Caso Samarco: novo acordo pode afetar ação inglesa; agenda não muda

Caso Samarco: novo acordo pode afetar ação inglesa; agenda não muda

Processo, na Inglaterra, entra na 3ª fase de julgamento. foto revista ecológica

Mesmo com o novo acordo firmado no Brasil para reparar os danos causados na tragédia ocorrida em Mariana (MG), a ação movida pelos atingidos nos tribunais da Inglaterra segue seu cronograma. O processo, que tramita desde 2018, entrou na terceira semana da etapa de julgamento do mérito. Entidades representativas dos atingidos afirmam que as cifras fixadas pelo novo acordo para as indenizações individuais são baixas. A expectativa é de se obter valores maiores na Justiça inglesa.

Nesta terça-feira (5), o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) realiza uma plenária e uma marcha na cidade de Mariana para lembrar os nove anos da tragédia, ocorrida em 5 de novembro de 2015. Há duas semanas, quando o acordo foi firmado, a entidade divulgou nota considerando que ele trouxe avanços ao processo reparatório. Ao mesmo tempo, apontou insuficiências: a principal delas seria justamente relacionada às indenizações individuais. “São insuficientes diante dos danos causados. Nesse sentido, a luta segue por indenizações justas, seja na Justiça brasileira, junto aos governos ou nas cortes internacionais, como no caso da ação inglesa que está sendo julgada em Londres, neste momento”, diz o texto.

A barragem, que integrava um complexo minerário da Samarco, se rompeu em 5 de novembro de 2015. Na ocasião, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e houve impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo. O alvo dos atingidos na Inglaterra é a anglo-australiana BHP Billiton, que tem sede em Londres. Ela é, junto com a brasileira Vale, acionista da Samarco

Com base no novo acordo, todas as ações que haviam sido movidas pela União, pelos governos estaduais e pelas instituições de Justiça como o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deverão ser arquivadas. O mesmo, porém, não ocorre com as ações ajuizadas pelas vítimas. Como os atingidos não são signatários, o novo acordo não pode privá-los do direito de buscar reparação judicial.

A cláusula 1, inclusive, reitera “a possibilidade de prosseguimento ou ajuizamento de medidas judiciais individuais”. Mesmo assim, é possível que o novo acordo afete a tramitação do processo no Reino Unido. A extensão dos seus impactos, no entanto, ainda é incerta.

Uma das medidas estabelecidas pelo novo acordo é a criação do Programa Indenizatório Definitivo (PID). Trata-se de uma iniciativa voltada para tentar resolver os impasses envolvendo as indenizações aos atingidos. Entre as cláusulas referentes ao PID, há uma que fixa que o recebimento de valores no âmbito do programa acarretará a quitação de danos individuais morais e materiais decorrentes da tragédia. Ou seja, o atingido deverá concordar que foi integralmente indenizado. Dessa forma, caso ele esteja incluído no processo que tramita no Reino Unido, o juízo inglês poderia ser eventualmente provocado por um pedido da BHP Billiton pela exclusão do respectivo atingido.

Embora a quitação não inclua “danos futuros, supervenientes ou desconhecidos”, o MAB e outras entidades representativas dos atingidos criticam a exigência e sustentam que ainda não é possível dizer com exatidão a extensão e a duração dos prejuízos. Lembram, por exemplo, que o novo acordo estendeu a proibição da pesca na região da foz do Rio Doce por mais dois anos, mantendo a permissão apenas quando o intuito for a pesquisa científica. Dessa forma, não seria possível dizer até onde vão os danos aos pescadores.

O novo acordo foi assinado no dia 25 de outubro pelas mineradoras, pelo governo federal, pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo e por diferentes instituições de Justiça, como o MPF e a Defensoria Pública da União (DPU). Para o escritório de advocacia Pogust Goodhead, que representa os atingidos no processo que tramita no Reino Unido, as negociações no Brasil evoluíram diante da pressão da opinião pública e do avanço do julgamento no tribunal estrangeiro. Seria uma demonstração da relevância da movimentação dos atingidos fora do país.

“Ainda assim, os valores definidos estão longe de cobrir os profundos prejuízos sofridos pelas vítimas, que continuam lutando por justiça e reparações integrais. Infelizmente, as negociações no Brasil ocorreram a portas fechadas, sem transparência, e foram encerradas sem participação dos atingidos”, registra nota divulgada pelo escritório. Os advogados do Pogust Goodhead não acreditam que haverá qualquer tipo de duplicidade de indenizações.

“Os tribunais ingleses foram claros ao determinar que o julgamento na Inglaterra pode prosseguir independentemente dos eventos no Brasil, apesar das repetidas tentativas da BHP de negar aos nossos reclamantes essa via para a Justiça. Nossos clientes não foram incluídos nas negociações e buscam reparações integrais por uma série de danos morais e materiais que não estão contemplados no acordo no Brasil”, acrescenta a nota.

Entre os reclamantes na ação que tramita no Reino Unido, no entanto, estão alguns municípios atingidos expressamente citados no novo acordo. Foram definidos valores que eles receberão para iniciativas envolvendo temas variados, como fomento à agropecuária, melhoria de sistema viário, gestão de cultura e turismo, educação, saneamento e saúde.

A forma como os recursos devem ser divididos foi definida com base em proposta formulada pelo Consórcio Público de Defesa e Revitalização do Rio Doce (Coridoce), composto exatamente por municípios atingidos. Mas há uma cláusula do acordo que coloca expressamente a desistência de ações ajuizadas no exterior como pré-requisito para obter os repasses. Até o momento, os municípios não se manifestaram sobre o caminho que irão tomar.

Ao todo, cerca de 700 mil atingidos representados pelo escritório Pogust Goodhead cobram indenização na Justiça inglesa por danos morais e materiais. São listadas perdas de propriedades e de renda, aumento de despesas, impactos psicológicos, impactos decorrentes de deslocamento e falta de acesso à água e energia elétrica, entre outros prejuízos. No caso de indígenas e quilombolas que também figuram na ação, são mencionados os efeitos para as práticas culturais e os impactos decorrentes da relação com o meio ambiente. Há ainda reivindicações dos municípios, além de empresas e instituições religiosas.

Na atual etapa do processo inglês, que deve durar até março do próximo ano, os juízes vão determinar se há ou não responsabilidade da anglo-australiana BHP Billiton. Nesta semana, o tribunal dará sequência a interrogatórios de executivos da mineradora.

A defesa dos atingidos estima que eles podem obter, ao todo, cerca de R$ 230 bilhões em indenizações na Justiça inglesa. Há um acordo entre as duas acionistas da Samarco – BHP Billiton e Vale – para que, em caso de condenação, cada uma arque com 50% dos valores fixados. O processo ainda deve se arrastar. Mesmo que a responsabilidade da minerador anglo-australiana seja reconhecida, o cronograma do tribunal inglês indica que a análise dos pedidos de indenização individual poderá ocorrer apenas no fim de 2026.

Desde o início, a BHP Billiton alegou haver duplicação de julgamentos e defendeu que a reparação dos danos deveria se dar unicamente sob a supervisão dos tribunais brasileiros. Com o acordo firmado há duas semanas, a mineradora voltou a defender publicamente essa posição. “A ação duplica questões que já são cobertas pelo trabalho de reparação conduzido no Brasil, além de prejudicar os esforços de reparação que acontecem no país”, afirma em nota. Ela alega também que, desde a tragédia, as mineradoras já gastaram R$ 38 bilhões em medidas reparatórias no Brasil. Para a BHP Billiton, “o acordo dá continuidade e amplia os trabalhos de reparação realizados até agora”.

Indenizações

O novo acordo é fruto de três anos de negociações, em busca de soluções para problemas que se arrastavam há quase nove anos. O acordo anterior, firmado em 2016 e denominado Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), vinha sendo considerado insatisfatório. A Fundação Renova, criada para administrar todas as medidas reparatórias, se tornou ao longo do tempo alvo de milhares de processos judiciais questionando sua atuação em temas variados como indenizações individuais, reconstrução de comunidades destruídas e recuperação ambiental.

A governança do processo reparatório foi alterada pelo novo acordo. Ele estabeleceu a extinção da Fundação Renova e definiu que a Samarco deverá assegurar R$ 100 bilhões em dinheiro novo, além de levar adiante algumas ações com custo estimado em R$ 32 bilhões. Sem a Fundação Renova, a gestão das medidas se dará de forma descentralizada. O novo acordo especifica quais ações ficam sob responsabilidade de cada um dos envolvidos na reparação: União, estados, municípios, instituições de Justiça e mineradoras.

Conforme o acordo, caberá às mineradoras garantir a indenização individual dos atingidos. Os recursos necessários estão inclusos na estimativa dos R$ 32 bilhões referente às medidas sob responsabilidade da Samarco. Caberá a ela concluir as tramitações pendentes no Sistema Indenizatório Simplificado, conhecido como Novel, que era alvo de questionamentos do MPF e encerrou o período de adesões em setembro de 2023.

Além disso, será dado prazo de 60 dias para que os atingidos revisem e atualizem seus cadastros no Programa de Indenização Mediada (PIM), que foi criado em 2016. As informações serão usadas para a conclusão do processo indenizatório à luz dos critérios previamente vigentes, estabelecidos pela Fundação Renova.

Na temática das indenizações, a principal novidade do acordo é a implantação do PID, que é voltado principalmente para as vítimas ainda não reconhecidas. Apresentando a documentação básica, elas passariam a ter direito ao pagamento de R$ 35 mil referente à reparação pelos danos morais e materiais. No caso de pescadores e agricultores, o valor sobe para R$ 95 mil. A adesão deve ser solicitada em até 90 dias, após a oficialização da implementação do PID. Aqueles que ainda não concluíram seus processos no PIM e no Novel, poderão migrar para o PID.

A estimativa é de que, ao todo, mais de 300 mil pessoas terão direito a receber valores por meio do PID, o que superaria os R$ 10 bilhões. Até R$ 1,5 bilhão poderão vir dos R$ 100 bilhões que o acordo fixou como dinheiro novo. O pagamento do restante entra como parte das iniciativas de responsabilidade da Samarco, estimadas em R$ 32 bilhões.

Em nota, a Samarco destaca as medidas pactuadas. “Incluem a conclusão do processo indenizatório, oferecendo uma última oportunidade para aqueles que tiveram pedidos negados, desde que estejam cadastrados ou possuam protocolo de manifestação junto à Fundação Renova até dezembro de 2021 e não tenham recebido indenização por danos gerais, entre outros critérios”, diz o texto.

Foi mantido ainda o pagamento do auxílio financeiro emergencial para todos os atingidos. É um benefício mensal que não se confunde com a indenização. Ela seguirá em vigor até março de 2026. O repasse é de um salário mínimo, acrescido de 20% por dependente, mais uma cesta básica conforme valor estipulado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O acordo reserva ainda recursos para indenizar os povos tradicionais. São listadas quatro etnias indígenas – puri, krenak, tupiniquim e guarani – e diversas comunidades quilombolas, além de faiscadores e garimpeiros. Fonte agencia brasil

Caso Samarco: criação de fundos busca destravar reparação após 9 anos

Caso Samarco: criação de fundos busca destravar reparação após 9 anos

Medida decorre de novo acordo entre União, estados e mineradoras. Foto: Rogério Alves/TV Senado

Exatamente nove anos após o rompimento da barragem da Samarco, um novo modelo de processo reparatório, que envolve a criação de diferentes fundos, gera nos atingidos a expectativa de que medidas necessárias comecem a sair do papel. A mudança decorre do novo acordo, anunciado há duas semanas. Sua assinatura encerra uma longa negociação que durou cerca de três anos entre a União, os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, a Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton, além de instituições de Justiça como o Ministério Público e a Defensoria Pública.

O rompimento da barragem, que integrava um complexo de mineração na zona rural de Mariana (MG), liberou cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que escoou pela bacia do Rio Doce, gerando impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo. Dezenove pessoas morreram e uma sobrevivente que estava grávida sofreu um aborto.

Nesta terça-feira (5), uma marcha na cidade de Mariana, convocada pelos atingidos e por diferentes entidades, vai lembrar os nove anos da tragédia e cobrar por justiça. A concentração, às 14h30, será no Centro de Convenções Alphonsus de Guimarães. Mais cedo, o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) realizará uma plenária para debater o novo acordo. A Cáritas, entidade escolhida pelos atingidos da cidade de Mariana como assessoria técnica, também divulgou atividades adicionais para marcar a data: uma exposição fotográfica e um ato em memória dos mortos na tragédia, além da marcha pelas ruas da cidade.

A avaliação do MAB é de que o acordo traz avanços, mas ainda é insuficiente para garantir a reparação integral, pois os valores estariam aquém do necessário, sobretudo aqueles destinados às indenizações individuais. O principal ponto positivo destacado pela entidade é justamente a criação de fundos de ação coletiva sob gestão do Estado. Há a expectativa de que a nova governança do processo possa gerar resultados positivos.

“É um marco para o movimento que, desde o início, defende a reparação pública, livre do controle privado”, classificou o MAB em nota divulgada após o anúncio do acordo. A entidade afirma que irá pressionar para que os fundos sejam aplicados integralmente em benefício dos atingidos e mantém a critica à ausência de participação popular ao longo da construção do acordo. As mesas de negociação não contaram com a participação de representantes dos atingidos.

As tratativas buscavam repactuar o processo reparatório e encontrar soluções para problemas que não foram resolvidos com o acordo anterior, firmado em 2016 e denominado Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC). A Fundação Renova, que havia sido criada para administrar todas as medidas reparatórias, se tornou ao longo do tempo alvo de milhares de processos judiciais questionando sua atuação em temas variados como indenizações individuais, reconstrução de comunidades destruídas e recuperação ambiental.

“O termo de repactuação permite resolver as ações civis públicas e outros processos judiciais relacionados aos impactos socioambientais e socioeconômicos decorrentes do rompimento”, anunciou a Samarco, em nota, após a assinatura do acordo.

Toda a governança do processo reparatório foi alterada. Ficou estabelecida a extinção da Fundação Renova. O novo acordo definiu que a Samarco deverá assegurar R$ 100 bilhões em dinheiro novo, com desembolsos parcelados ao longo de 20 anos. Além disso, deverá levar adiante algumas ações com custo estimado em R$ 32 bilhões. Sem a Fundação Renova, a gestão das medidas se dará de forma descentralizada. O novo acordo especifica quais ações ficam sob responsabilidade de cada um dos envolvidos na reparação: União, estados, municípios, instituições de Justiça e mineradoras.

Do total de recursos, R$ 29,75 bilhões envolvem medidas e projetos sob gestão da União, incluindo por exemplo transferência de renda, fomento à educação, ciência e inovação, ações ambientais e reparação da atividade pesqueira. Esse montante deverá ser repassado pela Samarco ao Fundo Rio Doce, que será instituído e administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), seguindo diretrizes de um comitê gestor disciplinado em decreto presidencial. Especificamente para as ações ambientais, o Fundo Rio Doce adotará a designação de Fundo Ambiental Rio Doce. 

O acordo prevê também a criação do Fundo Popular da Bacia do Rio Doce, que terá R$ 5 bilhões. Esses recursos serão destinados a projetos de interesse das comunidades atingidas. A gestão caberá ao Conselho Federal de Participação Social na Bacia do Rio Doce, presidido pela Secretaria-Geral da Presidência da República e composto de forma paritária: 50% de representantes da sociedade civil e 50% de representantes governamentais.

Também deverá haver paridade de gênero e serão definidos percentuais mínimos para assegurar a presença de pretos e pardos, bem como de indígenas e quilombolas. O conselho deverá aprovar projetos envolvendo temas como economia popular e solidária, segurança alimentar e nutricional, educação popular, tecnologias sociais e ambientais, promoção do esporte e lazer, cultura e mídias comunitárias, e defesa da terra e território.

Foi definida ainda a criação de um fundo patrimonial com capital de R$ 8,4 bilhões para fortalecimento e melhoria das condições de saúde dos municípios atingidos. Nesse caso, a gestão financeira ficará a cargo de uma instituição financeira oficial a ser selecionada pela União. Outros recursos serão destinados ao financiamento e capital de giro para micro, pequenas e médias empresas localizadas nas áreas atingidas, por meio da criação do Fundo Compete Rio Doce, do Fundo Desenvolve Rio Doce e do Fundo Diversifica Mariana, via Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e Banco de Desenvolvimento do Espirito Santo (Bandes).

Além disso, R$ 1,5 bilhão integrará o Fundo de Reestruturação da Aquicultura e Pesca (Frap) e outros R$ 450 milhões o Fundo de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do Espírito Santo (ES-Funpesca). Conforme define o acordo, a instituição de fundos públicos ou privados para a gestão de recursos deverá obedecer a alguns critérios envolvendo mecanismos de transparência, de prestação de contas e de auditoria, entre outros.

Há ainda previsão de repasses para fundos que já existem. Por exemplo, tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo, o Fundo Estadual de Assistência Social (Feas) receberá incremento de R$ 32 milhões referente ao desenvolvimento de algumas medidas definidas.

Ministro do TCU destaca consenso em obras da BR-101 e reforça importância da Nova Lei de Licitações em palestra na Ales

Ministro do TCU destaca consenso em obras da BR-101 e reforça importância da Nova Lei de Licitações em palestra na Ales

Para o presidente da Ales, deputado Marcelo Santos, o evento reforça o papel da Assembleia na promoção de uma administração pública. foto ales

A Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) sediou hoje uma palestra com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, sobre a Nova Lei de Licitações e Contratos (nº 14.133/2021). Zymler abordou a relevância do consenso e da segurança jurídica em grandes obras de infraestrutura, como a BR-101, enfatizando como a nova legislação pode facilitar soluções pacíficas para conflitos em projetos de alto impacto.

O evento também contou com o advogado Anderson Pedra, especialista em direito público, que falou sobre os principais impactos práticos da lei para gestores públicos. Pedra abordou como as novas normas exigem maior controle e adaptação por parte das equipes públicas, preparando o terreno para a análise de Zymler sobre como a legislação impacta diretamente o desenvolvimento regional.

Zymler ressaltou que a Nova Lei de Licitações não apenas moderniza o processo licitatório, mas também promove soluções consensuais para conflitos em grandes obras de infraestrutura, como a BR-101. “Com a nova legislação, priorizamos a mediação e a arbitragem como alternativas para resolver divergências, o que evita paralisações e garante que os projetos avancem de forma mais ágil e eficaz,” explicou o ministro. Ele destacou que o consenso entre as partes envolvidas, governo, concessionárias e sociedade, é fundamental para assegurar que essas obras tragam os benefícios prometidos para a população, com menos burocracia e maior responsabilidade no uso dos recursos públicos.

Para o presidente da Ales, deputado Marcelo Santos, o evento reforça o papel da Assembleia na promoção de uma administração pública mais transparente e eficiente. “Queremos tornar a Ales cada vez mais transparente, e para isso, é indispensável preparar e atualizar os nossos servidores sobre as exigências da lei. Isso vai nos ajudar a contribui para uma gestão pública mais responsável no uso dos recursos públicos.”, destacou.

A nova legislação de licitações, vigente desde o início de 2023, exige dos órgãos públicos práticas modernas e inovadoras para controle interno e gestão de riscos, além de maior transparência e eficiência nos processos de contratação. Zymler ressaltou que a adoção de mecanismos para evitar práticas ultrapassadas nas contratações públicas reflete a necessidade de uma administração mais eficaz, com cada recurso público resultando em benefícios concretos para a população.

“Essa lei traz uma resposta direta às demandas da sociedade por uma gestão pública que equilibre inovação e responsabilidade, fatores fundamentais para obras estratégicas e de interesse público”, concluiu o ministro.

TCE-ES e municípios assinam acordo para orientar a implantação de gestão de custos nas prefeituras

TCE-ES e municípios assinam acordo para orientar a implantação de gestão de custos nas prefeituras

Como exemplo prático, o sistema permitirá que o gestor municipal saiba se é mais vantajoso comprar uma frota ou contratar em empresa para locação.

Representantes do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) e dos municípios de Vila Velha, Linhares, Colatina, Pancas e Santa Teresa assinaram, na tarde de quarta-feira (30), um acordo de cooperação técnica. O objetivo do acordo é o desenvolvimento de um guia de orientação para implementação da gestão de custos no setor público, para que seja, então, difundido aos demais municípios. O guia permitirá que os gestores consigam colocar em prática uma gestão pública baseada em informações de custos, visando a melhoria na qualidade do gasto, em decisões mais assertivas e planejamentos mais realistas.

Dentre os benefícios esperados com o acordo estão o aprimoramento dos controles internos exercidos pelos jurisdicionados, a melhoria das funcionalidades dos sistemas informatizados usados pelos municípios, e a melhoria do planejamento das ações dos governos, sendo possível calcular os custos de cada ação ou programa municipal. Também espera-se que o acordo possa ampliar as atividades de controle externo exercidas pelo TCE-ES.

Como exemplo prático, o sistema permitirá que o gestor municipal saiba se é mais vantajoso comprar uma frota ou contratar em empresa para locação, considerando os custos de cada caso. Ou ainda, quanto custa um atendimento na rede de saúde, ou o custo de fornecer água tratada, de coleta e tratamento de esgoto, dentre outros serviços públicos ofertados.

Na assinatura do acordo de cooperação, o presidente do TCE-ES, conselheiro Domingos Taufner, agradeceu a participação voluntária de todos. “Esse projeto-piloto é muito interessante. Há 10 anos usamos internamente um sistema de controle de custos e agora vamos passar para os municípios. Agradeço a prontidão com a qual vocês aderiram ao projeto”, disse o presidente aos representantes dos municípios. 

Logo depois, o secretário-Geral de Controle Externo, Alexsander Binda Alves, e o secretário de Contabilidade do Tribunal, Romário Figueiredo, fizeram uma breve explicação do projeto. Segundo eles, haverá um controle muito maior dos custos – o que facilitará a tomada de decisões dos gestores.

O conselheiro Rodrigo Coelho foi um dos idealizadores do projeto e classificou a assinatura do acordo como um momento histórico. “Depois de pronto, este sistema vai permitir que os gestores façam a integração dos sistemas e possibilitar que o cidadão saiba o custo de cada serviço oferecido pela prefeitura. Isso é histórico”, afirmou citando ainda que o modelo pode ser difundido para todo o Brasil.

O acordo tem vigência de 14 meses, podendo ser prorrogado pelas partes mediante assinatura de Termo Aditivo. Inicialmente, será desenvolvida a metodologia, depois haverá nivelamento dos conhecimentos técnicos, acompanhamento e elaboração e revisão do guia de orientação. A previsão é que o guia esteja pronto entre outubro e dezembro de 2025.

Para a realização da atividade os municípios deverão disponibilizar servidores para participar dos debates – em especial, servidores que atuam nos setores de contabilidade, controles internos, controles patrimoniais e de recursos humanos. A equipe de trabalho será supervisionada por auditores do TCE-ES.

Municípios

Participaram da assinatura os prefeitos de Vila Velha, Arnaldinho Borgo; de Pancas, Sidiclei de Andrade; e de Linhares, Bruno Marianelli. Também estiveram presentes a secretária de Administração de Colatina, Francielly Cristina de Moura, representando o prefeito Guerino Balestrassi; e o contador de Santa Teresa, José Henrique Ferreira dos Santos, representando o prefeito Kleber da Costa.

O primeiro a comentar sobre o projeto foi o prefeito de Vila Velha. “Acredito que com essa assinatura a gente comece a mudar a cultura organizacional dos municípios. Conseguiremos ter controle e indicadores para tomar decisões mais assertivas e irá dar subsídio para os gestores decidirem sobre compras e outros investimentos”, disse Arnaldinho. 

Já o prefeito de Pancas destacou a mudança na forma de atuação do Tribunal. “Temos visto, de parte do Tribunal, várias ações, capacitações, orientações. Ficamos muito lisonjeados por participar desse projeto e tenho certeza que ele será mais um sucesso, colocando o TCE-ES na vanguarda”, afirmou Sidiclei.

Bruno Marianelli, prefeito de Linhares, elogiou o aumento de transparência que o sistema deverá trazer para os gastos públicos. “Quando a gente fala de transparência, falamos de democracia. Quanto mais a gente ‘limpa’ as informações e disponibiliza para a sociedade, mais contribuímos com a democracia. Parabenizo os técnicos do Tribunal por essa ação e não tenho dúvidas que Linhares e os demais municípios vão trabalhar para o êxito deste projeto”, pontuou.

Os representantes dos prefeitos de Santa Teresa e Colatina também elogiaram o projeto. “Dados justificam decisões e sabemos que esse projeto vai ajudar muito para que os gestores tomem as melhores decisões para a sociedade”, disse José Henrique. “Tenho certeza que vamos dar o nosso melhor para que o projeto siga seu melhor caminho”, concluiu Francielly.

Acordo de Cooperação Técnica: O TCE-ES e cinco municípios assinaram um acordo para desenvolver um guia de gestão de custos no setor público, visando melhorar a qualidade do gasto e o planejamento.Benefícios Esperados: O acordo visa aprimorar os controles internos, melhorar os sistemas informatizados dos municípios e o planejamento das ações governamentais, além de ampliar as atividades de controle externo do TCE-ES.Exemplos Práticos: O sistema permitirá aos gestores municipais avaliar a viabilidade de compras versus locações e calcular os custos de serviços públicos como saúde e saneamento.Participação e Agradecimentos: O presidente do TCE-ES agradeceu a adesão dos municípios ao projeto-piloto, destacando a importância do sistema de controle de custos que será compartilhado.Desenvolvimento e Implementação: O acordo terá vigência de 14 meses, com etapas de desenvolvimento da metodologia, nivelamento técnico, e elaboração do guia de orientação, com previsão de conclusão entre outubro e dezembro de 2025.
Fonte TCEES

Governo do ES aplicou 15,39% do que arrecadou em saúde

Governo do ES aplicou 15,39% do que arrecadou em saúde

Miguel Duarte falou de avanços e desafios da sua gestão / Foto: Lucas S. Costa

Até agosto de 2024, o governo do Estado aplicou 15,39% do que arrecadou em saúde (receita própria) – a legislação determina o mínimo de 12%. A informação é do titular da pasta, Miguel Duarte, que compareceu à Assembleia Legislativa (Ales), nesta segunda-feira (4), para prestar contas dos trabalhos realizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no período em questão. O percentual corresponde a R$ 2,1 bilhões (despesa corrente) dos R$ 13,9  bilhões arrecadados pelo Executivo.

O investimento total em saúde, somado a recursos federais e outras fontes, totaliza um montante de pouco mais de R$ 3 bilhões. A maior parte desse valor foi aplicada em assistência hospitalar e ambulatorial, cerca de R$ 2,5 bilhões (83,3% das despesas correntes). De acordo com o levantamento, a Sesa investiu R$ 153 milhões em suporte profilático e terapêutico (5% da das despesas correntes).

Óbitos maternos e infantis

O gestor revelou que houve uma queda relevante no índice de óbitos infantis em relação ao mesmo período do ano passado. Até o final do mês de agosto foram registradas 445 mortes de crianças no Estado, sendo que no ano passado todo ocorreram 599 óbitos. “Temos uma previsão de terminarmos o ano com 534. Essa mortalidade infantil, apesar de termos 500 óbitos num ano, em relação aos outros estados do Brasil nós estamos bem colocados”, afirmou o secretário.

“Existe até um próprio desafio, colocado pela própria Sesa, para até 2030 chegarmos a um número bem menor que esse, que seria algo em torno de 200, 180 óbitos. Com essa quantidade nós estaríamos nos aproximando dos padrões europeus de mortalidade infantil. É um desafio porque até 2030 é a nossa proposta, mas nós sabemos que temos um orçamento muito inferior ao europeu”, acrescentou.

Outro índice que vem apresentando redução é o de óbitos maternos. Até o final do segundo quadrimestre de 2018 foram registradas 32 mortes de mães, decorrentes da gestação, do parto ou do puerpério. No mesmo período do ano passado ocorreram 16 e neste ano foram 14. Uma queda de mais de 50% em relação a quatro anos atrás. A expectativa da secretaria é de terminar o ano com 17 óbitos maternos. “A nossa equipe tem trazido uma melhora de atenção primária que consegue ser representada nesses números”, avaliou Miguel Duarte.

Judicialização

O índice de judicialização de processos recebidos pela Sesa vem apresentando, desde 2014, um aumento acentuado (com exceção dos anos de 2020, 2021 e 2022, por conta da pandemia do coronavírus). Mas em 2024 os números demonstram uma queda considerável em relação ao mesmo período de 2023. No ano passado foram registrados 13.278 processos até o final do segundo quadrimestre e esse ano foram 7.128. A expectativa é finalizar o ano com 10.692 processos. “Temos feito uma série de ações na Sesa, evitando a judicialização e também com a ampliação da oferta”, disse.

Atenção primária

O secretário também deu destaque à cobertura da atenção primária no Estado que, em 2021, era de 71,8% e, em 2024, alcançou 94,5%. O número de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) também aumentou no período (passou de 904 para 1.012 equipes até o momento). “O Espírito Santo continua em crescimento, isso mostra que todo investimento feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) em consolidar a atenção primária, e o apoio que ele fez aos municípios, tem trazido resultados”, opinou o gestor.

Cobertura vacinal

De acordo com o secretário, o Espírito Santo é destaque nacional em cobertura vacinal. “Circulamos algumas manchetes nacionais como o estado que mais vacina no Brasil”, revelou. O ES atingiu a meta na vacinação da tríplice viral (95,46% de cobertura) e do rotavírus (90,06% de cobertura). “E estamos muito próximos nas outras três vacinas: pneumococo (92,44%), penta (89,24%) e poliomielite (88,92%)”, complementou Miguel Duarte.

O Estado também atingiu, pelo segundo ano consecutivo, a meta de cobertura de vacinação da BCG, alcançando um índice de 94,14%. Até o segundo quadrimestre deste ano o Executivo distribuiu mais de 4,6 milhões de vacinas, totalizando um investimento de R$ 90 milhões. “Nós chegamos já a mais de 100 mil SMSs (mensagens de texto via celular) enviados e isso com certeza colaborou com a nossa taxa maior de cobertura vacinal”, argumentou o convidado.

Covid-19

A Covid-19 já levou a óbito 14.927 pessoas no Espírito Santo desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020. Mas o número de casos e de óbitos segue apresentando redução. Em 2023, foram mais de 44 mil casos confirmados aqui e, neste ano, até o presente momento, foram registrados 21 mil casos. Nesse período, o número de mortes caiu de 126 para 54.

Dengue

O número de casos de dengue, apesar de terem apresentado um aumento em relação ao segundo quadrimestre de 2023, apontou uma queda pela metade na quantidade de óbitos registrados em decorrência da doença. Em 2023 foram contabilizados 168 mil casos de dengue no período em questão, enquanto, no mesmo recorte de 2024, foram anotados 221 mil casos. O número de óbitos no mesmo período caiu de 82 para 41.

Ampliação de leitos

O secretário citou três obras que estão em andamento e que irão ampliar a oferta de leitos hospitalares. O Complexo Norte de Saúde, que está sendo construído em São Mateus, vai oferecer 340 leitos. A obra estimada em R$ 367 milhões já teve R$ 101 milhões executados.

Além dele, o Hospital de Cariacica, que teve as obras retomadas em outubro de 2023, vai ofertar 408 leitos. O valor estimado da obra é de R$ 226 milhões e já foram executados R$ 69 milhões. O secretário também citou a reforma do Hospital João dos Santos Neves, em Baixo Guandu, que vai aumentar de 64 para 80 a oferta de leitos. O custo estimado da obra é de R$ 49 milhões.

Cirurgias eletivas

Mais de 97 mil cirurgias eletivas foram realizadas até o final do mês de agosto de 2024. Os números englobam os procedimentos realizados pela rede própria e pelas redes contratualizadas e credenciadas à Sesa. O secretário destaca que o Executivo já atingiu a meta para o ano que era de 125 mil cirurgias realizadas. Até o presente momento, já foram 125.942 procedimentos cirúrgicos registrados.

As cirurgias gerais e ortopédicas encabeçam o número de procedimentos realizados, com 17.042 e 9.698, respectivamente. Em relação ao ano de 2022, o número desses dois tipos de cirurgias apresentaram mais de 80% de aumento em 2024. Em seguida aparecem as cirurgias ginecológicas e de otorrino, com 4.543 e 2.279, respectivamente. Essa última teve um aumento de mais de 400% em relação a 2022.

O presidente da Comissão de Saúde, deputado Dr. Bruno Resende (União), entende que o aumento no número de cirurgia, deve-se, fundamentalmente, ao crescente investimento em saúde feito pelo governo federal. O superintendente do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin, concordou com a observação feita pelo parlamentar.

“O credenciamento por parte do Ministério da Saúde, com a elevação do financiamento da saúde, por parte dos recursos federais impacta, obviamente, na realização das cirurgias eletivas que o deputado fez menção (…). A gente observa que teve um crescimento médio de 30% nos recursos federais aplicados não apenas no Espírito Santo, mas de maneira geral para o Brasil”, pontuou Reblin.

O presidente do colegiado avalia que o Espírito Santo tem como principal desafio vencer as próprias metas por conta de ser referência nacional em saúde. “Eu vou repetir o que tenho dito aqui desde o início do mandato. Em um Estado equilibrado, onde os avanços são vistos a olho nu, o desafio passa a ser não o estado vizinho, mas o nosso próprio Estado. Então o desafio é sempre vencer o espelho, olhar para nós mesmos e pensar num Estado ainda superior no próximo quadrimestre”, afirmou Dr. Bruno.

Conselho Estadual de Saúde

Em sua fala, o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Márcio Romanha, fez um apelo para que a atual gestão “olhe com mais carinho para os trabalhadores da saúde”. Na opinião do gestor, a saúde é feita basicamente por pessoas. “A gente pode dialogar aqui de sistema, de equipamentos, de aplicativos, claro que tudo facilita a vida, mas se a gente não tiver aqueles que vão executar as atividades, a coisa não vai funcionar”, argumentou.

“A gente precisa valorizar os profissionais da saúde. São aqueles profissionais que estão na linha de frente. A gente conseguiu aqui no Estado retomar com a mesa estadual de negociação depois de vários anos, mas a gente precisa avançar não só financeiramente, mas também através de melhores condições de trabalho”, concluiu o presidente do conselho.

Ministério Público

O promotor de Justiça Itamar Ávila Ramos, que dirige o Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas Públicas de Saúde do Ministério Público (Caops), apontou que o órgão tem atuado em cima de quatro diretrizes para os anos de 2024 e 2025. “Nós temos quatro diretrizes que estamos trabalhando neste e no próximo ano, que são as redes de atenção psicossocial, a rede de pessoas com deficiência, a rede maternoinfantil e rede de saúde bucal”, revelou o dirigente.

O dirigente do Caops afirmou que o Ministério Público tem contribuído com o Executivo para solucionar problemas relacionados à judicialização de processos. “Nós temos atuado de uma maneira de fiscalização colaborativa (…). Estamos buscando a solução de alguns problemas relacionados à consultas e exames, nessa busca de fuga da judicialização, que foi um dos temas que foi tratado aqui”, explicou o promotor.  Fonte ales

Setur e Zurich Airport Brasil unem forças para aumentar voos e promover Espírito Santo como destino turístico nacional

Setur e Zurich Airport Brasil unem forças para aumentar voos e promover Espírito Santo como destino turístico nacional

A parceria busca criar novas rotas aéreas e aumentar a quantidade de voos, além de desenvolver um projeto de promoção dos atrativos das regiões turísticas do Estado.

A equipe da Secretaria do Turismo (Setur) reuniu-se, nessa quinta-feira (31), com executivos da Zurich Airport Brasil, administradora do Aeroporto de Vitória, para avançar em um plano estratégico de expansão do turismo no Espírito Santo. A parceria busca criar novas rotas aéreas e aumentar a quantidade de voos, além de desenvolver um projeto de promoção dos atrativos das regiões turísticas do Estado.

Estiveram presentes no encontro o secretário de Estado do Turismo, Philipe Lemos, subsecretários, gerentes da Setur e um representante do Sebrae.

Durante a reunião, a Zurich apresentou os resultados de uma prospecção feita com operadores de turismo, que confirmou o interesse pelo potencial turístico das Montanhas Capixabas, da Região Metropolitana, da Região dos Imigrantes e do Caparaó. Um dos principais objetivos é garantir que esses destinos estejam disponíveis nos canais de venda e em pacotes turísticos, permitindo que mais visitantes conheçam as belezas e experiências oferecidas pelo Espírito Santo.

O Sebrae trouxe um diagnóstico dos produtos turísticos do Estado, destacando 23 segmentos e 12 receptivos já prontos para a comercialização imediata. Entre os atrativos priorizados estão a Rota do Lagarto, em Pedra Azul; a observação de baleias, em Vitória; o Pico da Bandeira, no Caparaó; e o Grande Buda de Ibiraçu. A meta é que esses destinos possam ser ofertados de forma estruturada, atraindo visitantes de várias partes do Brasil.

Para dar continuidade às ações, a Setur, em conjunto com a Zurich Airport Brasil e o Sebrae, formará um Grupo de Trabalho dedicado a buscar novas fontes de financiamento e a desenvolver uma promoção consistente dos atrativos turísticos. Esse trabalho em conjunto visa a fortalecer o turismo capixaba e a atrair um fluxo crescente de visitantes.

O secretário Philipe Lemos celebrou os avanços alcançados e destacou a importância do alinhamento entre o poder público e o setor privado para o crescimento do turismo no Espírito Santo. “Essa parceria entre a Setur, a Zurich e o Sebrae é essencial para ampliarmos a visibilidade do Espírito Santo como um destino de referência. O turismo é uma importante fonte de desenvolvimento e estamos comprometidos em criar experiências únicas para os nossos visitantes. Queremos que o Espírito Santo esteja entre as principais escolhas de destinos no Brasil”, afirmou o secretário de Estado do Turismo, Philipe Lemos. FONTE GOVERNO DO ES

Colatina abre concurso de remoção para profissionais efetivo do magistério

Colatina abre concurso de remoção para profissionais efetivo do magistério

O concurso é destinado a professores e supervisores pedagógicos efetivos da rede municipal de ensino. foto capixaba news

A Prefeitura de Colatina, por meio da Secretaria Municipal de Educação, está com inscrições abertas para o Concurso Público de Remoção de Profissionais do Magistério em toda rede de ensino.

O concurso é destinado a professores e supervisores pedagógicos efetivos da rede municipal de ensino, que desejam mudar em definitivo para outra escola. As vagas disponíveis são para Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental e Supervisor Escolar.

Serão pontuados tempo de serviço e qualificação profissional, conforme tabela e normas disponíveis na Portaria SEMED Nº 028-2024 – https://www.colatina.es.gov.br/wp-content/uploads/2024/11/Portaria-SEMED-No-028-2024-8.pdf

Inscrições online

Para participar do concurso de remoção, os profissionais interessados deverão realizar a inscrição exclusivamente via internet, por meio deste link – https://edu04.cloud.el.com.br/es-colatina-pm-processo-seletivo/paginas/candidato/ , a partir do dia 4 de novembro, até as 18 horas do dia 11 de novembro (segunda-feira). A previsão é que o resultado de classificação seja divulgado no dia 21 de novembro. FONTE PMC

Crimes ambientais na Amazônia Legal aumentam 88%, aponta PRF

Crimes ambientais na Amazônia Legal aumentam 88%, aponta PRF

Polícia atribui crescimento à maior vigilância na região. foto agencia brasil

Entre o início de agosto de 2023 e o fim de setembro deste ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou aumento de 88% na ocorrência de crimes ambientais na Amazônia Legal, na comparação com os 14 meses anteriores.

Embora institutos de pesquisa como o Imazon venham apontando que a degradação florestal nos nove estados que compõem a região é a maior dos últimos 15 anos, a PRF atribui o aumento do número de ocorrências à intensificação da vigilância, fruto do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas).

Segundo o órgão, desde que o plano foi instituído, em julho do ano passado, com o objetivo de combater diferentes tipos de crimes na região, a quantidade de operações de fiscalização foi quase 148% superior à do mesmo período anterior. Com isso, o número das ocorrências de crimes ambientais saltou de 932 para 1.754.

Já o total de pessoas fiscalizadas cresceu 115%, passando de 13.226 para mais de 28 mil, enquanto o número de veículos abordados aumentou cerca de 110%, passando de 13.526 para 28.607. As apreensões de minérios em geral cresceram mais de 170% e as de madeira, 65%.

“Além da abordagem de pessoas e veículos, apreensões e prisões de criminosos, muitos com extensa ficha criminal, a PRF impôs enorme prejuízo ao crime organizado, com a inutilização de equipamentos utilizados no garimpo ilegal, como balsas, motores, tratores, escavadeiras, caminhões e até aviões e helicópteros”, informou a PRF ao destacar, em nota, que o Plano Amas contará com investimento de R$ 1,2 bilhão provenientes do Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Amazônia Legal ocupa 58% do território brasileiro, abrangendo nove estados das regiões Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso) e Nordeste (Maranhão). Fonte e foto agencia brasil

Plantão Betfair: Trump abre vantagem na reta final das eleições

Plantão Betfair: Trump abre vantagem na reta final das eleições

Segundo análise das odds e volume de apostas feitas pelos apostadores da Betfair, o ex-presidente cresceu quase 10% na probabilidade de vitória sobre Kamala Harris. foto carta capital

Uma nova análise realizada pela casa de apostas Betfair mostra uma mudança considerável nas apostas referentes ao mercado das Eleições Americanas de 2024. A candidata do Partido Democrata e atual vice-presidente Kamala Harris viu seu adversário aumentar a vantagem na corrida presidencial nessa reta final, segundo a Betfair. 

Desde a saída de Biden da corrida eleitoral, no dia 21 de julho, o candidato Republicano Donald Trump e Kamala oscilavam e batalhavam pela liderança nas odds. Apesar da constante troca de favoritismo dos apostadores, as odds se mantiveram sempre próximas, até agora. 

Segundo os dados da Betfair, o ex-presidente assumiu a liderança na corrida presidencial no dia 7 de outubro e aparece com 62% de chances de vencer a eleição (odd de 1.53), enquanto Kamala aparece com 38% (odd de 2.5). Isso indica a primeira liderança mais confortável de um dos candidatos, desde que Harris entrou para corrida, e ainda mais relevante, a primeira liderança histórica nas odds de Trump neste ponto de uma corrida eleitoral.

Em sua terceira eleição, Trump deve chegar como favorito no dia da votação

O Plantão Betfair desta semana destaca justamente esta movimentação: esta é a primeira corrida eleitoral, das três em que ele participou, em que, neste ponto das eleições, Trump está à frente nas previsões da Betfair. Em 15 de outubro de 2016, a favorita (com ampla vantagem) era Hillary Clinton: 84% contra 15% de Trump, que acabou vencendo o pleito. 

Já no mesmo dia em 2020, Biden também liderava confortavelmente a corrida nas apostas, embora com uma vantagem menor: 67% contra 33% de Trump. Agora, pela primeira vez, o republicano tem clara vantagem sobre seus rivais, com 62% a seu favor.  

Favoritismo de Trump também é sentido no volume de apostas

Os apostadores da Betfair estão de olho em cada movimentação da reta final da corrida eleitoral, e isso foi refletido no aumento de apostas em Donald Trump, ampliado na última semana com a virada do candidato em estados-chave para as eleições americanas. São eles: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin. 

Em 14 de outubro, a disputa por esses sete territórios era equilibrada. Harris aparecia como favorita em três: Michigan (58%), Nevada (56%) e Wisconsin (57%).  

Em outros três (Arizona, Geórgia e Carolina do Norte), as previsões apontavam para Trump. Apenas na Pensilvânia parecia haver um empate técnico, com uma ligeira vantagem para Trump. Agora, pouco mais de uma semana depois, os resultados mudaram drasticamente. Trump já aparece como vencedor em todos esses estados após uma última virada em Michigan.

Isso teve impacto direto no volume de apostas, ilustrando que os apostadores estão confiantes que Donald Trump deve voltar a ser o presidente dos EUA nos próximos quatro anos. Só em outubro e até a data desta publicação, o candidato republicano teve aproximadamente mais de 49 milhões em apostas pelo mundo todo, enquanto Kamala Harris teve 17 milhões a menos, aproximadamente.

No voto popular, Kamala deve levar a melhor

A atual vice-presidente possui no mercado de apostas da Betfair 64% (odd de 1.5) de chances de vencer nas urnas pelo voto popular, contra 36% do candidato Republicano. Porém, ao contrário do sistema eleitoral brasileiro, nos EUA o resultado das urnas não é o que determina diretamente o vencedor de uma eleição presidencial. 

Apostas nas Eleições Americanas movimentam mais de R$ 770 milhões

Considerando todos os mercados relacionados às eleições americanas de 2024 no site da Betfair, os apostadores dos diversos países em que a Betfair atua já fizeram mais de R$770 milhões em apostas no mundo todo. 

Historicamente, as eleições americanas variam bastante o seu volume de apostas nos últimos dias e até mesmo depois da votação, considerando o período de apuração do sistema eleitoral americano. 

A Betfair continuará monitorando as probabilidades, fornecendo atualizações regulares para apostadores e interessados em acompanhar a dinâmica das eleições presidenciais dos Estados Unidos. O movimento das cotações pode ser acompanhado neste link.

Sobre a Betfair

Uma das maiores provedoras de apostas esportivas online do mundo, a Betfair é patrocinadora oficial da equipe do Cruzeiro e do Vasco da Gama. A empresa, fundada em Londres (ING) no ano de 2000, foi pioneira na oferta de apostas peer-to-peer (Betfair Exchange) e gerencia um conjunto completo de apostas esportivas, eventos de entretenimento e produtos de jogos on-line para mais de quatro milhões de clientes maiores de 18 anos em todo o mundo. Graças à sua tecnologia de ponta, a plataforma oferece um amplo catálogo de produtos que permite apostar com suas próprias cotas e cotas oferecidas por outros usuários. A Betfair está licenciada para operar apostas online e outros jogos em 19 países, incluindo Espanha, Itália, Malta e Grã-Bretanha. Jogue com responsabilidade. Fonte Denis Ninzoli – Sherlock Communications