Deputados do ES aprovam aumento de subsídio dos procuradores do Estado

Deputados em sessão ordinária desta quarta-feira (2) / Foto: Emanuel Levi Soós

Por 20 votos contra 4, o Plenário aprovou, nesta quarta-feira (2), o Projeto de Lei Complementar (PLC) 15/2025, que concede aumento aos subsídios dos procuradores do Estado, atrelado a uma carga horária maior. De autoria do Executivo, a proposta já contava com parecer favorável das comissões de Justiça e Finanças, recebido em reunião anterior, e só aguardava discussão e votação. 

O líder do governo, Vandinho Leite (PSDB/ES), e o líder do bloco independente, Coronel Weliton (PRD/ES), orientaram os parlamentares a votarem a favor do projeto. “Essa matéria tem como foco principal a qualificação dos seus membros em um recurso do fundo para que possa ser utilizado nesse sentido. Então não é recurso de receita do Estado”, explicou o tucano, lembrando que, por se tratar de PLC, a proposta precisaria de 16 votos a favor.  O presidente Marcelo Santos (União) também defendeu a matéria. 

Críticas

No entanto, o texto recebeu críticas dos deputados Lucas Polese (PL), Callegari (PL/ES) e Camila Valadão (Pso/ESl). A parlamentar considerou que os pontos negativos do texto se sobressaem aos positivos, como a utilização do Fundo de Modernização e Incentivo à Cobrança da Dívida Ativa e de Reestruturação Administrativa da Procuradoria-Geral do Estado (Funcad).

Para Camila, o Funcad será usado como um “novo penduricalho” para furar o teto salarial, uma vez que será direcionado a custear assistência médica, odontológica, psicológica, hospitalar e ambulatorial, bem como para bancar licença compensatória e verba indenizatória dos procuradores. 

A parlamentar também destacou que a nova tabela de subsídios é proporcionalmente maior do que o aumento da carga horária (de 35 para 40 horas semanais). Polese registrou que o reajuste dado à Procuradoria-Geral do Estado (PGE), na casa dos 10%, está bem acima do concedido recentemente à base do funcionalismo público estadual (4,5%). 

O argumento foi acolhido por Callegari. Para ele, existe uma “lógica perversa do Estado” segundo a qual categorias de base, como professores e policiais, que atuam para atender a qualidade de vida dos cidadãos, recebem baixos salários. 

Callegari disse que, por outro lado, aquelas (categorias) que atuam muitas vezes para “tornar mais difícil a vida do cidadão” são recompensadas, em referência à defesa exercida pelos procuradores em processos movidos por indivíduos contra o Estado. 

Além deles, Alcântaro Filho se posicionou contra a matéria. Os deputados Dr. Bruno Resende (União/ES), Hudson Leal e Pablo Muribeca (ambos do Republicanos) e Iriny Lopes (PT/ES) não votaram. Sergio Meneguelli (Republicanos/ES) não participou da sessão. 

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