Alta do café conilon impulsiona novo recorde histórico das exportações do agro capixaba

Alta do café conilon impulsiona novo recorde histórico das exportações do agro capixaba

Esse resultado representa um crescimento de 71%, em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 1,7 bilhão).

Nos dez primeiros meses deste ano, as divisas geradas com as exportações do agronegócio no Espírito Santo somaram mais de US$ 2,9 bilhões (ou R$ 16,8 bilhões). Esse valor obtido de janeiro a outubro superou todo o valor gerado com o comércio exterior do agro capixaba desde o início da série histórica para os anos completos. Esse resultado representa um crescimento de 71%, em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 1,7 bilhão).

O crescimento no valor de exportações do Estado foi consideravelmente superior em relação aos dados nacionais, nos quais o índice do Brasil teve crescimento de 0,3% no valor comercializado e crescimento de 0,7% em volume. Mais de 2,2 milhões toneladas de produtos do agro capixaba foram embarcadas para o exterior, representando um crescimento médio de 4,6% em volume.

As maiores variações positivas no valor comercializado foram para café cru em grãos (+132,5%), carne bovina (+50,3%), mamão (+37,4%), celulose (+36,5%), café solúvel (+35,4%), chocolates e preparados com cacau (+27,1%), álcool etílico (+21,2%), gengibre (+6,7%), pescados (+4,7%) e pimenta-do-reino (+1,1%).

Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas para café cru em grãos (+92,3%), carne bovina (+60,0%), gengibre (+41,5%), mamão (+38,6%), álcool etílico (+26,6%), chocolates e preparados com cacau (+16,3%) e café solúvel (+16,2%).

“O agro segue ampliando a participação no comércio exterior. Mantivemos o melhor desempenho da série histórica para o acumulando do ano e, em apenas dez meses, superamos em 38% todo o valor comercializado em 2023. Os preços internacionais continuam bons para boa parte dos nossos produtos, o que levou a um aumento expressivo no valor comercializado pelo Espírito Santo. O café continua com volumes recordes exportados, principalmente o conilon, que se consolida como o principal produto da nossa pauta de comércio exterior do agro”, comemora o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.

Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – representaram 95% do valor total comercializado de janeiro a outubro de 2024.

No acumulado do ano, nossos produtos foram enviados para 123 países. Os Estados Unidos se destacam como principal parceiro comercial, com 22% do valor comercializado. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo de janeiro a outubro foi de 32,6%. “Esses dados mostram como estamos avançando com competitividade no cenário internacional e isso é fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, pontua o secretário Enio Bergoli.

De janeiro a outubro deste ano, dez produtos se destacaram em geração de divisas. O complexo cafeeiro ficou em primeiro lugar com US$ 1,7 bilhão (58,5%), seguido por celulose com US$ 893,1 milhões (30,8%), pimenta-do-reino com US$ 134,5 milhões (4,6%), gengibre com US$ 31,4 milhões (1,1%), carne bovina com US$ 23,7 milhões (0,82%), mamão com US$ 23,3 milhões (0,80%), chocolates e preparados com cacau com US$ 16,9 milhões (0,58%), álcool etílico com US$ 12,1 milhões (0,42%), carne de frango com US$ 5,7 milhões (0,20%) e pescados com US$ 5,2 milhões (0,18%). O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 28,9 milhões (1,0%).

Café segue em primeiro lugar

Na pauta de exportação do ano passado, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon que mais que triplicou o volume de sacas exportadas no último ano. De janeiro a outubro de 2024, foram exportadas, aproximadamente, 6,49 milhões de sacas de conilon, sendo 5,06 de conilon cru em grãos e 430,8 mil sacas de equivalente de solúvel. Além disso, foram exportadas cerca de 597,7 mil sacas de arábica, que somadas ao conilon, dá um total de 7,09 milhões de sacas de café capixaba exportadas em dez meses neste ano.

“O complexo cafeeiro segue com destaque das exportações do agronegócio, já consolidado como principal arranjo produtivo agrícola em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon, grande responsável por alavancar esses resultados, teve crescimento de 123% no comércio exterior, saindo de 2,7 milhões de sacas exportadas entre janeiro e outubro do ano passado para 6,06 milhões de sacas no mesmo período deste ano. O conilon passou a fazer parte das negociações na B3, um passo fundamental como ferramenta de gestão de riscos, especialmente em períodos de oscilações de preço, o que proporciona maior proteção para o patrimônio dos nossos cafeicultores e suas famílias. É bom lembrar que o conilon está presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas”, complementa Bergoli.

De janeiro a outubro, o Espírito Santo também foi o maior exportador entre os estados brasileiros de gengibre, pimenta-do-reino e mamão, com participação em relação ao total nacional de 63%, 59% e 44%, respectivamente. Além disso, superou o Estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído, conquistando a segunda posição no ranking nacional das exportações totais de café e derivados.

Ressalva acerca dos dados

A Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo, por meio da Gerência de Dados e Análises (GDN/SEAG), realiza mensalmente um levantamento detalhado das exportações do agronegócio capixaba, a partir dos dados originais do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.

Em análise dos dados nas bases oficiais, notou-se uma inconsistência nos dados de exportações do agronegócio do Espírito Santo referentes aos meses de fevereiro e março de 2024, especificamente relacionada ao produto “Açúcar de cana”, com código NCM 17011400.

De acordo com os registros disponíveis, constatamos que houve uma notável disparidade entre os valores e volumes de exportação do referido produto nos mencionados meses em comparação, com dados históricos e informações fornecidas pelas indústrias sucroalcooleiras do Estado. Os valores registrados, sendo US$ 10,2 milhões em fevereiro e US$ 11,1 milhões em março, juntamente com os volumes de 19,8 toneladas e 21,6 toneladas, respectivamente, destoam significativamente das médias históricas de exportação do produto pelo Estado, principalmente considerando que esses dados são referentes apenas ao primeiro trimestre de 2024.

Após consultas realizadas junto às indústrias sucroalcooleiras e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, levantou-se a suspeita de que tais números possam ter sido inflados devido a possíveis erros no lançamento de notas fiscais ou ações de empresas de trading que atuam no Espírito Santo. Portanto, os dados de açúcar fora da curva foram desconsiderados nas nossas análises. A Seag está em contato com as entidades responsáveis para sanar a inconsistência. Fonte e foto governo do es

Deputados do ES aprovam redução do ICMS do café conilon

Deputados do ES aprovam redução do ICMS do café conilon

Projetos aprovados pela Assembleia seguem para sanção ou veto do governo / Foto: Mara Lima

Os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei (PL) 606/2024, que autoriza a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 12% para 7% nas saídas interestaduais do café conilon. A matéria foi uma das seis do Executivo acolhidas na sessão ordinária da Assembleia Legislativa (Ales) desta segunda-feira (18).

Essa proposta internaliza na legislação o Convênio ICMS 111/2024 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e altera o anexo da Lei 7.000/2001 (ICMS), autorizando a mudança na base de cálculo do imposto nas saídas de café conilon cru, em coco ou em grão para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (com exceção do estado de Mato Grosso) do país.

De acordo com o presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (União/ES), o Espírito Santo estava competindo de forma desigual com outros estados, em especial, Minas Gerais. “Isso foi amplamente discutido pela Comissão de Agricultura, na então presidência da deputada Janete de Sá (PSB), e agora do deputado Lucas Scaramussa (Podemos)”, lembrou.

Coube a Janete ser a relatora da proposição nas comissões reunidas de Justiça, Agricultura e Finanças. Ela emitiu parecer pela constitucionalidade e aprovação, acompanhado pelos membros dos colegiados e depois ratificado pelo Plenário da Casa.

Ela destacou que essa redução havia sido solicitada por entidades e federações ligadas à produção do café e apresentada ao Executivo, mas o então secretário de Estado da Fazenda não teria acatado o pedido por receio de perda de receita por conta da diminuição do ICMS.

“Abre mão de receita de um lado, mas ganha na medida em que aumenta a arrecadação. É a mesma (tarifa) praticada em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, não vai ter mais evasão. A [Secretaria] Fazenda, sob a coordenação de Benício, fez um estudo e mostrou ao governador que seríamos competitivos, que o produto seria guiado aqui e teríamos vantagem com essa arrecadação”, explicou.

Adilson Espindula (PSD/ES) pontuou que a redução do imposto vale apenas para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O deputado pediu que no futuro sejam incluídas as regiões Sudeste e Sul. “Essas duas regiões são das maiores consumidoras de café, queremos ter a mesma alíquota, como em Minas Gerais. Boa parte do nosso café ainda vai ser guiado em Minas, e não aqui. Podemos avançar mais”, salientou.

Educação

Foi aprovado, ainda, o PL 600/2024, que autoriza a prorrogação, em caráter excepcional, dos contratos de 117 psicólogos e 111 assistentes sociais vinculados à Secretaria de Estado da Educação (Sedu). A extensão no vínculo terá duração máxima até 31 de dezembro de 2025, com impacto financeiro de R$ 15,4 milhões no ano.

Callegari (PL) frisou a importância dos profissionais para as escolas, mas falou que a situação desses trabalhadores – contratados em regime de designação temporária (DTs) – acaba se arrastando em diversas áreas da administração pública, como da segurança pública. “O DT fica num limbo trabalhista, não tem vários direitos do servidor ou do trabalhador de carteira assinada, como FGTS”, argumentou.

As deputadas Iriny Lopes (PT) e Camila Valadão (Psol) também comentaram o assunto e mostraram preocupação com a chamada “terceirização” no serviço público. “Ao invés de terceirizar, o governo do Estado tem que criar cargos e fazer concurso público para eles serem efetivados”, disse a segunda. Ela ainda recordou a importância desses profissionais no contexto da educação durante a pandemia da Covid-19 e do massacre de Aracruz, em 2023.

Coronel Weliton (PRD) elogiou a ampliação do prazo de vigência dos contratos. “Sabemos o que se passa nas escolas e esse projeto é de fundamental importância. Esses profissionais já estabeleceram vínculos de confiança com os alunos, as famílias e os demais profissionais da educação”, afirmou.

Incaper 

Também foi acolhido – por 23 votos favoráveis e nenhum contrário – o Projeto de Lei Complementar (PLC) 36/2024. A medida permite aos profissionais que ingressarem na carreira de Agente de Pesquisa e Inovação em Desenvolvimento Rural, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) o reconhecimento de seus títulos de pós-graduação, mestrado e doutorado no momento da nomeação, possibilitando ascensão imediata na tabela de subsídios.

Camila contou que a iniciativa foi discutida com o sindicato da categoria, mas apontou a necessidade de trazer mais isonomia entre os servidores do Incaper. “Quando a gente fala em reconhecimento de títulos é garantido apenas a pesquisadores, e não a extensionistas. Os extensionistas, para terem seus títulos de mestrado e doutorado reconhecidos, vão levar quase 15 anos. (…) Esse ponto precisa ser reconhecido pelo governo”, cobrou.

Mais projetos

Outras três propostas foram acatadas pelos parlamentares: o PL 843/2023 autoriza o Poder Executivo a doar imóvel ao município de Nova Venécia; o PL 517/2024 permite a auditores da Receita Estadual a realização de diligências em autos de infração em que tenham atuado anteriormente; já o PLC 38/2024 reclassifica como patrimônio social todos os valores adiantados à Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo (Preves), a título de contribuição, em 2014.

Todas as seis proposições seguem agora para sanção ou veto do governador Renato Casagrande (PSB/ES).

Indústria avança em sete dos 15 locais pesquisados em setembro

Indústria avança em sete dos 15 locais pesquisados em setembro

Espírito Santo registra maior alta em setembro, influenciado pelas indústrias extrativas – Foto: Agência Petrobras

Na passagem de agosto para setembro, a produção industrial brasileira cresceu 1,1%, com alta em sete dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. Os maiores aumentos foram registrados por Espírito Santo (2,4%), Goiás (2,4%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (1,9%). Na comparação com setembro de 2023, a indústria avançou 3,4% e as taxas positivas foram verificadas em 14 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses houve alta de 2,6%, com 17 dos 18 locais analisados mostrando resultados positivos, enquanto o índice acumulado no ano teve expansão de 3,1%, com resultados positivos em 17 dos 18 locais observados. Os dados foram divulgados hoje (7) pelo IBGE.

“Esse crescimento reflete um movimento compensatório em relação ao mês de julho, quando ocorreu uma queda mais significativa de 1,3%. Junto ao mês de agosto, quando houve uma variação positiva de 0,2%, há um acumulado de 1,4%, o que elimina a perda observada anteriormente. Este resultado também se explica pela melhora no mercado de trabalho, com menor desemprego e, portanto, maior consumo e renda disponível das famílias, aumentando a demanda, cujo efeito recai diretamente sobre a produção industrial”, explicou Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

Espírito Santo (2,4%) e Goiás (2,4%) apresentaram os avanços mais acentuados, após recuarem no mês anterior: -0,9% e -0,4%, respectivamente. Bernardo Almeida explica que no caso do Espírito Santo, o crescimento se dá por conta do setor extrativo, muito atuante na indústria capixaba. Já em Goiás, ele atribui aos “setores extrativo e metalúrgico agindo positivamente sobre o comportamento da indústria do estado. Esta taxa é a mais intensa desde dezembro de 2023, quando atingiu 2,6%”.

Maior parque industrial do país, São Paulo avançou 0,9% em setembro, abaixo da média nacional. “Esse avanço vem depois de dois resultados negativos, que acumularam uma perda de 2,4%. Em setembro, o setor de derivados do petróleo foi o que mais contribuiu para o comportamento da indústria paulista”. Após este resultado, São Paulo encontra-se 1,5% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 21,4% abaixo do patamar mais alto, alcançado em março de 2011.

No lado das quedas, Ceará (-4,5%), Amazonas (-3,1%) e Pernambuco (-2,6%) registraram as taxas mais expressivas. Bernardo Almeida aponta os setores de produtos químicos e o setor de artefatos do couro, artigos para viagem e calçados como os principais para a queda na indústria cearense. “Esse recuo no Ceará vem após três meses de resultados positivos, com ganho de 5,7% no período”, explica o analista. Já no Amazonas, “os setores que mais influenciaram foram o de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e o de máquinas e equipamentos”. Em Pernambuco, a queda deu-se por influência nos setores de outros equipamentos de transporte e veículos automotores.

Indústria cresce em 14 de 18 locais na comparação com 2023

O setor industrial teve alta de 3,4% frente a setembro do ano passado e, regionalmente, 14 dos 18 locais pesquisados acompanharam o resultado positivo. Vale citar que setembro de 2024 (21 dias) teve 1 dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20). Os maiores avanços foram registrados por Mato Grosso do Sul (12,6%) e Pernambuco (12,0%). Já Bahia (7,6%), Região Nordeste (7,4%), Ceará (7,1%), Santa Catarina (7,0%), Minas Gerais (5,6%), Maranhão (5,6%), Mato Grosso (4,8%, Paraná (3,7%), São Paulo (2,9%), Rio Grande do Sul (2,5%), Espírito Santo (0,8%) e Goiás (0,2%) foram os outros locais com avanço na produção em setembro de 2024.

No sentido oposto, o Rio Grande do Norte (-21,0%) foi responsável pela queda mais intensa em setembro. A explicação para esse desempenho vem, principalmente, da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva e óleos combustíveis). Rio de Janeiro (-4,5%), Amazonas (-1,4%) e Pará (-1,2%) também recuaram nesta comparação.

Mais sobre a pesquisa

A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional, e para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.

Os resultados da pesquisa também podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE. A próxima divulgação da PIM Regional, referente a outubro, está prevista para 13 de dezembro. Fonte ibge

Mais de 4 mil passam pela Feira da Agroindústria na Ales

Mais de 4 mil passam pela Feira da Agroindústria na Ales

Marcelo Santos destacou sucesso da primeira edição da Feira da Agroindústria da Ales / Foto: Ana Salles

A Feira da Agroindústria Capixaba da Assembleia Legislativa (Ales), encerrada nesta sexta-feira (8), atraiu mais de 4 mil visitantes durante os quatro dias de evento. Além da oportunidade de expor e experimentar produtos alimentícios variados, agricultores familiares e participantes puderam assistir a palestras, participar de oficinas e minicursos, e fechar negócios. 

No evento inédito no Legislativo foram registrados mais de R$ 600 mil em vendas diretas e R$ 650 mil em acordos comerciais fechados em rodadas de negociação.O saldo foi anunciado no encerramento do evento pelo presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (União).

Na solenidade de encerramento, ao contar sobre o sucesso do evento, Marcelo citou o exemplo de uma agroindústria de laticínios que vendeu mais de 500 peças de queijo em apenas três dias, número que normalmente só é alcançado em três meses. O chefe do Legislativo também falou que foi procurado por vários expositores que já querem garantir a vaga para os próximos eventos. “Já tem pedido. E eles não querem que seja daqui a um ano, não. Querem que isso aconteça com mais frequência”, destacou.

Depois de agradecer a todos os parceiros que atuaram na organização e nas oficinas, o presidente disse que, muito além dos números de comercialização e dos novos negócios, a feira trouxe o que considera mais importante para os empreendedores rurais: “É o conhecimento. Eles tiveram oportunidade de conhecer tanta coisa e vão levar isso tudo para o resto da vida deles e para gerar, cada dia mais, tudo que plantam em emprego e renda”, comemorou. 

Marcelo explicou que essa edição foi pensada e preparada como um projeto piloto e que certamente será aprimorada e ampliada. E mais, ele espera que entre para o calendário de eventos do Parlamento. “É impossível que outro presidente que estiver aqui no Legislativo não dê continuidade a esse trabalho, até porque ficou cravado que isso deve fazer parte do calendário de realizações da Assembleia. A gente fecha com chave de ouro”, encerrou.

Meta alcançada

Para Joelma Costalonga, secretária da Casa dos Municípios da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e organizadora da feira, o objetivo foi cumprido. 

“Nós estamos muito felizes com o resultado da feira. Mais de 3 mil pessoas passaram por aqui nesses dias, nessa semana. E assim, hoje [sexta-feira], nossos expositores já estão quase sem mercadoria, porque estande que tinha 500, 600 peças de queijo já foi tudo. É mel, é fruta, é biscoito, é pão, linguiça… E o povo veio, participou, o povo adquiriu. Então, assim, o nosso produto é bom. A gente provou e mostrou que está pronto para ir pro nosso comércio local, para fora também (…)”, apontou Joelma.

Um dos pilares do evento foi ensinar aos produtores rurais formas de agregação de valor aos seus produtos, seja através de estratégias de beneficiamento focadas em qualidade, da obtenção de signos distintivos, como Indicação Geográfica e Marcas Coletivas, ou ainda através de ferramentas do marketing.

Ao todo, foram mais de 30 horas de programação com esse propósito, além de 36 horas de exposição de produtos, convertidas em vendas para os produtores rurais.

“(…) eu posso dizer que foi muito bom o resultado, as vendas com expectativa acima do que eu já tinha projetado (…). Teve bastante aceitação de público, teve bastante circulação de pessoas (…). Muito importante para o Espírito Santo, muito importante para o produtor e muito importante até mesmo para o consumidor, que tem a oportunidade de conhecer produtos que ele basicamente não conhece ainda”, afirmou o expositor e produtor rural Lauro Neves, do Sítio Recanto do Sol.

Fabricante de geleias e compotas da região de Biriricas, em Viana, Lauro reforçou a importância da troca de experiências oportunizadas pela feira. “É um evento extremamente importante, muito bem localizado e (…) bastante positivo para nós. O intercâmbio que a gente faz com outros expositores de outros municípios também é muito legal, porque a gente faz um networking bacana, troca experiências mesmo, de fato, e isso (…) agrega muito valor pra todos nós”, concluiu o produtor.  Fonte ales – Por Gabriela Mignoni, com informações de Patrícia Bravin

Governador do ES assina Projeto de Lei para redução da alíquota do café conilon

Governador do ES assina Projeto de Lei para redução da alíquota do café conilon

A redução na alíquota valerá na comercialização do café conilon produzido no Espírito Santo para as regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do País. FOTO GOVERNO DO ES

O governador do Estado, Renato Casagrande, assinou, nesta quarta-feira (06) o projeto de Lei que reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na comercialização de café conilon, de 12% para 7%, mesmo patamar do imposto recolhido para o café arábica. O texto foi encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

A redução na alíquota valerá na comercialização do café conilon produzido no Espírito Santo para as regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do País, e visa trazer mais competitividade ao setor cafeeiro capixaba. O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do Brasil, responsável por aproximadamente 70% da produção nacional e com aproximadamente 50 mil propriedades dedicadas a essa cultura, de acordo com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

A medida atende a um pleito histórico do setor, e foi aprovada por iniciativa da Secretaria da Fazenda (Sefaz) no último dia 25 por unanimidade no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), colegiado formado pelos secretários de Fazenda de todos os Estados e do Distrito Federal.

“Queríamos fazer justiça. Estamos encaminhando hoje essa matéria e tenho certeza que a Assembleia Legislativa irá votar com rapidez pela importância. Em uma análise fria, podem achar que vamos perder receita, mas como vamos ganhar em competitividade, iremos vender mais, gerando mais renda e empregos. Um Estado organizado pode dar esses passos estratégicos para o nosso desenvolvimento. Esse setor é muito importante para o nosso desenvolvimento. Vocês podem contar com o Governo do Estado para continuarmos dando passos adiante”, disse o governador Renato Casagrande.

O secretário de Estado da Fazenda, Benicio Costa, salientou que a concessão do benefício só é possível devido à excelente situação fiscal do Estado. “O equilíbrio e a responsabilidade nas contas públicas permitem que o Governo do Estado apoie os setores produtivos, gerando um ciclo de crescimento e desenvolvimento”, ressaltou.

Benicio Costa lembrou, ainda, da importância da medida para o combate à evasão fiscal no setor. “Como outros Estados já praticam a alíquota reduzida, tínhamos esse problema com o café produzido aqui sendo vendido como se fosse de outro local. Com a mudança, colocamos os produtores capixabas em pé de igualdade no cenário nacional, em termos de competitividade”, destacou Benicio Costa.

O vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, acrescentou que as novas regras vão beneficiar e fortalecer a atividade que é geradora de emprego e renda em praticamente todo o Espírito Santo.

“Uma demanda antiga que foi sanada com muita responsabilidade, justamente nesse período em que comemoramos a Nota A+ conquistada em gestão fiscal. A proposta e defesa do Governo do Espírito Santo vai ampliar a competitividade do conilon capixaba, principal produto do agro do nosso Estado. O trabalho e empenho dos cafeicultores nos coloca como principal produtor de conilon do Brasil. Essa redução, na prática, garante mais oportunidades nas propriedades, aos produtores rurais e ao mercado que tem muita viabilidade para crescer”, pontuou Ricardo Ferraço.

Com a redução dos custos de produção, os cafeicultores capixabas poderão aumentar suas margens de lucro, investindo mais em tecnologia, qualidade e sustentabilidade, avaliou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. “O conilon é a nossa principal atividade agrícola e grande geradora de emprego e renda no campo e nas cidades capixabas. O Governo do Estado tem amplo programa de desenvolvimento sustentável da cafeicultura, com ações em várias áreas, como na infraestrutura, na ciência, tecnologia e inovação, além da assistência técnica”, explicou.

“Estamos vivendo hoje o final feliz de um projeto que começou há algum tempo. Essa equiparação de alíquota do café conilon é uma reparação histórica. A visão empreendedora que a administração estadual tem hoje fez com que isso fosse adiante, tornando o Espírito Santo mais competitivo. Nós, como produtores, vamos fazer a nossa parte para que a cafeicultura capixaba continue crescendo”, declarou Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel), maior cooperativa de café conilon do Brasil.

Também estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos; os deputados estaduais Mazinho dos Anjos, Adilson Espíndula, Lucas Scaramussa e Janete de Sá; o secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Abreu; além de representantes do setor cafeeiro e prefeitos de regiões produtoras. FONTE GOVERNO DO ES

Setur e Zurich Airport Brasil unem forças para aumentar voos e promover Espírito Santo como destino turístico nacional

Setur e Zurich Airport Brasil unem forças para aumentar voos e promover Espírito Santo como destino turístico nacional

A parceria busca criar novas rotas aéreas e aumentar a quantidade de voos, além de desenvolver um projeto de promoção dos atrativos das regiões turísticas do Estado.

A equipe da Secretaria do Turismo (Setur) reuniu-se, nessa quinta-feira (31), com executivos da Zurich Airport Brasil, administradora do Aeroporto de Vitória, para avançar em um plano estratégico de expansão do turismo no Espírito Santo. A parceria busca criar novas rotas aéreas e aumentar a quantidade de voos, além de desenvolver um projeto de promoção dos atrativos das regiões turísticas do Estado.

Estiveram presentes no encontro o secretário de Estado do Turismo, Philipe Lemos, subsecretários, gerentes da Setur e um representante do Sebrae.

Durante a reunião, a Zurich apresentou os resultados de uma prospecção feita com operadores de turismo, que confirmou o interesse pelo potencial turístico das Montanhas Capixabas, da Região Metropolitana, da Região dos Imigrantes e do Caparaó. Um dos principais objetivos é garantir que esses destinos estejam disponíveis nos canais de venda e em pacotes turísticos, permitindo que mais visitantes conheçam as belezas e experiências oferecidas pelo Espírito Santo.

O Sebrae trouxe um diagnóstico dos produtos turísticos do Estado, destacando 23 segmentos e 12 receptivos já prontos para a comercialização imediata. Entre os atrativos priorizados estão a Rota do Lagarto, em Pedra Azul; a observação de baleias, em Vitória; o Pico da Bandeira, no Caparaó; e o Grande Buda de Ibiraçu. A meta é que esses destinos possam ser ofertados de forma estruturada, atraindo visitantes de várias partes do Brasil.

Para dar continuidade às ações, a Setur, em conjunto com a Zurich Airport Brasil e o Sebrae, formará um Grupo de Trabalho dedicado a buscar novas fontes de financiamento e a desenvolver uma promoção consistente dos atrativos turísticos. Esse trabalho em conjunto visa a fortalecer o turismo capixaba e a atrair um fluxo crescente de visitantes.

O secretário Philipe Lemos celebrou os avanços alcançados e destacou a importância do alinhamento entre o poder público e o setor privado para o crescimento do turismo no Espírito Santo. “Essa parceria entre a Setur, a Zurich e o Sebrae é essencial para ampliarmos a visibilidade do Espírito Santo como um destino de referência. O turismo é uma importante fonte de desenvolvimento e estamos comprometidos em criar experiências únicas para os nossos visitantes. Queremos que o Espírito Santo esteja entre as principais escolhas de destinos no Brasil”, afirmou o secretário de Estado do Turismo, Philipe Lemos. FONTE GOVERNO DO ES

Como o crescimento do setor portuário influencia o PIB e gera empregos nas regiões costeiras

Como o crescimento do setor portuário influencia o PIB e gera empregos nas regiões costeiras

o setor desempenha um papel central no desenvolvimento econômico global. Foto: Reprodução/Freepik

O setor portuário engloba todas as atividades econômicas realizadas em portos, movimentando 95% do comércio brasileiro no exterior, de acordo com dados do governo federal. Como o Brasil é um dos maiores exportadores do mundo, o setor desempenha um papel central no desenvolvimento econômico global.

Segundo um estudo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), o setor portuário registrou um crescimento de 10% no primeiro bimestre de 2024 em comparação aos números do ano passado. No período, o volume de cargas atingiu quase 200 milhões de toneladas.

A economia das regiões portuárias está em constante mudança para maior eficiência e contribuir para a sustentabilidade, uma vez que os portos estão expostos a riscos climáticos. A tragédia no Rio Grande do Sul trouxe impactos econômicos enormes, já que o estado se destaca na produção e exportação de commodities.

Conheça os principais portos do Brasil

Porto de Santos: É o maior complexo portuário da América Latina, localizado na costa de São Paulo. No primeiro semestre de 2024, movimentou 83 milhões de toneladas, destacando-se no comércio global com terminais que recebem mercadorias de todo o país.

Porto de Paranaguá: Situado no Paraná, é um dos principais portos do setor agrícola, responsável por 37% da exportação brasileira de soja em janeiro de 2024. O porto quebrou recordes este ano e tem a China como principal destino das exportações.

Porto do Rio de Janeiro: Localizado na Baía de Guanabara, desempenha um papel central no comércio dos estados do Sudeste. A zona portuária do Rio de Janeiro está entre os principais importadores e exportadores do Brasil e também é uma região turística bastante procurada.

Importância histórica e social dos portos

Os portos são as principais portas de entrada e saída do Brasil para o mercado do exterior. Desde a chegada de Portugal em 1500, o setor portuário já era um dos mais importantes do país, como uma rota de comércio para os colonizadores.

Os navios de carga são responsáveis pelo transporte da maior parte das mercadorias globais. A economia das regiões portuárias se reflete na logística internacional e nas relações comerciais em geral, além de ter um impacto positivo na geração de empregos.

Em 2021, um navio encalhado quase causou uma crise econômica mundial. O Canal de Suez, localizado no Egito e uma das principais passagens de mercadoria e matéria-prima do mundo, ficou bloqueado por 106 dias. O acidente impactou no preço de várias commodities e afetou países de todas as regiões, incluindo o Brasil.

Diferenças e características entre os portos brasileiros

Alguns portos brasileiros estão equipados para receber mercadorias do mundo inteiro, enquanto outros se direcionam para o comércio nacional. As características podem variar bastante entre os estados.

Em Santos, a zona portuária atua como um motor econômico para o Brasil, incluindo conjuntos industriais de alto nível. Sua localização estratégica em São Paulo, estado com os melhores índices econômicos do país, explica sua importância no comércio global.

Os portos marítimos possuem estrutura para navegação nos oceanos e estão situados em áreas com logística internacional. Já as zonas portuárias fluviais operam em rios navegáveis e têm a capacidade de acessar regiões mais remotas. Além disso, há os portos estuários, localizados em lagos.

Portos privados ou públicos?

A privatização é um tema debatido em diferentes segmentos da economia, e no setor portuário não é diferente. A zona portuária de Santos chegou a entrar em um programa para ser privatizada, mas o Ministério de Portos e Aeroportos encerrou o debate em 2023.

Dados divulgados pela Câmara dos Deputados mostram que o Brasil possui 380 zonas portuárias, das quais 210 são privadas e 170 públicas. Atualmente, o órgão está debatendo um novo marco legal que pode facilitar as privatizações dos portos brasileiros.

O setor público não tem fins lucrativos e age de acordo com os interesses da sociedade, mas as crises enfrentadas pelos órgãos públicos têm alimentado o debate sobre a privatização. Apesar da possibilidade de um investimento maior, o setor privado busca o lucro, o que pode gerar incertezas quanto aos benefícios para a população.

A importância dos portos para o Brasil

O Brasil é um dos maiores exportadores do mundo e se destaca no comércio de diversos produtos no exterior. Nesse contexto, as zonas portuárias atuam como pontes para a importação e exportação, cumprindo uma função central na economia nacional.

As atividades econômicas impulsionadas pelas zonas portuárias geram uma série de empregos que movimentam o comércio brasileiro. Desde o recebimento das mercadorias até o transporte para outros portos, o setor depende de um grande número de profissionais em diversos segmentos.

O que é atividade portuária

As atividades portuárias envolvem a logística de mercadorias destinadas ao transporte aquaviário, incluindo gestão, armazenagem e administração. As operações também englobam todos os equipamentos necessários para a manter a infraestrutura funcionando.

Além do controle de produtos, a verificação de documentos e notas fiscais faz parte da rotina nas zonas portuárias do Brasil, uma vez que essas atividades envolvem diversos estados e outros países.

As principais atividades de uma cidade portuária

De acordo com a Wilson Sons, líder no setor de operações integradas de logística portuária e marítima do Brasil, três atividades fundamentais estão presentes em todas as zonas portuárias.

Agenciamento marítimo: O agenciador representa o contratante junto às autoridades brasileiras, com o objetivo de contratar serviços portuários durante a permanência do navio no país. O profissional é legalmente responsabilizado pelas operações.

Atracação e desatracação: Esse procedimento inclui manobras de chegada e saída do navio nos portos. O trabalho exige cuidados para garantir a integridade da tripulação e da carga. Um piloto especializado deve estar a bordo durante essas operações.

Armazenamento: Para importar e exportar produtos em zonas portuárias, o armazenamento tem a função de garantir a segurança das mercadorias que permanecem nos portos até o transporte. Uma gestão eficiente de estoque é importante para evitar danos aos itens.

De que forma os portos são colaboradores estratégicos para o desenvolvimento da economia local

Os portos são essenciais para o comércio brasileiro e também desempenham um papel central na economia local de diversos estados. Dessa forma, essas regiões podem oferecer vantagens logísticas ao país e utilizar o litoral para atrair investidores.

O Complexo do Pecém, uma das maiores zonas portuárias do Nordeste, é responsável por grande parte do desenvolvimento econômico do Ceará. Com uma localização geográfica estratégica, incluindo rotas para os Estados Unidos, Europa e Norte da África, o complexo atrai grandes empresas.

No Rio Grande do Sul, a Portos RS é responsável pelo controle de todo o sistema hidroportuário do estado, abrangendo terminais do setor privados e zonas portuárias públicas, como as de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. A operação movimenta o maior volume de cargas do Sul do Brasil.

Sustentabilidade e descarbonização

A necessidade de substituir combustíveis fósseis por energia renovável é um tema debatido em diversos setores da indústria, incluindo o portuário. O agravamento das mudanças climáticas reforça a urgência de ações efetivas no combate à poluição.

O transporte marítimo enfrenta riscos diretos devido à crise climática, uma vez que o aquecimento global provoca o derretimento das geleiras e eleva o nível do mar, causando impactos em regiões costeiras de todo o mundo.

Os países que fazem parte da Organização Marítima Internacional (IMO) anunciaram um acordo para reduzir em pelo menos 50% as emissões de gases de efeito estufa até 2050. O Brasil é um dos membros dessa entidade.

Geração de novos empregos nas comunidades ao redor dos portos

O crescimento de 10% no setor portuário no primeiro bimestre de 2024 revela a importância dos portos para a economia brasileira. O governo federal já sinalizou a intenção de expandir os portos nacionais, o que deve aumentar a geração de emprego e renda no país.

As vantagens da economia das regiões portuárias se estendem às comunidades ao redor dos portos. O turismo marítimo é um exemplo disso, com opções que variam de passeios de barco a cruzeiros. A ampla movimentação de pessoas nessas áreas torna os portos atraentes para diversos setores.

O futuro dos portos no Brasil

O desenvolvimento de práticas sustentáveis que aumentam a produtividade no setor portuário passa diretamente por inovações no campo da automação industrial.

Alguns portos ao redor do mundo já utilizam Inteligência Artificial para otimizar operações, com sistemas autônomos que funcionam sem a necessidade de mão de obra humana, aumentando a eficiência e reduzindo custos.

Esses sistemas inteligentes também diminuem a burocracia nos processos de fiscalização aduaneira, tornando a troca de documentos para importação e exportação de mercadorias mais prática. De modo geral, as zonas portuárias são o principal motor do desenvolvimento da economia brasileira. Para manter o setor em crescimento, é importante investir em inovações e práticas sustentáveis. Assim, os portos continuarão a gerar empregos e a servir como pontes para o comércio nacional e internacional. Fonte  jornalista Alan Santana.

Ales promove primeira edição da Feira da Agroindústria Capixaba

Ales promove primeira edição da Feira da Agroindústria Capixaba

Com uma variedade de expositores e produtos regionais, a feira busca valorizar a agricultura familiar.

A Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) realiza, de 5 a 8 de novembro, a primeira edição da Feira da Agroindústria Capixaba – Raízes do Campo. Aberta ao público, a feira reunirá pequenos produtores de todo o estado para promover a agricultura familiar, setor que move a economia capixaba e abastece as mesas de milhares de lares. Com exposições de produtos, palestras e rodadas de negócios, o evento promete aproximar os pequenos produtores da região metropolitana e fortalecer suas redes de cooperação e comercialização.

A agricultura familiar tem um papel fundamental na geração de empregos e no desenvolvimento das regiões rurais do Espírito Santo, contribuindo com uma produção rica e diversificada. De acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Santos, a Feira é uma chance de valorizar o trabalho desses produtores e de destacar sua importância na economia e no cenário cultural do estado. “Queremos não só celebrar o trabalho desses produtores, mas também aproximá-lo da população da região metropolitana, que consome esses alimentos sem conhecer sua origem e, muitas vezes, sem compreender a importância dessa produção para a nossa economia”.

Momento aguardado pelos produtores ocorrerá na quarta-feira (6), às 14 horas: a “Rodada de Negócios”, promovida pelo Sebrae. Uma excelente oportunidade para produtores e empreendedores do setor agro se conectarem e expandirem suas redes de contato, tendo como objetivo a criação de parcerias de negócios.

A feira, organizada pela Secretaria da Casa dos Municípios da Ales em parceria com o Senar, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e outras instituições, também contará com uma série de workshops e minicursos para o público interessado em conhecer mais sobre temas como qualidade e inovação nos alimentos, marketing agro e boas práticas de fabricação.

De acordo com a secretária da Casa dos Municípios, Joelma Costalonga, a iniciativa partiu do contato direto com pequenos produtores rurais, por meio do Arranjos Produtivos, projeto da Ales que atualmente presta consultoria a mais de 60 agroindústrias capixabas.

“Estamos desenvolvendo o projeto Arranjos Produtivos há um ano, com atuação em 20 municípios, ouvindo de perto os agricultores e identificando as principais necessidades deles. A demanda por regularização de pequenas agroindústrias surgiu como uma prioridade, especialmente diante do grande número de agroindústrias no estado. Já atendemos 64 delas, e, para fortalecer ainda mais esse setor, buscamos diversos parceiros para a Feira da Agroindústria. Nosso objetivo é oferecer apoio para que essas pequenas empresas possam impulsionar seus negócios, aumentar suas vendas e se qualificar cada vez mais. Essa é a nossa função!”, comentou Joelma.

Com uma programação intensa e acessível, a Feira da Agroindústria pretende levar conhecimento, promover a troca de experiências e criar oportunidades de negócio que incentivem ainda mais o crescimento do setor. A abertura será às 18h da terça-feira, dia 5, e durante os dias seguintes, o público poderá conferir uma agenda que inclui desde palestras e oficinas até minicursos sobre preparo de produtos regionais e derivados.

Além de Senar e Mapa, a feira tem como parceiros o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

As inscrições podem ser feitas através do link: http://li.cnm.org.br/r/zRWjto

Confira a programação:

5/11 (Terça-feira)
18h – Abertura
18h30 – Palestra “Cooperativismo de Crédito como Agente de Desenvolvimento Local”, com João Carlos Leite, produtor rural e presidente do Sicoob Sarom e ex-presidente e fundador da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan-MG);
18h às 21h – Exposição de produtos das agroindústrias. Fonte ales

FMI eleva para 3% projeção de crescimento do PIB do Brasil em 2024

FMI eleva para 3% projeção de crescimento do PIB do Brasil em 2024

Fundo estima desaceleração para 2025, com expansão de 2,2%.foto nord investimento

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, de 2,1% para 3%, a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano. Apesar da melhoria nas expectativas para este ano, o fundo estima desaceleração para 2025, com o crescimento caindo de 2,4% para 2,2%.

As estimativas para 2024 estão abaixo das previsões oficiais. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda projeta crescimento de 3,2% neste ano.

O FMI atualizou as previsões de crescimento para todos os países durante a reunião anual do órgão, que ocorre em Washington nesta semana. Segundo o Fundo, a economia brasileira crescerá mais que o previsto por causa de resultados melhores que o esperado no primeiro semestre, o mercado de trabalho forte, a inflação sob controle e o aumento da renda. O FMI também citou impacto menor que o esperado das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o Produto Interno Bruto (PIB).

Para 2025, no entanto, o panorama é menos otimista. O FMI justificou a redução da estimativa de crescimento por causa da redução dos estímulos fiscais concedidos desde o ano passado e dos juros elevados. Em elevação desde setembro, a Taxa Selic (juros básicos da economia) está em 10,75% ao ano e deverá encerrar 2024 em 11,75% ao ano segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com analistas de mercado.

Somente em 3 de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o PIB do terceiro trimestre. No segundo trimestre, a economia brasileira cresceu 1,4% em relação aos três meses anteriores, acima de todas as estimativas. fonte agencia brasil

Projeto altera regras do ICMS para atacadistas do ES

Projeto altera regras do ICMS para atacadistas do ES
Projeto é de autoria do Poder Executivo / Foto: Freepik

Começou a tramitar após leitura na sessão ordinária desta segunda-feira (21) o Projeto de Lei (PL) 512/2024, com alterações na Lei 7.000/2001, que reúne as regras de ICMS. Encaminhada pelo Poder Executivo à Assembleia Legislativa, a proposta mexe na responsabilidade de recolhimento do tributo nas operações que envolvem estabelecimentos atacadistas e adquirentes pessoas jurídicas. 

De acordo com o subgerente de Legislação Tributária da Sefaz, Gustavo Juliano Leitão da Cruz, a redação original da Lei do ICMS trazia que até 31 de maio deste ano o estabelecimento distribuidor tinha de ter ciência do destino da mercadoria para saber a alíquota a ser recolhida.

Ou seja, caso o adquirente utilizasse a mercadoria para fins industriais ou comerciais, caberia ao atacadista aplicar o benefício fiscal de 7%. Mas ao contrário, se os produtos fossem utilizados para consumo interno da empresa, a alíquota era cheia (17%). 

Com a aprovação neste ano da Lei 12.114, as regras ficam mais fáceis para os distribuidores, frisa o auditor fiscal. A partir da mudança, os atacadistas passam a aplicar o benefício no imposto em todas as saídas internas para o contribuinte de ICMS, ficando a cargo desses estabelecimentos recolher a diferença na alíquota (17% – 7%) da mercadoria que não for comercializada ou industrializada. 

O PL 512/2024 institui a possibilidade de o distribuidor atacadista não aplicar o incentivo fiscal de 7% caso identifique que produtos vendidos serão usados como consumo final pelo contribuinte de ICMS. Da mesma forma, se aplicá-lo, caberá à empresa compradora recolher a diferença. 

O gerente da Sefaz explica que a alteração é necessária porque muitas vezes a própria empresa adquirente não tem segurança sobre como utilizará os produtos. Na opinião dele, o movimento busca amenizar o impacto no ambiente de negócio. 

Acompanhamento o andamento do PL 512/2024 – FONTE ALES