Governo do ES realiza investimentos para reduzir os impactos de mudanças do clima na agropecuária capixaba

Governo do ES realiza investimentos para reduzir os impactos de mudanças do clima na agropecuária capixaba
Obra de barragem concluída recentemente em Linhares.

O Estado de Atenção para a situação hídrica no Espírito Santo passou a valer nesta terça-feira (16), após a publicação de resolução da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) no Diário Oficial do Estado. O documento traz recomendações para o uso racional da água e, especificamente aos agricultores, indica o manejo adequado da irrigação aos usuários e empreendedores agrícolas. Outras ações já são desenvolvidas pelo Governo do Estado para diminuir os impactos das intempéries climáticas na agropecuária, como a construção de barragens e a entrega de ensacadoras de silagem a pecuaristas.

A Resolução 002/2024 da Agerh foi publicada devido à falta de chuvas e à estiagem dos últimos meses, que contribuiu para baixar as vazões em rios capixabas.

Dentro das ações da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), três barragens para a reserva de água estão em construção no Espírito Santo, uma barragem foi recentemente concluída e uma outra começa a ser feita nos próximos meses. Além disso, a Seag também destinou recursos para a pecuária leiteira, com o repasse de 40 ensacadoras de silagem para estoque de forragem voltada à alimentação do gado durante os períodos de seca.

“Na agricultura, temos que nos embasar por informações científicas e técnicas, sem negacionismo das questões climáticas, para podermos traçar estratégias eficazes de superação e adaptação às mudanças na dinâmica das chuvas e na elevação das temperaturas”, considera o secretário da Agricultura, EnioBergoli. “A obras das barragens já são comemoradas pelas comunidades beneficiadas por conta das dificuldades pelas quais passam as pessoas que moram em áreas sujeitas à seca, que incluem não apenas a restrição de água para o abastecimento humano, mas também para a dessedentação dos animais e para a irrigação das culturas”, conclui.

Barragens

No início deste mês de julho, o Governo do Estado, por meio da Seag, autorizou o início da construção da barragem no rio Piraquê-Açu, localizado na sede do município de Aracruz. A obra tem um investimento de R$ 30,5 milhões e capacidade de armazenamento de um milhão de metros cúbicos de água em uma área alagada de 29 hectares.

A barragem será utilizada para eliminar a insegurança hídrica da população que sofre nos períodos de secas, além de ser essencial para fins de captação para as lavouras e para dessedentação de animais.

Ainda nessa região do Estado, o Governo do Espírito Santo concluiu as obras de construção da barragem de Rio Quartel, com investimento estadual de R$ 1,3 milhão por meio da Seag. Esta é mais uma ação do Governo do Estado para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas que têm aumentado a irregularidade do regime de chuvas em várias regiões. A capacidade de armazenamento é de 186 mil metros cúbicos em uma área alagada de 14,82 hectares.

Em São Roque do Canaã, a barragem de São Dalmácio já está em construção e a previsão é de inaugurar até o final deste ano. O investimento da Seag na obra é da ordem de mais de R$ 7,6 milhões.

O sul capixaba também foi contemplado, recentemente, com um anúncio de obra de barragem. Em maio, o Governo do Estado autorizou o início das obras de construção da Barragem Córrego Ribeirão Floresta, no distrito de Burarama, em Cachoeiro de Itapemirim. A obra terá um investimento superior a R$ 1,4 milhão e terá capacidade de armazenamento de 25 mil metros cúbicos de água em uma área alagada de 1,43 hectares.

Outra barragem está prevista para começar a ser construída no Estado, desta vez no extremo norte, no município de Mucurici. A barragem de Itabaiana com investimento previsto de R$ 5,7 milhões para instalar uma capacidade de armazenamento de 723,6 mil metros cúbicos de água em uma área alagada de quase 20 hectares. O edital de licitação da obra foi publicado em meados do mês de maio.

Também está em andamento a elaboração de dois projetos de obra de barragem para os municípios de Jerônimo Monteiro (na localidade de Panamá) e de São Mateus (na comunidade de Bamburral). A Seag investe R$ 572 mil para elaborar os projetos, que devem ser concluídos até o mês de agosto.

Novas obras

As medidas para mitigar o impacto da estiagem no Espírito Santo recebem um reforço com outros nove projetos para novas barragens que começam a entrar no planejamento do Governo do Estado para os próximos anos.

No norte do Estado, as próximas obras de barragem estão previstas para os municípios de Baixo Guandu, Ecoporanga, Montanha, Governador Lindenberg e Jaguaré. Já no sul, os municípios beneficiados serão Alegre, Rio Novo do Sul e São José do Calçado.

Ensacadoras de silagem

O investimento na alimentação do gado leiteiro capixaba é uma das estratégias da Seag para garantir a nutrição animal em períodos de seca e elevar a qualidade da produção no Estado. Dessa forma, o Governo do Estado destinou, em 2024, o total de R$ 280 mil para a aquisição de 40 ensacadoras de forragem.

Os equipamentos foram entregues para uso coletivo dos pecuaristas capixabas. A ação faz parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite, lançado em agosto de 2023. A primeira entrega foi realizada para os municípios do norte e está atendendo a produtores de Águia Branca, João Neiva, Nova Venécia, Alto Rio Novo, Laranja da Terra, Ponto Belo, Baixo Guandu, Montanha, Santa Teresa e Barra de São Francisco.

Já na região sul, o repasse de equipamentos foi feito às prefeituras de Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Atílio Vivácqua, Bom Jesus do Norte, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Itapemirim, Itarana, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Santa Leopoldina, Rio Novo do Sul e Vargem Alta.

Além disso, também contam com o equipamento as seguintes associações: Cooperativa de Laticínios de Mimoso do Sul (Colamisul); Cooperativa Agrária Vale do Itabapoana (Cavil); Cooperativa de Laticínios Guaçuí (Colágua); Cooperativa de Laticínios de Alfredo Chaves (CLAC); e Cooperativa de Laticínios Selita.

Obras de modernização das Estações de Tratamento de Colatina em ritmo acelerado

Já as obras da segunda etapa da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barbados estão na fase de escavação e concretagem.

As obras de melhorias das Estações de Tratamento de água e esgoto de Colatina, anunciadas em cerimônia de ordem de serviço há 15 dias, já estão em ritmo acelerado. Este pacote recorde de investimentos na área do Saneamento, valor total de R$ 48 milhões, está sendo coordenado pela Prefeitura de Colatina, por meio da Secretaria Municipal de Empreendimentos Especiais, e executado pela Fundação Renova. O objetivo com estes investimentos é fazer com que Colatina tenha 100% do esgoto tratado.

A reforma e modernização para alta taxa de eficiência do decantador 1 na Estação de Tratamento de Água (ETA) II, no bairro Nossa Senhora Aparecida, já foi concluída, com a retirada das placas de amianto, execução de trama de madeira e instalação de colmeias de PVC. As equipes já estão fazendo este mesmo serviço no decantador 2 no bairro Nossa Senhora Aparecida e no decantador 3 da ETA I do bairro Marista.

Já as obras da segunda etapa da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barbados estão na fase de escavação e concretagem. E também já tiveram início os trabalhos no Sistema de Esgotamento Sanitário dos bairros Mário Giurizatto e Santa Helena.

Além destas ações nas estações de tratamento, parceria da Prefeitura, Sanear, Renova, Bandes, Governo do Estado, Caixa Econômica Federal e Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, foi inaugurado, em junho, o Centro de Distribuição de Água Tratada no bairro Morada do Sol. São seis reservatórios com capacidade total de 800 mil litros, beneficiando os bairros Columbia, São Miguel, São Marcos e Morada do Sol.

Estão previstas, ainda, obras de complementação do Sistema de Esgotamento Sanitário dos bairros Lacê e Maria das Graças.

Atingidos por barragem de Fundão cobram repactuação justa

Diversos setores da sociedade compareceram à Ales em busca de justiça e reparação aos danos ambientais e socioeconômicos do crime ambiental no Rio Doce –  Foto: Ellen Campanharo

Os impactos do crime ambiental ocorrido em 2015 que atingiu a Bacia do Rio Doce e a necessidade de uma repactuação justa do acordo com as empresas causadoras do desastre foram debatidos em audiência pública promovida pela Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Cipe Rio Doce). O evento aconteceu na tarde desta quarta-feira (10) na Assembleia Legislativa (Ales) e reuniu representantes dos atingidos, de instituições públicas e pesquisadores.

Na abertura dos trabalhos, a presidente da Cipe Rio Doce, deputada Janete de Sá (PSB), explicou que a audiência tinha como objetivo ouvir todas as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, com impacto em todo o Rio Doce. “A gente sente uma dificuldade muito grande dos atingidos serem ouvidos, há muito descontentamento com esse processo”, pontuou.

O deputado estadual Hudson Leal (Republicanos) falou que também é um atingido, pois tem embarcação e propriedade em Linhares. Ele pediu o reconhecimento de todo o litoral do Espírito Santo como área afetada e uma repactuação que beneficie a todos: pescadores, agricultores e demais atingidos.

Além dos citados, participaram dessa abertura dos trabalhos o coordenador da Cipe Rio Doce, Hernandes Bermudes, o assessor do deputado Lucas Scaramussa (Podemos) Arthur Loss, o procurador da Ales Ricardo Benetti e a defensora pública Maria Gabriela.

Fotos da reunião

A sequência da audiência foi dividida em três mesas de trabalho e um momento final de perguntas e respostas. A primeira mesa debateu as “Perspectivas de reparação no desastre do Rio Doce: aspectos judiciais, deliberação 58 e repactuação”. 

De acordo com o defensor público estadual e coordenador do Núcleo de Atuação em Desastres e Grandes Empreendimentos da Defensoria, Rafael Mello, a instituição lutou pelo reconhecimento do litoral norte do Estado como atingido pelo rompimento (Nova Almeida, Serra, Conceição da Barra, Aracruz, Linhares e São Mateus), medida obtida em 2024 com a Deliberação 58.

Ele exaltou especialmente a luta das mulheres e dos pescadores afetados pelos direitos dos atingidos, citou as vitórias pelos pagamentos do auxílio financeiro emergencial, a regularidade dos lucros cessantes anuais dos pescadores e, ainda, a discussão pelos direitos coletivos, como o abastecimento de água regularizado. “Conseguimos a primeira condenação esse ano e a gente luta para que o dinheiro seja revertido para as comunidades”, afirmou.

Segundo Elaine Costa de Lima, promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Trabalho de Recuperação do Rio Doce (GTRD) do Ministério Público estadual (MPES), os danos são multifacetados e apesar de valores estarem sendo debatidos, a luta é pela garantia de reparação dos 11 municípios capixabas incluídos na Deliberação 58.

Ela destacou que todas as demandas encaminhadas são incorporadas às propostas de repactuação e listou algumas: programa de retomada econômica dos municípios e das pessoas atingidas; programa residual de indenização para as pessoas que não foram indenizadas; criação de um fundo para estruturação da pesca; universalização do saneamento básico nos municípios afetados; e um fundo perpétuo para a saúde e execução das medidas ambientais, como restauração florestal e das nascentes.

Para a promotora, a Fundação Renova não vem cumprindo adequadamente o papel dela na reparação aos municípios e aos atingidos e desde 2016 a prestação de contas da fundação não é aprovada pelo Ministério Público. Por fim, criticou a postura das empresas envolvidas diante das mulheres atingidas, classificada por ela como “inaceitável”, e informou que existe uma ação neste sentido com vistas à inserção das demandas das mulheres no novo acordo.

Frederico Soares, defensor público da União que atua no âmbito dos Direitos Humanos no Espírito Santo, abordou a questão dos povos tradicionais atingidos pelo crime ambiental, como os indígenas e os quilombolas. Ele contou sobre a luta por indenizações que garantam uma efetiva reparação e pela criação de programas básicos ambientais nesses territórios.

Impactos socioeconômicos e ambientais

A segunda mesa teve como mote “Os impactos socioeconômicos e socioambientais no Rio Doce e os novos acordos de reparação dos danos provocados”. 

Um dos participantes foi o coordenador Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Heider Boza. Para ele, houve um primeiro crime em 2015, que segue até hoje por causa da contaminação das águas; e um segundo crime com a criação da Fundação Renova, que na visão dele viola os direitos dos atingidos. A preocupação é que a repactuação em curso seja um terceiro crime.

“A gente não faz parte da mesa de repactuação. Como está seguindo, caminhamos para um terceiro crime. (..) A gente quer ser ouvido, mas precisamos do retorno, debater ideias, confrontar, e isso a repactuação não garante. (…) Temos um grupo grande de pessoas que não foram reconhecidos”, alertou.

Nilton José dos Santos, agricultor ribeirinho atingido de Linhares, disse não haver indenização justa para os afetados e, devido a isso, eles partiram para a luta contra as empresas. Ele mostrou imagens da plantação de cacau dele antes e depois do crime contra o Rio Doce. De acordo com o produtor rural, a falta de água após o crime inviabilizou a lavoura.

O presidente do Sindicato dos Pescadores e Marisqueiros do Espírito Santo (Sindpesmes) João Carlos Fonseca, o Lambisgóia, fez uma apresentação do percurso da lama da barragem de Minas Gerais até o Espírito Santo. Ele lembrou que o Rio Doce é a fonte do camarão do Estado todo, não apenas dos municípios diretamente atingidos, e, por isso, todos devem ser indenizados.

Lambisgoia mostrou uma série de fotos de pescados do Rio Doce com diversas alterações, como uma espécie de tumores. “Antes de fazer a repactuação peço que olhem com carinho para os atingidos, principalmente os pescadores”, clamou.

A representante da Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (Adai) e coordenadora do projeto de Assessoria Técnica Independente na Bacia do Rio Doce, Lidiene Souza, reforçou que os problemas não foram causados pelas pessoas, mas pelas empresas e pela Fundação Renova.

Segundo Lidiene, a contaminação e a permanência da lama no Rio Doce têm causado problemas na vida econômica e no modo de vida das pessoas. “São nove anos que agricultores, o turismo, o comércio, os serviços, o pessoal do surfe e a pesca estão sofrendo com esses danos”, apontou.

Pesquisa feita pela Adai indicou que as famílias da região têm medo de consumir o pescado. “Oito em cada 10 famílias pararam com o consumo e a venda do peixe. Não existe segurança para o consumo do pescado. Isso não mexe só com a vida econômica, mas com a cultura alimentar dessas famílias”, ressaltou.

Para o engenheiro florestal e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), José Carlos Loss Júnior, o dano no rio foi muito amplo. Ele mencionou que o comitê jamais foi chamado para participar do grupo responsável pela repactuação. Também considera fundamental incluir na repactuação a implantação de programa de monitoramento das águas e dos sedimentos, a recuperação das nascentes e restauração florestal, e a melhoria dos sistemas de tratamento de água e esgoto. 

A secretária executiva do Comitê Gestor Pró-Rio Doce do Espírito Santo, Margareth Coelho, falou que desde o início o grupo trabalhou para suportar os efeitos da lama no Estado, mas que ninguém imaginava a dimensão do desastre. Ela classificou o fato como “o maior desastre da indústria de mineração do mundo”.

“Temos um conjunto de informações de antes da chegada da lama. Esse desastre ao longo dos anos foi se caracterizando não só como físico, mas também como químico e biológico”, enfatizou. “É um desastre dinâmico, toda vez que chove esses rejeitos se movem”, completou.

Ela também apontou três cadeias produtivas amplamente impactadas: turismo, pesca e agropecuária. Informou, ainda, que o sistema CIF (Comitê Interfederativo), do qual ela faz parte, tem a obrigação de orientar, monitorar e fiscalizar as ações da Fundação Renova.

Qualidade da água

Dois professores que integram o Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática – Porção Capixaba do Rio Doce e Região Costeira e Marinha Adjacente (PMBA), executado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), também falaram na audiência. Renato Rodrigues Neto tocou na questão da água e dos sedimentos. 

Ele contou que o grupo foi 12 dias antes de a lama chegar à foz do Doce para coletar amostras e que as análises químicas apontaram coisas comuns existentes na natureza, como ferro e alumínio, todas em concentrações normais. Entretanto, as amostras coletadas posteriormente indicaram alterações nos compostos analisados, alguns, de forma elevada. “Temos bastantes evidências do processo de contaminação e poluição”, garantiu.

Já o professor Adalto Bianchini recordou aos presentes que, por conta do desastre, inúmeros metais atingiram o rio e reportou que esses metais não podem ser destruídos e ficam se movimentando. Ele falou que 11 elementos são monitorados e ,de modo geral, os pescados dos locais atingidos possuem certo grau de contaminação, representando riscos para a população.

“Estamos vivenciando um efeito crônico, por não serem destruídos os metais vão continuar agindo. Vêm do rio, desce, se acumula na foz, encontra o mar, se não consegue avançar no mar ele espraia pela costa do Estado, da Bahia e até a costa norte do Rio de Janeiro. É praticamente impossível retirar essa quantidade de metais (das águas)”, observou.

Visão dos atingidos

A terceira e última mesa da audiência teve como tema “Rompimento da barragem de Fundão: A visão do atingidos”. Luciana Souza de Oliveira, moradora de Regência e representante do Fórum da Foz e dos Atingidos nos Conselhos Municipal e Estadual de Vulnerabilidade Social do Espírito Santo, criticou a falta de representantes dos atingidos na mesa da repactuação. “O atingido não precisa de porta-voz, ele fala por si. Quem sofre com o desrespeito são os atingidos”, disparou.

Josué dos Santos Neto, produtor rural de cacau de Povoação, distrito na Foz do Rio Doce, em Linhares, falou que há 9 anos a plantação dele sofre com os efeitos dos minérios. “Estou passando por várias dificuldades. Minha produção caiu a zero, tentamos retomar esse ano. Nosso terreno é plano, moro a 40 metros do rio e não tenho fornecimento de água potável”, lastimou. 

Outro participante de Povoação foi Peterson da Silva Pontes, representante da comunidade. Ele enfatizou o sofrimento diante da impunidade após 9 anos da tragédia ambiental. “Mudou o modo de vida de milhares de pessoas ao longo do Rio Doce e a Vale, Samarco e BHP Billiton estão impunes por matarem 19 pessoas e atrapalharem a vida das pessoas”, afirmou. Ele pediu medidas rigorosas contra as empresas e reforçou que os atingidos apenas querem justiça. 

Por fim, falou Varner de Santana Moura, coordenadora da Comissão Municipal e Territorial de Marilândia e Colatina e coordenadora do Coletivo de Mulheres nas Comunidades Ribeirinhas de Marilândia. “O pescado antes era fonte de renda e de proteína, mas hoje isso se tornou impossível. Se os peixes estão contaminados daquela forma, imagina nós que estamos bebendo essa água contaminada?”, indagou.

Ela lembrou que quando ocorrem enchentes no rio o terreno é novamente contaminado, prejudicando a produção rural, inclusive, apontou redução na plantação de cacau de Linhares em virtude de boa parte da lavoura ser feita na margem no rio. Também relatou que  árvores estão morrendo e não produzem mais como antigamente. Toda essa situação estaria levando a problemas sociais, com pessoas com sintomas de depressão. 

Questionamentos

Após o encerramento das mesas foi aberto um espaço para que os atingidos pudessem fazer perguntas para os presentes e sugerir medidas a serem incluídas na repactuação do acordo. Entre as solicitações estiveram ações para ocupar os jovens das comunidades afetadas; melhorias no sistema de cadastro da Renova; pedidos de proibição da pesca em todo o Rio Doce e não apenas na Foz, como está atualmente; indenização vitalícia para os pescadores; inclusão de Patrimônio da Lagoa, em Sooretama, como área atingida; acompanhamento da saúde dos afetados; ampliação dos pontos de monitoramento da água; distribuição de água potável para os afetados; monitoramento dos animais domésticos; e ações para revitalizar os comércios das regiões afetadas.

O defensor público Rafael Mello respondeu algumas dessas demandas. Ele disse estar tomando providências a respeito do cadastro dos atingidos para que recebam as devidas indenizações. Também ressaltou que a Defensoria e o Ministério Público vão cobrar reparação justa na repactuação. Acolheu as solicitações de participação social dos atingidos e relatou que por diversas vezes as empresas atuaram para barrar a participação dos afetado, mas assegurou que as instituições lutam por isso. O defensor também se comprometeu a buscar estruturas para as crianças e os jovens.

Ao final dos trabalhos, Janete de Sá fez um compilado dos demais pedidos e anunciou as seguintes medidas: pedido de monitoramento da saúde da população atingida à Secretaria de Estado da Saúde; reconhecimento como atingidos de toda a cadeia de pescadores e marisqueiros do Espírito Santo e dos agricultores ribeirinhos da Foz do Rio Doce; ampliação da abrangência para repactuação de mais áreas, como Patrimônio da Lagoa, em Sooretama; inclusão dos impactos aos animais domésticos; reunião com a Renova para implantar as ações da Deliberação 58; monitoramento das barragens em Minas Gerais; medidas para garantia da segurança alimentar dos atingidos; e, ainda, o reconhecimento das mulheres atingidas. Fonte e foto ales

Guerino Balestrassi busca em Brasília, novos recursos federais com a bancada capixaba e regularização do trecho da Beira Rio para construção do shopping em Colatina

Nos próximos 15 dias o comitê da SPU deve votar favorável à regularização e, posteriormente, a Prefeitura de Colatina fará os encaminhamentos definitivos.

Uma visita importante na busca por mais recursos federais para obras de infraestrutura e investimentos nas áreas sociais de Colatina, além da regularização, junto à União, do trecho da avenida Beira Rio que irá receber a construção do futuro shopping center da cidade. Estes foram os objetivos da visita do prefeito Guerino Balestrassi a Brasília nesta quarta-feira, dia 10.

Na Secretaria de Patrimônio da União (SPU), com a presença do deputado federal Josias Da Vitória, concluiu-se mais uma etapa para a regularização dos mais de 130 mil metros quadrados da Avenida Beira Rio.

Além de garantir a instalação do novo shopping center em Colatina, a regularização junto à SPU é importante para que a região possa receber, ao longo dos próximos anos, ações e projetos que possam gerar mais emprego e renda, sempre de forma sustentável, potencializando o lazer, o turismo e atendendo às exigências do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

“Nos próximos 15 dias o comitê da SPU deve votar favorável à regularização e, posteriormente, a Prefeitura de Colatina fará os encaminhamentos definitivos. Além do deputado federal Da Vitória, as participações da deputada federal Jack Rocha, do deputado estadual Marcelo Santos e da então ex-senadora Rose de Freitas foram determinantes para chegarmos neste momento e atender as diretrizes do uso de áreas públicas da União para desenvolvimento das potencialidades urbanísticas, econômicas e sociais de Colatina, em especial a Área Verde da Avenida Senador Moacyr Dalla”, afirmou o prefeito de Colatina.

Na Fundação Ulysses Guimarães, com a presença do vice-governador Ricardo Ferraço e do deputado federal Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, o prefeito Guerino Balestrassi participou do evento ‘Educação do Futuro’, em que apresentou os investimentos da gestão educacional em Colatina para lideranças de todo o país.

a visita do prefeito Guerino Balestrassi a Brasília foi ontem quarta-feira, dia 10.

“Guerino é um orgulho para o MDB, discutindo com profundidade as transformações que a Educação pode exercer na sociedade, principalmente pelo belíssimo papel que vem desempenhando nesta área em Colatina, que é uma referência para as crianças e jovens”, pontou o deputado federal Baleia Rossi.

O prefeito Guerino Balestrassi também se encontrou com os deputados federais Josias Da Vitória, no Centro de Estudos e Debates Estratégicos, e com Victor Linhalis e Paulo Foletto, no Congresso Nacional. Entre os novos investimentos da bancada federal capixaba, R$ 4,6 milhões para a construção de um novo ginásio poliesportivo em Colatina.

“Graças à emenda do deputado federal Da Vitória, iremos construir um moderno ginásio no lado sul da cidade, com o aval do Comitê Paralímpico. Será uma referência para o esporte e para a inclusão social”, concluiu Balestrassi. Fonte e foto PMC

Governo do Estado autoriza novo concurso para Polícia Penal do Espírito Santo

A remuneração do cargo de policial penal é de R$ 4.717,08, mais auxílio-alimentação no valor de R$ 600,00.

O governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou na última quarta-feira (03), um novo concurso público para a Polícia Penal do Espírito Santo (PPES). Serão ofertadas 600 vagas para o cargo de policial penal. Para publicação do certame, os procedimentos administrativos serão iniciados a fim de selecionar a banca organizadora do concurso e os demais critérios de seleção. A previsão é publicar o edital em março de 2025.

“Estamos autorizando os procedimentos administrativos para o novo concurso da Polícia Penal. Uma polícia que é nova, que acabamos de criar. Por isso, precisamos dar todas as condições de trabalho para esses profissionais que são responsáveis pela segurança do sistema prisional do Estado”, disse Renato Casagrande.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destaca que o certame é fundamental para recompor os quadros da Polícia Penal do Espírito Santo. “Já temos um concurso em andamento com previsão de iniciar o curso de formação em agosto. O novo certame, com a oferta de 600 vagas, vai possibilitar o alcance do número pleno dos quadros da Polícia Penal do Estado. É um anúncio importante, pois com o aumento do efetivo policial, poderemos ampliar e qualificar ainda mais as operações de segurança no sistema prisional capixaba”, destacou Rafael Pacheco.

O diretor-geral da Polícia Penal do Espírito Santo, José Franco Morais Júnior, reforçou a importância do momento para a polícia penal e o compromisso do Governo com a política de continuidade. “O novo concurso vem complementar o anterior e o ingresso de novos profissionais será a garantia de uma continuidade desses serviços e avanço da estrutura recém-regulamentada”, completou José Franco.

Concurso em andamento
Um Concurso Público para provimento da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES) já está em andamento. A investigação social é a entrega de documentos que comprovem a situação de antecedentes criminais, sociais, familiares e profissionais e acontece entre os dias 05 e 10 de julho.

Participam desta etapa todos os candidatos aptos no Exame de Saúde. A convocação pode ser acessada pelo site da banca organizadora, o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (IBADE) pela página (www.ibade.org.br). O resultado preliminar da Investigação Social será publicado no dia 29 de julho.

Os candidatos foram submetidos a prova objetiva, Teste de Aptidão Física (TAF), Prova de Aptidão Psicológica e Psicotécnica, exame de saúde, heteroidentificação, investigação social, todos de caráter eliminatório. A próxima fase do edital é referente à convocação para o curso de formação, que tem início no dia 19 de agosto.

Entre as atribuições do cargo de policial penal estão atividades voltadas ao planejamento, organização, monitoramento, execução e avaliação das atividades de rotina inerentes à gestão penitenciária e atividades assistenciais prestadas às pessoas privadas de liberdade.

A remuneração do cargo de policial penal é de R$ 4.717,08, mais auxílio-alimentação no valor de R$ 600,00, com carga horária de 40 horas semanais, conforme Lei Complementar nº 1.059, publicada no dia 08 de dezembro de 2023. Fonte e foto governo do es

Governo do ES reajusta bolsa de estágio do “Jovens Valores”

Ainda segundo a proposta, remuneração será diferenciada de acordo com nível de escolaridade dos estudantes que fazem parte do programa. Foto: Assessoria de Comunicação da Seger

Estagiários inscritos no programa Jovens Valores, do governo estadual, devem ter reajuste na bolsa que recebem. Além disso, o valor será diferente de acordo com a escolaridade. Esse é o objetivo do Projeto de Lei (PL) 332/2024, assinado pelo Poder Executivo e com efeitos financeiros retroativos a  1º de maio. A matéria será lida na sessão ordinária desta segunda-feira (8), quando também deverá ser votado requerimento para que tramite em urgência. 

Hoje estudantes do ensino médio, técnico e superior que fazem parte do programa recebem R$ 689,96 por mês para estagiar em órgãos da administração pública estadual. Se a proposta virar lei, essa importância passará a ser de R$ 827,95 para alunos do ensino médio, e de R$ 896,27 e R$ 1.034,94 para os de nível técnico e superior, respectivamente. 

Segundo o governador Renato Casagrande (PSB) na mensagem do texto, esse modelo de estágio reúne 3.292 vagas, sendo 2.302 oportunidades disponibilizadas atualmente para estudantes com 16 anos ou mais que estejam regulamente matriculados, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O chefe do Executivo afirma que o acesso à iniciativa é priorizada para famílias de vulnerabilidade social e econômica ou que residem em territórios do programa Estado Presente.

De acordo com o disposto na matéria, o pagamento da complementação educacional será realizado diretamente ao estagiário, seguindo a agenda estabelecida de remuneração dos servidores públicos estaduais. Além disso, cada órgão público será o responsável orçamentário pelos custos decorrentes da bolsa.

Repercussão financeira 

Comparando com o cenário atual, em que existem 693 estagiários ativos dos três níveis de ensino com remuneração igual, a proposta apresenta acréscimo financeiro de R$ 1.798.337,94 por ano. 

O governo enviou a repercussão financeira para outras duas situações: caso de todos os 3.292 postos do programa venham a ser ocupados, o impacto seria de R$ 8.568.600,84 anualmente. 

Esse quantitativo seria de R$ 5.991.148,44 se estudantes estivessem inscritos nas 2.302 vagas autorizadas para o Jovens Valores.  

Tramitação

Acompanhe a tramitação do PL 332/2024

Casos de dengue seguem preocupando, aponta Sesa

Secretário Miguel Duarte alertou para aumento das notificações da doença no estado em prestação de contas à Comissão de Saúde da Ales- foto sesa

Os casos de dengue registrados no Espírito Santo durante o primeiro semestre de 2024 ultrapassam o total de notificações da doença em todo o ano passado. Até 29 de junho de 2024, foram registrados 206.103 casos de dengue no estado, contra 191.136 notificações de janeiro a dezembro de 2023. São aproximadamente 15 mil casos a mais, o que representa um crescimento próximo a 8%. 

A informação foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte, em prestação de contas realizada na manhã desta sexta-feira (5) na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). O gestor apresentou um relatório detalhado das ações e investimentos realizados pela Secretaria da Saúde (Sesa) no primeiro quadrimestre de 2024. 

Principal assunto abordado na prestação de contas anterior, o gestor argumenta que, apesar do aumento do número de casos de dengue, foi observada uma redução da letalidade da doença no estado, que atingiu o menor índice desde 2012. 

Neste ano, até a 26ª semana epidemiológica, o estado registrou 30 mortes do total de casos graves de dengue, o que representa 1,32%. Em 2012, esse índice era de aproximadamente 12%.

“Nós tivemos uma redução na letalidade. Ela foi a menor desde 2012, quando nós apuramos, então nós fomos e agimos no momento certo para evitar a letalidade. Tivemos as parcerias dos municípios, que fizeram suas salas de hidratação, que trabalharam em campanhas de redução de focos, e nós conseguimos então ter no estado do Espírito Santo 30 óbitos confirmados em relação a 2.226 casos graves”, analisou Miguel.

Febre do Oropouche

Ainda segundo o secretário, o Espírito Santo identificou um novo desafio de saúde pública, a Febre do Oropouche (FO). Já são 369 casos confirmados da doença, que apresenta sintomas parecidos com os de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, incluindo febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular, dor articular e tontura.

“Como a saúde sempre tem novos desafios, nós temos agora a oropouche. O Espírito Santo foi um dos primeiros a identificar. Por que? Porque nós começamos a testar todas as pessoas que não davam positivo para dengue, zika e chikungunya. Nós fizemos, então, a opção por testar essas pessoas com a oropouche, e fomos um dos primeiros estados fora do norte a identificar este novo enfrentamento que a gente precisa em termos de vigilância epidemiológica”, contou Miguel.

Sífilis congênita

Outra doença que apresentou crescimento no período foi a sífilis congênita, cujo número de casos vem subindo rapidamente desde 2020. Nos primeiros quatro meses deste ano, foram 274 notificações. A projeção para 2024 é de 825 casos. 

Em 2020, o estado registrava 401 casos da doença. Isso significa que, em quatro anos, o Espírito Santo mais que dobrou a incidência de sífilis congênita em seu território.

Para combater o avanço da enfermidade, o Estado implantou, em abril, o Comitê Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita e lançou ainda o Plano Estadual de Enfrentamento à doença.

Judicializações

Velhos conhecidos da gestão de saúde no Espírito Santo, os processos judiciais representam um alto gasto para o Estado. A expectativa é de que, neste ano, o número de judicializações ultrapasse os índices do ano passado, chegando a 13.983 processos versus os 13.278 registrados em 2023. Desse montante de ações, o acesso a consultas e exames aparece em destaque, bem como o pedido de internações clínicas. 

Em relação às despesas diretas com demandas judiciais, o fornecimento de remédios representa o maior custo, com aproximadamente R$ 17,5 milhões gastos apenas no primeiro quadrimestre do ano para atender aos pedidos. 

“Boa parte dessas judicializações são de medicamentos não incorporados ao SUS, então que nós não podemos fornecer mesmo sem ser de forma judicial, e inclusive não deveria ser fornecido, já que não é um componente do Sistema Único de Saúde, não passou pela Conitec, não passou pela Anvisa, que são os órgãos que deliberam pela utilização de materiais e medicamentos do sistema único de saúde. Mas, mesmo assim, nós temos profissionais que prescrevem e temos alguns juízes que acatam essa prescrição”, analisou Miguel. 

Gastos com cirurgias eletivas feitas via processo judiciais também aumentaram, passando de R$ 1,4 milhão nos primeiros quatro meses de 2023 para R$ 1,9 milhão no primeiro quadrimestre deste ano. Segundo o gestor, o aumento de judicializações na área deve-se à má conduta de alguns cidadãos. 

“O que acontece nesse pedido de cirurgia? Ele está menos relacionado ao acesso e, sim, mais relacionado a furar fila. A pessoa está aguardando, está numa fila regular, mas ela quer que o seu caso seja feito de maneira mais emergencial”, argumentou o secretário.

Espera

Por falar em cirurgias eletivas, Duarte acrescenta que um dos grandes desafios da pasta é reduzir o tempo de espera na fila do SUS. “Nossa intenção é trabalhar com a resolução do CNJ que (…) dá uma orientação para que as cirurgias eletivas sejam realizadas em um prazo de até 180 dias, esse é o trabalho que nós estamos fazendo”, contou.

Atualmente, o tempo de espera para realização de cirurgias eletivas no estado é de 195 dias, apenas 15 acima do que prioriza a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Soluções administrativas 

Um novo dado apresentado pelo gestor trata de processos extrajudiciais na saúde. Entre 2020 e 2024, casos dessa modalidade passaram de 11 para 22%. A tentativa é solucionar demandas antes que o processo judicial ocorra.

Para atingir esse resultado, a Sesa criou, entre outras ações, um Centro de Negociações Preventivas, que atende administrativamente demandas do Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria em consultas. De acordo com o secretário, foram 1.306 atendimentos realizados no período, com 65% de resolubilidade. 

Investimentos

Ainda em sua apresentação, o secretário afirmou que o Espírito Santo é o estado com maior volume de investimento em saúde por habitante das regiões Sul e Sudeste. 

Segundo dados da Sesa, foi destinado um total de R$ 1.329.805.870,10 em ações e serviços públicos de saúde nos primeiros quatro meses do ano. Desse montante, R$ 1.055.889.581,92 foram recursos próprios do Estado, representando 79,40% do total. Os recursos federais somaram R$ 273.373.300,23, equivalentes a 20,56% do montante.

De acordo o gestor, o Espírito Santo apresenta o maior investimento per capita em saúde das regiões Sul e Sudeste e um dos maiores do país. “Com esse valor [de investimento] a gente termina provavelmente o ano acima de R$ 1.100 per capita. É o maior investimento do Sul e Sudeste (…), e nós ficaríamos, entre os 27 estados, em terceiro lugar com gastos per capita em saúde”, afirmou Duarte.

Mortalidade materna e infantil

Outro destaque apresentado pelo gestor foi a redução da mortalidade infantil e materna no Espírito Santo. De acordo com o secretário, o estado possui a menor taxa de óbitos maternos do país e um dos menores índices de mortalidade infantil.

A série histórica de 2018 a 2024 apresenta estabilidade e uma leve diminuição dos registros de óbitos de crianças, indo de 596 casos em 2018, para a projeção de 540 casos este ano.

Já no que tange aos óbitos maternos, a diminuição é ainda mais significativa. Se comparados aos registros de 2021, ano com maior pico de casos, o número de mortes que decorrem da gestação, parto e puerpério caiu de 49 para 16, em 2023. Este ano, a expectativa é de 15 óbitos maternos. 

Para Miguel, a parceria com os municípios e os investimentos em atenção primária, como o aumento do número de equipes de saúde da família, são significativos para os resultados obtidos. “Esse, sim, é um trabalho que funcionou muito bem com os municípios, a mortalidade materna. Então nós viemos, desde 2021, com uma queda acentuada e este ano nós tivemos 5 óbitos apenas no primeiro quadrimestre, o que projeta o final de ano com 15 óbitos. Cabe ressaltar que nenhum óbito é aceitável, (…) o ideal seria ser sempre zero, mas este é um trabalho feito com os municípios (…)”, destacou o secretário. 

Atenção básica e hospitalar

Dados apresentados pela pasta mostram ainda um investimento de R$ 23.167.440,70 na atenção básica de saúde e R$ 1.118.587.105,82 na assistência hospitalar e ambulatorial. Essas ações incluíram a expansão da cobertura vacinal, principalmente em crianças menores de 1 ano, a introdução de novas tecnologias no atendimento e a capacitação de profissionais. 

Em relação à vacinação, o estado apresentou crescimento da adesão a todos os imunizantes do calendário infantil, incluindo poliomielite, tríplice viral e BCG, que atingiu 94,14% de cobertura, ultrapassando a meta de 90% definida pelo Ministério da Saúde.

Sobre infraestrutura de atenção primária, segundo o gestor, o estado possui 107 Unidades Básicas de Saúde (UBS) distribuídas em 52 municípios capixabas, e ainda 97 obras iniciadas.

Apoio aos municípios

Entre as principais ações destacadas pelo gestor, está o apoio aos municípios atingidos por enchentes. Segundo o secretário, a Sesa mobilizou uma força-tarefa para reestruturar as redes de saúde em cidades severamente afetadas por tragédias dessa natureza, como Apiacá, Alegre, Bom Jesus do Norte e Mimoso do Sul. 

As equipes realizaram atendimentos em diversas especialidades médicas, distribuíram vacinas, medicamentos e materiais de curativos, higiene pessoal, além de fornecer equipamentos como respiradores e ambulâncias.

“(…) além desses itens, que são itens materiais, o mais importante foi a presença da nossa equipe, ajudando a estruturar as políticas que foram bastante afetadas. Nós tivemos, por exemplo, um helicóptero disponível para levar os pacientes que precisavam fazer diálise em outros municípios, pacientes em tratamento oncológico… Nós também levamos, para as áreas mais remotas, nós levamos de helicóptero, disponibilizamos vans da Secretaria de Estado da Saúde para fazer esse transporte sanitário onde era possível acessar, então foi uma ação bastante integrada”, lembrou Duarte.

O deputado Dr. Bruno Resende (União), presidente do colegiado, atestou o trabalho da Sesa. “Inclusive, sou testemunha visual de tudo isso, Miguel.

Eu posso atestar que se não fosse a parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, esses municípios teriam tido desabastecimento, mas na verdade não faltou remédio hora nenhuma e isso foi devido a um excepcional trabalho realizado pela sua equipe e você, junto ao secretários de Saúde dos municípios, que permitiram que a assistência não deixasse de existir em momento nenhum”, concluiu Dr. Bruno.

Conselho

Apesar de considerar a prestação de contas satisfatória, o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Márcio Romanha, fez alguns apontamentos.

“A gente vê com bons olhos o relatório desse primeiro quadrimestre de 2024 (…). Claro, sempre teremos desafios. Desafios da sífilis congênita hoje no estado do Espírito Santo, que é inadmissível a gente ainda ter crianças recém-nascidas já nascendo com a sífilis. Então a gente precisa sim combater esse tipo de doença no estado, assim como ampliar o acesso a alguns outros tratamentos, como a questão do câncer de mama, do câncer do colo de útero, mas a gente vê com bons olhos aí alguns avanços (…)”, pontuou o conselheiro. 

Inovação e sustentabilidade na indústria da construção no ES

Obra do planetário em Colatina

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), anuncia a participação no ES Construção Brasil, uma conferência sobre digitalização, práticas ESG e inovação na indústria da construção. O evento será realizado de 17 a 19 de julho, das 14h às 21h, no Pavilhão de Carapina, no município da Serra, e será aberto para o público.

A feira busca conectar empresas com construtores, varejistas e profissionais da área da construção que soluções que moldam o futuro do setor, na ES Construção Brasil expositores vão apresentar novidades em produtos, materiais e soluções para construção civil, com novos produtos e sistemas de automação, o evento busca reunir tecnologias que estão revolucionando a área da construção.

Durante o evento, a Secti estará presente com um estande dedicado à exposição de projetos e soluções inovadoras na área da ciência e da tecnologia. O objetivo é apresentar ao público as iniciativas do Governo do Estado para fomentar a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias no setor da construção civil.

“O ES Construção Brasil é um evento de extrema importância para o nosso estado e para o setor da construção civil como um todo. A presença da Secti no evento reforça o nosso compromisso com a promoção da inovação. Nosso objetivo é mostrar ao público como o Governo do Estado está investindo em projetos que não apenas modernizam o setor da construção civil, mas também promovem a sustentabilidade e a responsabilidade social”, afirmou o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas.

Serviço:

Datas: 17 a 19 de julho.

Local:  Pavilhão de Carapina, Av. Marginal, 5.196 – Jardim Carapina, Serra – ES, 29161-793.

Informações Assessoria de Comunicação da Secti

Expo Construção Offsite recebeu mais de 10 mil visitantes e cresce 30% em comparação com à edição de 2023

A feira levou para o Sambódromo do Anhembi produtos, serviços e projetos inovadores do setor da construção modular.

Mais de 10 mil pessoas passaram pelo Sambódromo do Anhembi, na última semana, para conferir a quinta edição da Expo Construção Offsite (ECOS). Mais moderna, confortável e ocupando quase toda a extensão da passarela do samba, o evento reuniu estudantes, professores, gestores e profissionais do setor da construção modular para uma verdadeira maratona de conhecimento e inovação. Foram quatro dias de imersão total em projetos inovadores, networking, demonstrações ao vivo de novas tecnologias e muito aprendizado com os mais renomados profissionais da área.

Com um crescimento de 30% de marcas em relação à edição de 2023, a Expo Construção Offsite trouxe para o sambódromo uma das maiores novidades do setor: a impressora 3D de casas da empresa Printek, uma tecnologia que produz concreto leve até 10 vezes mais rápido que o tradicional, e ainda reduz em até 70% a demanda de material utilizado na construção.

A ECOS também contou com uma variedade de soluções para o setor de hotelaria, como módulos, chalés, estúdios, kitnets, casas-contêineres para Airbnb e cabanas. Vale destacar o projeto da empresa Compass, construído com um contêiner marítimo. A estrutura de 60 m² tem conceito integrado, isolamento térmico e acústico, e fachadas com grandes janelas para o aproveitamento da luz natural. O projeto tem como principal objetivo proporcionar o sentimento de refúgio, onde o visitante possa se conectar com a natureza e desfrutar de todas as comodidades de um espaço moderno.

Outros destaques para o setor de hotelaria foram apresentados pela empresa CMC Módulos, que exibiu uma série de projetos modernos, confortáveis e de rápida produção. Entre eles, a Tiny House Cove, que pode ser utilizada em uma variedade de ambientes, como campo, florestas, camping etc. A estrutura de 50,90 m² possui painéis solares, lareira ecológica, deck, sistema de água quente e fria, iluminação planejada e materiais de acabamento de altíssima qualidade. O módulo destacou-se por conta de seu design elegante e moderno

A casa impressa em 3D pela empresa Cosmos foi outro grande destaque da ECOS 2024. Totalmente mobiliada, a estrutura conta com uma sala, cozinha, banheiro e dois quartos. O projeto levou oito dias para conclusão, sendo quatro dias para o processo de impressão, dois para a montagem e outros dois para acabamento e decoração.

Neste ano, a ECOS contou com o retorno do FOCOS – Fórum da Construção Offsite, um dos mais importantes seminários da construção modular do país. Foram mais de 20 palestrantes que, juntos, entregaram conteúdos exclusivos sobre o cenário do setor modular no Brasil. Entre os principais temas abordados neste ano, a crise habitacional, a eficiência energética na construção civil e a implantação da filosofia Lean Enterprise foram os destaques

 A Expo Construção Offsite 2024 foi uma edição épica’, reflete Marcos Bueno, CEO da ECOS. ‘Foram quatro dias de muitos negócios e networking. Visitaram a feira os mais importantes empresários do mundo da construção civil e de vários segmentos da economia, todos em busca de soluções inovadoras para construir ou ampliar seus negócios. Esta edição consagrou a exposição como a mais importante para construção moderna da América Latina. A expectativa para 2025 é dobrar o número de expositores, já que estamos com uma renovação de espaço de 50%. O mercado modular offsite está em plena expansão’, finaliza o gestor.

A Expo Construção Offsite aconteceu entre os dias 4 e 7 de junho, no Sambódromo do Anhembi, zona norte de São Paulo.

Mercado de IoT pode atingir a marca de US$ 3,3 trilhões até 2030, mostra pesquisa

Setores estão colhendo grandes benefícios com a implementação da tecnologia. – Foto: Pixabay

A revolução tecnológica impulsionada pela Internet das Coisas (IoT) está projetando um futuro de possibilidades sem igual. Segundo a pesquisa da Fortune Business Insights, o mercado global de IoT está prestes a atingir uma marca extraordinária: US$ 3,3 trilhões até o ano de 2030. Essa projeção não apenas sugere um crescimento exponencial, mas também indica uma mudança que deve impactar todos os aspectos de nossas vidas.

À medida que nos aproximamos dessa nova era impulsionada pela conectividade e pela inteligência dos dispositivos, a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o mundo ao nosso redor está sendo radicalmente transformada.

A IoT não é apenas uma tecnologia, é o catalisador de uma nova era digital, onde objetos físicos se tornam “inteligentes”, capazes de coletar, transmitir e analisar dados em tempo real.

Com ela, as fábricas estão se tornando mais do que locais de produção, estão se transformando em ecossistemas inteligentes, onde máquinas se comunicam entre si, processos são otimizados e a eficiência é maximizada.

O futuro prometido pela IoT não é apenas sobre números impressionantes de crescimento de mercado, mas sobre a promessa de um mundo onde a tecnologia está intrinsecamente ligada ao nosso dia a dia, impulsionando a inovação, a eficiência e, acima de tudo, a qualidade de vida.

Impacto da IoT na sociedade

A Internet das Coisas está desempenhando um papel cada vez mais central em nossas vidas, redefinindo a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor. Desde a automação residencial, onde dispositivos inteligentes gerenciam luzes, termostatos e sistemas de segurança, até a saúde digital, onde dispositivos vestíveis monitoram constantemente nossos sinais vitais, a IoT está transformando radicalmente nossas experiências cotidianas.

Além disso, no campo da mobilidade urbana, a IoT está contribuindo para cidades mais inteligentes e sustentáveis, otimizando o tráfego, gerenciando o transporte público de forma mais eficiente e monitorando a qualidade do ar, tudo em tempo real.

Entretanto, os impactos da IoT não se limitam apenas ao âmbito doméstico e urbano. No setor de saúde, ela está revolucionando a prestação de cuidados médicos, permitindo monitoramento remoto de pacientes, diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados.

A IoT é uma força transformadora que está moldando o futuro da sociedade, impulsionando a inovação e promovendo uma maior conectividade e eficiência em todas as esferas da vida humana.

Indústria 4.0 e o papel da IoT

A Indústria 4.0 representa uma nova era na manufatura, caracterizada pela digitalização, automação e interconectividade dos processos industriais. Nesse contexto, a Internet das Coisas desempenha um papel fundamental.

Ao conectar máquinas, dispositivos e sistemas em uma rede inteligente, a IoT permite a coleta e análise de dados em tempo real, possibilitando a tomada de decisões mais rápidas e precisas.

Além disso, ela viabiliza a criação de fábricas inteligentes, onde a produção é otimizada, os custos são reduzidos e a qualidade é aprimorada por meio da automação e da manutenção preditiva.

Componentes-chave da IoT

Os componentes essenciais da IoT incluem:

  • sensores inteligentes
  • dispositivos conectados
  • redes de comunicação
  • plataformas de análise de dados

Os sensores são responsáveis por coletar informações do ambiente físico, como temperatura, umidade e movimento. Esses dados são transmitidos por meio de dispositivos conectados, como smartphones ou dispositivos específicos de IoT, usando tecnologias de comunicação sem fio, como Wi-Fi, Bluetooth ou 5G.

Uma vez coletados, os dados são processados e analisados em plataformas especializadas, onde algoritmos de inteligência artificial e análise de big data extraem insights valiosos para apoiar a tomada de decisões e aprimorar os processos.

Ecossistema inteligente e seus benefícios

A IoT cria um ecossistema inteligente onde objetos físicos estão conectados e interagem entre si de forma autônoma. Esse ambiente inteligente oferece uma série de benefícios, incluindo a otimização de processos, a redução de custos operacionais, o aumento da eficiência energética e a melhoria da qualidade de vida.

Por exemplo, na agricultura, a IoT permite o monitoramento em tempo real das condições do solo e das plantas, possibilitando uma irrigação precisa e o uso eficiente de fertilizantes. Da mesma forma, nas cidades inteligentes, a IoT facilita a gestão do tráfego, o monitoramento da qualidade do ar e a oferta de serviços públicos mais eficientes e personalizados.

Setores impactados pela IoT

Diversos setores estão sendo significativamente impactados pela Internet das Coisas, além da indústria.

Como apontamos acima, na área da saúde, por exemplo, a IoT está impulsionando a telemedicina, possibilitando o monitoramento remoto de pacientes e a gestão eficiente de dispositivos médicos.

No setor agrícola, a IoT está revolucionando a agricultura de precisão, permitindo o monitoramento detalhado das condições do solo, clima e cultivo, aumentando assim a produtividade e reduzindo os custos.

Já na logística e transporte, a IoT está melhorando a gestão de frota, rastreamento de cargas e segurança nas estradas, otimizando a cadeia de suprimentos e reduzindo os tempos de entrega.

Transformação das fábricas

A adoção da IoT também está transformando as fábricas, impulsionando o surgimento das chamadas fábricas inteligentes. Essa transformação envolve a integração de tecnologias avançadas, como sensores inteligentes, dispositivos conectados e análise de dados em tempo real, para automatizar e otimizar os processos industriais.

Como resultado, as fábricas estão se tornando mais eficientes, flexíveis e personalizadas, capazes de responder rapidamente às mudanças na demanda do mercado e produzir produtos de alta qualidade com menor desperdício e custo.

Fábricas inteligentes e suas características

As fábricas inteligentes são caracterizadas por uma série de recursos e tecnologias inovadoras. Elas são altamente automatizadas, com máquinas e equipamentos interconectados que podem se comunicar entre si e tomar decisões de forma autônoma.

Além disso, essas fábricas são altamente flexíveis, capazes de se adaptar rapidamente a diferentes demandas de produção e personalizar produtos de acordo com as necessidades dos clientes.

Outra característica importante é a ênfase na análise de dados em tempo real, permitindo o monitoramento constante do desempenho operacional e a identificação proativa de problemas ou oportunidades de melhoria.

Comunicação entre máquinas e automação de processos

Por meio de dispositivos conectados e sensores inteligentes, as máquinas podem interagir entre si de maneira autônoma, trocando informações e coordenando suas atividades para otimizar a produção.

Essa comunicação é viabilizada por redes de comunicação sem fio, como Wi-Fi, Bluetooth e protocolos específicos de IoT, que permitem a transferência de dados em tempo real entre os dispositivos.

A automação de processos, habilitada pela IoT, permite a execução de tarefas repetitivas e monótonas de forma automatizada, liberando os trabalhadores para atividades mais estratégicas e criativas.

Além disso, a análise de dados em tempo real possibilitada pela IoT permite identificar padrões, prever falhas e realizar ajustes automáticos nos processos, melhorando assim a eficiência e a qualidade da produção.

Com a comunicação entre máquinas e a automação de processos impulsionadas pela IoT, as fábricas podem alcançar níveis mais altos de produtividade, reduzir custos operacionais e oferecer produtos de melhor qualidade de forma mais rápida e eficiente.

Manutenção preditiva na Indústria 4.0

A manutenção preditiva é uma das aplicações mais impactantes da Internet das Coisas na Indústria 4.0. Ao contrário da manutenção preventiva, que é realizada em intervalos regulares independentemente do estado real do equipamento, a manutenção preditiva utiliza dados em tempo real coletados por sensores para monitorar o desempenho e a condição das máquinas.

Essa abordagem permite identificar padrões e tendências que indicam possíveis falhas iminentes, possibilitando a intervenção antes que ocorra uma quebra ou parada não planejada.

A IoT desempenha um papel fundamental na viabilização da manutenção preditiva, fornecendo os sensores e dispositivos necessários para coletar dados de forma contínua e em tempo real.

Esses sensores monitoram uma variedade de parâmetros, como temperatura, vibração, pressão e consumo de energia, permitindo detectar sinais de deterioração ou desgaste nos equipamentos.

Além disso, algoritmos avançados de análise de dados e inteligência artificial são aplicados para processar e interpretar esses dados, identificando padrões e prevendo o momento mais adequado para a realização da manutenção.

Benefícios econômicos da IoT na indústria

A Internet das Coisas tem um impacto significativo nos aspectos econômicos da indústria, oferecendo uma série de benefícios que contribuem para a eficiência operacional e a competitividade das empresas.

Um dos principais benefícios é a otimização dos processos produtivos, que resulta em redução de custos de produção. Com a IoT, as fábricas podem monitorar e controlar de forma mais eficiente o uso de recursos, como energia e matéria-prima, minimizando desperdícios e aumentando a eficiência energética.

Além disso, a IoT permite a implementação da manutenção preditiva, o que reduz os custos relacionados a paradas não planejadas e manutenção corretiva. Ao antecipar e prevenir falhas nos equipamentos, as empresas evitam interrupções na produção e reduzem os gastos com reparos emergenciais e substituição de peças. Isso não só economiza dinheiro, mas também aumenta a disponibilidade operacional das máquinas, permitindo uma produção mais consistente e confiável.

Outro benefício econômico da IoT na indústria é a melhoria da qualidade dos produtos. Com a coleta e análise de dados em tempo real, as empresas podem identificar e corrigir rapidamente problemas de qualidade, reduzindo o número de produtos defeituosos e os custos associados a retrabalho e devoluções.

Além disso, a IoT permite uma maior personalização dos produtos, atendendo melhor às necessidades e preferências dos clientes, o que pode resultar em maior satisfação e fidelidade do cliente, impulsionando as vendas e os lucros.

A Internet das Coisas está moldando o futuro da indústria, impulsionando a transformação digital e proporcionando uma série de benefícios econômicos que são cruciais para a competitividade das empresas.

Desde a otimização dos processos produtivos até a redução dos custos de manutenção e a melhoria da qualidade dos produtos, a IoT está revolucionando a forma como as empresas operam e competem no mercado global.

Ao adotar e aproveitar as oportunidades oferecidas pela IoT, as empresas podem não apenas aumentar sua eficiência e produtividade, mas também impulsionar seu crescimento econômico e garantir sua posição como líderes da indústria no século XXI. Fonte Alan Santana e foto Foto: Pixabay