de pelo menos 40 milhões de profissionais qualificados na área de tecnologia.

Ao mesmo tempo, a projeção é de um crescimento de 13% no número de empregos na próxima década. Ou seja, o setor tecnológico segue aquecido, mas a capacitação dos profissionais não tem acompanhado esse ritmo.

Se esse cenário persistir, as empresas podem registrar perdas superiores a 8 bilhões de dólares. Além disso, quase 90% delas já enfrentam algum tipo de escassez de talentos ou devem lidar com isso em um futuro próximo.

Tecnologia está entre os setores mais afetados

O trabalho para recrutar e selecionar profissionais da área de tecnologia se transformou em um enorme desafio. Além da falta de qualificação, especialistas destacam outros fatores que dificultam a escolha do candidato ideal:

  • Profissionais qualificados já estão empregados: grande parte dos talentos com perfil mais especializado está empregada. Por isso, as empresas precisam adotar novas estratégias para atrair esses profissionais e demonstrar que são uma boa oportunidade.

  • Problemas nas ofertas de vagas: muitas organizações não conseguem atrair candidatos devido a descrições genéricas ou pouco atrativas, então é fundamental que a cultura esteja alinhada com o que é prometido durante o recrutamento.

  • Foco excessivo em profissionais jovens: segundo o BLS, 75% dos funcionários de TI em 2025 serão millennials. Apesar de ser vantajoso investir em jovens talentos, é necessário manter o equilíbrio, já que profissionais experientes também são essenciais.

  • Avanço acelerado da tecnologia: o setor tecnológico evolui rapidamente, exigindo atualização constante. Diante disso, as empresas precisam acompanhar essas mudanças e investir em programas de capacitação interna para desenvolver seus próprios talentos.

Tech recruiter tem um papel estratégico

Nesse cenário, o tech recruiter se torna uma figura estratégica nas empresas de tecnologia. Ele é o profissional responsável por conduzir o processo seletivo para áreas técnicas e também por avaliar se os candidatos se alinham com a cultura organizacional.

Ao atuar em todas as etapas da contratação, o tech recruiter contribui para que a vaga seja preenchida por alguém que atenda às necessidades da empresa e tenha maior potencial de permanência e desenvolvimento dentro da organização.

Com a tendência de escassez de talentos se acentuando ano após ano, se preparar para enfrentar esse desafio será um diferencial. Empresas que investirem em qualificação e estratégias de recrutamento eficazes estarão mais bem posicionadas para manter resultados no futuro. Fonte Alan Santana

Orçamento 2026: governador do ES encerra ciclo anual de Audiências Públicas no município da Serra

Orçamento 2026: governador do ES encerra ciclo anual de Audiências Públicas no município da Serra

Governador do Estado, Renato Casagrande, participou, nesta quarta-feira (02), da Audiência Pública para elaboração do Orçamento 2026 no município de Serra. foto Hélio Filho/Secom

O governador do Estado, Renato Casagrande, participou, nesta quarta-feira (02), da Audiência Pública para elaboração do Orçamento 2026 no município de Serra. O evento, que representou a região Metropolitana, encerrou o ciclo anual de encontros presenciais, realizados de norte a sul do Estado para debater as prioridades da alocação dos recursos públicos estaduais para o próximo exercício.

“Sempre digo que quem planeja tem futuro. Essa audiência é importante, pois demonstra que temos capacidade de dialogar com a sociedade. O Governo faz seu plano, mas é fundamental ouvir as comunidades para que possamos entender quais são as prioridades e para que possamos montar esse plano em parceria com quem está na ponta e vai ser atingido pelas nossas políticas públicas. Ter organização é essencial para que possamos realizar o máximo de ações possíveis, pois somente com um Estado organizado que vamos ter poder de investimento para pôr em prática tudo o que estamos decidindo hoje”, afirmou o governador.

As Audiências Públicas fazem parte do processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). O objetivo é garantir transparência e a devida participação da população na definição das prioridades e dos investimentos da gestão estadual.  

“Hoje sediamos um momento importante para todo o Espírito Santo. Estamos aqui, ao lado do governador, debatendo aquilo que se espera de um governo verdadeiramente democrático: portas abertas para a sociedade participar da construção do futuro. Reiteramos nosso compromisso com o planejamento estratégico, marca da gestão da Serra, e reforçamos que, sob a liderança do governador, seguimos olhando para o futuro com responsabilidade — o que tem garantido ao Espírito Santo resultados cada vez mais positivos. Seguiremos juntos, Estado e Serra, construindo um Espírito Santo cada vez melhor”, disse o prefeito anfitrião do encontro, Weverson Meireles.

“Estamos encerrando hoje mais um ciclo de consulta popular muito produtivo. Percorremos as microrregiões do Estado realizando cinco encontros presenciais, ouvindo as pessoas e debatendo sobre as prioridades de cada região. Esse diálogo é fundamental e todas as contribuições colhidas, certamente, enriquecerão muito o processo de elaboração do Orçamento 2026. Afinal, é com participação social e diálogo entre Estado, municípios e sociedade que vamos construir um Espírito Santo cada vez mais justo, desenvolvido e com qualidade de vida para os capixabas”, destacou o secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc.

Duboc completou: “E ainda dá tempo de participar! A população tem até o dia 04 de julho para contribuir também de forma on-line, pelo site www.orcamento.es.gov.br”, finalizou.

Ao acessar o site www.orcamento.es.gov.br, basta fazer login com o Acesso Cidadão ou a conta Gov.BR e selecionar o município de residência. Em seguida, o cidadão escolhe a área temática com a qual deseja contribuir. Em cada área, aparecerão subáreas relacionadas. É possível destacar as subáreas que julgar mais relevantes ou ainda inserir uma proposta sobre aquele tema. Caso a demanda não esteja contemplada em uma das subáreas apresentadas, basta clicar no campo “Quero participar, mas não encontrei a subárea” e registrar uma contribuição avulsa.

Durante o evento, os presentes puderam ter participação direta, com direito à fala em microfone para opinar e questionar sobre os projetos e as ações do Governo do Estado na microrregião. Cada cidadão teve dois minutos para fazer a manifestação, seguida de uma pronta resposta de representantes do Governo e gestores estaduais.

As contribuições colhidas servirão de subsídio para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA 2026), que é o orçamento anual do Estado. A peça orçamentária é de responsabilidade da Secretaria de Economia e Planejamento (SEP) e é enviada à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) para análise e votação dos deputados estaduais.

Fonte Comunicação do Governo

ES articula novo Plano de Crédito Rural para fortalecer o agro capixaba

ES articula novo Plano de Crédito Rural para fortalecer o agro capixaba

O objetivo foi alinhar expectativas e reforçar parcerias para a construção do Plano Safra Capixaba 2025/2026, que será anunciado nas próximas semanas.

A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) promoveu, nesta segunda-feira (30), em Vitória, uma reunião estratégica com representantes de instituições financeiras que operam no Espírito Santo, além de entidades de apoio ao setor agropecuário. O objetivo foi alinhar expectativas e reforçar parcerias para a construção do Plano Safra Capixaba 2025/2026, que será anunciado nas próximas semanas.

Estiveram presentes representantes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banestes, Sicoob, Sicredi, Cresol e Banco do Nordeste. Também participaram as entidades Agricultura Forte, Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro), Federação das Associações de Produtores do Espírito Santo (Fapaes), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), além de órgãos federais como o Ministério da Agricultura (Mapa), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Durante o encontro, foram debatidos cenários, desafios e sugestões para aprimorar as políticas públicas de financiamento rural no Espírito Santo.

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, ressaltou que a construção de políticas eficazes depende do diálogo direto com quem está na ponta:

“A construção de uma política agrícola sólida depende da articulação com quem opera o crédito e, principalmente, com as entidades que apoiam os produtores na obtenção desses recursos. Esse diálogo reafirma nosso compromisso de preparar um Plano de Crédito Rural que realmente atenda às necessidades do produtor capixaba”, destacou.

A equipe técnica da Seag apresentou os resultados parciais do atual ano-safra 2024/2025, apontando avanços nas contratações de crédito e cumprimento das metas pactuadas. O encontro reforçou o compromisso do Governo do Estado com a transparência, o planejamento e a escuta ativa para tornar mais eficaz a aplicação dos recursos no campo.

O novo Plano Safra Capixaba terá como foco ampliar o acesso ao crédito, estimular tecnologias sustentáveis e fortalecer a inclusão produtiva, levando em conta as características regionais do Espírito Santo.

fonte e foto Seag