70% dos líderes brasileiros priorizam comportamento na contratação

70% dos líderes brasileiros priorizam comportamento na contratação

Inteligência comportamental ganha espaço para reduzir erros e aumentar a eficiência dos processos seletivos. Foto: Reprodução/Freepik

Atualmente, o perfil de contratações no Brasil vem mudando. Além das habilidades técnicas, os líderes estão focando se o profissional apresenta um comportamento compatível com o cargo. Aliás, essa é a prioridade para 70% dos gestores brasileiros.

Esse dado faz parte do Panorama Gestão de Pessoas Brasil, desenvolvido pela Sólides. Nesse contexto, o conceito de inteligência comportamental ganha cada vez mais importância na busca por contratações mais assertivas.

Em um cenário em que o Brasil é considerado o país com maior rotatividade do mundo, essa estratégia tem, segundo especialistas, o potencial de reduzir as mudanças nos cargos e de permitir a permanência de colaboradores mais adequados às funções.

Comportamento é principal fator em contratações equivocadas

O panorama atual do mercado indica que 61% das contratações erradas no Brasil ocorrem devido a comportamentos indesejados dos profissionais contratados. É o que aponta um levantamento da Sólides sobre inteligência comportamental.

Por outro lado, 39% dos erros são atribuídos a falhas nas habilidades técnicas que não correspondem às exigências do cargo. Para os responsáveis pela pesquisa, há casos em que o perfil técnico está adequado, mas as soft skills, que estão relacionadas à interação e ao comportamento, não se encaixam.

De modo geral, mais da metade dos executivos afirma ter realizado pelo menos uma contratação equivocada no último ano. Mesmo com avanços, as empresas ainda enfrentam dificuldades para acertar na escolha do profissional ideal.

Candidatos apontam falhas em processos seletivos

Enquanto as empresas relatam dificuldades para contratar o perfil certo, os candidatos também expressam insatisfação com os processos seletivos, segundo a pesquisa.

O excesso de requisitos e qualificações para uma vaga é o principal motivo de reclamação. Para 68,3% dos entrevistados, as descrições exigem habilidades e formações além do necessário, criando barreiras e afastando potenciais talentos.

O segundo fator mais citado é a demora nos processos seletivos. Para 61,6% dos candidatos, a lentidão nas etapas gera insegurança, desgaste e até desmotivação para continuar na disputa pela vaga.

Além disso, 59,6% apontam a quantidade excessiva de etapas, como entrevistas e testes, que tornam o processo cansativo e, muitas vezes, desproporcional à função ofertada.

Outro ponto crítico é a ausência de retorno: mais da metade dos candidatos (54,1%) afirma não receber feedback após entrevistas ou testes, dificultando o aprendizado e gerando frustração.

Investir em inteligência comportamental pode ser a solução

Os dados indicam que a inteligência comportamental é um aspecto cada vez mais valorizado na hora de contratar e pode contribuir para reduzir a rotatividade.

Entre as recomendações para implementar essa estratégia estão:

  • Comece pelo autoconhecimento: conhecer seus pontos fortes e limitações ajuda a controlar emoções e agir com mais consciência no trabalho.

  • Estude os perfis comportamentais: entender as características dos diferentes perfis facilita a comunicação e o engajamento da equipe.

  • Utilize ferramentas de mapeamento: recursos tecnológicos identificam os perfis dos colaboradores, auxiliando na gestão e na tomada de decisões.

  • Foque na aplicação prática: use as informações para montar equipes complementares e alcançar melhores resultados organizacionais.

Vale ressaltar que esse processo exige tempo e apoio de especialistas. No entanto, essas dicas podem ser um primeiro passo para tornar os processos seletivos mais eficientes no futuro. Fonte Alan Santana – jornalista

Edson Fachin toma posse na presidência do STF nesta segunda-feira

Edson Fachin toma posse na presidência do STF nesta segunda-feira

A eleição de Fachin para o cargo ocorreu no mês passado e foi feita de maneira simbólica.  foto dtf

O ministro Edson Fachin toma posse nesta segunda-feira (26), às 16h, no cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos próximos dois anos. O vice-presidente será o ministro Alexandre de Moraes. 

O novo presidente vai suceder Luís Roberto Barroso, que completará o mandato de dois anos à frente da Corte. 

A eleição de Fachin para o cargo ocorreu no mês passado e foi feita de maneira simbólica. 

Atualmente, o ministro é o vice-presidente, e, pelo critério de antiguidade, deve assumir o cargo. Conforme o regimento interno, o tribunal deve ser comandado pelo ministro mais antigo que ainda não presidiu a Corte.  

Posse

Foram convidados para a posse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de outras autoridades. 

Fachin dispensou a tradicional festa de posse, que é bancada por associações de magistrados e oferecida a todos os ministros que chegam ao STF ou assumem a presidência. 

Pautas

Por ter perfil pessoal mais contido, Fachin deve evitar declarações polêmicas na imprensa e embates com políticos. De acordo com pessoas próximas ao ministro, o novo presidente deve se destacar pela condução de julgamentos com grande impacto social. 

Na próxima quarta-feira (1º), quando será realizada a primeira sessão sob o comando de Fachin, a Corte vai iniciar o julgamento sobre o vínculo empregatício de motoristas e entregadores de aplicativos, a chamada “uberização”. 

Perfil

Indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff, Edson Fachin tomou posse no Supremo em junho de 2015. O ministro nasceu em Rondinha (RS), mas fez carreira jurídica no Paraná, onde se formou em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

No STF, foi relator das investigações da Operação Lava Jato, do processo sobre o marco temporal para demarcações de terras indígenas e do caso que ficou conhecido como ADPF das Favelas, ação na qual foram adotadas diversas medidas para diminuir a letalidade policial durante operações contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. 

Relator das ações penais da trama golpista, Alexandre de Moraes é formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O ministro foi empossado no cargo em março de 2017.Ele foi indicado pelo ex-presidente Michel Temer para suceder o ministro Teori Zavascki, que morreu em um acidente de avião naquele ano.

Antes de chegar ao STF, Moraes também ocupou diversos cargos no governo de São Paulo, onde foi secretário de Segurança Pública e de Transportes. Também foi ministro da Justiça no governo Temer. fonte agência brasil

Fundo Rio Doce repassa R$ 1,6 bilhão para saúde em Minas e ES

Fundo Rio Doce repassa R$ 1,6 bilhão para saúde em Minas e ES

Na cerimônia, também foi dada posse ao Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba, que terá como uma de suas atribuições a fixação de critérios para uso de R$ 5 bilhões reservados para ações de deliberação direta das comunidades atingidas.Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou novas liberações para ações de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, que integrava o complexo da Samarco Mineração S/A localizado em Mariana (MG). São R$ 562,6 milhões para o Programa Especial de Saúde do Rio Doce. O montante foi repassado ao Ministério da Saúde. A pasta deverá distribuir os recursos referentes às ações a serem realizadas por municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo atingidos no episódio.

Entre as iniciativas previstas, estão construções e reformas de unidades de saúde. Ações de ampliação e capacitação de equipes profissionais, projetos de saúde digital e de telessaúde e aquisição de insumos, medicamentos, ambulâncias e equipamentos são outras iniciativas que serão custeadas.

Os recursos são provenientes do Fundo Rio Doce, que é gerido pelo BNDES e foi criado em decorrência do novo acordo que repactuou as ações para reparação dos danos gerados pelo rompimento da barragem. Ele foi assinado no ano passado, nove anos após o desastre, pela União, pelos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, pela Samarco e por suas acionistas Vale e BHP Billiton, além de instituições de Justiça como o Ministério Público e a Defensoria Pública.

Repasses Fundo Rio Doce - 3 mesesEm apenas três meses de operação, o Fundo Rio Doce ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em liberações. Com o novo repasse, a soma chega à R$ 1,12 bilhão desde o final de junho. Até então, já haviam sido transferidos recursos referentes aos programas de transferência de renda (PTR) para pescadores e agricultores e de fortalecimento da assistência social (Profort-SUAS). Também houve liberações para custear as atividades das assessorias técnicas independentes que atendem as populações de Mariana (MG) e Barra Longa (MG). Escolhidas pelos próprios atingidos, elas atuam para garantir a participação das comunidades no acompanhamento das ações de reparação.

O Programa Especial de Saúde do Rio Doce foi lançado em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta sexta-feira, 26. Ele foi elaborado com o objetivo de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) nos territórios atingidos, ampliando, qualificando e reestruturando a rede de serviços de forma a torná-la mais preparada para lidar com os danos e impactos que vêm sendo vivenciados pela população.

Além dos R$ 562,6 milhões repassados, a liberação de outros R$ 263,1 milhões já está agendada para 2026, somando assim R$ 825,7 milhões. Conforme o novo acordo de reparação, os recursos do Fundo Rio Doce contemplarão as ações a serem realizadas diretamente pelo Ministério da Saúde e outras que ficarão sob a competência dos municípios. Além disso, estão previstas iniciativas de saúde que serão executadas pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo com cifras que os dois estados receberão diretamente da Samarco.

Durante a cerimônia, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou o protagonismo de 18 ministérios e do BNDES no novo modelo de reparação. Segundo ele, o governo assumiu a responsabilidade de aplicar os recursos da melhor forma possível. “É possível fazer as coisas diferente de como vinham sendo feitas. É possível fazer com que as pessoas voltem a sonhar. E é isso que estamos buscando”, disse em seu pronunciamento.

Lula destaca avanços do novo acordo de reparação do rompimento da barragem de Fundão
Lula destaca avanços do novo acordo de reparação do rompimento da barragem de FundãoFoto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Diante de representantes das comunidades atingidas, Lula lembrou ainda a superação das barreiras que dificultavam a negociação do novo acordo. “É muito dinheiro. Possivelmente seja pouco diante da necessidade acumulada e do sofrimento do povo. Mas o dado concreto é que a gente fez o nosso melhor. E a gente só conquistou porque vocês tiveram resiliência. Como brasileiros que são, nunca desistiram e nunca deixaram de acreditar na luta de vocês”, acrescentou.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o novo acordo vem viabilizando avanços significativos. “O balanço dos primeiros três meses de operação do Fundo Rio Doce é bastante positivo. Com sua experiência na operação de fundos não reembolsáveis, o BNDES vem contribuindo para agilizar os repasses demandados. Estamos comprometidos com a efetiva reparação e temos certeza de que o lançamento do Programa Especial de Saúde será fundamental para ampliar os serviços e a rede de cuidados nos territórios e regiões atingidas”, disse.

Execução – As ações a serem executadas pelos municípios serão orientadas pelos Planos de Ação em Saúde que as prefeituras elaboraram. Eles foram submetidos à governança do Programa Especial de Saúde do Rio Doce. Ao todo, foram aprovados planos de 48 municípios. Está prevista a construção ou reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 deles, de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em 34, de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em 11 e de Policlínica em 7.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Programa Especial de Saúde do Rio Doce também irá viabilizar novas Unidades Odontológicas Móveis (UOM) e a construção do Hospital-Dia de Santana do Paraíso (MG), unidade de baixa complexidade equipado para realização de pequenas cirurgias e exames diagnósticos. É prevista ainda a implantação de um Hospital Universitário na cidade de Mariana (MG), onde há um campus da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

Foram aprovados Planos de Ação em Saúde de 48 municípios da bacia do Rio Doce
Foram aprovados Planos de Ação em Saúde de 48 municípios da bacia do Rio DoceFoto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Em Governador Valadares (MG), será implantado o Centro de Referência das Águas, que contribuirá com a vigilância e o monitoramento permanente em todo o território da Bacia do Rio Doce. O local será equipado para detectar, analisar e responder a riscos relacionados à qualidade da água para consumo humano. A iniciativa conta com as parcerias da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Instituição Federal de Minas Gerais (IFMG) e Univale.

Também está prevista a instalação de três Centros de Referência em Exposição à Substâncias Químicas, sendo um em Mariana (MG) e outro em Governador Valadares (MG). O terceiro ficará no Espírito Santo. Estes centros oferecerão resposta técnica qualificada, apoio e orientação adequada aos serviços e profissionais de saúde presentes nos territórios.

O programa contempla ainda investimentos em pesquisa. O Ministério da Saúde firmou acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a instituição da Rede de Pesquisas em Saúde do Rio Doce. O estudo terá duração de 15 anos e focará em análises epidemiológicas, toxicológicas e de avaliação de risco à saúde humana em decorrência da exposição a substâncias químicas nos territórios atingidos.

O Ministério da Saúde anunciou que, entre 2025 e 2026, destinará R$ 1,6 bilhão para o Programa Especial de Saúde do Rio Doce. Esse montante inclui as ações realizadas diretamente pela pasta e também recursos a serem repassados aos municípios.

Conselho – Durante a cerimônia em Brasília, também foi dada posse ao Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba. Sua composição foi definida pelo acordo de repactuação da reparação dos danos. Por meio de um edital, até o dia 4 de agosto, foram recebidas inscrições de movimentos sociais e organizações da sociedade civil com reconhecida atuação junto às populações atingidas.

As entidades selecionadas foram:

  • Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB-MG)
  • Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
  • Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce
  • Instituto Terra Associação dos Pescadores de Jacaraípe
  • Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Espírito Santo (FETAES)
  • Mitra Diocesana de Colatina
  • Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB-ES)

Também foram selecionados 25 representantes da sociedade civil, entre titulares e suplentes dos territórios da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba e membros de comunidades quilombolas e de povos tradicionais. O conselho também será composto por 18 representantes dos ministérios com responsabilidade direta. As reuniões serão presenciais e ocorrerão nos próprios territórios. 

O Conselho será a instância central e permanente de controle social das obrigações federais estabelecidas no novo acordo. Além disso, fixará critérios de uso do Fundo de Participação Social, que contará com R$ 5 bilhões reservados para ações de deliberação direta das comunidades. Esses recursos serão futuramente repassados pelo Fundo Rio Doce e algumas premissas para o seu uso já estão fixadas pelo novo acordo. Devem ser financiados projetos que contribuam para a geração e distribuição de renda, para a retomada econômica, para a diversificação produtiva e para a redução das desigualdades, bem como valorizem os modos de vida locais.

Os representantes da sociedade civil empossados terão mandato de dois anos
Os representantes da sociedade civil empossados terão mandato de dois anosFoto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Foram empossados 36 membros titulares e 36 suplentes. O Conselho é presidido pela Secretaria-Geral da Presidência da República e sua composição é paritária: 50% dos membros correspondem à representação governamental e outros 50% à representação da sociedade civil, que exercerão mandatos de dois anos. Sua criação atende compromissos assumidos pelo Governo Federal diante das reivindicações apresentadas pelas comunidades atingidas. Historicamente, elas criticam sua exclusão de instâncias decisórias e demandam por espaços legítimos e efetivos de escuta e deliberação.

“Esse não é um conselho apenas importante. É um conselho necessário para a consolidação da soberania brasileira e para o fortalecimento da sociedade civil”, disse Heider José Boza, um dos conselheiros empossados e representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). “Esse já é um exemplo de sucesso: temos o olhar atento do governo federal para a bacia do Rio Doce, temos os atingidos como protagonistas da reparação e temos o recurso disponível. Nós não tivemos isso em outros casos. Atingidos por barragem existem em todo o Brasil. E infelizmente a crise climática está potencializando os desastres”, acrescentou.

Gestão do Fundo – O novo acordo assinado no ano passado busca oferecer soluções definitivas e superar as dificuldades enfrentadas no modelo de reparação anterior. A Samarco se comprometeu com repasses adicionais que somam R$ 100 bilhões, com desembolsos parcelados ao longo de 20 anos. Parte dos recursos diz respeito à atribuição de estados, municípios e instituições de Justiça. O montante que cabe à União soma R$ 49,1 bilhões e serão gradativamente aportados no Fundo Rio Doce, que tem duração de 22 anos. Ao longo desse período, serão apoiadas iniciativas variadas envolvendo geração de renda; fomento à educação, ciência e inovação; fortalecimento da saúde; ações sociais e ambientais; demandas apresentadas pelas comunidades; entre outros.

A gestão do BNDES no Fundo Rio Doce segue as diretrizes estabelecidas pelo Comitê Gestor do Fundo Rio Doce, que foi instituído pelo Decreto Federal 12.412/2025. Sob coordenação da Casa Civil, ele tem uma composição que inclui também a Secretaria de Relações Institucionais e a Secretaria-Geral da Presidência. Conta ainda com subcomitês temáticos nos quais há participação de outros ministérios. O BNDES participa das reuniões sem direito a voto. As liberações de recursos para um determinado projeto ocorrem apenas após a aprovação do Comitê Gestor. O aval para o Programa Especial de Saúde do Rio Doce se deu em reunião ocorrida há duas semanas.

Projeto de Unidade Básica de Saúde (UBS) elaborado para o Programa Especial de Saúde do Rio Doce
Projeto de Unidade Básica de Saúde (UBS) elaborado para o Programa Especial de Saúde do Rio Doce Foto: Ministério da Saúde / Divulgação

Governo do ES inaugura obras de rodovia e novos serviços de Saúde em Colatina

Governo do ES inaugura obras de rodovia e novos serviços de Saúde em Colatina

Na área da Saúde, o governador e o vice-governador inauguraram a nova sede da Farmácia Cidadã Estadual em Colatina. foto Hélio Filho/Seco

O governador do Estado, Renato Casagrande, e o vice-governador Ricardo Ferraço, inauguraram, nesta sexta-feira (26), as obras de pavimentação da Rodovia ES-357 e dos acessos ao Terminal de Cargas de Colatina. Também foi entregue a nova sede da Farmácia Cidadã Estadual, além do início do Serviço Especializado em Atendimento Vascular na cidade. Além disso, foram anunciados recursos para construção de unidade escolar e aquisição de viaturas para forças de segurança.

“Esse é mais um grande investimento do Governo do Estado para Colatina e região. A rodovia ficou linda e nossa área da segurança pública vai receber diversas novas viaturas para as Polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros. Dessa forma, vamos ampliar a ação das corporações para que possamos continuar a redução da criminalidade como temos feito ano a ano. São diversos investimentos fortes na cidade para que possamos dar mais qualidade de vida à nossa população capixaba”, afirmou o governador.

Com investimento de R$ 17,9 milhões, as obras de pavimentação asfáltica da Rodovia ES-357 e os acessos ao Terminal de Cargas de Colatina contemplaram o trecho de 4,72 quilômetros de extensão. A rodovia conta com pistas de rolamento, acostamentos, faixa multiuso, calçada, rotatórias seguras e três interseções, além de ponte sobre o rio Baunilha. As intervenções foram realizadas pelo Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES).

“Foram aplicadas cerca de sete toneladas de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) nas duas pistas de rolamento, acostamentos e também na faixa multiuso. Uma obra muito esperada pelo setor produtivo colatinense que vai impulsionar a economia local, além de trazer mais conforto e segurança para os usuários”, comentou o diretor-geral do DER-ES, José Eustáquio de Freitas.

Durante a agenda, foi assinada a autorização para o repasse de recursos para a construção do Centro de Educação Infantil Municipal (CEIM) Nossa Senhora da Penha. O investimento, no valor de R$ 5,6 milhões, vai garantir a criação de 424 novas vagas na Educação Infantil, sendo 264 para creche e 160 para a pré-escola. Também foram assegurados recursos para a aquisição de computadores e notebooks, que irão modernizar o atendimento pedagógico nas escolas da Rede Municipal.

O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, destacou que o investimento em Colatina mostra que a expansão da educação vai muito além de números e obras, trata-se de preparar o futuro da cidade com oportunidades que começam ainda na infância. “Quando garantimos mais vagas em creches e pré-escolas, estamos criando condições para que cada criança tenha um início de trajetória escolar mais sólido. É esse ponto de partida que vai refletir em todo o percurso educacional e na vida das famílias colatinenses”, ressaltou.

Outro investimento anunciado foi o repasse de recursos do Acordo de Mariana para a aquisição de viaturas para forças de segurança, no valor de R$ 35 milhões. A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) vai receber 72 novas viaturas e a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) deverá com quatro novas viaturas do tipo caminhonete 4×4 para atender 11 cidades atingidas diretamente pela tragédia ambiental (Anchieta, Aracruz, Baixo Guandu, Colatina, Conceição da Barra, Fundão, Linhares, Marilândia, São Mateus, Serra e Sooretama).

Já o Corpo de Bombeiros Militar deve receber oito caminhões, oito viaturas de resgate e mais nove caminhonetes para atender os municípios de Baixo Guandu, Colatina, Marilândia, Linhares e Aracruz. Os veículos serão adquiridos pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), com verbas descentralizadas por meio da Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd).

“Comemoramos um conjunto significativo de investimentos que estão acontecendo e vão acontecer em Colatina. Estamos na cidade desde quarta-feira (24) para dialogar, ouvir e fazer alinhamentos com a Prefeitura, a Câmara de Vereadores e os representantes da população. Colatina contribui muito com o desenvolvimento do Espírito Santo e o que confirmamos aqui hoje devolve parte dessa contribuição em investimentos, melhorias e estruturas que têm a capacidade de impactar positivamente o dia a dia das pessoas, promovendo desenvolvimento e prosperidade”, pontuou o vice-governador, Ricardo Ferraço, que também coordena o Programa Estado Presente em Defesa da Vida.

Mais investimentos

Na área da Saúde, o governador e o vice-governador inauguraram a nova sede da Farmácia Cidadã Estadual em Colatina. O atendimento passou a ser realizado na Rua Papa Pio XII, nº 107, lojas 107A e 107B, no bairro Esplanada. A unidade de Colatina atende também os usuários dos municípios de Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Governador Lindenberg, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte e São Roque do Canaã.

O novo espaço foi planejado para oferecer mais conforto, acessibilidade e qualidade no atendimento, seguindo o conceito moderno do projeto Farmácia Cidadã, tendo 317 metros quadrados, distribuídos em salas administrativas de coordenação, Assistência Médica Ambulatorial (AMA), digitalização e da Equipe Multidisciplinar de Avaliadores das Farmácias Cidadãs do Espírito Santo (EMAFES), além de sala de reuniões, copa, dois estoques (térreo e mezanino), recepção ampla, área de atendimento farmacêutico (dispensação), sala de assistência social, consultório farmacêutico, quatro banheiros e espaço para triagem.

A estrutura foi pensada para otimizar o fluxo de atendimento e proporcionar mais comodidade aos pacientes e profissionais. A mudança foi necessária diante do crescimento da demanda. Quando inaugurada, em 2009, a unidade contava com cerca de 3,2 mil processos ativos. Hoje, esse número ultrapassa 10 mil, um aumento de mais de 210%. Em 2024, o Governo Federal e o Governo do Estado investiram juntos mais de R$ 34,6 milhões no fornecimento de medicamentos para esta unidade.

“O novo espaço da Farmácia Cidadã de Colatina representa um avanço significativo para a saúde da região. Essa estrutura foi planejada para oferecer mais conforto, acessibilidade e agilidade, garantindo um atendimento de qualidade a quem depende da assistência farmacêutica. Estamos fortalecendo a rede de atenção à saúde e dando condições melhores tanto para os usuários quanto para os profissionais que atuam aqui. Essa conquista mostra o compromisso do Governo do Estado em ampliar o cuidado e acolhimento à população capixaba”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), iniciou o Serviço Especializado em Atendimento Vascular, que vai ampliar o acesso da população a consultas, exames diagnósticos e procedimentos da especialidade. O novo serviço vai funcionar na Clínica Saúde Fácil, localizada na Avenida Jonas Simonassi, no bairro Maria das Graças, e atenderá usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) dos 15 municípios que compõem a Região Central de Saúde.

A implantação do serviço representa um avanço importante para a rede estadual, ao possibilitar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças que comprometem a circulação sanguínea, como varizes, tromboses, aneurismas e doenças arteriais periféricas. Com investimento anual de cerca de R$ 6,5 milhões, a iniciativa permitirá a oferta de 40.164 consultas, exames e procedimentos por ano, garantindo atendimento especializado e reduzindo a necessidade de encaminhamentos para centros de referência em outras regiões.

Entre os serviços ofertados estão: consulta médica especializada em angiologia e cirurgia vascular; tratamento esclerosante não estético de varizes; ultrassonografia com doppler venoso e arterial de membros; e trombectomia do sistema venoso.

“Esse serviço vai trazer mais resolutividade para a região e mais qualidade de vida para os pacientes, já que muitas complicações graves podem ser prevenidas com diagnóstico precoce e acompanhamento vascular adequado”, pontuou o superintendente Regional de Saúde de Colatina, Vaninho Mendes.

O serviço foi estruturado para atender os municípios de Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador Lindenberg, Linhares, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã, Sooretama e Vila Valério.

Conselho vai gerir fundo de R$ 5 bilhões para a Bacia do Rio Doce

Conselho vai gerir fundo de R$ 5 bilhões para a Bacia do Rio Doce

Lula vai dar posse a representantes da sociedade no colegiado, foto fundação renova

A execução do Novo Acordo da Bacia do Rio Doce vai ser efetivada nesta sexta-feira (26), com a instalação e posse do Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba (CFPS Rio Doce). 

O evento, no Palácio do Planalto, contará com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

novo acordo para reparar os danos causados pelo rompimento de uma barragem de minérios em Mariana (MG), há quase 10 anos, estabeleceu um novo modelo de governança dos recursos, por meio deste colegiado.

“É o acompanhamento da sociedade organizada, o controle social e a participação dos atingidos e atingidas, dos movimentos sociais que militam na bacia, para poder acompanhar a execução desse acordo e a efetivação desses recursos. E o Anexo 6 – que significa que é da organização social e popular – tem R$ 5 bilhões para serem investidos em 20 anos. E esses recursos serão decididos nesse conselho”, destacou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, em entrevista ao programa A Voz do Brasil desta quinta-feira (25).

O Conselho, que tem como uma das funções monitorar a aplicação dos recursos nas áreas previstas no Acordo, é formado por 36 membros no total, de forma paritária entre governo e sociedade civil. Os recursos poderão ser utilizados nos seguintes eixos: economia popular e solidária; segurança alimentar e nutricional; educação popular; tecnologias sociais e ambientais; promoção do esporte e lazer; culturas e mídias locais; e defesa da terra e do território

“Esses eixos serão discutidos e aprovados neste conselho e a operacionalização dos recursos será realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, explicou o ministro.

Histórico

A barragem que se rompeu integrava um complexo minerário da Samarco. A tragédia ocorreu em 5 de novembro de 2015. Na ocasião, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e houve impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo.

Governador Valadares (MG) – Passagem da lama pelo Rio Doce, por causa do rompimento de duas barragens em Mariana, Minas Gerais, causa desastre ambiental (Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios/Divulgação)

Até então, o processo reparatório vinha sendo conduzido à luz de um acordo firmado em março de 2016 entre a Samarco, suas acionistas Vale e BHP Billiton, a União e os governos mineiro e capixaba.

Conhecido como termo de transação e ajustamento de conduta (TTAC), o acordo estabelecia uma série de ações reparatórias. O documento tratava de questões variadas como indenizações individuais, reconstrução de comunidades destruídas, recuperação ambiental e apoio aos produtores rurais.

Todas as medidas dos mais de 40 programas definidos vinham sendo conduzidas pela Fundação Renova, criada com base no TTAC. Sua atuação, no entanto, vinha sendo alvo de diversas críticas devido à falta de solução para diversos problemas, o que gerou um passivo de 85 mil processos acumulados no Judiciário brasileiro entre ações coletivas e individuais envolvendo a tragédia.

As negociações para uma repactuação, com a expectativa de chegar a um novo acordo, se arrastavam há três anos e foram finalmente concluídas no ano passado.

As mineradoras deverão pagar, conforme um cronograma que se estende por 20 anos, um total de R$ 100 bilhões que serão destinados a uma série de medidas a serem geridas de forma descentralizada, com cada signatário assumindo uma parcela de responsabilidades. fonte agencia brasil

Colatina realiza 1º Seminário de Turismo Religioso e discute estratégias de desenvolvimento sustentável

Colatina realiza 1º Seminário de Turismo Religioso e discute estratégias de desenvolvimento sustentável

O evento reuniu especialistas, gestores públicos, representantes do setor e sociedade civil, com o tema central “Turismo religioso como potencial de desenvolvimento sustentável”. foto Secom PMC

Os caminhos e estratégias para fortalecer o turismo religioso em Colatina foram pauta do 1º Seminário de Turismo Religioso, realizado nesta quarta-feira (24), no Centro de Ciência, pela Prefeitura de Colatina, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. O evento reuniu especialistas, gestores públicos, representantes do setor e sociedade civil, com o tema central “Turismo religioso como potencial de desenvolvimento sustentável”.

Entre os destaques da programação, a coordenadora de Turismo Religioso e Fomento Econômico de Cachoeiro de Itapemirim, Adriana Pinheiro, apresentou, junto com a subsecretária de Turismo do município, experiências e ações desenvolvidas no município. Elas ressaltaram a importância da fé como origem desse turismo, associado ao rural, às festas de padroeiros, à Folia de Reis e à integração com outros tipos de turismo, como cultural e de negócios.

O assessor especial da Casa Civil do Governo do Estado, José Fernando Martins, destacou que metade do turismo mundial está ligado a motivações religiosas e que o segmento é também um importante vetor social e econômico. Ele lembrou que o Cristo Redentor de Colatina já é referência no Estado, atraindo mais de 3.036 visitantes entre fevereiro e agosto, incluindo turistas estrangeiros.

A especialista em políticas públicas da Secretaria de Estado do Turismo e coordenadora do Projeto Conecta Turismo, Letícia Tabachi Silva, abordou o papel do turismo como vetor de desenvolvimento regional sustentável. Ela destacou a importância de valorizar territórios, patrimônios históricos e naturais, além de envolver a comunidade local em projetos de base comunitária. Também apresentou os eixos de atuação do Conecta Turismo, que incluem inteligência de dados, monitoramento e inventariação.

No encerramento, os participantes foram divididos em grupos para elaboração de propostas coletivas voltadas ao fortalecimento do turismo religioso em Colatina. Entre as sugestões apresentadas estão a criação de um calendário anual de celebrações religiosas e culturais, a valorização de diferentes crenças e tradições, e a formatação de roteiros turísticos integrando experiências religiosas, gastronômicas e culturais.

A secretária municipal de Cultura e Turismo de Colatina, Loressa Campostrini, avaliou o seminário como um marco para o município.

“As ideias que surgiram aqui serão fundamentais para orientar nossas ações no turismo religioso, que é ao mesmo tempo instrumento de fé, cultura e desenvolvimento. Queremos criar um espaço de união e respeito entre as religiões, em que a comunidade também tenha voz. Colatina tem potencial para entrar no mapa do turismo religioso como parte da identidade cultural, transformando esse segmento em um motor de desenvolvimento turístico para a cidade”, destacou.

FONTE E FOTO Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social

Novo livro capixaba aborda impacto que a busca por aprovação causa na sociedade

Novo livro capixaba aborda impacto que a busca por aprovação causa na sociedade

Escrito por Pedro Galoza (foto), “O Regulador do Ego” será lançado neste domingo (28), em Vila Velha, e sugere práticas para uma vida mais equilibrada. foto divulgação

O que está por trás de muitas crises pessoais, relacionais e até profissionais? A busca incessante por aprovação e rótulos externos pode ser a raiz da identidade fragilizada, segundo o desenvolvedor de pessoas e mestre em ciências da religião Pedro Galoza. Essa é a reflexão central do seu novo livro “O Regulador do Ego”, que será lançado neste domingo (28), às 10 horas, durante a celebração na Igreja Ser Amor, na Praia da Costa, Vila Velha. O evento é aberto ao público.

“Vivemos em um tempo em que as pessoas estão sobrecarregadas, tentando se provar a todo momento, e esse vazio gera ansiedade, frustração e até depressão. Por isso a temática do livro é tão atual”, explica Galoza. 

Segundo Pedro, que também é pastor na Igreja Ser Amor, o livro fala sobre identidade e como muitas crises pessoais, relacionais e até profissionais têm a ver com um ego desregulado. “Quando a gente se define por rótulos, aprovações ou expectativas externas, nosso ego fica desregulado. A proposta é apontar um caminho de equilíbrio, a partir de uma identidade sólida. A mensagem é que existe uma notícia boa, não é preciso viver refém de inseguranças ou máscaras. Há uma nova identidade capaz de trazer equilíbrio para todos os dilemas da vida”, afirma.

Embora a obra nasça da espiritualidade cristã, Pedro faz questão de dizer que escreveu de forma acessível a todas as pessoas. “Identidade é um dilema humano universal. Escrevi parte do livro em cafeterias, sempre de manhã, porque precisava sentir que estava falando de vida real e não só de teoria.”

A inspiração para o livro veio da experiência do próprio autor e da escuta pastoral. “Percebi que por trás de quase todo sofrimento está uma identidade mal definida. Sou um entusiasta da vida plena, mesmo em tempos desérticos, e este livro nasce da minha própria experiência de ter encontrado uma identidade firme que transformou tudo.”

“O Regulador do Ego” é o primeiro livro publicado por Galoza, que já prepara novas obras. “Com certeza virão outros. Tenho projetos em andamento, porque escrever se tornou uma forma de servir às pessoas”, afirma.

Com 240 páginas e publicado pela Next Editorial, o livro custa R$ 50 e estará disponível no lançamento, onde terá momento de autógrafos, e também pela internet.

Serviço
Lançamento do “O Regulador do Ego
Dia: Domingo, 28 de setembro 
Horário: 10 horas
Endereço: Igreja Ser Amor – Rua Castelo Branco, 449, Praia da Costa, Vila Velha 

Ficha técnica
“O Regulador do Ego”
Páginas: 240 
Editora: Next Editorial
Vendas: R$ 50 e estará disponível no lançamento e também pela internet

Sobre o autor
Pedro Galoza Pastor
Mestre em Ciência da Religião
Educador Físico
Desenvolvedor de pessoas
Marido da Marina, pai da Lis e do Luca
Alguém que gosta de correr, tomar café e conversar sobre a vida de forma simples e profunda.

Pequenas propriedades rurais podem ser saudáveis, lucrativas e sustentáveis

Pequenas propriedades rurais podem ser saudáveis, lucrativas e sustentáveis

A agricultura familiar é um dos pilares do desenvolvimento sustentável, contribuindo de forma decisiva para a segurança alimentar, a inclusão social e a economia do campo.

A agricultura familiar é um dos pilares do desenvolvimento sustentável, contribuindo de forma decisiva para a segurança alimentar, a inclusão social e a economia do campo. No Brasil, aproximadamente 77% dos estabelecimentos agrícolas pertencem a famílias, desempenhando papel estratégico no abastecimento interno e na diversificação da produção.

Enquanto grandes monoculturas mecanizadas estão majoritariamente voltadas à exportação, as pequenas propriedades se destacam pela capacidade de conciliar produtividade e sustentabilidade ambiental, com sistemas mais diversificados. O setor responde por 23% do valor bruto da produção agropecuária nacional, assegurando grande parte dos alimentos consumidos pelos brasileiros, como arroz, feijão, frutas e hortaliças.

O desafio central da agricultura familiar não está no tamanho da propriedade, mas na falta de gestão estratégica. Rentabilidade e sustentabilidade não dependem de centenas de hectares, mas de eficiência operacional. Isso exige foco em planejamento, controle de custos, acesso a mercados e uso inteligente de tecnologias acessíveis.

Na prática, o pequeno produtor precisa gerir sua área como uma empresa rural moderna, eliminando improvisos e priorizando decisões baseadas em dados. Planejar a safra com pelo menos seis meses de antecedência é essencial, contemplando aquisição de insumos, correção de solo, contratação de mão de obra e análise de cenários de mercado.

O desafio central da agricultura familiar não está no tamanho da propriedade, mas na falta de gestão estratégica. Rentabilidade e sustentabilidade não dependem de centenas de hectares, mas de eficiência operacional. Isso exige foco em planejamento, controle de custos, acesso a mercados e uso inteligente de tecnologias acessível ao campo,

Inteligência digital a favor do produtor

A expansão da conectividade rural, sobretudo pelo uso de smartphones, abriu espaço para ferramentas digitais que apoiam a gestão. Aplicativos gratuitos oferecem previsões meteorológicas, cotações de mercado e análises em tempo real, ampliando a capacidade de tomada de decisão.

Além disso, instituições públicas e cooperativas disponibilizam conteúdos técnicos e cursos gratuitos que fortalecem a profissionalização do produtor. O diferencial está em transformar informação em estratégia prática de gestão.

Sustentabilidade como ativo de mercado

A competitividade do agronegócio moderno está atrelada também à sustentabilidade. Isso envolve práticas como o uso de bioinsumos, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), manejo racional do solo, reaproveitamento de resíduos e rastreabilidade da produção. Mais do que reduzir impactos, tais iniciativas geram valor agregado e posicionam o produtor dentro de agendas globais, como ESG e mercado de créditos de carbono, já em expansão no Brasil.

Outro ponto que sempre é importante reforçar é o aprendizado diário. O agricultor familiar precisa adotar uma mentalidade de aprendizagem contínua. Cursos, workshops, parcerias estratégicas e análise de mercado são instrumentos que elevam a competitividade. Com esse conhecimento certamente ele estará à frente do mercado e consequentemente mais preparado diante das adversidades que podem ocorrer da porteira para fora e mesmo em áreas menores, pode ser eficiente, saudável, sustentável e rentável.

5 passos para uma gestão estratégica na pequena propriedade

  • Planejamento antecipado: defina metas, insumos e mão de obra com pelo menos seis meses de antecedência.
  • Uso de ferramentas digitais: aplicativos gratuitos e plataformas online facilitam o aprendizado.
  • Monitoramento de mercado: acompanhe cotações, tendências e volatilidade.
  • Capacitação contínua: participe de cursos, treinamentos e programas de extensão rural.
  • Práticas sustentáveis: adote bioinsumos, faça o mapeamento do solo e considere sistemas integrados.
  • *Médica-veterinária, mestre e consultora com mais de 30 anos de experiência no agronegócio e CEO Grupo SCZ AGRO& Agro inteligência.
  • fonte Ana Rita Scozzafave*

Governo do ES e Ministério Público debatem projetos para recuperação da Bacia do Rio Doce

Governo do ES e Ministério Público debatem projetos para recuperação da Bacia do Rio Doce

O objetivo foi dialogar sobre os projetos de responsabilidade do Governo do Estado voltados à reparação dos danos socioambientais e socioeconômicos causados pelo desastre ambiental de Mariana (MG). foto MPES

A Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd) participou de uma reunião com os representantes do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) na sede da instituição, em Vitória. O objetivo foi dialogar sobre os projetos de responsabilidade do Governo do Estado voltados à reparação dos danos socioambientais e socioeconômicos causados pelo desastre ambiental de Mariana (MG).

Com apenas nove meses de criação, a Serd e as demais secretarias estaduais já avançaram na elaboração de projetos com foco no saneamento, na recuperação ambiental e na retomada do desenvolvimento econômico das cidades capixabas da Bacia do Rio Doce e o Litoral Capixaba. Durante a reunião, foram apresentadas as iniciativas que serão executadas nestes dois primeiros anos e um planejamento de atuação até 2030, como forma de garantir a continuidade das ações nos municípios impactados.

O secretário de Estado de Recuperação do Rio Doce, Guerino Balestrassi, esteve acompanhado do subsecretário de Ações Socioambientais, Saneamento e Infraestrutura, Ricardo Iannotti; da subsecretária de Ações Socioeconômicas e Participação Social, Margareth Saraiva; e do subsecretário de Gestão Administrativa da Serd, Harlen da Silva. Todos apresentaram relatórios das ações, projetos e investimentos e responderam às dúvidas dos integrantes do Ministério Público.

Por parte do Ministério Público, participaram do encontro o procurador-Geral de Justiça, Francisco Martínez Berdeal; a subprocuradora-Geral de Justiça Institucional, Luciana Andrade; o chefe de Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, Bruno Araújo Guimarães; e a coordenadora do Grupo de Trabalho de Recuperação do Rio Doce, Elaine Costa de Lima.

Também participaram da reunião os Coordenadores do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente, Bruna Legora de Paula Fernandes; de Defesa Comunitária, Karla Dias Sandoval Mattos Silva, de Defesa do Patrimônio Público, Mariana Peisino do Amaral; de Defesa da Cidadania, Luciana Almada de Magalhães Farias Chamoun, da Defesa dos Direitos do Consumidor, Sabrina Coelho Machado Fajardo; e do Núcleo Permanente de Direito Processual Civil, Hermes Zaneti Junior.

O procurador-Geral do Estado, Iuri Carlyle do Amaral Almeida Madruga, representantes da PGE, da Secretaria de Economia e Planejamento (SEP) e da Secretaria de Governo (SEG), também acompanharam o debate na sede do MPES.

Para o secretário Guerino Balestrassi, as orientações dadas pelo Ministério Público serão importantes para garantir a transparência e agilidade na aplicação dos recursos nas cidades capixabas. “Ficou definido que teremos reuniões mensais entre o MPES e a Serd, além do envio dos projetos a serem executados e a apresentação dos planos de trabalho já em execução. Esse alinhamento entre as instituições é fundamental para que as obrigações do Novo Acordo do Rio Doce sejam cumpridas pelos próximos 20 anos. O Governo do Estado vem trabalhando de forma unida, para garantir que os recursos da repactuação transformem a realidade dos municípios da Bacia do Doce e potencializem a preservação do meio ambiente”.

FONTE Serd

Cine.Ema: São 16 produções de todo o Brasil

Cine.Ema: São 16 produções de todo o Brasil

Público escolherá os melhores filmes do festival CINE.EMA, foto do filme Travessia

O público já pode assistir e votar nos filmes da 11ª edição do Festival Nacional de Cinema Ambiental do Espírito Santo (Cine.Ema). São 16 produções de todo o Brasil selecionadas para as mostras competitivas, disponíveis gratuitamente online até o dia 13 de outubro, pelo site www.cineema.com.br.

As obras trazem temas que atravessam a realidade brasileira em diferentes dimensões: da resistência indígena à exclusão social, passando por narrativas que exploram o futuro em uma ficção científica ambientada no sertão nordestino.

“Nosso objetivo é ampliar vozes e provocar reflexões urgentes, mas também inspirar futuros possíveis. O público tem papel fundamental, pois é ele quem escolhe, pelo voto, quais narrativas ganham destaque”, afirma Tania Caju, responsável pelo Cine.Ema.

A 8ª Mostra Cine.Eminha também está com votação aberta, trazendo quatro produções de animação e ficção com histórias que falam diretamente com o universo infantil, onde aventuras cotidianas se transformam em grandes descobertas.

Acessibilidade e participação democrática
Todos os filmes estão disponíveis com recursos de acessibilidade, com legenda em Libras, Legenda descritiva e audiodescrição garantindo que diferentes públicos possam participar da experiência. Além de assistir, o espectador pode atuar como jurado popular, elegendo os melhores títulos da 11ª Mostra Cine.Ema e da 8ª Mostra Cine.Eminha, dedicada ao universo infantil.

“É tempo de regenerar. E regenerar também é construir coletivamente, dando espaço para que cada pessoa faça parte dessa jornada. O voto popular aproxima o público dos artistas e fortalece a ideia de cinema como ferramenta de transformação”, completa Tania Caju

Filmes Selecionados Cine.Ema

:
A NAVE QUE NUNCA POUSA
• Direção: Ellen Morais | Híbrido | 15’00” | PB | 2024
• Sinopse: A Nave que Nunca Pousa paira sobre uma comunidade quilombola no sertão da Paraíba. Os moradores locais precisam lidar com as consequências desse acontecimento. Uma ficção científica documental nas terras de Aruanda.

ENDEREÇOS INVISÍVEIS
• Direção: Artur Hugo da Rosa | Documentário | 10’48” | SC | 2024
• Sinopse: Sem CEP, as pessoas não existem no mapa. Na comunidade Frei Damião, a maior favela urbana de Santa Catarina, moradores enfrentam a invisibilidade imposta pela exclusão postal e mostram como a luta por um endereço é também a busca por reconhecimento, direitos e pertencimento.

DASILVA DASELVA
• Direção: Anderson Mendes | Documentário | 17’21” | AM | 2024
• Sinopse: Um artista amazonense recria a Amazônia com os próprios olhos — e depois, com a própria lembrança. Em dasilva daselva, a trajetória e a obra de Da Silva da Selva são contadas por ele mesmo, em um mergulho poético e sensorial em seu universo criativo.

FEME IN THE MACHINE
• Direção: Valderiza Pereira | Experimental | 15’20” | PE | 2024
• Sinopse: O filme oferece uma perspectiva cativante sobre a realidade das costureiras e Toritama narrada por Feme, uma extraterrestre que é invocada por uma bruxa na beira do Rio Capibaribe para praticar uma profecia.

MINHA CÂMERA É MINHA FLECHA
• Direção: Natália Tupi | Documentário | 18’25” | SP | 2024
• Sinopse: Richard Wera Mirim é um jovem Comunicador Indígena do Povo Guarani Mbya da Terra Indígena Jaraguá. O filme mostra a câmera como uma flecha, uma ferramenta de comunicação poderosa na luta e resistência indígena.

NASCIDA COM A MANHÃ
• Direção: João Giry | Documentário | 20’40” | ES | 2024
• Sinopse: Lúcia é uma mulher que traz luz para a vida de todos em sua família. Há mais de 40 anos ela cuida do filho mais novo José Leandro, que é PCD Neurodivergente. Mas será que Lúcia consegue cuidar de si? Se divertir? Sonhar?

PUPÁ
• Direção: Osani | Documentário | 14’33” | RN | 2024
• Sinopse: Pupá mora em Acari/RN, onde sua presença originária marcante é sinônimo de alegria e liberdade. No dia a dia, ela se divide entre trabalhos domésticos, o ofício de cambista e a criação de lambedores.

RECICLOS
• Direção: Diego Guerra | Animação, Ficção | 15’35” | RJ | 2024
• Sinopse: Numa metrópole futurista da América Latina, filas de catadores de latinhas empobrecidos reúnem-se todos os dias em terminais eletrônicos de reciclagem que pesam e pagam na hora.

SARAMUNÁ
• Direção: Gabriela Moura | Documentário | 09’25” | PE | 2025
• Sinopse: Saramuná mergulha na identidade singular das baianas do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, destacando sua importância e movimentações peculiares e distintas dos demais Maracatus.

SERTÃO 2138
• Direção: Deuilton B Junior | Ficção | 19’00” | PE | 2024
• Sinopse: Em uma Terra distópica, uma brilhante cientista tem finalmente sua entrada liberada na Estação Espacial. Quando está tudo pronto para a tão sonhada partida e nova vida, uma misteriosa missão interrompe seus planos.

TRAVESSIA
• Direção: Karol Felicio | Documentário | 15’20” | ES | 2024
• Sinopse: “Travessia” retrata a transição no parto da aldeia indígena Rio Piraquê-Açu. Entre ancestralidade e modernidade, a parteira Keretxchu e suas netas enfrentam dilemas culturais e escolhas pessoais.

YMBURANA
• Direção: Mamirawá com co-direção de Rômulo G. Pankararu e Maria K. Tucumã | Ficção | 13’18” | BA, PE | 2025
• Sinopse: Para virar doutor, Arian, um jovem indígena, sai do seu território e vai para a cidade grande onde se depara com os desafios culturais e urbanos da metrópole.