Xô, unhas fracas: 5 dicas para mantê-las fortes e saudáveis

Xô, unhas fracas: 5 dicas para mantê-las fortes e saudáveis
Evitar tirar muita cutícula e lixar da maneira correta são alguns dos cuidados para o fortalecimento. Foto MS hAND

Unhas fracas e quebradiças são o pesadelo de muitas mulheres, sejam curtas ou grandes, muitas sofrem com estas condições e procuram soluções para reverter a situação. A CEO da Sua Hora Unha, Paula Faria, revela que o segredo para manter a saudabilidade e força começa com cuidados simples no dia a dia. “Para evitar a descamação ou aquela pontinha que fica arranhando até prender em alguma linha ou mesmo no cabelo e quebrar de vez, é preciso uma atenção especial com as mãos e cutículas também. Por isso, o tratamento envolve todo o conjunto para que os resultados apareçam”, conta.

Não existe base milagrosa, cerinha ou óleo que dê força da noite para o dia. Unhas fracas normalmente indicam falta de vitaminas, como a D e de minerais, como o Zinco. Por isso, é imprescindível uma consulta com dermatologista e, além disso, uma alimentação balanceada fará toda a diferença para dar adeus a fragilidade e descamação. 

Paula preparou cinco dicas que potencializam os cuidados diários, confira: 

Cutículas amigas 

Manter a hidratação dessa região em dia é fundamental para a saúde e fortalecimento das unhas. Atualmente existem no mercado ceras e canetas com óleo específicos para essa área das mãos. “Quando as cutículas estão secas ou machucadas, elas podem causar enfraquecimento, por isso, é importante dar atenção especial para elas. Além disso, é importante lembrar que essa pele serve para proteção, então não é recomendado que a tire profundamente, assim, evita a proliferação de bactérias. Prefira empurrar e retirar o excesso apenas”, aconselha Faria.

Mãos macias

Elas são uma das partes do corpo que mais usamos diariamente, além de ressecarem facilmente, principalmente em contato com ar condicionado e produtos químicos como detergentes. “É importante passar um creme hidratante sempre que possível durante o dia. Deixe o seu favorito na sua mesa de trabalho, carregue na necessaire ou até mesmo na cabeceira da cama para lembrar de usá-lo. Aqueles com óleos e uréia em sua fórmula são excelentes para hidratação intensa”, indica a CEO. 

Lixa, lixa e lixa

Este ato serve para remover as partes irregulares das unhas. Neste caso, o formato pode influenciar no resultado do tratamento. Atualmente, o amendoado é o favorito da maioria porque não criam aquelas pontinhas laterais que agarram em tudo e acabam ocasionando a quebra. “Não use força para lixar suas unhas e evite também movimento de um lado para o outro, pois correrá o risco de danificar suas fibras”, explica Paula.

Não esqueça da base

Estes produtos são essenciais para criar resistência, principalmente as fortalecedoras. “Mesmo que você não vá pintar, mantenha sempre com uma base para elas não lascarem. Além de tudo, elas ajudam também a evitar que a pessoa roa, o que contribui para o fortalecimento”, conta Faria. 

Manicure em dia

Criar uma rotina onde você visite a manicure e pedicure semanalmente ou quinzenalmente, além de manter as unhas bonitas, também auxilia na saudabilidade delas. “As profissionais e os produtos oferecidos e usados nos estabelecimentos reforçam o tratamento impedindo que se tornem quebradiças. Além disso, caso não esteja lixando ou cortando regularmente e da maneira certa, com certeza, a especialista te ajudará nesse quesito, respeitando o tamanho desejado”, finaliza a CEO. 

Sobre a Sua Hora Unha  

Fundada em 2018 no Estado de São Paulo, a Sua Hora Unha é uma rede especializada no cuidado e embelezamento das unhas de forma ágil e sem hora marcada. Atualmente, são mais de 40 unidades entre funcionamento e comercializadas. Para 2024, a rede projeta faturamento de R$ 25 milhões e fechar o ano com 90 unidades. Fonte Gabriela Araújo

Governo do ES realiza investimentos para reduzir os impactos de mudanças do clima na agropecuária capixaba

Governo do ES realiza investimentos para reduzir os impactos de mudanças do clima na agropecuária capixaba
Obra de barragem concluída recentemente em Linhares.

O Estado de Atenção para a situação hídrica no Espírito Santo passou a valer nesta terça-feira (16), após a publicação de resolução da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) no Diário Oficial do Estado. O documento traz recomendações para o uso racional da água e, especificamente aos agricultores, indica o manejo adequado da irrigação aos usuários e empreendedores agrícolas. Outras ações já são desenvolvidas pelo Governo do Estado para diminuir os impactos das intempéries climáticas na agropecuária, como a construção de barragens e a entrega de ensacadoras de silagem a pecuaristas.

A Resolução 002/2024 da Agerh foi publicada devido à falta de chuvas e à estiagem dos últimos meses, que contribuiu para baixar as vazões em rios capixabas.

Dentro das ações da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), três barragens para a reserva de água estão em construção no Espírito Santo, uma barragem foi recentemente concluída e uma outra começa a ser feita nos próximos meses. Além disso, a Seag também destinou recursos para a pecuária leiteira, com o repasse de 40 ensacadoras de silagem para estoque de forragem voltada à alimentação do gado durante os períodos de seca.

“Na agricultura, temos que nos embasar por informações científicas e técnicas, sem negacionismo das questões climáticas, para podermos traçar estratégias eficazes de superação e adaptação às mudanças na dinâmica das chuvas e na elevação das temperaturas”, considera o secretário da Agricultura, EnioBergoli. “A obras das barragens já são comemoradas pelas comunidades beneficiadas por conta das dificuldades pelas quais passam as pessoas que moram em áreas sujeitas à seca, que incluem não apenas a restrição de água para o abastecimento humano, mas também para a dessedentação dos animais e para a irrigação das culturas”, conclui.

Barragens

No início deste mês de julho, o Governo do Estado, por meio da Seag, autorizou o início da construção da barragem no rio Piraquê-Açu, localizado na sede do município de Aracruz. A obra tem um investimento de R$ 30,5 milhões e capacidade de armazenamento de um milhão de metros cúbicos de água em uma área alagada de 29 hectares.

A barragem será utilizada para eliminar a insegurança hídrica da população que sofre nos períodos de secas, além de ser essencial para fins de captação para as lavouras e para dessedentação de animais.

Ainda nessa região do Estado, o Governo do Espírito Santo concluiu as obras de construção da barragem de Rio Quartel, com investimento estadual de R$ 1,3 milhão por meio da Seag. Esta é mais uma ação do Governo do Estado para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas que têm aumentado a irregularidade do regime de chuvas em várias regiões. A capacidade de armazenamento é de 186 mil metros cúbicos em uma área alagada de 14,82 hectares.

Em São Roque do Canaã, a barragem de São Dalmácio já está em construção e a previsão é de inaugurar até o final deste ano. O investimento da Seag na obra é da ordem de mais de R$ 7,6 milhões.

O sul capixaba também foi contemplado, recentemente, com um anúncio de obra de barragem. Em maio, o Governo do Estado autorizou o início das obras de construção da Barragem Córrego Ribeirão Floresta, no distrito de Burarama, em Cachoeiro de Itapemirim. A obra terá um investimento superior a R$ 1,4 milhão e terá capacidade de armazenamento de 25 mil metros cúbicos de água em uma área alagada de 1,43 hectares.

Outra barragem está prevista para começar a ser construída no Estado, desta vez no extremo norte, no município de Mucurici. A barragem de Itabaiana com investimento previsto de R$ 5,7 milhões para instalar uma capacidade de armazenamento de 723,6 mil metros cúbicos de água em uma área alagada de quase 20 hectares. O edital de licitação da obra foi publicado em meados do mês de maio.

Também está em andamento a elaboração de dois projetos de obra de barragem para os municípios de Jerônimo Monteiro (na localidade de Panamá) e de São Mateus (na comunidade de Bamburral). A Seag investe R$ 572 mil para elaborar os projetos, que devem ser concluídos até o mês de agosto.

Novas obras

As medidas para mitigar o impacto da estiagem no Espírito Santo recebem um reforço com outros nove projetos para novas barragens que começam a entrar no planejamento do Governo do Estado para os próximos anos.

No norte do Estado, as próximas obras de barragem estão previstas para os municípios de Baixo Guandu, Ecoporanga, Montanha, Governador Lindenberg e Jaguaré. Já no sul, os municípios beneficiados serão Alegre, Rio Novo do Sul e São José do Calçado.

Ensacadoras de silagem

O investimento na alimentação do gado leiteiro capixaba é uma das estratégias da Seag para garantir a nutrição animal em períodos de seca e elevar a qualidade da produção no Estado. Dessa forma, o Governo do Estado destinou, em 2024, o total de R$ 280 mil para a aquisição de 40 ensacadoras de forragem.

Os equipamentos foram entregues para uso coletivo dos pecuaristas capixabas. A ação faz parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite, lançado em agosto de 2023. A primeira entrega foi realizada para os municípios do norte e está atendendo a produtores de Águia Branca, João Neiva, Nova Venécia, Alto Rio Novo, Laranja da Terra, Ponto Belo, Baixo Guandu, Montanha, Santa Teresa e Barra de São Francisco.

Já na região sul, o repasse de equipamentos foi feito às prefeituras de Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Atílio Vivácqua, Bom Jesus do Norte, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Itapemirim, Itarana, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Santa Leopoldina, Rio Novo do Sul e Vargem Alta.

Além disso, também contam com o equipamento as seguintes associações: Cooperativa de Laticínios de Mimoso do Sul (Colamisul); Cooperativa Agrária Vale do Itabapoana (Cavil); Cooperativa de Laticínios Guaçuí (Colágua); Cooperativa de Laticínios de Alfredo Chaves (CLAC); e Cooperativa de Laticínios Selita.

Colatina novamente entre as cidades mais transparentes do Estado no Ranking da Transparência Capixaba

Colatina novamente entre as cidades mais transparentes do Estado no Ranking da Transparência Capixaba
A Princesa do Norte repete a classificação em 2024, na pesquisa divulgada nesta terça-feira, dia 16.

Mais uma vez, Colatina está entre as cidades mais transparentes do Estado no ranking de Transparência e Governança Pública da ONG Transparência Capixaba. Classificada como nível “Ótimo” em 2022 e 2023, a Princesa do Norte repete a classificação em 2024, na pesquisa divulgada nesta terça-feira, dia 16.

O trabalho avalia as 78 prefeituras do Espírito Santo, em mais de 50 indicadores de gestão, e conta com apoio técnico e metodologia da Transparência Internacional – Brasil. Colatina ficou com a avaliação de 95,3, no total de 100.

A controladora geral do município, Cilezia Andreatta, comemorou o resultado. “Estar novamente entre as cidades mais transparentes do Espírito Santo, demonstra que a Prefeitura de Colatina continua trabalhando com honestidade, respeitando o dinheiro público, investindo de forma ágil e correta os recursos, cumprindo leis e prazos, proporcionando para a população o acesso à informação, com dados abertos, com participação social, modernização e digitalização”.

Colatina tem duas novas estruturas de esgotamento sanitário finalizadas

Colatina tem duas novas estruturas de esgotamento sanitário finalizadas
Sistemas de coleta e tratamento de esgoto visam a melhoria da qualidade da água do rio Doce .

Duas obras de saneamento foram concluídas em Colatina, no noroeste do Espírito Santo. As intervenções englobam o sistema de esgotamento sanitário (SES) Lado Sul e consistem na implantação de duas estações elevatórias de esgoto (EEE’s) e uma linha de recalque de 3,33 quilômetros de extensão. 

Outro empreendimento, em andamento, complementa o SES Lado Norte com quatro EEE’s e três linhas de recalque e de interceptores, totalizando 7,9 quilômetros de redes. Toda essa estrutura bombeará o esgoto que não consegue chegar à estação de tratamento, por meio de gravidade.

Até maio de 2024, juntas, essas obras receberam o investimento de R$ 9,7 milhões, como parte das medidas compensatórias pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). As ações visam a melhoria da qualidade da água do rio Doce.

Além disso, mais duas intervenções estão sendo iniciadas no município de Colatina. Elas preveem a construção de outras duas EEE’s e a complementação da segunda etapa da estação de tratamento de esgoto (ETE) do bairro Barbados, com a construção de filtros, decantadores e tanque de desidratação de lodo. O investimento compensatório pela ruptura da barragem é de R$ 13,4 milhões, acrescido ao valor de R$ 9,9 milhões financiado pela Caixa Econômica Federal.

As estruturas se somam à primeira etapa da ETE Barbados, finalizada em 2021. A operação do sistema foi iniciada em 2022 e tem capacidade para tratar até 234,2 litros de esgoto por segundo. 

Somadas, as obras de esgotamento sanitário de Colatina têm o potencial de beneficiar aproximadamente 125 mil pessoas.

Tratamento de resíduos sólidos

A construção da central de tratamento de resíduos (CTR) de Colatina também está em fase final. Orçado em R$ 16,9 milhões, o empreendimento integra o consórcio Condoeste, de destinação adequada de resíduos sólidos, e irá abranger 22 municípios capixabas. A capacidade de processamento estimada é de 325 toneladas/dia; e o potencial, de beneficiar diretamente mais de 350 mil pessoas. 

Além da CTR, o consórcio inclui a construção de quatro estações de transbordo (ET) em pontos estratégicos dos municípios Alto Rio Novo, Colatina, Itarana e Laranja da Terra. As estruturas visam o translado do lixo pelo veículo coletor a um local de maior capacidade de carga antes de ser levado ao destino final, a própria CTR. O investimento também é fruto das medidas compensatórias pelo rompimento da barragem de Fundão e foi direcionado ao Condoeste pelos municípios de Baixo Guandu, Colatina, Linhares e Marilândia.

Obras finalizadas e em andamento

As intervenções em Colatina integram outras ações de saneamento no Espírito Santo, como compensação pelo rompimento da barragem de Fundão. Em Linhares, na foz do rio Doce, foram concluídas duas ETEs, nos distritos de Baixo Quartel e Vila Bagueira. Também se encontra em andamento a obra dos SES da sede de Marilândia. Há ainda outras duas obras de esgotamento sanitário prestes a serem iniciadas nos distritos de Povoação e Regência, em Linhares.

Até maio de 2024, R$ 31,7 milhões de ações compensatórias haviam sido repassados às prefeituras desses quatro municípios capixabas e ao Condoeste, por meio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), do montante de R$ 188 milhões disponibilizados ao estado.

Fundação Renova

A Fundação Renova foi instituída por meio do Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, e os governos Federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Votação da LDO na ALES é adiada para análise de emendas

Nova data para avaliação do projeto da LDO na Comissão de Finanças será anunciada em breve / Foto: Lucas S. Costa

A votação da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2025 – Projeto de Lei (PL) 232/2024 – no colegiado de Finanças ficou para outra data, ainda não estabelecida. A informação foi dada pelo presidente da comissão, deputado Tyago Hoffmann (PSB), durante reunião nesta segunda-feira (10).

Conforme explicou, a reunião extra de Finanças marcada para esta quarta (12) teve que ser suspensa devido ao grande número de emendas recebidas pela equipe técnica do colegiado e também para que erros de redação sejam corrigidos no texto, principalmente em relação a datas – algumas remetem à LDO de 2023.

De acordo com o parlamentar, o Executivo já foi informado da mudança do cronograma. Ele adiantou que em breve anunciará nova data para apresentação, discussão e votação do parecer na Comissão de Finanças.

Projetos

Os deputados aprovaram uma matéria – do total de seis: trata-se do PL 838/2023, de Tyago Hoffmann. Pela proposição, pessoas com deficiência permanente ficariam dispensadas de comprovarem suas condições para inscrição em concursos públicos e processos seletivos desde que tal reconhecimento já tenha sido feito anteriormente pela organizadora do certame.

Três propostas que versam sobre maus-tratos contra os animais, todas de Janete de Sá (PSB), foram rejeitadas. O PL 511/2023, que cria uma espécie de “ficha suja” para agressores de bichos; e o PL 22/2023, que aumenta as multas a condenados por maltratar animais, receberam parecer contrário por parte de Callegari (PL). O parlamentar defendeu que as medidas aumentam a despesa pública.

Já o PL 432/2021, que pede a cassação da inscrição da empresa que cometer maus-tratos contra animais, recebeu relatório favorável emitido por Danilo Bahiense (PL). No entanto, o entendimento foi derrubado por Callegari, Tyago Hoffmann, Coronel Weliton (PRD), além de Mazinho dos Anjos (PSDB) – que participava de maneira virtual, assim como o delegado.

Callegari disse temer a possibilidade de uma empresa ser condenada por conta de uma interpretação judicial, fato que poderia contribuir para o desemprego de muitas pessoas. Mazinho completou dizendo que é preciso diferenciar empresa de CPF. “Quem comete o crime nesse caso de maus-tratos é o CPF de alguém”.

O deputado João Coser também participou presencialmente da reunião.

Espírito Santo apresenta nova proposta para tentar garantir repactuação do acordo de Mariana

O subsecretário destaca que o Estado do Espírito Santo não pode continuar sofrendo com a negligência e falta de compromisso ambiental e social da Vale, BHP e Samarco com o povo capixaba.

O Governo do Estado do Espírito Santo ingressou com uma petição judicial nesta quinta-feira (06), na qual apresenta uma nova proposta com o objetivo de tentar retomar as negociações referentes à reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em 2015.

A petição, encaminhada ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), é assinada conjuntamente pelo Governo de Minas, União, Ministério Público do Espírito Santo, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública do Espírito Santo, Defensoria Pública de Minas Gerais e Defensoria Pública da União.

A contraproposta para a celebração de um acordo com as mineradoras responsáveis pelo desastre (Samarco Mineração S.A., Vale S.A. e BHP Billiton Brasil Ltda.) é de R$ 109 bilhões, com um prazo de pagamento de 12 anos. Esse prazo considera a sugestão das próprias empresas de que os recursos fossem repassados em 20 anos, descontando os oito anos transcorridos desde a tragédia.

“Os recursos da ordem de R$ 109 bilhões são necessários para garantir ações concretas nos municípios impactados pelo rompimento da barragem de Fundão. Todos os valores devem ser totalmente destinados ao financiamento de medidas reparatórias e compensatórias de caráter ambiental e socioeconômico, as quais serão assumidas pelo Poder Público após a eventual celebração do acordo”, salienta o subsecretário de Estado da Secretaria da Casa Civil para Assuntos Administrativos e coordenador executivo do Comitê Pró-Rio Doce, Ricardo Iannotti.

O subsecretário destaca que o Estado do Espírito Santo não pode continuar sofrendo com a negligência e falta de compromisso ambiental e social da Vale, BHP e Samarco com o povo capixaba. “Com a nova proposta, retornando às premissas acordadas em dezembro de 2023, o Poder Público aguarda uma nova posição das empresas para decidir sobre o retorno às negociações, a fim de que seja dada uma solução concreta ao caso”, acrescenta.

Na avaliação do procurador do Estado do Espírito Santo Jasson Hibner Amaral, a repactuação ainda é possível. “A apresentação dessa contraproposta demonstra que, mesmo após oito anos do desastre sem as devidas compensações, o Poder Público está disposto a negociar, mas dentro de determinados limites que garantam a imediata reparação dos danos causados a todas as populações atingidas”, explica.

É importante esclarecer que o novo valor proposto não inclui os recursos já desembolsados pelas empresas em medidas reparatórias, indenizatórias e/ou compensatórias, nem os valores estimados para a execução das obrigações que permanecerão sob responsabilidade delas.

Vale ressaltar também que a proposta anteriormente apresentada pelas empresas foi considerada insuficiente para reparar os prejuízos. Na petição, o Poder Público esclarece que essa proposta foi rejeitada, porque o valor oferecido pelas empresas Samarco, Vale e BHP é insuficiente para a reparação integral dos danos causados pelo rompimento, além de alterar as condições materiais do acordo que foram negociadas e pactuadas com o Poder Público durante o processo mediado pelo TRF6.

Dessa maneira, o Poder Público demonstra seu compromisso em buscar a reparação dos danos causados à população pela Samarco, Vale e BHP, reconhecendo que não é mais aceitável que a injustiça persista por quase uma década. Fonte e foto governo do es