
Os funcionários do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colatina, tem foco e compromisso com os produtores rurais. foto divulgação
A presença (história) dos sindicatos de trabalhadores rurais passou a ser uma realidade cada vez mais visível no Brasil a partir da década de 1950, e principalmente nos anos de 1960, época de grande efervescência dos movimentos populares em reivindicação dos direitos das populações rurais contra a opressão do latifúndio, e sempre contou com apoio das igrejas Católica e Luterana.
Na década de 1960, milhares de pessoas trabalhavam nas propriedades rurais sem acesso aos direitos trabalhistas que os trabalhadores urbanos já haviam conquistado, tais como a regulamentação do trabalho. Nessa época o Sindicato surgiu para fazer com que esses direitos fossem assegurados a esses trabalhadores atuando verdadeiramente como uma entidade de classe, orientando os trabalhadores acerca de seus direitos e defendendo-os junto aos proprietários de terra (fazendeiros) e a Justiça de Trabalho.
Na década de 1970, os agricultores Manoel Rodrigues, Edson Iglesias, Adelmo Boton e outros deram início a luta na criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colatina e no ano de 1971, o primeiro presidente da entidade foi Pep Uhig, , iniciando junto com os demais membros a luta em prol dos agricultores e agricultura da família da região. E hoje, juntos com os municípios de Marilândia, São Domingos do Norte e Governador Lindenberg, tem um histórico de atuação na defesa dos direitos dos trabalhadores rurais e no desenvolvimento rural dos municípios.


A primeira ata do Sindicato e os nomes dos primeiros associados. foto arquivo do STR de Colatina
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colatina e região, é filiado à Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), é uma entidade que representa os trabalhadores rurais no Brasil. A filiação do STR de Colatina e região a ela vinculado, permite que os trabalhadores tenham voz e representação em questões relacionadas aos seus direitos e interesses no meio rural junto ao Governo Federal e estadual.
A entidade também participa do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural desenvolvido pelo Incaper (PROATER), que atua na busca de construir propostas para o desenvolvimento rural local. Além disso, o Sindicato de Colatina e região oferece aos seus associados assistência técnica, assessoria jurídica, cursos de capacitação e acesso a programas sociais e extensão rural aos agricultores familiares, visando a melhorar suas condições de trabalho e acesso a políticas públicas de forma transparência e responsabilidade com os associados.
Repactuação do Rio Doce
O acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2024, que visa à reparação, recuperação e a indenização pelos danos causados com o rompimento da barragem em 2015, operada pela Samarco Mineração S.A.
O estado do Espírito Santo, principalmente Colatina e as cidades vizinhas, sob a coordenação da Superintendência Federal do MDA apresentou programas e ações voltadas para agriculturas e agricultores familiares. Entre as iniciativas, o destaque foi para o Programa de Transferência de Renda (PTR-Rural), que prevê indenização para famílias agricultoras que trabalham no raio de cinco quilômetros do centro da calha do Rio Doce e na Mancha de inundação do Rio Doce.
Segundo o presidente do STR de Colatina e Região José Izidoro Rodrigues, a entrega do documento ao superintendente do MDA ES, Laércio Nochang, com as 𝐝𝐞𝐦𝐚𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐚𝐠𝐫𝐢𝐜𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐟𝐚𝐦𝐢𝐥𝐢𝐚𝐫 expondo as necessidades da classe rural. Para ele, a luta do STR busca pela inclusão de todas as agricultoras e agricultores familiares atingidas/os pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana.
O presidente do STR José Izidoro Rodrigues lembrou que foi uma luta justa e uma conquista histórica do Sindicato assistente social e da diretoria em prol dos agricultores familiares com a justiça social, a reparação integral e a reconstrução econômica das populações rural atingidas pelo desastre ambiental de responsabilidade das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, e com foco na melhoria de qualidade de vida dos trabalhadores rurais de Colatina e região.
Plano Safra
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, anunciaram, no dia 30, R$ 89 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026.
O valor representa um aumento de 47,5% do crédito rural para a agricultura familiar, quando comparado ao último governo. Está mantida a taxa de apenas 3% para financiar a produção de alimentos, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite – caindo para 2% quando o cultivo for orgânico ou agroecológico. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/26 também traz mais incentivos para a mecanização, no contexto do Programa Mais Alimentos.
Já o Pronaf foi lançado com condições especiais para microcrédito voltado a mulheres rurais, com foco em quintais produtivos. O limite da modalidade é de até R$ 20 mil com juros de 0,5% ao ano e bônus de adimplência de até 40%.
Para o presidente do STR de Colatina Jose Isidoro, o recurso do Plano Safra de 2025/26, irá atenderas necessidades dos produtores rurais de Colatina e região. Todos nós do Sindicato, acreditava uma a taxa de juros maior para o setor da agricultura, como veio abaixo do esperado a classe irá trabalhar uma taxa menor e com certeza vão poder trabalhar com segurança na próxima safra. Concluiu Isidoro.
Aposentados do sindicato
A CONTAG e o STR de Colatina e região atuam na defesa dos direitos dos trabalhadores rurais, buscando melhorias em questões como salário, previdência, reforma agrária e condições de trabalho dos agricultores e agricultoras.
O STR de Colatina e região oferecem serviços como assessoria jurídica, cursos de capacitação e acesso a programas sociais, além de representarem os trabalhadores em negociações com empregadores e órgãos públicos.
Segundo o presidente STR José Izidoro, o desconto em favor das entidades sem autorização dos aposentados (contribuição do INSS) trouxe um enorme problema para os Sindicatos que atua com responsabilidade e compromisso com os aposentados dos sindicatos.
Para o presidente Izidoro, os descontos irregulares de mensalidades nos benefícios dos aposentados, foi um golpe para o Sindicato que trabalha com ética e responsabilidade rural. Nós do Sindicato STR de Colatina e região tivemos uma perda de recurso, mas continuamos trabalhando com o mesmo planejamento e proposta de proporcionar ao produtor rural que ele precisa realmente de uma entidade sério compromissada com a classe.
Isidoro lembrou que a diretoria do Sindicado, está conversando com cada aposentado, principalmente aquele que tiveram descontos não autorizados e que eles saibam do compromisso que STR tem com a classe rural de Colatina e região. Finalizou o presidente José Izidoro.