Moraes vota para condenar Bolsonaro e mais sete por golpe de Estado

Moraes vota para condenar Bolsonaro e mais sete por golpe de Estado

Para ministro, ex-presidente é o líder da organização criminosa. foto stf

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9) para que Jair Bolsonaro se torne o primeiro ex-presidente da história do Brasil a ser condenado pelo crime de golpe de Estado. 

Relator da ação penal que tem como alvo uma trama golpista cujo objetivo seria manter Bolsonaro no poder mesmo após derrota nas urnas em 2022, Moraes votou também pela condenação de mais sete ex-auxiliares do alto escalão do governo Bolsonaro. 

“O líder da organização [Bolsonaro], exercendo cargo de chefe de Estado e chefe de governo da República Federativa do Brasil, uniu indivíduos de extrema confiança para a realização das ações de golpe de Estado e ruptura das instituições democráticas”, resumiu Moraes na parte final de seu voto, que durou cerca de cinco horas. 

O ministro dividiu o voto em 13 “atos executórios” e utilizou a apresentação de slides para expor os documentos e depoimentos que a seu ver comprovam o envolvimento dos réus com a trama golpista. 

Logo ao abrir sua fala nesta terça, Moraes salientou não haver dúvidas da existência de uma tentativa de golpe de Estado, diante sobretudo da quebradeira ocorrida em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. 

Em seguida, ele buscou demonstrar como a Procuradoria-Geral da República (PGR) conseguiu comprovar o complô golpista. Entre as provas apresentadas, por exemplo, estão anotações dos réus que remontam a meados de 2021, quando o plano de golpe começou a ser colocado em prática, observou Moraes. 

Entre as provas, o ministro deu grande ênfase ao discurso em praça pública, no 7 de setembro de 2021, em que Bolsonaro afirma que somente deixaria o poder morto ou preso. “E quero dizer aos canalhas que não serei preso”, disse o ex-presidente na ocasião, diante de milhares de apoiadores. 

“O líder do grupo criminoso deixa claro aqui, de viva voz, de forma pública, para toda a sociedade, que jamais aceitaria uma derrota democrática nas eleições, que jamais aceitaria ou cumpriria a vontade popular”, frisou Moraes. 

O ministro ressaltou ainda a “sofisticação” da organização criminosa, “visto que os réus utilizaram a estrutura do Estado brasileiro para se reunir de modo estável e permanente, com a intenção de permanecer no poder independentemente de eleições”. 

Antes de encerrar, Moraes negou ainda que o crime de abolição de Estado Democrático de Direito se confunda com o de golpe de Estado, afirmando que os dois foram praticados em separado pelos réus. 

O ministro afastou uma das principais linhas de defesa dos advogados, em especial da equipe que defende Bolsonaro. Para as defesas, os atos apontados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, como criminosos, na verdade, não passaram de “pensamentos” ou “cogitações” que não caracterizam crime, sendo no máximo “atos preparatórios” para ilícitos afinal não cometidos.

“Aqui não se pode confundir a consumação do golpe com a consumação da tentativa de golpe”, afirmou Moraes.

Para o ministro, a mera tentativa do crime de golpe de Estado já caracteriza ato ilegal, até porque não faria sentido um tipo penal que criminalizasse somente golpes bem-sucedidos. 

“Ninguém nunca na história viu golpista que deu certo se colocar no banco dos réus. [Se o golpe tivesse sido consumado] quem estaria no banco dos réus é o Supremo Tribunal Federal”, observou o ministro.

“A organização criminosa narrada na denúncia pela PGR realmente iniciou a prática das condutas criminosas, com atos executórios concretos e narrados anteriormente [no voto], em meados de 2021, e permaneceu atuante até o 8 de janeiro de 2023”, afirmou. 

Julgamento 

Nesta terça-feira (9), a Primeira Turma retomou o julgamento, iniciado em 2 de setembro, que pode condenar Bolsonaro e mais sete aliados por uma trama golpista que teria atuado para reverter o resultado das eleições de 2022. 

O grupo faz parte do núcleo crucial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), formado pelas principais cabeças do complô. 

O julgamento começou na semana passada, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus.

A partir de hoje, foi iniciada a votação que resultará na condenação ou absolvição dos réus. Depois de Moraes, deve votar o ministro Flávio Dino, ainda na tarde desta terça. Também foram reservadas sessões nos dias 10, 11 e 12 de setembro para finalização do julgamento.

Até a próxima sexta-feira (12), devem votar ainda, nessa ordem, os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma e responsável por conduzir os trabalhos . 

Quem são os réus

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Crimes 

Todos os réus respondem pelos crimes de:

  • Organização criminosa armada,
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • Golpe de Estado,
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça e
  • Deterioração de patrimônio tombado.

A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição. 

A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.  fonte agência brasil

Entenda os próximos passos do julgamento de Jair Bolsonaro no STF

Entenda os próximos passos do julgamento de  Jair Bolsonaro no STF
Votos começarão na sessão de terça-feira (9); confira ordem. foto arquivo – agencia brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na terça-feira (9) o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados. 

O julgamento começou na semana passada, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus.

Nesta semana, o colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os outros réus a mais de 30 anos de prisão.

Foram reservadas as sessões dos dias 9,10,11 e 12 de setembro para finalização do julgamento. 

Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento voltado ao sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula.  A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Quem são os réus?

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Próximos passos

Na terça-feira (9), às 9h, a sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Em seguida, será passada a palavra ao relator, ministro Alexandre de Moraes, que será o primeiro a votar.

Em sua manifestação, Moraes vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição.

Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre as questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito. Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena.

Sequência de votação

Após o voto do relator, os demais integrantes da turma vão proferir seus votos na seguinte sequência:

  • Flávio Dino;
  • Luiz Fux;
  • Cármen Lúcia;
  • Cristiano Zanin.

A maioria de votos pela condenação ou absolvição ocorrerá com três dos cinco votos do colegiado.

Prisão

A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática após o julgamento e só poderá ser efetivada o após a análise dos recursos contra a condenação.

Recursos

Em caso de condenação com um voto a favor da absolvição, Bolsonaro e os demais réus terão direito a mais um recurso para evitar a prisão, a ser analisado também pela Primeira Turma. A condição pode ser obtida com placar de 4 votos a 1, por exemplo.

Com a publicação do acórdão com o eventual placar desfavorável, as defesas poderão apresentar os chamados embargos de declaração, recurso que tem objetivo de esclarecer omissões e contradições no texto final do julgamento. Em geral, esse tipo de recurso não tem poder para rever o resultado do julgamento e costuma ser rejeitado. 

Para conseguir que o caso seja julgado novamente e levado a plenário, os acusados precisam obter pelo menos dois votos pela absolvição, ou seja, placar mínimo de 3 votos a 2.   Com agência brasil

Espírito Santo quer dobrar compras da agricultura familiar nos próximos quatro anos

Espírito Santo quer dobrar compras da agricultura familiar nos próximos quatro anos

Atualmente, as compras institucionais no Estado referente à agricultura familiar somam cerca de R$ 50 milhões por ano. foto seag

O Governo do Espírito Santo deu um passo importante para fortalecer a agricultura familiar com a assinatura do Projeto de Lei de Compras Institucionais dos Produtos da Agricultura Familiar, realizada pelo governador Renato Casagrande nessa quarta-feira (03), no Palácio Anchieta, em Vitória. A proposta prevê que os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual reservem, no mínimo, 30% dos recursos destinados à compra de gêneros alimentícios para a aquisição direta de produtos da agricultura familiar.

Atualmente, as compras institucionais no Estado referente à agricultura familiar somam cerca de R$ 50 milhões por ano. Com a nova legislação, a expectativa é dobrar esse valor para R$ 100 milhões em quatro anos, ampliando a renda de agricultores familiares, pescadores artesanais, associações e cooperativas rurais.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, o projeto representa mais que a abertura de novos mercados. “Estamos falando de fortalecer a agricultura familiar em sua essência. A meta de dobrar as compras institucionais vai garantir previsibilidade de renda e valorizar alimentos saudáveis. Isso significa mais desenvolvimento para o campo, mais oportunidades para as famílias rurais e mais qualidade na alimentação servida aos capixabas”, destacou Bergoli.

Hoje, o Espírito Santo conta com 80.775 mil estabelecimentos de agricultura familiar, responsáveis por grande parte da produção agrícola estadual, como abacaxi (96%), alho (94%), mandioca (82%), uva (76%), laranja (71%), acerola (70%), banana (58%), café arábica (57%), café conilon (51%), entre outros. Além disso, o Estado tem cerca de 33 mil pescadores artesanais, que também poderão fornecer seus produtos por meio do novo modelo.

As aquisições serão feitas por chamadas públicas, mecanismo que dispensa o processo de licitação tradicional e facilita o acesso de pequenos produtores ao mercado institucional. Entre os potenciais compradores estão unidades do sistema prisional, de saúde, escolas e demais órgãos estaduais. fonte seag

Ato pró-Bolsonaro une governadores e parlamentares de direita em SP

Ato pró-Bolsonaro une governadores e parlamentares de direita em SP

Tarcísio de Freitas classificou a atuação de Moraes como “tirania”.

Em ato organizado em São Paulo por movimentos da direita e grupos religiosos, manifestantes assistiram neste domingo (7) a discursos defendendo pautas como a liberdade e a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

Reunidos na Avenida Paulista, o grupo também se manifestou contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em alguns casos pedindo sua prisão. 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, falou em uma celebração incompleta pela ausência do direito de ir e vir de Bolsonaro. Disse ainda que o que se assiste é a construção de uma série de narrativas por parte da esquerda na condução do julgamento em torno do 8 de janeiro, para incriminar o ex-presidente. 

“O que eles têm é uma única delação de um colaborador, mudada seis vezes em três dias, sob coação. Não se pode destruir a democracia sob o pretexto de resgatá-la”.

Para o governador, a anistia tem de ser ampla e para todos os envolvidos, em favor da tradição nacional pela pacificação, “para que a gente possa se livrar do PT”. Freitas reafirmou ainda a ascensão de uma direita anti-sistema, de um estado pro-business, de uma direita que não tem vergonha de ir para as ruas e classificou a atuação de Alexandre de Moraes como “tirania”. 

São Paulo (SP), 07/09/2025 - Pessoas participam do evento Reaja Brasil, na Avenida Paulista. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Evento Reaja Brasil, na Avenida Paulista. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O pastor Silas Malafaia fez um longo discurso defendendo a unidade da direita em torno de Bolsonaro. Ele citou o que considera uma injustiça do processo contra o ex-presidente e abusos da parte do STF e do ministro Alexandre de Moraes, que caracterizou como um “ditador” e alguém que desrespeita a liberdade política e a religiosa. O pastor lembrou a apreensão de seus cadernos de oração há dez dias, quando retornava de uma viagem a Portugal, e negou estar dialogando com autoridades estrangeiras.

No fim de agosto, Malafaia foi alvo de busca e apreensão determinada por Moraes. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o pastor teria agido como “orientador  e auxiliar das ações de coação” promovidas por Bolsonaro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro foi a última a discursar. Ela fez diversas falas religiosas e lembrou da dificuldade em ver seu marido sem poder sair de casa, não poder realizar cultos e de ter de lidar com uma vigilância que ocorre de maneira desproporcional, segundo ela. 

Durante o evento, os manifestantes estenderam uma bandeira gigante dos Estados Unidos. O ato também teve a participação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, senadores e deputados. 

Os atos em defesa da anistia e de Bolsonaro também ocorreram em outras capitais. No Rio de Janeiro, a manifestação ocupou um quarteirão de Copacabana e reuniu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os deputados federais do PL Alexandre Ramagem, Luiz Lima, Eduardo Pazuello, Hélio Lopes e Clarissa Garotinho.

Ramagem é réu no julgamento da tentativa do golpe, em andamento no Supremo Tribunal Federal. Em seu discurso no ato, ele defendeu anistia ampla, geral e irrestrita para quem atentou contra a democracia no dia 8 de janeiro de 2023.

Soberania

Neste 7 de setembro, mais de 45 mil pessoas acompanharam o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ministros do Executivo estavam presentes no evento. Parte do público se manifestou com gritos de “sem anistia” e “soberania não se negocia”. O mesmo ocorreu nos atos do Grito dos Excluídos, sindicatos e movimentos sociais pelo país.

O principal tema do desfile oficial de 7 de setembro deste ano foi justamente a soberania do país. Outros eixos temáticos foram a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, em novembro, e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). pronunciamento do presidente Lula em rede nacional de rádio e TV também tratou desses temas. Lula chamou os brasileiros que trabalham contra o Brasil de “traidores da pátria”. 

Este ano, as comemorações do 7 de setembro – Dia da Independência do Brasil ocorre em meio à crise bilateral entre Brasil e Estados Unidos, provocada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que impôs tarifas comerciais aos produtos brasileiros para pressionar o país a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado pelo STF pelos crimes de tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. O julgamento deve ser concluído esta semana.

Desfile 7 setembro 2025

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Galeria de fotos – Desfile da Independência – bruno.fernandes

Anvisa proíbe venda de 32 suplementos de empresa de produtos naturais

Anvisa proíbe venda de 32 suplementos de empresa de produtos naturais
Inspeção sanitária revelou condições insalubres de higiene na produção

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão e proibiu a comercialização, a fabricação, a importação e a propaganda de 32 suplementos alimentares da empresa Ervas Brasillis Produtos Naturais Ltda. 

A medida, publicada no Diário Oficial da União, foi adotada após inspeção revelar que os itens eram produzidos em estabelecimento sem licença sanitária, em condições insalubres de higiene e sem atender às boas práticas de fabricação de alimentos.

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Saiba quais produtos tiveram a venda proibida.

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Relacionadas. AGÊNCIA BRASIL fonte

Ales debate valorização da Academia Espírito-Santense de Letras

Ales debate valorização da Academia Espírito-Santense de Letras

A instituição será representada pelos acadêmicos que atualmente fazem parte da direção / Foto: Lucas S. Costa

Uma das instituições culturais mais antigas do estado, a Academia Espírito-Santense de Letras (AEL) será tema da reunião da Comissão de Turismo da próxima terça-feira (9), às 13 horas. Neste mês, a entidade celebra 104 anos e a reunião vai tratar da instituição no aspecto da história, do turismo e da valorização cultural.

A AEL será representada pelos acadêmicos que atualmente fazem parte da direção: a presidente Ester Abreu Vieira de Oliveira; a vice-presidente Wanda Alchimin; e o presidente de honra Francisco Aurélio Ribeiro. Os acadêmicos Jonas Reis, Clero Borges e Sergio Aboudib também estarão presentes no encontro. A Comissão de Turismo é presidida pelo deputado Coronel Weliton (PRD).

A AEL foi fundada em 4 de setembro de 1921 com uma proposta cultural e sem fins lucrativos. O grupo é formado por 40 acadêmicos-escritores que nasceram ou vivem no Espírito Santo e que trabalham em uma perspectiva de promoção da literatura e valorização da escrita.

A AEL é a segunda entidade cultural mais antiga do Espírito Santo em atividade, só antecedida pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. A sede da instituição fica no centro de Vitória, na Praça João Clímaco, em um prédio histórico e turístico que também abriga uma biblioteca e um acervo de obras de arte.

Desenvolvimento econômico

Na próxima semana também vai acontecer o lançamento da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico e Inovação. O evento será na quarta-feira (10), às 10 horas, e vai contar com palestra inaugural do especialista em tecnologias emergentes Carsten Snecker.

Também foram convidados sindicatos patronais, federações relacionadas ao comércio, empresas de tecnologia, instituições de ensino superior, entre outros. O colegiado é presidido pelo deputado Lucas Polese (PL).

Confira a agenda da semana*
 
Terça (9)

9h – Reunião da Comissão de Saúde – Plenário Rui Barbosa
13h – Reunião  da Comissão de Turismo – Auditório Hermógenes Lima Fonseca
13h30 – Reunião da Comissão de Cultura – Plenário Rui Barbosa
13h30 – Reunião da Comissão de Justiça – Plenário Dirceu Cardoso
13h30 – Reunião Ordinária da Comissão de Cooperativismo – Auditório Augusto Ruschi
  
Quarta (10)
 
14h – Reunião da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico e Inovação – Plenário Rui Barbosa
19h – Sessão especial para debater e celebrar o Dia Estadual da Consciência Humana – Plenário Dirceu Cardoso
 
Quinta (11)

19h30 – Sessão especial para debater Palestina livre: história, cultura e perspectiva – Plenário Dirceu Cardoso
 
*Agenda sujeita a alteração.  com Ales

Com apoio da Ales, produção de mel avança em Mantenópolis

Com apoio da Ales, produção de mel avança em Mantenópolis

Arranjos Produtivos: um ano depois, aposta em apicultura mostra sucesso em Mantenópolis / Foto: Eduardo Dias

O projeto Arranjos Produtivos, realizado pela Assembleia Legislativa (Ales), incentiva agricultores familiares a diversificarem no trabalho e não investir apenas em um tipo de cultura. No município de Mantenópolis, no noroeste do Estado, uma das apostas que está dando certo é a criação de abelhas para a produção de mel.

Em setembro de 2024 foram entregues gratuitamente kits de apicultura para alguns agricultores da região. O material entregue contava com itens como 10 caixas de madeira, cavaletes, fumigador, macacão e luvas. Um ano depois, os resultados estão aparecendo e os produtores beneficiados já estão vendendo o mel produzido.  

“Minha família sempre trabalhou com a produção do café, mas no ano passado apareceu a oportunidade oferecida pelo projeto da Assembleia Legislativa, e eu resolvi acreditar. Eu e minha família estamos muito satisfeitos com os resultados. Eu faço anúncios na internet, mostro o resultado da produção e sempre tem pessoas da região me procurando para comprar o mel”, explicou o agricultor familiar André Gonçalves. 

A propriedade do André fica na comunidade de Córrego Alto São José II, na zona rural de Mantenópolis. O produtor conta com 10 caixas de abelha em plena produção, totalizando cerca de 20 litros de mel por caixa durante o período de florada. 

Além de entregar os equipamentos, o projeto Arranjos Produtivos também oferece consultoria técnica gratuita para todos os produtores atendidos. No caso do André, o técnico responsável pela região, Ademir Luiz de Santana, faz visitas mensais para ver o andamento das colmeias.

“Os produtores precisam de uma atenção especial, porque muitos deles estão trabalhando com o mel pela primeira vez. A assistência técnica tem um papel primordial para que as famílias tenham um mel de qualidade”, explicou o representante do projeto.  

O coordenador técnico do projeto, Wagner Canal, monitora o trabalho dos técnicos e comemora os resultados alcançados. “Para nós é um orgulho ver que o projeto está avançando e dando certo. A ideia é justamente essa: incentivar a diversificação nas propriedades e dar novas oportunidades de renda aos produtores”, explicou., 

Arranjos produtivos

O projeto Arranjos Produtivos é realizado pela Ales, em parceria com o governo do Estado e apoio dos municípios. A iniciativa busca fortalecer a agricultura de base familiar, com foco no desenvolvimento sustentável e na melhoria das condições de vida de homens e mulheres do campo.

Os agricultores têm acesso a serviços como: atendimento com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes) e Sebrae. 

Em desenvolvimento desde 2023, o projeto teve início com diversos seminários teóricos para os produtores. Outra etapa envolveu a distribuição de mudas frutíferas, como cacau, laranja, acerola, limão e uva. Técnicos ligados ao projeto também fazem visitas regulares aos produtores para fornecer orientações técnicas de adubação, plantio, poda e conservação das espécies frutíferas plantadas. fonte ales

Novo Presidente Estadual do PT João Coser toma posse no dia 13

Novo Presidente Estadual do PT João Coser toma posse no dia 13

Deputado estadual do PT João Coser. foto assessoria do deputado

Na última sexta-feira dia 05/09, o deputado estadual João Coser (PT/ES), se reuniu com as lideranças e filiados do Partido dos Trabalhadores nas cidades de Pancas e de Colatina.

Pela manhã na cidade de Pancas o deputado João Coser, se reuniu e prestigiou a posse do novo Presidente do Diretório Municipal do PT Pancas e participou de um encontro com os produtores da agricultura familiar do município, onde alinharam algumas demandas (recursos) para as comunidades.

Em Colatina, o deputado João Coser teve uma agenda com vários encontros, na parte da tarde o deputado João Coser, deu entrevistas na rádio Massa FM elogo em seguida no portal afolhaonline.com.

No final da tarde, ele se reuniu com lideranças Sindical, filiados (a) do Partido dos Trabalhadores e prestigiou da posse do novo Presidente do Diretório Municipal do PT Colatina, ex-deputado estadual Genilvado Lievore.

Nesses dois encontros o deputado João Coser, colocou seu mandato à disposição dos municípios, principalmente nas demandas busca o fortalecimento da agricultura familiar, das pessoas idosas, do turismo, da moradia, na qualidade de vida do homem do campo e entre tantas outros.

João Coser ser reuniu com os produtores da agricultura familiar em Pancas. foto divulgação

POSSE DE JOÃO COSER

Com 4.027 votos, o deputado estadual João Coser, foi eleito como novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Espírito Santo, após vencer o Processo de Eleição Direta (PED) da legenda. A vice-presidente na chapa é a deputada estadual Iriny Lopes (PT/ES). O mandato dos eleitos terá duração de quatro anos (2025/2029).

Na solenidade de posse de João Coser, como novo Presidente do Diretório do Partido dos Trabalhadores do Espírito Santo (PT/ES), acontecerá no dia 13/09, no Ifes Campus Cariacica, ainda no mesmo dia, serão apresentados os nomes que compõem a executiva do Partido. O evento de posse contará com a participação de deputados, prefeitos e vereadores, além dos novos dirigentes e filiados da sigla.

A missão de João Coser na presidência do partido é de reorganizar o Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado e nos municípios, com objetivo de impulsionar a militância e fortalecer a atuação do partido nos próximos anos.

Em forma de gratidão, o deputado João Coser agradece a todos os companheiros pelo apoio na eleição PED 2025. Ele comentou que aconteceu um amplo debate e dialoga na construção de um projeto de entrega político voltado para o povo capixaba. Ele agradeceu também o apoio do atual Presidente Nacional do PT Edinho Silva e da ministra Gleisi Hoffmann,que irão proporcionar a nova direção no PT do Espírito Santo, um novo caminho de mais prosperidade ao PT e povo capixaba.

A presença de companheiros históricos, de representantes de movimentos sociais e da nossa juventude, na posse, inclusive na composição do diretório, me dá ainda mais certeza de que vamos fazer um ótimo trabalho” João Coser.

Perfil do deputado João Coser.

João Carlos Coser eleito deputado estadual em 2022 com 58.279 votos, ele é membro fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) no Espírito Santo, no começo dos anos 1980, quando também foi um dos fundadores da Associação de Moradores de Itararé, bairro de Vitória.

O primeiro mandato eletivo foi de deputado estadual (1987-1991), cargo para o qual foi reeleito (1991-1995). Em 1992 foi candidato a prefeito de Vitória. Nas eleições gerais de 1994, foi eleito deputado federal, ocupando a cadeira na Câmara por dois mandatos seguidos (1995 a 2003). Nas eleições de 2002 coser disputou uma das duas vagas para o Senado Federal, mas ficou em 3º na disputa, com 584 mil votos.

Em 2004 foi eleito prefeito da capital Vitória em pleito decidido em dois turnos, sendo reeleito no primeiro turno em 2008, disputa que contou com uma ampla coligação partidária. Durante o segundo mandato municipal presidiu a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP).

Na Assembleia Legislativa (Ales), o deputado João Coser atua com muita capacidade e interlocução e articulação política em prol dos capixabas. Ele lembrou também que trabalha junto ao Governo Federal e o Governador do estado Renato Casagrande (PSB/ES) para que ele atenda as suas reivindicações (projetos) na agricultura familiar, para pessoas idosos e também na geração de emprego e renda.

ALGUMAS INDICAÇÕES DO DEPUTADO

O projeto Cidade Amiga do Idoso visa incentivar a formulação de políticas públicas.

Implantação de UPA em Vitória.

Construção de Unidade do HEMOES em Cachoeiro do Itapemirim.

Drenagem e pavimentação na estrada a Itaguaçu aso distritos de Itaçu e Paraju.

Solicitação do aumento do valor do teto de isenção do ICMS para R$ 200 mil para compra de veículos por pessoa com deficiência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

ELEIÇÕES 2026

O novo presidente estadual do PT João Coser, disse que após a sua posse, irá se reunir com as lideranças e filiados (a) do partido, porque a sua principal missão à frente da legenda e dos companheiros será garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições 2026.

Coser disse que estará presente nas bases, reorganizar seus diretórios, dialogar com o povo capixaba e se preparar para uma campanha eleitoral em 2026 com muitos desafios, e que todos do Partido tem o compromisso de fortalecer a luta em defesa do legado e da reeleição do presidente Lula, e também de reeleger Fabiano Contarato ao Senado, de ampliar a representação na Assembleia Legislativa do ES e na Câmara dos Deputados em 2026, Disse João Coser.

Projeto político para 2026

Apoio à agricultura familiar e à reforma agrária

Reindustrialização e fortalecimento da economia nacional

Redistribuição de renda e combate à desigualdade

Valorização do empreendedorismo de pequeno e médio porte

Ampliação de políticas públicas voltadas à população mais vulnerável

Câmara aprova projeto que proíbe cobrança para sindicatos na folha de aposentados do INSS

Câmara aprova projeto que proíbe cobrança para sindicatos na folha de aposentados do INSS
Proposta será enviada ao Senado Foto: Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto que proíbe descontos nos benefícios do INSS de mensalidades de associações, sindicatos, entidades de classe ou organizações de aposentados e pensionistas, mesmo com autorização expressa do beneficiário. A proposta será enviada ao Senado.

O texto aprovado na madrugada desta quinta-feira (4) é um substitutivo do relator, deputado Danilo Forte (União-CE), para o Projeto de Lei 1546/24, do deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB). O texto passa a permitir o desconto de prestações devidas a bancos pela antecipação do benefício previdenciário, operação na qual geralmente é cobrado um deságio pelo valor adiantado.

Atualmente, o INSS oferece ao beneficiário acesso à antecipação de R$ 150 de seu benefício (aposentadoria ou pensão) por meio do programa Meu INSS Vale+, no qual instituições financeiras habilitadas podem liberar o valor para despesas feitas com cartão do programa.

O relator também propôs que o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) não defina mais a taxa máxima de juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas, que passará a ser definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) conforme critérios de proteção dos beneficiários e de viabilidade das contratações.

O CNPS é formado por 15 conselheiros, dos quais 5 representantes do governo, 3 dos aposentados, 3 dos trabalhadores e 3 dos empregadores. Desde o ano passado, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) questionando a competência do INSS e do conselho para definir a taxa máxima de juros.

Ressarcimentos
O texto prevê que o INSS deve realizar busca ativa para localizar e identificar os beneficiários lesados por descontos irregulares, seja com auditorias realizadas por órgãos de controle ou volume relevante de reclamações, denúncias, ações judiciais e solicitações de exclusão de descontos não autorizados.

Deverá ser dada prioridade a grupos de populações vulneráveis e localidades de difícil acesso.

A partir da publicação da futura lei, a instituição financeira ou sociedade de arrendamento mercantil que realize desconto indevido de mensalidade terá de restituir o valor integral atualizado ao beneficiário dentro de 30 dias da notificação da irregularidade pelo INSS ou da decisão administrativa definitiva que venha a reconhecer o desconto como indevido.

Caso não faça a devolução, o INSS assumirá o pagamento e cobrará da instituição financeira. Para isso, o projeto aprovado proíbe o uso de receitas da Seguridade Social, devendo ser utilizados recursos do Orçamento-geral da União.

Caso o INSS não tenha sucesso na ação regressiva contra a instituição financeira, o projeto permite o acesso ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) utilizado pelo sistema financeiro para bancar, com aportes das próprias instituições do sistema, certos tipos de títulos do mercado com garantia do fundo, como CDB.

Sequestro de bens
O texto de Danilo Forte também muda o Decreto-Lei 3.240/41, sobre sequestro de bens, mesmo obtidos licitamente, para garantir pagamento em crimes contra a Fazenda Pública. Ele acrescenta na legislação os casos de prejuízo contra a administração pública, contra a fé pública e descontos indevidos em benefícios do INSS.

Além disso, o texto do relator permite que os bens sejam sequestrados pela ordem judicial ainda na fase de investigação por meio de representação da autoridade policial. Atualmente, essa representação depende de requerimento do Ministério Público, que continuará existindo, e o sequestro ocorre na fase em que a pessoa já está indiciada.

O texto acrescenta dispositivo atualizando o decreto-lei em relação a jurisprudências dos tribunais superiores, explicitando que o sequestro poderá ser em cima de bens sobre os quais tenha o domínio e o benefício direto ou indireto na data da infração penal ou mesmo se recebidos posteriormente.

Entram ainda os bens transferidos a terceiros a título gratuito ou por meio de contraprestação irrisória a partir do início da atividade criminal e os de empresa da qual o investigado ou acusado seja sócio, associado, diretor ou representante legal. Nesse último caso, deve haver indícios de que a empresa tenha sido usada para a prática do delito ou tenha se beneficiado economicamente do crime.

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Discussão e votação de propostas.

Deputados aprovaram o projeto na sessão do Plenário

O texto aprovado também prevê prática já adotada com base em outras legislações que permitem o sequestro de bens: a venda antecipada para preservar o valor retido de bens (como imóvel, por exemplo) sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação ou quando houver dificuldade para sua manutenção.

Consignado
O projeto aumenta as exigências para acesso ao crédito consignado feito após a vigência da futura lei, determinando que os descontos desses empréstimos somente possam ser realizados com autorização prévia, pessoal e específica do beneficiário por meio de termo autenticado.

A autenticação será exclusivamente com biometria, reconhecimento facial ou impressão digital e assinatura eletrônica qualificada ou autenticação de múltiplos fatores.

A assinatura eletrônica qualificada, por exemplo, depende de pagamento de certificação por empresa habilitada a emitir e verificar chaves de segurança (ICP-Brasil).

Além dessas etapas de autorização, o desconto na folha do INSS dependerá de o beneficiário ser informado sobre a contratação com a possibilidade de contestá-la pelos canais de atendimento do INSS, presenciais ou remotos.

Depois de cada contratação de crédito consignado, o benefício será bloqueado para novas operações, que dependerão de outro procedimento de desbloqueio.
O texto proíbe a contratação de crédito consignado ou o desbloqueio por procuração ou por central telefônica.

Biometria
A partir das mudanças, o INSS deverá ter disponíveis, em todas as suas unidades de atendimento presencial, independentemente de agendamento, terminais com tecnologia de autenticação biométrica para viabilizar o desbloqueio e a contratação de crédito consignado de forma presencial.

Pessoa idosa
Na legislação sobre o Fundo Nacional do Idoso, o texto aprovado determina que o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI), ao fixar critérios para uso do dinheiro do fundo, terá de dar prioridade a projetos que promovam saúde, bem-estar, lazer, inclusão digital e educação, em especial financeira, com foco na autonomia, na prevenção de golpes e na gestão de rendas e patrimônio.

Desvio de finalidade
O relator, deputado Danilo Forte, afirmou que o uso da estrutura estatal para operacionalizar descontos é um desvio de finalidade e mostra uso inadequado de recursos públicos. “A experiência dos últimos anos demonstrou que a autorização para descontos associativos criou um ambiente propício para fraudes sistêmicas, comprometendo a segurança dos beneficiários, principalmente os mais vulneráveis, e a própria credibilidade do INSS e da Previdência Social”, declarou.

De acordo com o relator, a manutenção de estrutura para fiscalizar milhões de descontos, somada à necessidade de desenvolvimento e manutenção de sistemas específicos, onera desproporcionalmente os orçamentos do INSS e da União.

Ele alertou que essa dinâmica desloca recursos da concessão e manutenção de benefícios previdenciários. “O desvio de recursos humanos e tecnológicos para atividades de controle de descontos agravou a fila de espera para concessão de benefícios”, disse.

Em abril de 2025, o INSS acumulava mais de 2,5 milhões de requerimentos pendentes, de acordo com o próprio órgão.

Ressarcimento
Segundo Danilo Forte, o INSS deve ser responsabilizado pelo ressarcimento dos aposentados e pensionistas lesados. “Foi o INSS que facilitou a operação, que enviou as listagens para a Dataprev para que houvesse a notificação do desconto de forma ilegal”, disse.

O relator disse que, com a aprovação da proposta, será muito mais difícil voltar a ocorrer esse tipo de desconto irregular.

Para a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), o projeto devolve decência e racionalidade ao País. “É muito básico, está querendo colocar regras: assinatura eletrônica para qualquer crédito consignado”, declarou.

Bancos
Contudo, o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) criticou o fato de a proposta ter como alvo unicamente o INSS e deixar os bancos de fora da responsabilização. “É uma lei muito favorável aos bancos, feita para turbinar o interesse dos bancos na relação com os aposentados”, disse.

Renildo Calheiros afirmou que o texto cria uma nova possibilidade de empréstimo aos bancos e vai gerar mais receita para essas entidades financeiras. “Tem uma lógica aqui para beneficiar os bancos e precisamos separar o joio do trigo”, afirmou a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS).

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) concordou com as críticas relacionadas aos bancos, mas reconheceu pontos positivos do projeto, como aumentar a proteção dos beneficiários e a busca ativa das vítimas de fraudes.

Consignados
Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), o mesmo problema que houve com as entidades, de não precisar confirmar a adesão, ainda acontece com os bancos. “Se houver no futuro algum problema, roubo ou prejuízo aos aposentados, que os bancos paguem por isso, e não o INSS”, declarou.

O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) também criticou o que chamou de lacuna em relação aos créditos consignados. “Temos de agir com a mesma dureza, firme e coragem para combater os banqueiros, instituições financeiras que lesam diariamente o consumidor”, afirmou.

De acordo com o relator, os consignados se transformaram em um benefício para os aposentados por apresentarem a menor taxa de juros do mercado. “O governo é responsável pela emissão do desconto. Quem manda a lista para a Dataprev dos aposentados é o governo”, disse Danilo Forte.

Já o deputado Eli Borges (PL-TO) elogiou a inclusão da exigência de autenticação segura em contrato de empréstimo consignado. “As pessoas diziam que não assinavam e, de repente, estavam com descontos em extratos, e isso trouxe muito prejuízo para brasileiros pobres”, afirmou.

Destaques
O Plenário rejeitou os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto do relator. Confira:

– destaque da Federação PT-PCdoB-PV pretendia evitar que o INSS tenha de bancar o ressarcimento ao beneficiário de descontos indevidos feitos pelas instituições financeiras se elas não o fizerem dentro de 30 dias da notificação da irregularidade;

– destaque do PSB pretendia excluir a permissão para desconto de prestações devidas a bancos pela antecipação do benefício previdenciário;

– destaque da Federação Psol-Rede pretendia excluir do texto a definição da taxa de juros máxima do empréstimo consignado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mantendo a atribuição no Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS);

– destaque da Federação PT-PCdoB-PV pretendia excluir dispositivo que determina o uso de recursos de dotações orçamentárias da União para o ressarcimento imposto ao INSS;

– destaque da Federação PT-PCdoB-PV pretendia aprovar emenda do deputado Duarte Jr. para exigir que os contratos envolvendo pessoa idosa sejam válidos apenas com a assinatura física do interessado ou por meio de comparecimento presencial em agências ou instalações integrantes do Sistema Financeiro Nacional e do sistema de pagamentos brasileiro.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Lula autoriza uso de R$ 12 bilhões para renegociação de dívidas rurais

Lula autoriza uso de R$ 12 bilhões para renegociação de dívidas rurais
Medida Provisória foi assinada nesta sexta (5)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (5), uma Medida Provisória (MP) de renegociação de dívidas rurais. Serão R$ 12 bilhões para apoiar até 100 mil produtores, principalmente pequenos e médios agricultores que sofreram com secas e enchentes nos últimos anos.

O objetivo do governo com essa MP é proporcionar condições mais favoráveis para que agricultores endividados regularizem sua situação financeira e mantenham a produção de alimentos. Em vídeo nas redes sociais, Lula explicou que a renegociação poderá ser feita por produtores que perderam duas safras nos últimos cinco anos.

“Nos últimos anos, secas prolongadas e fortes enchentes causaram grandes perdas aos nossos agricultores, gerando dívidas e travando o crédito para a preparação da nova safra. Por isso, tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor. A medida vale para pequenos, médios e grandes produtores com duas perdas de safras nos últimos cinco anos em municípios que decretaram calamidade duas vezes nesse período”.

De acordo com o governo federal, essa renegociação tem capacidade de alcançar cerca de 96% dos pequenos e médios agricultores que hoje estão inadimplentes ou com dívidas prorrogadas.

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Entenda

Para aderir à renegociação, o produtor precisa comprovar as perdas de safra nos últimos cinco anos e estar localizado em municípios que decretaram estado de calamidade ao menos duas vezes nesse período. O prazo de pagamento dos produtores será de até nove anos, com carência de um ano.

Os R$ 12 bilhões disponibilizados serão repassados do Tesouro Nacional para os bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com o BNDES na estruturação. As taxas de juros serão mais baixas que as praticadas no mercado. Elas vão variar de acordo com o porte do produtor. Cerca de 6% ao ano para pequenos, 8% para médios e 10% para os demais.

Os limites de crédito vão de R$ 250 mil no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), até R$ 1,5 milhão no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e R$ 3 milhões para os demais produtores.

A regulamentação das condições será definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por estabelecer os tetos e parâmetros finais. Já o risco de crédito será integralmente assumido pelas instituições financeiras, sem transferência para o Tesouro. Com agência brasil