Petrobras aprova plano de demissão voluntária para até 1,1 mil pessoas

Petrobras aprova plano de demissão voluntária para até 1,1 mil pessoas

A Petrobras aprovou um plano de demissão voluntária que pode contemplar até 1,1 mil funcionários do quadro da companhia. A medida foi avalizada pelo conselho de administração da estatal e divulgada nesta segunda-feira (3). A empresa prevê que as demissões devem acontecer ao longo de 2026.

A companhia explicou que o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) é direcionado a até 1,1 mil empregados que tenham se aposentado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) antes da promulgação da Emenda Constitucional 103/2019, em 12 de novembro de 2019.

Mais conhecida como reforma da previdência, a emenda alterou o sistema de previdência social e estabeleceu regras de transição e disposições transitórias.

Público-alvo são empregados já aposentados. fotopetrobras

A companhia justifica que o PDV é uma ferramenta de gestão pessoal que “oferece aos aposentados uma oportunidade de transição de carreira ao mesmo tempo que contribui para a renovação contínua e gradual dos quadros da companhia”.

No comunicado a investidores no qual anunciou a aprovação do PDV, a companhia não informa o custo do programa.

“O impacto financeiro será reconhecido nas demonstrações contábeis à medida que as adesões forem efetivadas”, explicou a Petrobras, que tem 41,7 mil empregados. fonte agência do brasil

Belém: saiba mais sobre a cidade palco da COP30

Belém: saiba mais sobre a cidade palco da COP30

Nomeada Belém em 1616, a cidade que receberá a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) de 10 a 21 de novembro já foi chamada Mairi. O lugar era o território do povo Tupinambá, guardião de conhecimentos capazes de fazer frente ao desafio global que hoje reunirá líderes de todo o mundo em busca de solução.

Segundo o historiador Michel Pinho, a história do território começou há milhares de anos. “Essa região da Amazônia, ao contrário do que foi ensinado por muito tempo, é densamente povoada há 11 mil anos. Existem pesquisadores, como [o arqueólogo] Marcos Magalhães, do Museu Emílio Goeldi, que comprovam uma intensa ocupação ao longo dos rios, lagos e igarapés”.

Entre essas ocupações, estava Mairi, ou o território de Maíra, entidade responsável pela origem do mundo e provedora dos segredos ancestrais sobre a mandioca, o açaí e tantas outras culturas ancestrais.

Belém (PA) 14/12/2024 – Barcos pesqueiros atracados na Doca do Ver-o-Peso, na Cidade Velha, às margens da baía do Guajará. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Barcos pesqueiros atracados na Doca do Ver-o-Peso, na Cidade Velha, às margens da baía do Guajará. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Nós atribuímos a outros povos fora da Amazônia esse grau de desenvolvimento tecnológico e social, como é o caso dos maias, aztecas, incas, egípcios, mas os tupinambás também tinham pleno conhecimento e domínio da natureza. Você tem toda uma costa que hoje é o estado do Pará, partindo de Belém, ocupada por uma população que tem um profundo conhecimento em relação à pesca, em relação à cerâmica, em relação ao plantio”, destaca Michel Pinho.

Os estudos arqueológicos da região apontam que esses grupos eram grandes e adensados, podendo ultrapassar mil indivíduos em áreas de cerca de 2,5 hectares segundo descreve Márcio Souza, no livro História da Amazônia.

“Os tupinambás colocavam a questão Mairi como um ajuntamento, como um grupo de pessoas. E no nosso caso, esse ajuntamento é plenamente explicável pelo fato de ele estar entre dois espaços geográficos fundamentais, que é o Rio Guamá e a Baía do Guajará. Então, você tem locomoção, você tem proteção e também tem alimentação”, explica o historiador Michel Pinho.

Por muitos anos após a chegada de colonizadores no Brasil, os tupinambás resistiram em Mairi, até a disputa entre franceses e portugueses por terras na região levar Francisco Caldeira Castelo Branco e uma tropa com mais de 100 soldados para fundar uma cidade e construir o forte que fosse capaz de barrar a ocupação do território por outras nações europeias.

Como Castelo Branco navegou em direção a Mairi no período do Natal, logo após reconquistar o Maranhão dos franceses, decidiu renomear o local escolhido para construção do Forte do Presépio, de cidade de Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.

Os embates entre os tupinambás e os portugueses que seguiram após a chegada de Castelo Branco não foram capazes de apagar totalmente a ancestralidade de Mairi.

Belém (PA) 15/12/2024 – A Ilha do Combú, banhada pelo Rio Guamá, é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e destino turístico amazônico na região insular de Belém, habitada por comunidades tradicionais que vivem de pesca, artesanato, turismo e produção de açaí. É acessada através de barcos que partem com passageiros do Terminal Hidroviário Ruy Barata. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A Ilha do Combú, banhada pelo Rio Guamá, é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e destino turístico amazônico na região insular de Belém, habitada por comunidades tradicionais que vivem de pesca, artesanato, turismo e produção de açaí. É acessada através de barcos que partem com passageiros do Terminal Hidroviário Ruy Barata. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Na verdade, essa ocupação Tupinambá é a prática cotidiana de milhares de pessoas até hoje. Então, a população que está na beira dos rios, a população que está nos campos do Marajó, ela tem uma relação direta com esse passado histórico, no sentido do cultivo do açaí, do cultivo da castanha, do consumo de peixe, do manejo da floresta. Esse passado, não está distante. Na verdade, ele está presente no nosso cotidiano”, ressalta o historiador.

Belém (PA) 14/12/2024 – O mercado Ver-o-Peso, em Campina. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O mercado Ver-o-Peso, em Campina. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Um cotidiano que resiste também na língua tupi, ainda presente no vocabulário de quem vive em Belém, seja na rua que homenageia os tupinambás ou na cidade vizinha Marituba, seja em palavras cotidianas como o carapanã, que permanece sendo a palavra usada para nomear o que o resto do Brasil conhece como pernilongo.

Palavras que farão parte do cotidiano de líderes mundiais ao longo de duas semanas em que terão a oportunidade de buscar inspiração nos povos que viveram por milhares de anos em harmonia com o meio ambiente sem causar qualquer alteração no clima.

“Eu acho que é uma relação até poética, porque você tem um passado que ensina o presente. Você tem um habitante da floresta que ensina que derrubar é a pior solução, você ensina que o cuidado das águas é fundamental para a existência, você ensina que o consumo consciente dos alimentos faz parte de uma sociedade que pensa no futuro. A COP30 precisa pensar que a sustentabilidade do planeta não está no futuro, ela está lá no passado para ensinar a gente”, conclui Michel Pinho.

Durante a programação da COP30, em Belém, o historiador Michel Pinho dará uma aula aberta gratuita sobre a cidade, a partir do Forte do Presépio, no complexo Feliz Lusitânia, passando pelo Mercado Ver-o-Peso, Mercado Bolonha, Convento das Mercês, Boulevard da Gastronomia, Companhia das Docas do Pará até o Museu das Amazônias.  

Serviço:

Aula Belém na COP30: passado, presente e futuro

Quando: 16 de novembro, às 8h15

Onde: saída do Forte do Presépio

Palmeiras goleia LDU e enfrenta Flamengo na final da Libertadores

Palmeiras goleia LDU e enfrenta Flamengo na final da Libertadores

Com uma atuação de gala, o Palmeiras goleou a LDU (Equador) pelo placar de 4 a 0, na noite desta quinta-feira (30) no Allianz Parque, e garantiu a classificação para a decisão da Copa Libertadores da América, onde encontrará o Flamengo, que, na última quarta-feira (29), segurou um empate com o Racing (Argentina) para chegar à final da competição continental.

Verdão vence por 4 a 0 com gols de Sosa, Fuchs e Veiga (dois) foto palmeiras

Com uma atuação de gala, o Palmeiras goleou a LDU (Equador) pelo placar de 4 a 0, na noite desta quinta-feira (30) no Allianz Parque, e garantiu a classificação para a decisão da Copa Libertadores da América, onde encontrará o Flamengo, que, na última quarta-feira (29), segurou um empate com o Racing (Argentina) para chegar à final da competição continental.

Verdão copeiro

Após perder pelo placar de 3 a 0 na partida de ida, disputada nos 2.850 metros de altitude da cidade de Quito, a equipe comandada pelo técnico português Abel Ferreira entrou em campo com a obrigação de se arriscar no ataque para tentar marcar os gols que a levariam à classificação.

Para isto, o comandante do Verdão (que afirmou durante a semana que “90 minutos dentro do Allianz Parque é muito tempo” para construir o placar necessário para garantir a classificação) optou por uma formação diferente, com três zagueiros, dois alas que chegavam muito à linha de fundo e um trio de ataque formado por Vitor Roque, Flaco López e Ramón Sosa.

E a aposta de Abel Ferreira não demorou a dar resultado, com Sosa abrindo o placar aos 19 minutos. Primeiro, Allan, outra novidade da equipe titular, fez grande jogada pela direita e levantou a bola na área, onde o paraguaio se livrou da marcação e marcou de cabeça.

O Palmeiras continuou empilhando oportunidades, e ficou muito perto de ampliar aos 35 minutos, quando, em jogada de contra-ataque, Vitor Roque ficou de frente para o goleiro Álex Domínguez. Porém, o zagueiro Mina bloqueou a finalização do brasileiro.

O Verdão queria o segundo ainda antes do intervalo, e ele saiu aos 49 minutos. Após cobrança de falta ensaiada, a bola sobrou para o zagueiro Bruno Fuchs, que bateu firme para superar o goleiro Álex Domínguez.

Após o intervalo o Palmeiras caiu um pouco de rendimento. E o técnico Abel Ferreira fez uma mudança que deu nova vida a sua equipe. Ele colocou em campo o meio-campista Raphael Veiga, que marcou não apenas um gol, mas dois.

O primeiro saiu aos 22 minutos, quando Raphael Veiga recebeu dentro da área, após tabelar com Vitor Roque, e, dentro da área, bateu de esquerda para colocar a bola no fundo do gol. O camisa 23 do Verdão voltou a decidir aos 36 minutos, cobrando pênalti com frieza para marcar o gol que garantiu uma vitória épica que confirmou a classificação ainda no tempo regulamentar.

Sete governadores anunciam “Consórcio da Paz” após operação no Rio

Sete governadores anunciam “Consórcio da Paz” após operação no Rio

Sete governadores anunciaram nesta quinta-feira (30) a criação do “Consórcio da Paz”, um projeto de integração para trocar informações de inteligência, prestar apoio financeiro e de contingente policial no combate ao crime organizado.

medida ocorre depois da operação no Rio de Janeiro que deixou pelo menos 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.

A reunião ocorreu no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.

Além do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, participaram Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Eduardo Riedel (Progressistas), do Mato Grosso do Sul; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou remotamente, por chamada de vídeo.

Rio de Janeiro será a sede inicial do consórcio e vai organizar o processo de formalização do grupo.

Medida ocorre depois de ação policial com mais de 120 mortes. foto governo do rio

De acordo com Castro, a ideia é compartilhar estratégias de combate ao crime. 

“Faremos um consórcio entre estados no modelo de outros consórcios que existem para que nós possamos dividir as experiências, soluções e ações do combate ao crime organizado”, disse Castro.

Apesar de ser liderado por governadores alinhados politicamente, eles informaram que a intenção é incluir todos os estados da Federação.

“Nós vamos perseguir o objetivo de integrar as 27 unidades da Federação, para que a gente troque experiência, empréstimos e material humano, porque nós temos gente qualificadíssima. Para que possamos comprar equipamentos de forma consorciada e enfrentar definitivamente essa onda de violência do Brasil, que não é só do Rio de Janeiro, é de todos os estados”, disse o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello. 

Operação Contenção

Todos os governadores presentes elogiaram os resultados da ação policial nos complexos da Penha e do Alemão.

Para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a operação deve ser “considerada a mais bem-sucedida”. “As forças de segurança do Rio de Janeiro fizeram, no meu entender, uma operação que vai fazer parte da segurança pública no Brasil”, disse.

A operação resultou na morte de 121 pessoas, sendo quatro policiais militares, apreensão de 93 fuzis e provocou caos na cidade, com interdição de vias. O objetivo principal anunciado previamente era a captura de Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, tido como principal chefe da facção criminosa Comando Vermelho, porém ele não foi preso na operação.

No sentido contrário, especialistas em segurança pública têm destacado que o crime organizado envolve redes econômicas e sociais complexas, e que operações policiais isoladas não conseguem atacar suas raízes. Organizações da sociedade civil e movimentos sociais criticam a letalidade policial e o desrespeito aos moradores da comunidade. Além disso, testemunhas denunciaram execuções e torturas por parte dos policiais, enquanto moradores classificaram a ação como carnificina.

Durante o encontro, os governadores falaram que o objetivo do consórcio é oferecer ações práticas, sem “politização” da segurança pública. 

No entanto, fizeram críticas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, texto enviado pelo governo federal ao Congresso em abril de 2025. Um dos objetivos anunciados é dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), e integração entre forças de segurança em todo o país.

“Único objetivo do governo federal é tirar dos governadores as diretrizes gerais da segurança pública, que é um determinação que a Constituição de 88 nos deu. Querem transferir nossa autonomia e transformar em diretriz geral do Ministério da Justiça. É intervenção direta nas polícias dos estados”, afirmou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. 

A PEC estabelece que a União seja a responsável por elaborar a política nacional de segurança pública, “cujas diretrizes serão de observância obrigatória por parte dos entes federados, ouvido o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, integrado por representantes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.  O governo federal tem argumentado que a PEC mantém as autonomias das forças de segurança estaduais e distrital.

Escritório emergencial 

Nessa quarta-feira (29), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador Cláudio Castro anunciaram a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado no estado, com objetivo de melhorar a integração entre as esferas federal e estadual.

Lewandowski disse que o governo federal vai aumentar o efetivo da Polícia Rodoviária Federal em 50 agentes nas estradas e o efetivo de agentes de inteligência no Rio, além do envio de peritos.

A pedido de Castro, o governo federal já autorizou a transferência de dez presos para presídios federais. fonte agência brasil

IML já liberou 89 corpos de mortos em megaoperação, diz governo do RJ

IML já liberou 89 corpos de mortos em megaoperação, diz governo do RJ

Entre os 99 corpos já identificados entre os mortos na Operação Contenção, 89 já foram liberados pelo Instituto Médico Legal para a retirada dos familiares. O instituto trabalha para identificar os 117 civis mortos na operação, e o trabalho pode ser concluído apenas no fim de semana. A operação também deixou quatro policiais mortos

>> Famílias de mortos em operação no Rio reclamam de falta de informação

A Polícia Civil informou que está finalizando um documento de inteligência “com centenas de páginas, que reúne a qualificação dos criminosos mortos e uma análise detalhada sobre o papel estratégico dos complexos da Penha e do Alemão dentro da estrutura da organização criminosa”, diz em comunicado. 

Segundo o governo do Rio de Janeiro, das 99 pessoas identificadas até o momento, 78 tinham histórico criminal, e 42 tinham mandado de prisão pendente. Segundo o secretário, ainda não é possível saber se esses mandados pendentes haviam sido expedido nesta operação ou anteriormente. 

Já foram identificados 99 dos 117 civis mortos na operação.foto governo do rio

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Direitos Humanos e Proteção à Vítima (SUBDH), também trabalha para realizar uma perícia independente e acolher familiares dos mortos durante a liberação dos corpos das vítimas da Operação Contenção. 

A perícia contou com uma equipe de oito profissionais, sob acompanhamento integral de um promotor de Justiça integrante do Ministério Público.

O governo federal também enviou 20 peritos criminais da Polícia Federal para reforçar os trabalhos de segurança pública no Rio de Janeiro, segundo informou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Mandados de prisão

A megaoperação contra o Comando Vermelho pretendia cumprir 100 mandados de prisão e conseguiu localizar 20 desses alvos. Outros 15 foram mortos durante a ação. 

O objetivo da operação era, de acordo com o governo do estado, conter o avanço do Comando Vermelho, cumprindo 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão.

Principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, segue foragido. Ele é considerado o principal chefe do Comando Vermelho que não está preso.  

Entidades de direitos humanos e organizações da sociedade civil denunciam que a operação como “massacre” e “chacina” e criticam a alta letalidade da ação.

>> Testemunhas denunciam execuções e torturas no Rio: “carnificina”

Familiares e moradores do Complexo da Penha retiraram dezenas de corpos de uma área de mata na região na madrugada seguinte à ação e relatam que tambem havia sinais de tortura e até mutilações nos cadáveres. fonte agência brasil

Governo do Espírito Santo aciona plano de contingência após operação no Rio de Janeiro

Governo do Espírito Santo aciona plano de contingência após operação no Rio de Janeiro

O Governo do Espírito Santo acionou o plano de contingência elaborado, de forma preventiva, para monitorar as atividades de integrantes de facções criminosas após a Operação Contenção, realizada pelas forças policiais do Rio de Janeiro. O plano, formulado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), foi apresentado nesta quinta-feira (30) pelo governador Renato Casagrande e pelo vice-governador Ricardo Ferraço, coordenador do Programa Estado Presente em Defesa da Vida.

O objetivo é criar um fluxo de informações de inteligência entre todas as agências federais e estaduais, com o intuito de identificar possíveis fugas para o Espírito Santo, tanto de criminosos que atuam no Rio de Janeiro quanto de indivíduos do Estado que estejam escondidos em território fluminense e tenham intenção de retornar.

Os municípios de Presidente Kennedy, Mimoso do Sul, Apiacá, Bom Jesus do Norte, São José do Calçado e Guaçuí, que fazem divisa com o Rio de Janeiro, estão com monitoramento reforçado, contando, inclusive, com apoio da Polícia Rodoviária Federal. foto governo do es

“Estamos desde o ocorrido avaliando a repercussão e se é necessária alguma retenção. As nossas agências de inteligência estão integradas, tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal. Estamos acompanhando as divisas com a Polícia Rodoviária Federal. É bom destacar que, na verdade, as lideranças criminosas daqui estão migrando para o Rio de Janeiro, pois sabem que aqui são grandes as chances de serem presas. E já adianto: se tentarem voltar, serão alcançadas. O Espírito Santo está mostrando o jeito de fazer segurança pública que produz efeito para o cidadão, com inteligência e tecnologia, operações cirúrgicas, prisões de lideranças, além do trabalho social”, pontuou o governador Casagrande.

Até o momento, conforme apontam os levantamentos de todas as agências de inteligência, não há nenhum indicativo de que possa haver migração de criminosos ao Espírito Santo após a operação realizada nessa terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha. Estradas que cortam os municípios de Presidente Kennedy, Mimoso do Sul, Apiacá, Bom Jesus do Norte, São José do Calçado e Guaçuí, que fazem divisa com o Rio de Janeiro, estão com monitoramento reforçado, contando, inclusive, com apoio da Polícia Rodoviária Federal.

“Assim que tomamos conhecimento da operação na cidade do Rio de Janeiro, nosso núcleo do Estado Presente está atento aos desdobramentos e mobilizado. A integração das forças de segurança permite recebermos informações precisas e estratégicas do que acontece lá para estruturarmos nossas ações aqui. Nosso plano de contingência já está em operação, tático e estratégico. A estrutura de segurança pública do nosso Estado está pronta. Bandidos fogem do Espírito Santo para buscar abrigo em outros estados porque sabem que aqui nossas polícias irão alcançá-los e prendê-los. Eles sabem bem dessa atuação efetiva das nossas forças”, reforçou o vice-governador Ricardo Ferraço.

O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno, destacou que o Espírito Santo é considerado território hostil para os criminosos e a tendência é que não haja nenhum tipo de migração para solo capixaba.

“Aqui, os bandidos não se criam. Temos exemplos recentes de líderes de facções criminosas do Estado que resolveram voltar, por algum motivo, do Rio de Janeiro, e foram capturados. Marujo, irmãos Vera, Boca de Lata — alguns chefes que estavam há tempos escondidos no estado vizinho e, quando precisaram vir, em poucos dias estavam na cadeia. Nosso governador e vice-governador nos exigiram um monitoramento profundo para identificar se há qualquer possibilidade de vinda de bandidos para cá e, até o momento, não temos esse indicativo. Porém, caso ocorra, estaremos preparados”, afirmou.

fonte e foto Governo do es

Lewandowski e Castro anunciam escritório emergencial contra crime

Lewandowski e Castro anunciam escritório emergencial contra crime

O governador Cláudio Castro anunciou a criação de um Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime, com atuação integrada dos governos estadual e federal. O anúncio foi feito após reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira (29/10), no Palácio Guanabara, sede administrativa do Governo do Estado.  O encontro, que tratou sobre Segurança Pública no estado do Rio de Janeiro, aconteceu após a Operação Contenção, que resultou na prisão de 113 criminosos e na apreensão de quase 100 fuzis nos complexos do Alemão e da Penha.


– Estamos unindo esforços de forma inédita para romper a barreira da burocracia, respeitando as competências de cada esfera. A segurança pública exige velocidade, inteligência e integração, e este escritório emergencial nasce para garantir que todas as forças trabalhem juntas, em ação real e imediata. O crime é nacional, e a resposta também precisa ser, para proteger a população – afirmou o governador Cláudio Castro.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciaram nesta quarta-feira (29) a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado no estado. foto governo do rj

O novo escritório será comandado pelos secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, do Estado do Rio, e Mario Sarrubbo, do Governo Federal. O objetivo é uma atuação conjunta com os dois escritórios já existentes — o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA), que investiga a lavagem de dinheiro para recuperação de ativos, e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/RJ).


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou o alinhamento entre os governos.


– Tivemos uma conversa extremamente proveitosa. A cúpula da segurança nacional apoiará integralmente o Rio de Janeiro. Vivemos um federalismo cooperativo e viemos aqui para, dentro do possível, colaborar para superarmos essa crise de segurança – afirmou.


Na reunião, o ministro Lewandowski afirmou que vai atender o pedido do governador para disponibilizar vagas em presídios federais de segurança máxima para a transferência de líderes de facções, além de colocar à disposição peritos criminais para os desdobramentos da Operação Contenção, aumentar o efetivo da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal, e intensificar as atividades de inteligência.


Participaram do encontro os secretários de Estado de Segurança Pública, Victor dos Santos, de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel, da Casa Civil, Nicola Miccione, e de Defesa Civil, coronel Tarciso Salles. Também estiveram presentes o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Souza. fonte governo rj

Governo do RJ confirma 119 mortos em operação mais letal do Estado

Governo do RJ confirma 119 mortos em operação mais letal do Estado

O governador do Rio, Cláudio Castro, disse nesta quarta-feira (29) que a Operação Contenção foi um sucesso e que as únicas vítimas dos confrontos foram os policiais mortos.

“Temos muita tranquilidade de defender o que foi feito ontem. Queria me solidarizar com as famílias dos quatro guerreiros que deram a vida para libertar a população. Eles foram as verdadeiras quatro vítimas. De vítima ontem, só tivemos os policiais”, disse Castro em entrevista no Palácio Guanabara, sede do Executivo estadual. 

“Quais são os indícios que levam a crer que todos eram criminosos? O conflito não foi em área edificada. Foi todo na mata. Não creio que tivesse alguém passeando na mata num dia de conflito. Por isso a gente pode tranquilamente classificar de criminosos”, acrescentou o governador. 

Castro: operação foi “sucesso” e policiais mortos foram únicas vítimas. foto governo do rj

Número de mortos

Cláudio Castro disse ainda que o número oficial de mortos na operação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão nessa terça-feira (28) é de 58 mortos, incluindo os dois policiais civis e os dois policiais militares. Ele não explicou o motivo da mudança da contagem oficial, mas disse que o dado oficial vai mudar “com certeza”.

Ontem, o governo contabilizou 64 pessoas mortas, inclusive os quatro agentes das forças de segurança. O governador também não quis comentar sobre os cerca de 60 corpos retirados da área de mata pelos moradores do Complexo da Penha após a operação mais letal da história do estado

>> Veja as operações policiais mais letais no Rio nos últimos anos

O governador destacou que o estado do Rio é o epicentro do problema da segurança pública que “assola o Brasil”.

“Mostramos ontem um duro golpe na criminalidade e que temos condições de vencer batalhas. Mas temos a humildade de reconhecer que essa guerra não será vencida sozinhos. Agora é momento de união e não de politicagem”. 

Moradores do Rio de Janeiro viveram momentos de medo nessa terça-feira (28) diante da operação policial. Milhares de pessoas enfrentaram dificuldades para conseguir chegar em casa devido aos bloqueios das vias da cidade, além de terem de fugir dos tiroteios.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil criticaram a ação que gerou grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado.

Para a professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jacqueline Muniz, a operação foi amadora e uma “lambança político-operacional”. Movimentos populares e de favelas também condenaram as ações policiais e afirmaram que “segurança não se faz com sangue”.  fonte agência brasil

Moradores retiram cerca de 60 corpos em área de mata após operação

Moradores retiram cerca de 60 corpos em área de mata após operação

Cerca de 60 corpos foram localizados e retirados de uma área de mata do Complexo da Penha por moradores, após a Operação Contenção realizada pelas forças de segurança do estado, nessa terça-feira (28). Os corpos foram reunidos na Praça São Lucas, no centro da comunidade, e de acordo com os moradores, não fazem parte da contagem oficial de 64 mortos – 60 suspeitos e 4 policiais. A Polícia Militar foi procurada, mas ainda não se pronunciou. 

O ativista Raul Santiago, morador do complexo, fez uma transmissão ao vivo e denunciou a  “chacina que entra para a história do Rio de Janeiro, do Brasil e marca com muita tristeza a realidade do país.” 

A pedido dos familiares, os corpos foram expostos para registro da imprensa e, depois, foram cobertos com lençóis. A comunidade aguarda a retirada dos corpos pelo Instituto Médico-Legal.
 

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, após ação policial da Operação Contenção. Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil
Dezenas de corpos foram trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, após ação policial da Operação Contenção. Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil

Se eles realmente estiverem fora das 64 vítimas contabilizadas ontem, o número total de mortos da operação mais letal já realizada pelas forças de segurança do Rio, pode chegar a 120. Durante a noite, mais seis corpos encontrados em área de mata no Complexo do Alemão foram levados para o Hospital Getúlio Vargas.

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O Corpo de Bombeiros já começou a retirar os corpos no Complexo da Penha. Ainda há incerteza sobre o número total de mortos na ação, que está sendo considerada pelo governo do estado como “a maior operação da história do Rio de Janeiro”. A contagem oficial na terça-feira foi de 64 óbitos, sendo 60 suspeitos e 4 policiais. Isso já caracteriza a ação como a mais letal. 

No entanto, seis corpos encontrados por moradores no Complexo do Alemão foram levados para o Hospital Getúlio Vargas durante a noite, além dos 60 localizados na Penha durante a madrugada e manhã de hoje. Caso não haja duplicidade, a conta pode chegar a 130 mortos. 

Terça-feira

Moradores do Rio de Janeiro viveram momentos de pânico e medo na terça-feira (28) diante da operação policial nos Complexos da Penha e do Alemão. Milhares enfrentaram dificuldades para conseguir chegar em casa devido aos bloqueios das vias da cidade, além de terem de fugir dos tiroteios.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil criticaram a ação que gerou um grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado. Para a professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jacqueline Muniz, a operação foi amadora e uma “lambança político-operacional”.

Movimentos populares e de favelas também condenaram as ações policiais e afirmaram que “segurança não se faz com sangue”

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, defendeu as ações da polícia afirmando que se for necessário vai exceder os limites e as competências do governo estadual para manter “a nossa missão de servir e proteger nosso povo”. Ele cobrou mais apoio do governo federal. Na noite desta terça, ele solicitou a transferência de 10 detentos presos em penitenciárias do Rio para presídios federais

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou ontem, em coletiva à imprensa, que não recebeu pedido do governador para apoio à megaoperação

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção.
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil
Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

*Matéria atualizada às 9h35 e às 11h10 

Governo do Rio realiza maior operação policial da história e apreende quase 100 fuzis em um único dia nos complexos do Alemão e da Penha

Governo do Rio realiza maior operação policial da história e apreende quase 100 fuzis em um único dia nos complexos do Alemão e da Penha

As forças de segurança do Governo do Estado do Rio de Janeiro prenderam 81 criminosos, entre eles um dos líderes conhecido como ‘Belão’, e apreenderam 93 fuzis na Operação Contenção, realizada, nesta terça-feira (28/10), nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. Após receber um relatório de Inteligência da Polícia Civil, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, o governador Cláudio Castro decidiu solicitar ao Governo Federal dez vagas para a transferência imediata de lideranças criminosas para presídios federais.

– Estamos enfrentando o crime com rigor, dentro da lei, e quem continuar comandando ações criminosas de dentro das cadeias vai ser isolado e responsabilizado. O Rio de Janeiro não vai tolerar conivência nem complacência com o crime – disse o governador.

A ação conjunta, considerada a maior da história do Rio de Janeiro, mobilizou 2.500 policiais civis e militares, com a participação do Ministério Público, e teve como objetivo cumprir mandados de prisão e conter a expansão territorial do Comando Vermelho. Durante a ação houve intenso tiroteio e quatro policiais foram mortos. 

A Operação Contenção é resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), nos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades. Durante todo o dia foram registrados diversos confrontos principalmente na área de mata, e 60 criminosos, que reagiram à ação policial, morreram. Mais de meia tonelada de drogas foi apreendida.

– A reação dos criminosos mostra que estamos no caminho certo. O Estado não vai recuar até prender as principais lideranças e devolver a tranquilidade à população. As forças de segurança continuam nas ruas, garantindo a volta para casa e a normalidade da vida dos cidadãos. Nosso compromisso é com a segurança da população e com o enfrentamento das lideranças criminosas – afirmou Castro.

Cumprindo medidas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da ADPF 635, os agentes utilizaram câmeras corporais portáteis. Além disso, ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate, da PM, deram apoio à operação, que também contou com duas aeronaves, drones e 32 veículos blindados. 

O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, reforçou a importância da ação em uma área territorial extensa.

– Estamos falando de uma região com cerca de 9 milhões de metros quadrados, o que corresponde a dois bairros de Copacabana, onde vivem mais de 200 mil pessoas. Essa ação foi fruto de inteligência e de um planejamento cuidadoso para garantir resultados efetivos.

Já o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, destacou a importância da inteligência nesse tipo de operação.

– O fato de termos tantos focos de confronto mostra a precisão das informações de inteligência que apuramos. Quanto mais inteligência, mais resistência e chance de confronto. Os ataques ordenados da facção criminosa mostram uma tentativa covarde e desesperada de tirar o foco da polícia. Nossas equipes agiram de forma estratégica para capturar ou neutralizar narcoterroristas que tiram a liberdade e a tranquilidade da população – enfatizou o secretário Felipe Curi.

O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, enfatizou a presença ostensiva da corporação e a grande quantidade de fuzis apreendidos:

– Empregamos força máxima nesta operação e o alto poder de fogo dos criminosos confirma a dificuldade que nossa tropa tem de avançar nesses terrenos com intensos confrontos. Somente nesta operação foram quase 100 fuzis retirados de circulação. Essas armas de guerra são usadas contra os policiais e também contra a população – disse o secretário da PM. 

Participaram da operação policiais do Comando de Operações Especiais (COE), de unidades operacionais da Polícia Militar da capital e da Região Metropolitana, além de agentes da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil. A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) reforçou a vistoria nos presídios com lideranças do Comando Vermelho e apreendeu celulares e drogas. E também monitora 30 presos que violaram o sistema de tornozeleira eletrônica na região da operação. A Vara de Execuções Penais (VEP) vai expedir mandados de prisão para todos. Fonte e foto Governo do Rio Janeiro