Brasil poderá ter novo recorde na produção de grãos na safra 2024/2025

Brasil poderá ter novo recorde na produção de grãos na safra 2024/2025

País espera colher mais de 336 milhões de toneladas, diz Conab. foto CNA/ WENDERSON ARAUJO/TRILUX

O Brasil deverá bater novo recorde de produção de grãos, caso se confirme a estimativa de um total de 336,1 milhões de toneladas de grãos a serem colhidos na safra 2024/25. O resultado representa uma alta 38,6 milhões de toneladas (ou 13%) na comparação com a safra anterior.

A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (12) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a entidade, este será “um novo recorde de produção”, conforme sugere o 9º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

O levantamento avalia que este “bom desempenho” decorre das “boas produtividades das lavouras, projetada em 4.108 quilos por hectares, aliado ao aumento de 2,3% da área cultivada, estimada em 81,8 milhões de hectares”.

Milho

O milho, apontado como principal produto semeado na segunda safra, tem uma produção total estimada em 128,3 milhões de toneladas. A colheita de milho já teve início nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Paraná.

“A expectativa é de que, apenas neste ciclo, sejam colhidas 101 milhões de toneladas, crescimento de 12,2% se comparado com a 2ª safra do grão na temporada passada”, informou a Conab. A entidade associa o resultado às “boas produtividades alcançadas” graças às “condições climáticas favoráveis” e ao “manejo adequado” dos produtores do cereal, na maioria das áreas produtoras.


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Algodão, arroz e feijão

A Conab cita, também como destaque na produção, o algodão, que já colheu 1,4% da área total semeada. A expectativa é de que, confirmado o total de produção estimado, de 3,9 milhões de toneladas, o aumento seja de 5,7%, na comparação com a safra 2023/24.

De acordo com a Conab, o resultado decorrerá do aumento de 7,1% da área cultivada. A companhia, no entanto, pondera que, até o momento, as chuvas irregulares estão “refletindo em uma produtividade inferior à observada na safra anterior, mas suficientes para manter o desenvolvimento das lavouras”.

No caso do arroz, produto bastante relevante para o mercado interno, cuja colheita já se encontra praticamente finalizada, o levantamento indica crescimento de 14,9% na produção, estimada em 12,15 milhões de toneladas.

Já o feijão, produto cultivado em 3 ciclos anuais, tem uma produção total estimada em 3,17 milhões de toneladas, o que, segundo a Conab garante o abastecimento interno.

A primeira safra do produto já foi colhida, totalizando 1,1 milhão de toneladas. A segunda safra já está em andamento em alguns estados, como Paraná (98%) e Minas Gerais (74%). A terceira safra se encontra em fase de plantio.

Soja

Com colheita já finalizada, a soja deve fechar a safra com um total de 169,6 milhões de toneladas, resultado que apresenta incremento de 21,9 milhões de toneladas na comparação com a safra anterior, que foi recorde da série histórica.

“O bom resultado é justificado pela utilização crescente de tecnologia pelos produtores, aliada às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras”, destaca a Conab. fonte PEDRO PEDUZZI – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

Governo Federal prepara MP para recalibrar IOF e aumentar arrecadação

Governo Federal prepara MP para recalibrar IOF e aumentar arrecadação

Bets também serão tema da medida provisória, anunciada por Haddad. foto FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

O governo federal enviará ao Congresso Nacional uma medida provisória (MP) voltada para o mercado financeiro, anunciou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite deste domingo (8), depois de reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“É uma medida que corrige distorções no sistema de crédito, na cobrança de impostos de rendimentos sobre títulos e temas afins. Inclusive vai entrar um aspecto na questão das bets”, disse Haddad. “O que essa medida provisória vai nos permitir? Recalibrar o decreto do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras], fazendo com que sua dimensão regulatória seja o foco da nova versão e possamos reduzir as alíquotas previstas no decreto original, que vai ser reformado conjuntamente”.

Entre as mudanças, segundo Haddad, está o fim da parte fixa do risco sacado e a recalibração da parte diária. “Todos os itens [do decreto de mudança do IOF] vão ser revistos”, disse.

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O ministro afirmou ainda que a MP passará a cobrar tributo de 18% sobre o Gross Gaming Revenue (GGR) das empresas de apostas (ou seja, sobre a diferença entre o que as bets arrecadam e aquilo que elas pagam de prêmio), em vez dos 12% cobrados atualmente. Além disso, a medida tributará títulos que hoje são isentos, como LCA e LCI, em 5%.

“Eles [esses títulos] continuarão a manter uma distância grande em relação aos títulos públicos em geral [em termos de taxação], mas não permanecerão mais isentos, porque estão criando uma distorção no mercado de crédito no Brasil, inclusive com dificuldades para o Tesouro Nacional”.

>>Entenda rejeição do mercado às mudanças na alíquota do IOF

A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cobrada de instituições financeiras passará a ser de 15% ou 20%. A taxa de 9% não existirá mais.

Haddad explicou ainda que há um compromisso de reduzir gastos tributários em pelo menos 10% de natureza infraconstitucional e de conversar, com o Congresso, sobre gastos primários.

“A questão do gasto primário, tem muitas iniciativas que já mandamos para o Congresso. Algumas já estão em tramitação. O que nos dispusemos a fazer é fazer uma nova reunião sobre gasto primário, mas já tendo um feedback das bancadas sobre os temas que vão ser enfrentados”.

O ministro explicou que mostrou ao Congresso as evoluções de despesas obrigatórias, contratadas no passado por governos, que hoje estão pressionando as receitas da União.

“São despesas contratadas quatro, cinco, seis anos atrás e que a conta está chegando sem que a fonte de financiamento dessa despesa tenha sido contratada no mesmo momento”, disse. “Às vezes eu vejo no jornal: ‘está tendo uma gastança’. Mas quando foi contratado o gasto? Qual era a previsibilidade que nós tínhamos?”

Congresso

O presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que o decreto do IOF causou um grande incômodo no Congresso Nacional. “Tanto na Câmara como no Senado, o ambiente se tornou muito adverso a essa medida. E nós colocamos que essa medida precisaria ser revista. Com o governo, atendendo a posição do presidente do Senado e do presidente da Câmara, hoje trouxe essa alternativa, de que o decreto será refeito, com uma calibragem diminuindo de forma significativa seus efeitos”.

Segundo Motta, a MP traz uma compensação financeira para o governo, mas “muito menos danosa do que seria a continuidade do decreto do IOF, como foi proposto de forma inicial”.

O presidente da Câmara afirmou ainda que o Congresso fará, nos próximos dias, uma revisão das medidas de isenção fiscal, que segundo o governo federal, pode chegar a R$ 800 bilhões. FONTE VITOR ABDALA – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

Equipe econômica apresentará a líderes partidários alternativas a IOF

Equipe econômica apresentará a líderes partidários alternativas a IOF

Ministro Haddad se encontrará com Hugo Motta e Davi Alcolumbre. foto LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

Após cerca de dez dias de debates, a equipe econômica apresentará neste domingo (7) aos líderes partidários as alternativas para o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro ocorrerá na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, com a presença prevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Na semana passada, Haddad afirmou que o pacote deve incluir um projeto de lei, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e “provavelmente” uma medida provisória. Segundo o ministro, a equipe econômica pretende concluir os detalhes das medidas na segunda-feira (9), para apresentar as propostas na terça-feira (10).

Neste sábado (7), o presidente da Câmara, Hugo Motta, defendeu um debate sobre benefícios fiscais.

“Isenções essas que chegam a um número não mais possível de suportar pelas contas do nosso país. Isenções essas que não têm o mínimo de acompanhamento sobre o retorno e a contrapartida que deve ser dada por quem as recebe à nossa sociedade e à nossa população”, declarou Motta em evento com empresários e políticos em Guarujá (SP).

O deputado também defendeu a realização de uma reforma administrativa, mas não entrou em detalhes sobre as propostas.

“Modernizar para que, ao menor custo, se consiga entregar serviços de mais qualidade à nossa população. É essa, sem dúvida alguma, a principal missão dessa reforma administrativa que queremos para o Estado brasileiro”, acrescentou.

Em entrevista a jornalistas na saída do evento, Motta disse que não descarta a possibilidade de pautar a votação do projeto que derruba o decreto que aumentou o IOF. Segundo ele, a medida dependerá do resultado da reunião deste domingo. “Vamos amanhã, após a apresentação das medidas do governo, decidir sobre o PDL [projeto de decreto legislativo], que pode entrar na pauta na próxima terça-feira”, declarou Motta.

Revisão do decreto

Na semana passada, Haddad afirmou que parte do decreto que elevou as alíquotas de IOF pode ser revista. Isso, porque somente após o desenho final das medidas o governo saberá o quanto arrecadará para poder compensar a alta do IOF anunciada há duas semanas, sem descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e o arcabouço fiscal.

“Preciso de pelo menos parte das medidas para rever o decreto. Tenho a Lei de Responsabilidade Fiscal, o arcabouço [fiscal], uma série de constrangimentos legais que me impõem uma obrigação que tenho que cumprir. No que diz respeito ao ano que vem, temos liberdade. No que diz respeito a esse ano, preciso aguardar uma reunião com os líderes para uma definição definitiva”, justificou Haddad na última terça-feira (3).

fonte WELLTON MÁXIMO – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

PIB do Espírito Santo mantém estabilidade no 1º trimestre de 2025

PIB do Espírito Santo mantém estabilidade no 1º trimestre de 2025

No acumulado do ano, o PIB Estadual registrou crescimento de +0,9% em comparação ao mesmo período de 2024. foto secom es

O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo apresentou estabilidade no primeiro trimestre de 2025, com variação de 0,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior, considerando os ajustes sazonais. No acumulado do ano, o PIB Estadual registrou crescimento de +0,9% em comparação ao mesmo período de 2024.

O desempenho positivo no acumulado do ano foi impulsionado principalmente pelo setor de Serviços, que apresentou expansão de +3,2%, e pela Agropecuária, com crescimento de +0,4%. O PIB nominal do Espírito Santo foi estimado em R$ 51,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o valor totalizou R$ 210,2 bilhões.

 “A análise comparativa com os dados nacionais indica que o Espírito Santo acompanhou a tendência de moderação observada no Brasil, evidenciando a importância de políticas públicas voltadas à diversificação econômica e ao fortalecimento dos setores produtivos”, destacou o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira.

O resultado positivo no acumulado do ano foi impulsionado, principalmente, pelo setor de Serviços, que apresentou crescimento de +3,2%, refletindo a ampliação da demanda por atividades, como comércio, transporte, educação e saúde. Este setor tem mantido trajetória de recuperação e se consolidado como o principal motor do crescimento econômico estadual no período.

A Agropecuária também contribuiu com o desempenho da economia capixaba, ao registrar crescimento de +0,4%, resultado associado à estabilidade da produção agrícola e à manutenção de níveis favoráveis em culturas relevantes para o Estado.

Por outro lado, a Indústria registrou retração (-4,1%), sem avanço expressivo no período e o desempenho contribuiu contrabalanceando o resultado do acumulado do ano.

Os dados apresentados no PIB Trimestral fazem parte de uma metodologia desenvolvida para reduzir a defasagem temporal do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) anual. O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) calcula este indicador desde 2009.

Para a análise apresentada referente ao 1º Trimestre, foram feitas atualizações que permitiram a divulgação dos percentuais de desempenho dos setores de Agropecuária, Indústria e Serviços, possibilitando uma leitura mais precisa do cenário econômico do Espírito Santo.

Para mais informações e acesso aos dados completos, visite a seção de Publicações – PIB Trimestral no site do IJSN.

FONTE IJSN

Serra é a capital do emprego e do desenvolvimento no Espírito Santo

Serra é a capital do emprego e do desenvolvimento no Espírito Santo

Além de concentrar a maior economia, a Serra lidera na oferta de oportunidades e tem registrado reduções históricas em índices de violência. FOTO SECOM PMS

Com a maior economia do Espírito Santo e a 30ª maior do Brasil, a Serra vive décadas de crescimento acelerado, com transformações sociais e econômicas marcantes. Os investimentos históricos em educação, segurança, saúde, obras e outros serviços consolidam a cidade como a capital da empregabilidade e o principal polo de desenvolvimento do Espírito Santo.

O crescimento acelerado da Serra nos últimos anos construiu um ambiente favorável ao empreendedorismo e atrai empresas de todo o Brasil, que buscam desenvolver negócios no mercado mais estratégico do estado. Entre janeiro e abril deste ano, já foram gerados 2.338 novos postos de trabalho no município, de acordo com dados atualizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Já em 2024, entre janeiro e outubro, foram 6.425 novos postos de trabalho, superando todo o ano de 2023.

O cenário de desenvolvimento é resultado de políticas públicas de qualidade, que refletem-se na vida dos moradores. De acordo com levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP), a Serra ocupa a 6ª posição entre as cidades brasileiras em volume de investimentos públicos, entre os municípios com mais de 500 mil habitantes, refletindo sua capacidade de planejamento, gestão fiscal e compromisso com a entrega de resultados concretos à população.

O levantamento aponta que a Serra investe 23,19% do orçamento em obras, infraestrutura e aquisição de bens duradouros, como escolas, unidades de saúde, pavimentação de ruas, drenagem e equipamentos públicos. A porcentagem no indicador é 9% maior do que a do segundo colocado no Estado e mais do que o dobro da taxa da capital estadual.

Com visão estratégica, uma gestão comprometida com o bem-estar da população e foco em um futuro mais acolhedor e sustentável, o município está realizando, em parceria com o Governo do Estado, o maior investimento em mobilidade urbana do Espírito Santo: mais de R$ 1,4 bilhão estão sendo aplicados e previstos em obras. Entre os grandes projetos em andamento, estão o Contorno de São Domingos (R$ 85 milhões) e o Contorno de Jacaraípe (R$ 230 milhões).

O prefeito da Serra, Weverson Meireles, ressalta que os avanços em diversas áreas são resultado de uma gestão que alia responsabilidade fiscal, planejamento estratégico e compromisso com as pessoas.

“A Serra vive um momento histórico de crescimento e transformação, fruto de um trabalho iniciado pelo prefeito Sergio Vidigal, que fez da nossa cidade uma referência em desenvolvimento, planejamento e cuidado com a população. Seguimos com o compromisso de avançar nesse legado, ampliando os investimentos em infraestrutura, educação, segurança e mobilidade para garantir mais qualidade de vida e oportunidades para todos os moradores”, afirma.

Avanços na segurança pública
A Serra alcançou avanços importantes na segurança. Em março deste ano, foram registrados apenas três homicídios – o menor número desde o início da série histórica, em 1996. Isso representa uma queda de 78,57% em relação ao mesmo período do ano passado.

No primeiro trimestre de 2025, os crimes contra o patrimônio caíram 34,65%, e os furtos e roubos de veículos tiveram redução de 16% em comparação com o mesmo período de 2024. Neste ano, 244 veículos roubados ou furtados foram recuperados, o que representa 37% dos casos. Entre fevereiro e abril, não houve registro de feminicídio no município, reflexo das ações voltadas à proteção das mulheres.

A conquista é resultado de um trabalho estratégico e integrado das forças de segurança da Serra e do Governo do Estado para combater a criminalidade e promover a cultura de paz. Os dados mencionados estão disponíveis no Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).

Educação com resultados
O avanço da educação municipal no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre 2007 e 2023, demonstra o comprometimento do município com a formação das futuras gerações. Nos Anos Iniciais, o crescimento da nota média foi de 44,7%, passando de 3,8 para 5,5. Já nos Anos Finais, o aumento foi de 32,4%, passando de 3,4 para 4,5.

Os números demonstram o planejamento do município para aprimorar a aprendizagem dos estudantes e fortalecer a rede de ensino. A trajetória de crescimento sofreu um impacto durante a pandemia de Covid-19, como em todo o Brasil, mas a Serra superou essa etapa crítica com ações estratégicas, conseguindo manter a estabilidade dos resultados e, até mesmo, retomar o caminho do crescimento.

A Serra possui a maior rede pública municipal do estado, com cerca de 70 mil alunos matriculados. A gestão municipal tem como meta ampliar em 50% a oferta de educação em tempo integral, especialmente na educação infantil, e também realiza investimentos em tecnologia educacional e modernização da infraestrutura escolar.

Haddad diz que alternativa ao aumento do IOF pode ser antecipada

Haddad diz que alternativa ao aumento do IOF pode ser antecipada

Ministro manifesta conforto para implantar soluções estruturais. foto  VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as conversas com os presidentes das duas Casas legislativas durante o fim de semana deixaram a equipe econômica “muito confortável” para chegar a uma solução estrutural visando o cumprimento das metas fiscais tanto de 2025 como dos anos seguintes.

A afirmação foi feita nesta segunda-feira (2) na chegada dele ao ministério, em meio a críticas vindas do mercado sobre a elevação de alíquotas do IOF para o crédito de empresas, para operações cambiais e para grandes investidores em previdência privada.

“Quero deixar claro que as conversas [neste fim de semana com os presidentes da Câmara e do Senado] evoluíram e nos deixaram, nós, aqui da Fazenda e da área econômica, muito confortáveis”, disse Haddad.

“Esse é o jogo que interessa ao país. Não simplesmente uma situação paliativa para resolver um problema de cumprimento da meta do ano, mas voltar para questões estruturais para dar conforto a qualquer governante. Tanto ao presidente Lula o ano que vem, como a quem for eleito o ano que vem, em uma perspectiva de mais longo prazo”, acrescentou.

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Acolhimento

Segundo o ministro, tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; como do Senado, Davi Alcolumbre, passaram uma impressão “de acolhimento” ao que foi apresentado pela equipe econômica durante a reunião.

Ele elogiou as agendas das duas casas tanto para resolver problemas estruturais, como para avançar em reformas mais amplas.

Segundo o ministro, tanto Lula como os dois presidentes do Legislativo sabem da necessidade de se debruçar sobre essas questões e tomar uma decisão antes do embarque de Lula para a França.

“Nós [da equipe econômica] já sabemos exatamente o que está na mesa. Vamos definir qual vai ser o recorte a ser feito nas medidas e apresentar para os três presidentes”, disse Haddad ao garantir que não abrirá mão de cumprir as metas estabelecidas em comum acordo entre Executivo e Legislativo.

A expectativa do ministro é de que tudo seja resolvido muito rapidamente. 

“Ninguém está aqui querendo postergar. Aliás, eu disse [a Motta e Alcolumbre] que não preciso dos 10 dias de prazo, como foi dado na reunião da semana passada”.

Soluções estruturais

De acordo com Haddad, “sabemos o que precisa ser feito, mas precisa tomar a decisão política do que será feito. Mas diante do que eu ouvi, acredito que essa semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] como as questões estruturais. Não dá para dissociar mais uma coisa da outra”.

Haddad reiterou a preferência “deste e de todos ministros da Fazenda” por soluções estruturais. 

“Se o Congresso também está dizendo que prefere isso, por que eu vou dizer o contrário? É muito melhor para o país soluções estruturais”, acrescentou.

“Se chegamos a uma boa definição, de 70%, 80% ou 90% daquilo que foi discutido, e se houver uma compreensão de avançar, acredito que teremos uma perspectiva muito mais sustentável, sem a necessidade de medidas apenas paliativas que, sabemos, que não seriam estruturais. Para nós, é muito melhor fazer as correções no atacado do que fazer no varejo”, argumentou o ministro.

Na avaliação do ministro, o que a Fazenda não pode fazer é perder a iniciativa de levantar essas discussões consideradas tão relevantes. 

“Se deixarmos a acomodação falar mais alto, nós não vamos avançar. Nós abrimos uma excelente oportunidade de voltar a falar do que importa”, disse.

“[Queremos] fazer o debate voltar à mesa porque, caso contrário, em vez de conseguirmos grau de investimento, vamos ficar patinando. As agências [de classificação de risco] reagem à capacidade de iniciativa do país. Se elas percebem que o país deu uma parada e não está enfrentando os temas, elas também param e esperam para ver o que acontece”, complementou.

Transparência

Haddad lembrou que o governo, desde sempre, defendeu a correção de “benefícios fiscais injustificados que ainda existem”. 

Essas isenções e benefícios fiscais a determinados setores somarão, segundo projeções da Receita Federal, R$ 800 bilhões em gastos tributários.

Haddad disse que a estratégia do governo federal é mostrar isso “de forma muito transparente”, colocando todas as informações disponíveis na internet. 

“Vocês conseguem fazer a consulta até por CNPJ das empresas que estão deixando de pagar seus impostos”, observou o ministro.

Haddad disse que não faz parte dos objetivos do governo fazer uso de decretos para ampliar a agenda que está sendo posta.

“O decreto foi para resolver um problema pontual, distorções pontuais. Se nós ficarmos de decreto em decreto, não vamos fazer o que o país precisa, que é apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade”, explicou.

Na quarta-feira (28), o governo anunciou o resgate de R$ 1,4 bilhão de dois fundos, o Fundo Garantidor de Operações (FGO) e o Fundo de Garantia de Operações do Crédito Educativo (FGEDUC), administrado pela Caixa Econômica Federal, para compensar a revogação de dois pontos do decreto que aumentou o IOF.

A elevação de alíquotas do IOF para o crédito de empresas, para operações cambiais e para grandes investidores em previdência privada pretendia arrecadar R$ 20,5 bilhões neste ano para impedir a paralisação da máquina pública este ano. Com a retirada de dois pontos do decreto, a estimativa caiu para R$ 19,1 bilhões.

Embora inicialmente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha anunciado que a revogação parcial do decreto reduziria a arrecadação em R$ 2 bilhões este ano, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, confirmou que o impacto será menor e ficará em R$ 1,4 bilhão neste ano e R$ 2,8 bilhões em 2026. 

Segundo ele, as projeções foram reduzidas durante o recálculo das medidas. fonte PEDRO PEDUZZI – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

Ademicon contribui com a fomentação dos negócios no Espírito Santo

Ademicon contribui com a fomentação dos negócios no Espírito Santo

A Ademicon está localizada na Praia da Costa, em Vila Velha. foto divulgação

A Ademicon – é a maior administradora de créditos do Brasil, com unidade na Praia da Costa, em Vila Velha, no estado do Espírito Santo, é pioneira no mercado de cotas de investimento para aquisição de imóveis, compra de terreno, quitação de financiamento e compra em leilões e o que é melhor ajuda empresários do Espírito Santo que precisam investir em maquinários industriais e agrícolas.

A administradora existe há 30 anos, com objetivo de contribuir com iniciativas que ampliam o acesso ao crédito planejado e tem como primazia conectar os empresários ao planejamento financeiro e a poupança programada até a concretização dos objetivos pontuais.

Para mais informações sobre a cota de investimento para seu negócio, chame pelo whatsapp – wa.link/87tsnf

Horário de atendimento :

Sábado: Aberta 24 horas
Domingo: Aberta 24 horas
Segunda-feira: Aberta 24 horas
Terça-feira: Aberta 24 horas
Quarta-feira: Aberta 24 horas
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Sexta-feira: Aberta 24 horas

Bandeira Tarifária de junho será vermelha patamar 1

Bandeira Tarifária de junho será vermelha patamar 1

Com a sinalização, as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos. foto ME

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informa nesta sexta-feira (30/5) o acionamento da Bandeira Vermelha, no patamar 1, para o mês de junho de 2025, indicando aumento no custo da energia para os consumidores. Isso significa que as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos.

Diante do cenário de afluências abaixo da média em todo o país indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projeta-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior, com um aumento nos custos de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelétricas

Sobre as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

Com as bandeiras, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.

Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 1, a ANEEL reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um tod

Governo do ES assina contratos de repasse do Funsaf para fortalecer agricultura familiar capixaba

Governo do ES assina contratos de repasse do Funsaf para fortalecer agricultura familiar capixaba

Nesta etapa, conhecida como o 3º ciclo de contratações, estão sendo destinados R$ 2.453.688,49 a 13 organizações da agricultura familiar localizadas em nove municípios do Espírito Santo. foto secom

O governador do Estado, Renato Casagrande, assinou, nesta quarta-feira (28), no Palácio Anchieta, os contratos de repasse do 5º Edital do Fundo Social de Apoio à Agricultura Familiar (Funsaf). Nesta etapa, conhecida como o 3º ciclo de contratações, estão sendo destinados R$ 2.453.688,49 a 13 organizações da agricultura familiar localizadas em nove municípios do Espírito Santo.

A cerimônia marca um importante avanço na política pública voltada ao fortalecimento da agricultura familiar no Estado. Com apoio técnico e financeiro do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), o Funsaf foi criado para democratizar o acesso a recursos para projetos produtivos sustentáveis, com foco na geração de renda e na valorização do trabalho no campo.

“Recebemos três associações cooperativas e estamos repassando mais de R$ 2 milhões para que elas possam fazer investimento em infraestrutura, novos equipamentos e na melhoria da sua capacidade de produção. A agricultura familiar é uma atividade que conta com o incentivo do Governo do Estado. Para que essas entidades possam melhorar a qualidade de vida das comunidades rurais, ampliando a capacidade de produção, trazendo mais renda para as famílias ligadas a elas”, explicou o governador Casagrande.

Entre os projetos contemplados nesta fase estão iniciativas voltadas exclusivamente para mulheres (Faixa B), como aquisição de equipamentos de panificação, veículos e tratores com implementos. Também foram contempladas as oito primeiras organizações da Faixa C, com foco em projetos gerais, como aquisição de equipamentos para apicultura, beneficiamento de gengibre, microtratores e sistemas fotovoltaicos.

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, destacou o impacto transformador do Funsaf nas comunidades rurais. “Estamos investindo não apenas em máquinas e equipamentos, mas em dignidade, autonomia e futuro para centenas de famílias capixabas. O Funsaf é uma política pública inovadora, que garante acesso direto aos recursos e fortalece o protagonismo das organizações da agricultura familiar, em especial das mulheres. Isso transforma realidades no campo e promove justiça social”, afirmou.

O diretor-geral do Incaper, Alessandro Broedel, ressaltou que o Funsaf é uma ferramenta estratégica para impulsionar a agricultura familiar no Espírito Santo, aliando recursos financeiros à assistência técnica especializada. “O papel do Incaper é garantir que os projetos apoiados tenham viabilidade técnica, potencial de impacto e estejam alinhados com a realidade de cada comunidade. Estamos falando de investimentos que promovem autonomia, desenvolvimento sustentável e inclusão produtiva no campo”, pontuou.

Neste edital do Funsaf, o Governo do Estado já disponibilizou R$ 8,5 milhões. Com a previsão de contratação dos outros 20 projetos, aguardando complementação orçamentária de R$ 6 milhões, o investimento total poderá ultrapassar R$ 14,5 milhões.

Com essa iniciativa, o Espírito Santo reafirma seu compromisso com a agricultura familiar como base para o desenvolvimento rural sustentável, com geração de emprego, renda e inclusão produtiva no campo. fonte e foto secom es

Deputado do ES quer facilitar acesso de agricultores a drones

Deputado do ES quer facilitar acesso de agricultores a drones

Autor do PL diz que mapeamento feito por drones otimiza produção e reduz custos na agricultura / Foto: Lucas S. Costa.

O conceito de agricultura de precisão deverá ganhar um impulso no Espírito Santo caso seja implantada iniciativa idealizada pelo deputado Pablo Muribeca (Republicanos) que prevê o fornecimento de drones a produtores rurais.

O Projeto de Lei (PL) 314/2025 institui o programa Drone no Campo e propõe que o equipamento seja fornecido pelo estado para cooperativas, sindicatos e associações de produtores, o que permitirá monitorar as plantações, identificando de forma precoce doenças e pragas que podem ameaçar a lavoura.

Pablo cita ainda que o mapeamento de áreas feito por drones evita desperdícios, possibilitando ao agricultor otimizar e racionalizar os gastos com água, fertilizantes e outros insumos.

Produtividade 

“Ao disponibilizar drones para associações, cooperativas e produtores rurais, especialmente os de pequeno e médio porte, o Estado contribui para o aumento da produtividade, a redução de custos, a sustentabilidade ambiental e a competitividade no campo”, projeta o deputado.

A iniciativa propõe ainda a capacitação dos agricultores, garantindo o uso eficiente e seguro da tecnologia, fortalecendo a autonomia das comunidades rurais e ampliando a geração de renda no campo.

Veja na íntegra e acompanhe a tramitação do PL 314/2025, que será analisado previamente nos colegiados de Justiça, Agricultura, Ciência e Tecnologia e Finanças.  fonte Wanderley Araújo, com edição de Nicolle Expósito