CPMI do INSS pede ao STF a prisão preventiva de 21 envolvidos em fraudes

CPMI do INSS pede ao STF a prisão preventiva de 21 envolvidos em fraudes

Depois de ouvir advogado Eli Cohen, parlamentares aprovaram requerimento apresentado pelo relator que sugere a prisão de 21 nomes investigados pela Polícia Federal; Foto Agência Senado

A CPMI do INSS aprovou, com 26 votos a favor e nenhum contrário, requerimento em que pede ao Supremo Tribunal (STF) a decretação da prisão preventiva de 21 pessoas denunciadas por envolvimento nas fraudes contra aposentados e pensionistas. 

Entre as pessoas listadas no requerimento estão Antônio Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”, lobista; Alessandro Stefanutto, ex-presidente do órgão; Maurício Camisotti, empresário controlador de associações investigadas; André Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS; Virgílio de Oliveira Filho, ex-procurador-geral e Vanderlei Barbosa dos Santos, ex-diretor da instituição.

O presidente da comissão, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que todos os listados já constam nas investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). O ministro André Mendonça, do STF, deverá decidir sobre o pedido de prisão preventiva.

— A Polícia Federal tem nomes, a Polícia Federal tem os meios, tem [informações de] como todo o dinheiro foi retirado das contas dos aposentados, e nós não temos ninguém preso até hoje. Nós não temos um bloqueio de bens até o momento. Isso é de uma impunidade vergonhosa no Brasil — afirmou Carlos Viana.

A ideia da prisão preventiva partiu do relator da CPMI, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), durante o depoimento do advogado Eli Cohen nesta segunda-feira (1º). De acordo com o requerimento, as prisões são necessárias “por conveniência da instrução criminal, garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal”.

A lista completa a ser encaminhada ao STF é a seguinte:

1. André Paulo Fidelis;
2. Eric Douglas Fidelis;
3. Cecília Rodrigues Mota;
4. Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho;
5. Thaisa Hoffmann Jonasson;
6. Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira;
7. Alexandre Guimarães;
8. Antônio Carlos Camilo Antunes;
9. Rubens Oliveira Costa;
10. Romeu Carvalho Antunes;
11. Domingos Sávio de Castro;
12. Milton Salvador de Almeida Junior;
13. Adelinon Rodrigues Junior;
14. Alessandro Antônio Stefanutto;
15. Geovani Batista Spiecker;
16. Reinaldo Carlos Barroso de Almeida;
17. Vanderlei Barbosa dos Santos;
18. Jucimar Fonseca da Silva;
19. Philipe Roters Coutinho;
20. Maurício Camissotti;
21. Márcio Alaor de Araújo.

O advogado Eli Cohen respondeu a questionamentos de deputados e senadores por mais de oito horas. Participaram da reunião os senadores Izalci Lucas (PL-DF), Leila Barros (PDT-DF), Tereza Cristina (PP-MS), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Jorge Seif (PL-SC) e Randolfe Rodrigues (PT-AP) e os deputados Delegado Fabio Costa (PP-AL), Coronel Fernanda (PL-MT), Beto Pereira (PSDB-MS) e Mário Heringer (PDT-MG), entre outros.

O senador Jorge Seif destacou que a Polícia Federal apontou nomes “de senadores e deputados que recebiam mesadas das instituições que roubaram os aposentados”. Ele protocolou requerimento na comissão pedindo que a PF revele esses nomes.

Os deputados Rogério Correia (PT-MG) e Paulo Pimenta (PT-RS) questionaram a força do depoimento do advogado por não ter apresentado provas das denúncias e acusações que apresentou.

Cohen afirmou ainda em seu depoimento que esquema criminoso similar ocorre em relação aos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. Segundo ele, bancos estariam envolvidos nessas supostas fraudes, como Banco BMG, Banco Master e Picpay. Fonte: Agência Senado

Secretaria do Rio Doce e Incaper alinham projetos para cidades da Bacia Hidrográfica capixaba

Secretaria do Rio Doce e Incaper alinham projetos para cidades da Bacia Hidrográfica capixaba

O fomento da agricultura familiar, da pesca artesanal e o incentivo a cadeias produtivas sustentáveis estão entre as determinações atribuídas ao Governo do Estado do Novo Acordo do Rio Doce. foto Renato Costa Neto/Serd

Com o intuito de integrar as políticas públicas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural nas cidades capixabas impactadas pelo desastre ambiental de Mariana, as equipes da Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) participaram de uma reunião técnica na sede da Serd, na Enseada do Suá, em Vitória.

Entre os temas debatidos estão o fomento das atividades de desenvolvimento na agricultura familiar e na pesca artesanal na Bacia Hidrográfica, o incentivo a cadeias produtivas alinhadas à sustentabilidade e o manejo adequado dos recursos hídricos. Todas estas ações configuram determinações atribuídas ao Governo do Estado do Novo Acordo do Rio Doce.

Ainda durante a reunião, que contou com a presença do diretor geral do Incaper, Alessandro Broedel, também foi projetado o fortalecimento da Assistência Técnica e Extensão Pesqueira e Aquícola (ATEPA), bem como os trabalhos de monitoramento do Plano de Reestruturação da Gestão da Pesca e Aquicultura, o Propesca, que serão realizados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Ambos os planos aguardam a finalização do Termo de Cooperação para descentralização de recursos, a ser firmado com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES).

Outro projeto a ser conduzido na parceria entre Serd e Incaper é a recuperação ambiental e produtiva para as áreas da Bacia do Rio Doce que podem ser atingidas por alagamentos. Além das ferramentas de prevenção, como o Sistema de Aquisição e Tratamento de Dados Meteorológicos, será fundamental o trabalho de conservação do solo, de gestão das águas, de apoio técnico e a resposta emergencial no período de enchentes. Esse monitoramento irá garantir o desenvolvimento social, econômico e ambiental das comunidades que dependem direta ou indiretamente do rio.

Para a subsecretária de Ações Socioeconômicas e Participação Social da Serd, Margareth Saraiva, são múltiplos os desafios para o poder público na área da pesca e da agricultura. “Precisamos alinhar pesquisa, desenvolvimento e extensão aos diagnósticos e evidências técnicas das mudanças ambientais causadas pelo desastre de Mariana, bem como às percepções dos atingidos quanto aos impactos. O nosso trabalho deverá apontar soluções tecnológicas para as principais cadeias produtivas e alternativas agroecológicas. É muito importante que a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) e o Incaper continuem e qualifiquem a expertise de trabalho em rede”, afirmou Margareth Saraiva.

Também representaram o Incaper na reunião: a diretora administrativa e financeira, Edna Totola, o diretor técnico Antônio Elias Souza da Silva e o gerente de Integração e Acompanhamento de Projetos, Pedro Carvalho.

fonte Serd – Renato Costa Neto / Karina Soares

Projeto do governo do ES busca amenizar efeitos do tarifaço americano

Projeto do governo do ES busca amenizar efeitos do tarifaço americano

O objetivo é preservar a atividade econômica de setores impactados pelo tarifaço, como o de rochas / Foto: Governo do ES

Os deputados vão analisar o Projeto de Lei (PL) 595/2025, elaborado pelo governo do Estado para amenizar efeitos do aumento tarifário dos EUA a produtos exportados pelo Brasil, incluindo o Espírito Santo. O texto começou a tramitar na Assembleia Legislativa (Ales) nesta terça-feira (2) e autoriza a utilização e transferência de créditos acumulados de ICMS para terceiros.

“A medida visa à proteção da economia do Estado do Espírito Santo ante ao significativo aumento da tarifa de importação aplicada pelos Estados Unidos da América, sobre diversos produtos brasileiros, com impactos diretos sobre cadeias produtivas locais”, defende o governador Renato Casagrande (PSB) na justificativa do texto.

A proposta tem o objetivo de “preservar a atividade econômica e os empregos gerados” de contribuintes impactados pelas tarifas de exportação nos setores de extração e produção de rochas ornamentais, pesqueiro (peixes, crustáceos e moluscos) e agricultura (pimenta-do-reino, mamão e gengibre).

Dessa forma, o saldo dos créditos de ICMS poderá ser usado pelas empresas para quitar o imposto na compra de maquinário industrial, na transação de débitos tributários (dívida ativa ou não) e inclusive poderá ser transferido para terceiros localizados no Espírito Santo ou para outros estabelecimentos de mesma propriedade.

A concessão do benefício será viabilizada por meio de termo de acordo assinado com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e um regulamento a ser emitido pela pasta que, entre outros, regrará os detalhes de limites de uso do crédito, incluído o período para utilização e transferência.

O texto ressalva que o limite total do montante dos saldos de credores acumulados do exercício financeiro não pode ser maior que o impacto financeiro sofrido pelo contribuinte de ICMS.

O segmento de extração e produção de mármore, granito e demais minerais não metálicos poderá utilizar e transferir os saldos acumulados de acordo com o índice de afetação a ser calculado pela Sefaz. Logo, empresas com ganhos iguais ou inferiores a R$ 20 milhões terão de apresentar índice igual ou maior que 10%.

Para contribuintes com receita acima de R$ 20 milhões e abaixo de R$ 50 milhões, o índice deverá ser de pelo menos 20%; para aqueles com faturamento acima de R$ 50 milhões, o índice de afetação terá que ultrapassar os 40%. 

Por outro lado, para que façam jus ao benefício, as empresas exportadoras deverão adotar contrapartidas, como manter um número mínimo de empregos diretos e as obrigações tributárias em dia, além de apresentar regularidade fiscal. 

Capital de giro

O projeto de lei autoriza o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) a criar programas de financiamento de capital de giro para amparar empresas capixabas “comprovadamente” afetadas pelas tarifas norte-americanas. 

Nesse caso, o Bandes poderá utilizar recursos do Fundo de Desenvolvimento e Participações do Espírito Santo (Fundepar) e do Fundo de Fortalecimento da Economia Capixaba (Fortec), além de repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Acompanhe o andamento do PL 595/2025 na Ales. FONTE ALES

Seis estados estão acima da média de inovação do país, mostra ranking

Seis estados estão acima da média de inovação do país, mostra ranking

O estado de São Paulo ostenta a liderança no ranking de inovação no país. A posição foi revelada pelo Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 

Em uma escala de 0 a 1, São Paulo obteve a nota 0,872. Esse desempenho é quase três vezes a média nacional (0,296). Além de São Paulo, cinco estados superam a média: Santa Catarina (0,449), Paraná (0,413), Rio de Janeiro (0,410), Rio Grande do Sul (0,398) e Minas Gerais (0,368).

Os últimos colocados na classificação são Alagoas (0,148), Maranhão (0,127) e Acre (0,122).

Desde 2014, quando o índice passou a ser calculado, São Paulo ocupa o topo. No entanto, nos últimos anos foi possível ver mudanças, como os avanços de Santa Catarina e Paraná.

Em 2015, Santa Catarina era o terceiro colocado, subindo para segundo em 2020 e se mantendo em 2025. Já o Paraná, que era o sexto há cinco anos, figura agora como terceiro mais bem posicionado. O Rio de Janeiro caiu da segunda para a quarta posição no intervalo de uma década.

“Leve desconcentração”

Apesar da liderança de São Paulo, o INPI entende que a inovação no país apresenta “leve desconcentração”, com sete estados diminuindo a distância para os paulistas: Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Paraíba, Alagoas, Piauí e Amapá.

Em 2015, a pontuação média das unidades federativas (UF) correspondia a 28% do desempenho de São Paulo. Em 2025, essa proporção subiu para 29%. Para o INPI, essa dinâmica indica “um leve, mas consistente, movimento de desconcentração das atividades inovadoras no país”.

Santa Catarina e Paraná foram os destaques, ambos reduziram em seis pontos percentuais a distância em relação a São Paulo.

Na ocasião da divulgação do índice, na última sexta-feira (29), durante o evento Startup Summit, em Florianópolis, o economista-chefe do INPI, Rodrigo Ventura, ressaltou que o Ibid mostra, nos últimos 10 anos, a “nova geografia da inovação brasileira”. 

“A inovação deixou de ser exclusividade dos grandes centros e se espalhou para outras regiões, atraindo investimentos e impulsionando novos negócios. Estamos vendo o avanço do empreendedorismo e o surgimento de polos de startups [empresas com potencial de inovação e grande uso de tecnologia] em todo o Brasil, fortalecendo esse processo de desconcentração produtiva”, comentou.

Metodologia

Ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o INPI é o órgão responsável por registrar os pedidos de patentes no país.

O índice criado pelo instituto leva em consideração uma série de quesitos ligados a inovação e desenvolvimento, como instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócios, conhecimento e tecnologia e economia criativa.

Dentro desses pilares, há subdivisões que avaliam questões relacionadas a crédito, investimentos, educação, ambiente regulatório, sustentabilidade, criação de conhecimento, ativos intangíveis, entre outros.

Brasil no mundo

O Ibid foi inspirado no Índice Global de Inovação (IGI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Na edição mais recente do IGI, de 2024, o Brasil é o 50º de 133 países. Em 2023, era o 49%.
Apesar do recuo de um ano para o outro, o país registra avanço de 20 posições desde 2015. Ao ocupar a posição 50ª, o Brasil figura como a principal nação latino-americana, à frente de Chile (51º) e México (56º). BRUNO DE FREITAS MOURA – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

Ministro Alexandre de Moraes autoriza Lira a visitar Bolsonaro em Brasília

Ministro Alexandre de Moraes autoriza Lira a visitar Bolsonaro em Brasília

Encontro tem prazo para ser realizado: até as 18 horas de hoje. foto câmara federal

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (1°), em Brasília, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a decisão, a visita poderá ser realizada até as 18h de hoje, na residência de Bolsonaro, localizada no Condomínio Solar de Brasília, no Lago Sul, região nobre da capital federal.

Moraes também determinou que o carro de Arthur Lira deverá ser revistado pela Polícia Penal ao deixar a residência. A medida segue novas regras de segurança determinadas no último fim de semana para evitar a fuga de Bolsonaro.

Restrição

No dia 4 de agosto, Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente e restringiu a realização de visitas na casa do ex-presidente.

As medidas foram decretadas após o ministro entender que Bolsonaro burlou a proibição de usar as redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros.

As decisões fazem parte do inquérito no qual Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados pela atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover o tarifaço contra as exportações brasileiras. Com Agência Brasil

150 vagas  de emprego em Colatina na próxima quinta-feira

150 vagas  de emprego em Colatina na próxima quinta-feira

 A iniciativa é organizada pela CDL Colatina, com apoio da Prefeitura Municipal e da Diocese de Colatina, 

Oportunidade em dose dupla em Colatina: emprego imediato e cadastro de currículo pra futuras vagas. Mais de 150 oportunidades de trabalho estarão disponíveis para a população nesta quinta-feira, 4 de setembro, no Mutirão de Emprego. A iniciativa é organizada pela CDL Colatina, com apoio da Prefeitura Municipal, Diocese de Colatina e busca aproximar empresas e trabalhadores, facilitando o processo de seleção e ampliando as chances de contratação.

Entre os participantes confirmados, estão Bertolini, Frisa, Lavagnoli Supermercados, Lojas Mercadão Moda, Metalosa, Unimarka, Zune e Distribuidora Caite. Além de oferecer vagas imediatas, o mutirão também será um espaço para cadastro de currículos, que ficarão disponíveis para várias empresas associadas à Câmara de Dirigintes Lojistas de Colatina.

“Esse é um momento importante para quem procura uma oportunidade de trabalho. Ao reunir diferentes segmentos em um mesmo espaço, conseguimos agilizar a conexão entre empregadores e candidatos, fortalecendo o comércio e a economia local”, destacou o presidente da CDL,  Alessandro Antônio Labanca.

A recomendação para os interessados é simples: levar currículo atualizado e estar preparado para participar do processo seletivo no local.

fonte Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social e foto MT

Grande demanda por escolas conservadoras impulsiona matrículas no Espírito Santo

Grande demanda por escolas conservadoras impulsiona matrículas no Espírito Santo

Juliano Campana, Educador e Diretor-geral da Escola Monte Alvo_Crédito Foto Divulgação

Nos últimos anos, famílias brasileiras têm buscado cada vez mais escolas que conciliem excelência acadêmica com princípios conservadores na formação de seus filhos. Essa tendência, percebida em diferentes regiões do país, reflete um movimento de pais atentos não apenas ao desempenho escolar, mas também à filosofia educacional e aos valores transmitidos no ambiente de ensino.

A pandemia da Covid-19 intensificou esse olhar criterioso. Muitos pais passaram a questionar a forma como as escolas se relacionam com as famílias, a visão de pessoa humana que orienta as práticas pedagógicas e o equilíbrio entre inovação e tradição no processo de aprendizagem. O resultado é uma procura crescente por instituições que ofereçam não só preparo acadêmico, mas também uma formação integral, alinhada a princípios éticos e morais sólidos.

No Espírito Santo, essa realidade já se reflete de maneira concreta. A Escola Monte Alvo, com unidades em Vitória e Vila Velha, tornou-se um exemplo desse movimento. Para o ano letivo de 2026, a instituição já não dispõe de vagas em vários segmentos e acumula mais de 200 crianças em lista de espera, além de cerca de 100 famílias que manifestaram interesse antecipado para 2027. Os números chamam atenção, mas sobretudo ilustram o quanto a proposta de caráter conservador tem se tornado decisiva para muitas famílias na hora da escolha escolar.

Educadores destacam que esse interesse não se explica apenas pela qualidade acadêmica, mas pela forma como tais escolas estruturam sua relação com a comunidade. A participação ativa dos pais, a clareza na proposta pedagógica e a ênfase em valores perenes tornam-se diferenciais cada vez mais valorizados. “A escola que consegue envolver os pais, apresentar uma filosofia coerente e cultivar virtudes prepara melhor seus alunos para a vida e, por isso, conquista a confiança das famílias”, avalia Juliano Campana, diretor-geral da Monte Alvo.

A tendência, ao que tudo indica, deve se intensificar nos próximos anos. À medida que cresce o desejo por maior segurança, clareza e coerência na formação dos filhos, escolas que mantêm uma identidade conservadora e consistente ocupam um espaço de destaque no cenário educacional brasileiro. fonte e foto Mariana, da RF Comunicação

53% das empresas admitem ter feito contratações erradas no último ano

53% das empresas admitem ter feito contratações erradas no último ano

Inteligência comportamental cresce como ferramenta essencial para reduzir erros nas contratações. foto Reprodução/Freepik

Com a maior rotatividade do mundo, o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta dificuldades para realizar contratações mais assertivas. Atualmente, 53% dos líderes admitem ter feito ao menos uma contratação equivocada no ano passado.

É o que revela um levantamento inédito produzido pela Sólides, que buscou entender o panorama atual da gestão de pessoas no Brasil.

Nesse contexto, a pesquisa também destaca o crescimento da inteligência comportamental no ambiente corporativo como uma forma eficaz de avaliar habilidades socioemocionais na hora de contratar.

Comportamento é principal causa de contratações equivocadas

A pesquisa da Sólides que aborda inteligência comportamental, mostrou que 61% dos erros nas contratações no Brasil estão ligados a comportamentos inadequados dos profissionais. Já 39% dos casos são atribuídos à falta de compatibilidade das habilidades técnicas com a função.

Segundo especialistas, mesmo quando o conhecimento técnico está alinhado, as competências comportamentais, conhecidas como soft skills, podem não corresponder às expectativas da empresa.

Como a maioria dos executivos admite ter realizado contratações erradas no último ano, o cenário indica que o desafio de acertar na escolha do candidato ainda persiste.

Inteligência comportamental ganha espaço no mercado

A inteligência comportamental tem se destacado nas empresas, apresentando retornos de até 1200% no ROI organizacional, segundo análise da Sólides. De modo geral, investir nessa estratégia contribui para a redução de custos e o aumento da produtividade.

Comportamentos inadequados geram conflitos e baixa produtividade, resultando em prejuízos financeiros para as empresas. Além disso, criam um ambiente tóxico, que afeta o clima e a motivação das equipes.

Para especialistas, ao aplicar a inteligência comportamental, as empresas conseguem identificar características essenciais para cada cargo e o potencial de cada colaborador para determinada função, evitando contratações que não se encaixam no perfil cultural e funcional.

Por isso, processos seletivos que incluem avaliações comportamentais e entrevistas focadas em soft skills são vistos como mais eficazes para garantir uma contratação correta. Ferramentas de mapeamento também aumentam as chances de sucesso nas decisões.

Estratégia passa a ser prioridade nas empresas

O cenário atual mostra que a inteligência comportamental deve se tornar prioridade nos processos seletivos. Segundo a pesquisa da Sólides, 70% dos líderes já dão preferência a esse aspecto em vez de focar apenas nas habilidades técnicas.

Existem diversas áreas em que é possível investir essas técnicas, tais como:

  • Engenharia de cargos: a inteligência comportamental ajuda a definir o perfil ideal para cada função, alinhando habilidades técnicas e comportamentais.

  • Recrutamento e seleção: permite avaliar candidatos além do currículo, identificando o fit cultural e as soft skills necessárias.

  • Motivação e engajamento: auxilia a entender o que realmente motiva cada colaborador, personalizando estratégias de engajamento.

  • Treinamento e desenvolvimento: orienta programas focados nas necessidades reais, tornando os treinamentos mais eficazes e econômicos.

  • Gestão de crise: apoia a comunicação e decisões personalizadas em momentos difíceis, como demissões e remanejamentos.

  • Retenção de talentos: contribui para identificar e manter profissionais, reduzindo a rotatividade e fortalecendo o time.

Nas empresas, investir nessas estratégias tende a trazer mais eficiência aos processos seletivos, permitindo a contratação de profissionais alinhados à cultura organizacional. fonte Alan Santana

Espírito Santo alcança recorde histórico com R$ 137,6 bilhões em investimentos anunciados até 2029

Espírito Santo alcança recorde histórico com R$ 137,6 bilhões em investimentos anunciados até 2029

A divulgação foi feita pelo governador do Estado, Renato Casagrande, e pelo vice-governador Ricardo Ferraço, em coletiva de imprensa realizada no Palácio Anchieta, em Vitória. foto Hélio Filho/Secom

O Espírito Santo tem R$ 137,6 bilhões em investimentos anunciados até o ano de 2029, o maior valor de toda a série histórica desde 2000. Os dados fazem parte da 25ª edição da publicação “Investimentos Anunciados e Concluídos no Espírito Santo 2024-2029”, elaborada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). A divulgação foi feita pelo governador do Estado, Renato Casagrande, e pelo vice-governador Ricardo Ferraço, em coletiva de imprensa realizada no Palácio Anchieta, em Vitória.

A nova carteira de investimentos se refere ao período de 2024-2029, distribuídos em 1.290 projetos presentes nos 78 municípios capixabas. O estudo, elaborado pela Coordenação de Estudos Econômicos do IJSN, consolida-se como referência para análise e acompanhamento do cenário econômico capixaba, reunindo informações estratégicas sobre os investimentos que movimentam a economia do estado.

“Estamos apresentando números importantes que mostram a nossa capacidade de investimento, que temos um Governo organizado e um ambiente de negócios propício que dá confiança ao setor privado. Essa confiança nos dá a certeza que vamos continuar gerando oportunidades, emprego e renda aos capixabas”, comentou o governador Casagrande, ao lado do vice-governador e dos secretários de Estado, Álvaro Duboc (Economia e Planejamento) e Rogério Salume (Desenvolvimento).

A publicação, divulgada anualmente desde o ano 2000, reúne projetos com valores acima de R$ 1 milhão, organizados por setor econômico, tipo de projeto, estágio de execução, origem do capital e distribuição territorial, possibilitando consultas detalhadas por município. A edição mais recente contempla os investimentos anunciados entre agosto de 2024 e julho de 2025, além de atualizar valores de projetos em andamento e concluídos nesse período. As carteiras são estruturadas em ciclos de cinco anos, o que permite acompanhar de forma consistente a evolução dos aportes.

Do total de R$ 137,6 bilhões em investimentos anunciados, 70% já se encontram em execução e 30% representam oportunidades em fase de planejamento. O volume é 40,6% superior ao da carteira anterior (2023-2028) e marca um recorde no valor dos investimentos em execução. Outro dado de destaque é o crescimento expressivo dos investimentos públicos no Espírito Santo, que entre 2018 e 2024 avançaram 394,1%.

Na análise setorial, a indústria aparece como o principal motor da economia capixaba, concentrando 91,7% dos investimentos anunciados. Já no ranking dos municípios, os maiores destaques são Anchieta, Serra e Presidente Kennedy. Apenas em 2024, foram concluídos R$ 9,4 bilhões distribuídos em 325 projetos, sendo R$ 8,3 bilhões na indústria, reforçando a relevância do setor para o desenvolvimento estadual.

Ao longo de 25 anos, a publicação evoluiu em formato e metodologia. Nos primeiros anos, entre 2000 e 2008, os dados eram disponibilizados apenas em gráficos e tabelas em arquivos PDF. De 2009 a 2022, os resultados passaram a ser divulgados em formato de caderno, com análises técnicas elaboradas pelos pesquisadores do Instituto.

A partir de 2023, a publicação ganhou uma versão digital ainda mais interativa, por meio de um painel de Business Intelligence (BI), que possibilita consultas dinâmicas e personalizadas, ampliando o acesso de gestores públicos, empresas, investidores e pesquisadores.

“O formato de apresentação em Painel BI reforça o valor da transparência, previsibilidade e segurança. O investidor que olha para o Espírito Santo já tem detalhado qual é a vocação econômica de cada microrregião e quais são as áreas que estão tendo um desenvolvimento impulsionado por políticas públicas. Temos um Estado com equilíbrio das contas públicas, com crescimento econômico e geração de emprego e renda, o que é muito positivo para o empreendedor que quer aportar recursos no território capixaba. Com essa publicação, o IJSN reforça a sua posição como a casa da inteligência pública do Espírito Santo”, destacou o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira.

Acesse o painel BI Investimentos Anunciados e Concluídos no Espírito Santo 2024-2029

Secretaria de Recuperação do Rio Doce fiscaliza ações ambientais em rios e lagoas de Linhares

Secretaria de Recuperação do Rio Doce fiscaliza ações ambientais em rios e lagoas de Linhares

O monitoramento dos rios Bananal e Pequeno e das Lagoas Nova e Juparanã estão dentro das obrigações a serem concluídas pelas empresas causadoras do desastre ambiental de Mariana. foto: Renato Costa Neto/Serd

As equipes da Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd) participaram de novas reuniões de fiscalização com as empresas causadoras do desastre ambiental de Mariana. O objetivo é acompanhar o cumprimento de ações de recuperação da Bacia Hidrográfica no território capixaba.

Pelo acordo de repactuação, homologado pelo STF em novembro do ano passado, a Samarco ainda tem obrigações ambientais a serem concluídas nos municípios afetados pelo rompimento da barragem, ocorrido em 2015.

Na terça-feira (26), no auditório do Palácio da Fonte Grande, em Vitória, foi realizada uma nova audiência do Comitê Estadual do Espírito Santo (CEES), integrado por representantes da Serd, do Ministério Público do Estado (MPES) e das empresas.

Também participaram do encontro os técnicos do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e da empresa de auditoria ambiental AECOM do Brasil, responsável por subsidiar o Governo do Espírito Santo no monitoramento das ações das empresas poluidoras do Rio Doce.

Durante a reunião, foram debatidas as ações continuadas de fomento ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e as melhorias nos Sistemas de Tratamento de Água dos municípios afetados, recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP). Também foram discutidos o gerenciamento de áreas contaminadas em solo capixaba e o método de trabalho da empresa de auditoria contratada.

Já na quarta-feira (27), a reunião com as empresas foi realizada na sede da Secretaria de Recuperação do Rio Doce, na Enseada do Suá, em Vitória. Na pauta, a análise e o formato da disponibilização dos dados do monitoramento de água, sedimentos e fauna aquática dos rios Bananal, Pequeno e das Lagoas Nova e Juparanã, em Linhares.

Esse monitoramento dos rios e lagoas é uma obrigação das empresas poluidoras estabelecidas na Ação Civil Pública proposta pelo município de Linhares, em que são discutidos os impactos da retirada das ensecadeiras (barragens provisórias) que impediam a entrada da água do Rio Doce nas lagoas.

A gerente de Reparação e Recuperação da Serd, Juliana Valory, reforçou o compromisso do Governo do Estado no acompanhamento e fiscalização das ações no território capixaba. “A equipe da Secretaria de Recuperação do Rio Doce está comprometida em receber esses dados, analisá-los periodicamente, avaliar os impactos e tomar providências com os órgãos responsáveis para que possamos garantir a recuperação ambiental nas cidades da Bacia do Rio Doce”, pontuou Juliana Valory. . fonte e foto: Renato Costa Neto/Serd / Karina Soares