CRE de Colatina reforça acesso a consultas especializadas na Região Central de Saúde 

CRE de Colatina reforça acesso a consultas especializadas na Região Central de Saúde 

 A ação, realizada no fim de semana, garantiu 170 consultas médicas por meio do programa Saúde + Fácil, da Secretaria da Saúde (Sesa).

O Centro de Especialidades (CRE) de Colatina promoveu, no último sábado (31), uma nova mobilização para ampliar o acesso a atendimentos especializados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da Região Central de Saúde. A ação, realizada no fim de semana, garantiu 170 consultas médicas por meio do programa Saúde + Fácil, da Secretaria da Saúde (Sesa).

Foram ofertadas 150 consultas presenciais e 20 teleconsultas, contemplando as especialidades de dermatologia (30 atendimentos), ortopedia (60), otorrinolaringologia (60 presenciais e 20 por teleconsulta) e alergia pediátrica (30). Os atendimentos começaram às 08h e seguiram o fluxo habitual do SUS, com agendamento feito pelas Unidades Básicas de Saúde via Regulação Estadual.

De acordo com a superintendente regional de Saúde de Colatina, Kamila Roldi, as mobilizações aos sábados têm como foco ampliar o acesso para quem encontra dificuldades durante a semana. “A proposta é garantir que mais pessoas possam acessar os serviços especializados, especialmente quem não consegue comparecer em dias úteis. Nosso objetivo é tornar o sistema mais ágil, humano e acessível”, afirmou.

Ednaldo Rodrigues da Silva, de 59 anos, morador de Linhares, foi atendido na especialidade de otorrinolaringologia, por teleconsulta. Ele sofre de disacusia (perda auditiva) e perfuração do tímpano esquerdo. “Fui muito bem atendido e achei ótimo poder fazer a consulta a distância. O serviço foi rápido e me senti acolhido”, relatou.

Novas mobilizações estão, segundo a superintendente regional de Saúde de Colatina, Kamila Roldi, em planejamento, em parceria com o CRE de Colatina e os municípios da Região Central de Saúde.

Cigarro: R$ 1 de lucro da indústria equivale a R$ 5 gastos com doenças

Cigarro: R$ 1 de lucro da indústria equivale a R$ 5 gastos com doenças

Estudo A Conta que a Indústria Não Conta foi divulgado nesta quarta. foto ABSOLUTVISION/PIXABAY

Para cada R$ 1 de lucro da indústria do tabaco, o Brasil gasta R$ 5 com doenças causadas pelo fumo. Os dados fazem parte do estudo A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta, divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e pelo Ministério da Saúde. 

O documento mostra que cada R$ 156 mil de lucro de empresas de tabaco estabelecidas no Brasil com a venda de cigarros legais foi equivalente a uma morte por doenças cardíacas isquêmicas, acidente vascular cerebral (AVC), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou câncer de pulmão atribuível ao tabagismo.

O custo direto médio e o custo total médio (direto e indireto) equivalentes a uma morte pelas doenças selecionadas foram estimados em R$ 361 mil e R$ 796 mil, respectivamente. 

“Ao combinar essas duas equivalências, obtém-se que, para cada R$ 1 lucro obtido pela indústria do tabaco, o Brasil gasta duas, três vezes esse valor com custo direto do tratamento de doenças relacionadas ao tabaco e 5,1 vezes esse valor com o custo total (direto e indireto) dessas doenças”, detalhou o ministério. 


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Custos com danos 

Outro dado do Inca, não relacionado ao estudo, aponta que o Brasil gasta R$ 153,5 bilhões por ano com os danos provocados pelo tabagismo, somando custos com tratamento médico e perdas econômicas por morte prematura, incapacidades e cuidados informais. O valor equivale a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Dados do ministério mostram que a arrecadação de impostos federais com o setor alcançou R$ 8 bilhões em 2022, o que cobre apenas 5,2% dos custos totais causados pelo tabagismo ao país. 

Desse total, R$ 67,2 bilhões são gastos diretamente com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, como câncer, doenças cardíacas, respiratórias e AVC. Já os custos indiretos — como perda de produtividade e afastamentos do trabalho — somam R$ 86,3 bilhões@, destacou a pasta. 

Mortes

Números do Inca indicam que o tabagismo é responsável por 477 mortes por dia no Brasil, o que representa 174 mil óbitos evitáveis por ano. Entre as principais causas estão a DPOC, doenças cardíacas, diversos tipos de câncer, AVC, diabetes tipo 2 e o fumo passivo que, sozinho, responde por cerca de 20 mil mortes todos os anos. 

Cigarros eletrônicos

Apesar de proibidos no Brasil desde 2009, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), popularmente conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes, seguem atraindo adolescentes e jovens por meio de estratégias de marketing e apelo tecnológico. 

Dados da pesquisa Vigitel, inquérito telefônico realizado pelo Ministério da Saúde em todas as capitais brasileiras, revelam que 2,1% da população adulta usou cigarros eletrônicos em 2023. A maior prevalência está entre jovens de 18 a 24 anos, que respondem por 6,1% dos entrevistados.

Ajuda

No Brasil, 9,3% da população brasileira ou 19,6 milhões de pessoas se declararam fumantes, sendo a prevalência maior entre homens (11,7%) do que entre mulheres (7,2%), conforme dados da Pesquisa Vigitel 2023.

“Para mudar essa realidade, o SUS [Sistema Único de Saúde] disponibiliza tratamento gratuito para a dependência da nicotina em todo o país. O atendimento é realizado nas unidades básicas de saúde (UBS) e inclui acompanhamento profissional, orientação individual e em grupo, além da oferta de medicamentos”, destacou o ministério. 

Entre os recursos disponíveis estão a terapia de reposição de nicotina, com adesivos transdérmicos e goma de mascar, e o cloridrato de bupropiona, medicamento que auxilia no processo de cessação do tabagismo.

Para iniciar o tratamento, basta procurar uma UBS ou entrar em contato com a secretaria de saúde do município ou estado. O serviço é aberto a todas as pessoas que desejam abandonar o cigarro e melhorar a qualidade de vida. fonte PAULA LABOISSIÈRE – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

Governo do ES anuncia ampliação da oferta de cirurgias de quadril

Governo do ES anuncia ampliação da oferta de cirurgias de quadril

 A partir desta quarta-feira (28), o Hospital Estadual Central (HEC), em Vitória, passa a executar artroplastia total de quadril. Foto: Mateus Fonseca/Governo-ES

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), deu início a uma nova etapa do Plano Estadual de Redução do Tempo de Espera por Cirurgias Eletivas (OperaES). A partir desta quarta-feira (28), o Hospital Estadual Central (HEC), em Vitória, passa a executar artroplastia total de quadril. O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande, que realizou uma visita à unidade junto com o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.

Esse tipo de cirurgia substitui a articulação do quadril danificada por uma articulação artificial, ou seja, uma prótese, e será voltada a pacientes com indicação para esse tipo de procedimento. No HEC, serão ofertadas 480 cirurgias de quadril no prazo de dez meses, uma média de 48 cirurgias por mês.  O investimento do tesouro estadual será da ordem de R$ 13,6 milhões.

“A cirurgia de quadril é a mais complexa da ortopedia e tínhamos dificuldade de fornecedor para realizá-las e queremos atender todas as pessoas que estão na fila. A gente inicia o processo agora para atender quem necessita e queremos que o serviço seja permanente para que as próximas pessoas que precisarem tenham a cirurgia disponível. Vamos fortalecendo o SUS capixaba para que nossa população possa ser atendida com rapidez e eficiência. São ações como estas que nos colocaram, ao lado de Santa Catarina, com expectativa de vida acima dos 80 anos, bem acima da média nacional”, afirmou o governador Casagrande.

A mobilização inclui a realização de 20 cirurgias com prótese cerâmica, 20 com prótese metálica e oito cirurgias de revisão por mês, além de mobilizar equipes multiprofissionais especializadas e insumos específicos. “Com o OperaES, estamos avançando na garantia do acesso à saúde pública com ações concretas. Estamos falando de pessoas com dor crônica e mobilidade comprometida que agora terão a chance de recuperar qualidade de vida e dignidade”, destacou o secretário da Saúde, Tyago Hoffmann.

O perfil de pacientes que aguardam esse tipo de procedimento é, em sua maioria, idosos com mobilidade reduzida. “Ao priorizar esses casos, o Governo do Estado reforça os princípios de equidade e integralidade do SUS, além de promover reabilitação funcional e melhora concreta na vida das pessoas”, acrescentou Hoffmann.

O Hospital Estadual Central é um hospital estadual gerido pela Fundação iNOVA Capixaba. “Estamos empenhados em garantir a qualidade assistencial para que esses procedimentos sejam realizados com excelência e segurança. Reafirmamos nosso compromisso com a gestão eficiente e humanizada, trabalhando em parceria com o Governo do Estado para ampliar o acesso à saúde pública de qualidade”, disse o diretor-geral da iNOVA Capixaba, Rafael Amorim.

Acesso aos procedimentos

Os pacientes contemplados serão selecionados a partir da Central Estadual de Regulação, com base em critérios como gravidade clínica, tempo de espera e impacto funcional. É importante que o cidadão que aguarda procedimentos eletivos mantenha seus cadastros atualizados nas Unidades Básicas de Saúde para que possam ser comunicados por ocasião da marcação dos procedimentos.

“O contato para o chamamento dos pacientes que aguardam procedimentos é realizado, principalmente, por meio de ligação telefônica, neste sentido é fundamental que as informações cadastrais estejam corretas”, destacou o subsecretário de Estado de Contratualização da Saúde, Heber Lauar. FONTE SECOM – Foto: Mateus Fonseca/Governo-ES

Secretaria de Saúde realiza prestação de contas do 1° quadrimestre de 2025

Secretaria de Saúde realiza prestação de contas do 1° quadrimestre de 2025

Durante a audiência, o secretário municipal de Saúde, Raul Amicci, apresentou os dados de desempenho da rede municipal de saúde. foto Secom PMC

A Secretaria Municipal de Saúde de Colatina (Semus) realizou, na tarde de ontem (quinta-feira 22/05), na Câmara Municipal, a Audiência Pública de Prestação de Contas referente ao 1º quadrimestre de 2025, contemplando os meses de janeiro a abril. Aberto ao público, o evento reforça o compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

Durante a audiência, o secretário municipal de Saúde, Raul Amicci, apresentou os dados de desempenho da rede municipal de saúde, conforme determina a Lei Complementar nº 141/2012, que obriga os entes federativos a investirem percentuais mínimos em ações e serviços públicos de saúde.

Ao comentar os resultados apresentados, Amicci destacou os avanços e os principais desafios enfrentados no período.

“Os números mostram que conseguimos melhorar a qualidade dos serviços prestados à população, tanto na atenção primária, quanto nos atendimentos especializados e mantivemos o foco na humanização do atendimento. Ainda há desafios, mas estamos avançando de forma concreta”, afirmou o secretário.

O relatório apresentado inclui indicadores de investimentos realizados, avanços nas Unidades de Saúde da Família (USF) e produção dos serviços.

Participaram da audiência auditores, servidores da Semus e membros da sociedade civil.
Todas as informações detalhadas estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência da Prefeitura de Colatina: https://colatina-es.portaltp.com.br/

Foto e fonte Secretaria Municipal de Comunicação Social Prefeitura de Colatina

Baixo Guandu passa a contar com atendimento especializado por teleconsulta

Baixo Guandu passa a contar com atendimento especializado por teleconsulta

O município de Baixo Guandu passou a contar, com o serviço de teleconsulta ofertado pela Secretaria da Saúde (Sesa).na terça-feira (20). foto sesa

O município de Baixo Guandu passou a contar, a partir dessa terça-feira (20), com o serviço de teleconsulta ofertado pela Secretaria da Saúde (Sesa). A primeira especialidade disponibilizada foi a de Neuropediatria, proporcionando à população local acesso mais rápido e prático a cuidados especializados, especialmente para o público infantil.

A iniciativa faz parte da estratégia da Sesa para regionalizar o atendimento especializado, reduzir deslocamentos e melhorar a resolutividade da atenção à saúde. A superintendente da Região Central de Saúde, Kamila Roldi, destacou os ganhos para o município com a chegada da teleconsulta.

“A teleconsulta é uma aliada importante para ampliar o acesso da população aos serviços especializados, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros. Com a teleconsulta, conseguimos garantir um atendimento mais rápido, sem que as famílias precisem se deslocar para outros municípios”, afirmou Kamila Roldi.

Jael Lorraine Hilário de Souza, mãe do pequeno Heitor, de 2 anos, acompanhou uma das primeiras consultas realizadas no município. Para ela, o atendimento por vídeo com o especialista trouxe mais conforto e esperança. “Foi tudo muito tranquilo. A gente se sente acolhida, e o mais importante é ver meu filho sendo atendido por um especialista sem precisar sair da cidade. Isso faz toda a diferença para a gente”, contou.

Como funciona a teleconsulta

O serviço segue o fluxo habitual do Sistema Único de Saúde (SUS). As unidades básicas de saúde solicitam a consulta especializada, que é agendada pela Regulação Estadual. No dia marcado, o paciente comparece à sala de teleconsulta, um espaço equipado com computador, câmera e conexão segura, onde realiza a consulta por vídeo com o médico especialista, acompanhado por um profissional de saúde local.

Fonte e foto Sesa

Mobilização no CRE de Colatina realiza 170 consultas especializadas

Mobilização no CRE de Colatina realiza 170 consultas especializadas

 Os atendimentos foram promovidos pelo Centro de Especialidades (CRE) de Colatina, vinculado à Superintendência Regional de Saúde, como parte do programa Saúde + Fácil, da Secretaria da Saúde (Sesa). foto sesa

Uma mobilização realizada no último sábado (17), em Colatina, atendeu 170 pacientes do Sistema Único Saúde (SUS) que residem nos municípios que compõem a Região Central de Saúde. Os atendimentos foram promovidos pelo Centro de Especialidades (CRE) de Colatina, vinculado à Superintendência Regional de Saúde, como parte do programa Saúde + Fácil, da Secretaria da Saúde (Sesa).

O objetivo da ação foi ampliar o acesso da população aos atendimentos especializados e contribuir para a redução da demanda reprimida, garantindo mais agilidade no sistema de regulação estadual.

Ao todo, foram realizadas 170 consultas presenciais, distribuídas entre as especialidades de dermatologia (60 atendimentos), ortopedia (30), otorrinolaringologia (30), alergia pediátrica (30) e psiquiatria (20). Os atendimentos começaram às 8 horas e seguiram o fluxo habitual do Sistema Único de Saúde, com agendamentos realizados pelas unidades básicas de saúde por meio da Regulação Estadual.

Para muitos pacientes, a mobilização representou uma oportunidade de acesso mais rápido e em um dia mais conveniente. É o caso de Adriana Gomes, moradora de São Roque do Canaã, que levou a filha Francieli Gomes Pereira, de 12 anos, para consulta com dermatologista. “Ela nasceu com uma doença de pele e aguardava o retorno da consulta, que saiu antes do previsto. Foi muito importante essa ação. Ela faz acompanhamento e usa medicação contínua”, contou.

Já Maria Aparecida destacou a importância do atendimento fora do horário comercial. “Excelente a médica e, no sábado, fica bem melhor para quem trabalha durante a semana”, afirmou, após ser atendida na especialidade de psiquiatria.

Segundo a superintendente regional de Saúde de Colatina, Kamila Roldi, outras ações estão sendo planejadas. “O objetivo dessas mobilizações é justamente proporcionar oportunidades para que as pessoas que não conseguem comparecer durante a semana possam receber o atendimento necessário”, destacou.

Fonte e foto Sesa

ES supera meta de cobertura em seis vacinas para crianças

ES supera meta de cobertura em seis vacinas para crianças

Hoffmann também falou sobre processos judiciais, financiamento público e combate / Foto: Lucas S. Costa

Em 2024 o Espírito Santo superou a meta de cobertura vacinal de seis vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para crianças (pneumococo, pentavalente, BCG, tríplice viral, meningo C e rotavírus). Também alcançou a maior cobertura vacinal em vacinação contra HPV para meninos (89,75%) e meninas (98,64%) de 9 a 14 anos e ficou em primeiro lugar na vacinação contra influenza. 

Esses dados foram apresentados pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann (PSB), em prestação de contas das ações da pasta referentes ao 3º quadrimestre de 2024 (setembro a dezembro) na tarde desta sexta-feira (16) na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Ales). Ele também trouxe informações do acumulado do ano passado e dados deste ano.

“Temos um estado que hoje tem a maior cobertura vacinal do Brasil. (…) Esse ano estamos com um problema em relação à vacina da influenza. Ontem abrimos a vacinação para todos os grupos. Quem não se vacinou, procure a unidade de saúde mais próxima, pois já tivemos esse ano 23 mortes”, frisou.

Fotos da audiência pública

Financiamento público

De acordo com o secretário, a receita de impostos recolhidos pelo Estado fechou em R$ 21 bilhões em 2024 e o financiamento público da saúde foi mais do que R$ 5 bilhões. “Foram R$ 3,6 bilhões com recursos próprios. Uma despesa total de R$ 1.357 per capita e, apenas com recursos próprios, de R$ 850, o que representa um gasto de saúde de 15,43%, atendendo o que prevê a Constituição”, afirmou.

A divisão desse bolo foi a seguinte: R$ 4,3 bilhões para assistência hospitalar e ambulatorial de média e alta complexidade; R$ 268 milhões em suporte profilático e terapêutico, como gastos com farmácia e fórmulas enterais; R$ 136 milhões para a atenção básica; R$ 34 milhões na vigilância epidemiológica; R$ 573 mil com vigilância sanitária; entre outros gastos.

Judicialização

Um tema que vem chamando a atenção em todo o país é a chamada judicialização da saúde. Segundo Hoffmann, a questão vem sendo discutida junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o governo federal. “Tínhamos uma curva crescente até 2019 e em 2020 tivemos uma queda brusca por conta da pandemia e depois voltamos à normalidade da série histórica de crescimento de demandas judiciais”, informou.

Foram 14.276 processos recebidos em 2019 e 15.993 em 2024. Os principais pedidos são para medicamentos, consultas e exames, internações clínicas e serviços de home care. “Medicamentos são mais de R$ 100 milhões, o que representa dois terços do nosso gasto total com judicialização. (…) Os gastos cresceram de R$ 129 milhões em 2023 para 157 milhões em 2024 com demandas judiciais”, disse.

Gestão

Hoffmann apresentou ainda números relativos à quantidade de funcionários que fazem parte da gestão estadual da saúde. São 7.770 servidores, sendo 3.483 efetivos, 3.729 temporários e 558 entre comissionados, estagiários e outros. 

“Fizemos um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público, que exigiu a redução dos contratos dos temporários. É um TAC acertado, porque a contratação de temporários tem de ser temporária. Ou se faz concurso público ou uma contratação pela Fundação Inova”, explicou.

Leitos, procedimentos e cirurgias eletivas 

Ele ainda deu ênfase ao crescimento do número de leitos de urgência e emergência após a pandemia da Covid-19, isso sem contar o que é contratualizado com as redes filantrópica e privada. “Hoje, nosso foco é dar continuidade à ampliação da rede. Estamos construindo dois hospitais, ampliando o Himaba e com um crescimento grande das nossas consultas, exames e cirurgias eletivas”, garantiu.

Foram quase 60 milhões de procedimentos ambulatoriais e mais de 222 mil hospitalares apenas da gestão estadual em 2024. Somados com os municípios, o SUS Espírito Santo saiu de 88 milhões de procedimentos em 2019 para mais de 100 milhões em 2024.

Já em relação às cirurgias eletivas, os dados apontam que foram realizadas 153.465 no ano passado. Foram 37 mil na rede própria, 80 mil na rede contratualizada, quase 20 mil na rede credenciada, quase 10 mil na iNova e quase 6 mil em hospitais geridos por organizações sociais. “A meta era 125 mil, mas fizemos 153 mil. Há um crescimento constante, ano após ano, das cirurgias eletivas”, comentou o secretário.=

Atendimento a autistas

Outro destaque da fala de Hoffmann foi em relação à Política Estadual de Cofinanciamento de Serviço Especializado em Reabilitação para Deficiência Intelectual e Transtornos do Espectro Autista, conhecida como Serdia e feita em parceria com as cidades capixabas.

“Temos 49 municípios que aderiram à política, com 24 serviços em andamento com mais de 2 mil usuários e 12 mil procedimentos por mês. O Estado já transferiu aos municípios mais de R$ 4 milhões. É um serviço municipal que o Estado desenha a política e o município faz (o processo de) adesão. O Estado paga 60% do custo e o município 40%”, mencionou.

Atenção primária

A atenção primária da saúde do Espírito Santo foi exaltada pelo secretário. Conforme disse, são mais de 1.000 equipes de saúde da família e quase 97% de cobertura. “É o estado de maior cobertura do país. O Estado era um dos menores de cobertura e hoje tem quase 100%”, enalteceu.

O ES possui hoje 14 farmácias cidadã, com 118 mil processos ativos e 301 itens padronizados, um índice de cobertura de 98%. “O maior índice de cobertura do Brasil. (…) Lançamos a nova Farmácia Cidadã de Cariacica e um novo canal de atendimento para falar com a assistência farmacêutica”, complementou.

Arboviroses

Assunto de grande preocupação no Espírito Santo, as arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos e outros insetos) também foram tratadas na prestação de contas. Hoffmann disse que, em 2024, foram 255.957 casos notificados de dengue, sendo 2.590 graves e 43 mortes. Em 2025 (até a semana 18) foram 60.247 casos notificados, com 350 casos graves e só um óbito. 

Em relação à febre do oropouche, que vem sendo bastante disseminada no Estado, os dados indicam 4.909 casos com um óbito em investigação e um comprovado em 2024. A título de comparação, em 2025 (até a semana 18) foram 11.848 casos confirmados, dois óbitos em investigação e um confirmado.

Para combater as arboviroses, o governo estadual vem tomando medidas como a instalação do Centro Integrado de Comando e Controle das Arboviroses, painel público com informações, trabalho forte de mobilização social, supervisão em prontos atendimento (PAs e UPAs), capacitações de manejo púbico, repasse de recursos aos municípios, capacitação dos serviços de vigilância epidemiológica municipais e oficinas compartilhando informações. 

2025/2026

Parte da prestação de contas foi dedicada às ações que estão sendo tocadas neste ano e as previstas para 2026. O secretário informou que o governo estadual trabalha para fortalecer as gestões municipais na área da saúde. Dessa forma, Hoffmann apresentou valores estimados para custeio nas cidades capixabas neste ano.

Serão R$ 101 milhões transferidos para consultas, exames e procedimentos especializados, recursos federais; R$ 25,8 milhões para ampliação dos micropolos regionais; R$ 8,5 milhões para o Serdia; R$ 8,8 milhões para teleconsultas; R$ 137,8 milhões para cofinanciamento do Samu; e R$ 14 milhões em assistência farmacêutica. Esses valores totalizam R$ 300 milhões repassados aos municípios.

Estão previstos, ainda, investimentos de mais de R$ 635 milhões. Essa verba será direcionada para a construção de 17 centros de especialidades odontológicas, 30 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a aquisição de 89 veículos e de estruturas de mais unidades do APS+10 – fase II (Atenção Primária à Saúde). 

“Liberamos R$ 15 milhões para reforma de unidades de saúde e vai ter mais uma de R$ 15 milhões. (…) Temos teleconsulta em 62 municípios, com 19 especialidades médicas. Investimentos de R$ 8,8 milhões”, ressaltou.

Por fim, o titular da pasta da Saúde elencou os investimentos prioritários para este e o próximo ano, como o Complexo Norte de Saúde, que envolve o novo Hospital Roberto Silvares, o Centro Regional de Especialidade (CRE), farmácia cidadã, hemocentro e sede da superintendência; o Hospital Geral de Cariacica; as reestruturações do Himaba e do Dório Silva; e o novo hospital de Baixo Guandu.

“Destravamos o terreno na última quarta-feira do novo Sílvio Avidos. Estive em Colatina com o prefeito Renzo (Vasconcelos). Nossa previsão é até setembro termos o edital do hospital pronto com ordem de serviço até o fim de fevereiro do ano que vem. Serão 300 leitos e um valor de R$ 230 milhões”, concluiu.

Outros assuntos

Além dos temas citados, o secretário ainda abordou a questão dos óbitos infantis (foram 21 mortes em 2024 contra 16 em 2023) e falou que está sendo construído um Plano Estadual de Redução da Mortalidade Infantil. Ele citou que o Estado é o único do país que possui unidades do Samu em todos os municípios. Falou a ampliação dos atendimentos da Fundação iNova, que assumiu ano passado os hospitais Dório Silva, na Serra, e o Silvio Avidos, em Colatina; e as ações do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (Icepi), que atua na formação dos profissionais da saúde.

Mesa

Fizeram parte da mesa de trabalho o presidente da Comissão de Saúde da Ales, Dr. Bruno Resende (União); o promotor de Justiça Itamar Ávila Ramos, que dirige o Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas Públicas de Saúde (Caops) do Ministério Público estadual (MPES); o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Márcio Soares Romanha; a defensora pública Maria Gabriela; e representantes do Executivo estadual e da Superintendência do Ministério da Saúde, respectivamente Juarez Vieira e Berivânea Lisboa.

Renzo e Tyago assinaram o contrato de doação do terreno do novo Hospital Silvio Avidos em Colatina

Renzo e Tyago assinaram o contrato de doação do terreno do novo Hospital Silvio Avidos em Colatina

Tyago Hoffmann e Renzo Vasconcelos: assinaram o contrato de doação do terreno onde será construído o novo Hospital Silvio Avidos, um marco para a saúde pública municipal. foto sesa

Ontem terça-feira, dia (14/05), o prefeito de Colatina Renzo Vasconcelos (PSD/ES), e o Secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, sancionamos a Lei 7.315 e assinamos o contrato de doação do terreno onde será construído o novo Hospital Silvio Avidos.

Participaram da solenidade da assinatura do contrato de doação, o deputado federal Victor Linhalis, superintendente Regional Central de Saúde, Kamila Roldi e o subsecretário Estado da Saúde.

O Secretário Estadual da Saúde, Tyago Hoffmann, disse ser com alegria e senso de dever cumprido, que hoje damos mais um passo decisivo para o desenvolvimento de Colatina e o fortalecimento da saúde de toda a região centro-norte capixaba na construção do novo Hospital Silvio Avidos.

Já o prefeito Renzo Vasconcelos, lembrou que gestão municipal está trabalhando incansavelmente para oferecer mais dignidade, cuidado e acesso à saúde para os colatinenses. Em poucos meses de governo municipal ampliamos o horário de atendimento das UBS até às 22h, aumentamos as especialidades médicas na Policlínica e criamos a Casa do Homem, um espaço exclusivo para a saúde masculina.

Ele acrescentou, que estamos apenas iniciando um governo de futuro promissor para os colatinenses, vamos seguir firmes, construindo uma Colatina mais humana, mais justa e com saúde de qualidade para todos. Finalizou prefeito Renzo.

Perfil do novo hospital

O novo hospital atenderá a população da Região Central/Norte do Estado, composta por 29 municípios, e contará com especialidades, como clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ortopedia, neurologia, cardiologia, nefrologia e outras áreas de apoio. O hospital será voltado para atendimentos de média e alta complexidade, referência em urgência e emergência para adultos e crianças, com 300 leitos de internação e 95 leitos de pronto-socorro, centro cirúrgico e recuperação.

Entre os destaques do projeto estão heliponto, ambulatório, UTIs adulto e pediátrica, centro de diagnóstico com tomografia, ressonância e endoscopia, além de salas de telemedicina e teleconferência.

Secretário de Saúde presta contas ao Legislativo na sexta (16)

Secretário de Saúde presta contas ao Legislativo na sexta (16)

Prestação de contas está prevista na lei que regulamenta percentual mínimo de recursos para a saúde / Foto: Lucas S. Costa

O secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann (PSB/ES), vai prestar contas das ações da pasta referentes ao 3º quadrimestre de 2024 (setembro a dezembro) na próxima sexta-feira (16) na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Ales). A audiência pública será realizada às 13 horas, no Auditório Hermógenes Lima Fonseca.

Essa será a primeira participação de Hoffmann como secretário. Ele é deputado estadual e se licenciou no início de janeiro desse ano para assumir o cargo. A prestação de contas está prevista no parágrafo 5º do artigo 36 da Lei Complementar Federal 141/2012. Além de apresentar o trabalho da secretaria, o titular deve responder aos questionamentos dos parlamentares.

Na última prestação, em novembro do ano passado (referente a maio a agosto), o então secretário Miguel Duarte Neto destacou que o Estado havia aplicado até agosto 15,39% do que arrecadou em saúde, quando a legislação especifica um percentual de pelo menos 12%. O montante investido corresponde a R$ 2,1 bilhões dos R$ 13,9 bilhões arrecadados pelo Executivo. Outras informações positivas foram a queda nos índices de óbitos materno e infantil, a ampliação da atenção primária e a cobertura vacinal.

Transmissão

A audiência pública terá transmissão ao vivo da TV Ales, na Grande Vitória, pelos seguintes canais: 3.2 aberto e digital, 12 NET, 23 RCA e 519.2 Sky Digital. Também haverá transmissão pelo YouTube da Casa (assembleiaes).

Colegiado

A Comissão de Saúde é presidida pelo deputado Dr. Bruno Resende (União/ES), tem como vice-presidente Fábio Duarte (Rede/ES) e como membros efetivos os deputados Zé Preto (PP), Pablo Muribeca e Hudson Leal (ambos do Republicanos/ES).

ES já realizou mais de 50 mil cirurgias eletivas neste ano

ES já realizou mais de 50 mil cirurgias eletivas neste ano

A meta estipulada para este ano é realizar 135 mil cirurgias. Em média, estão sendo realizados 405 procedimentos por dia.. FOTO SESA

 
A Secretaria da Saúde (Sesa) está executando o Plano Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas (OperaES) e já realizou, até esta segunda-feira (12), 53.424 cirurgias eletivas. A meta estipulada para este ano é realizar 135 mil cirurgias. Em média, estão sendo realizados 405 procedimentos por dia.

As cirurgias eletivas são aquelas que podem ser programadas, que não são consideradas de urgência. Para executar o OperaES, a Sesa conta com serviços em 35 hospitais, entre rede própria, contratada e contratualizada. As especialidades com maiores procedimentos são cirurgia oftalmológica, cirurgia geral, cirurgia ortopédica, procedimentos clínicos e cirurgia urológica.

“Trabalhamos muito para ultrapassar a meta de 135 mil cirurgias realizadas este ano, tendo um desempenho recorde. Estamos ampliando os horários de procedimentos e também realizando cirurgias em um sábado por mês”, disse o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.

Os procedimentos ocorrem em todas as quatro regionais de saúde do Estado: Norte, Central, Metropolitana e Sul. Ainda segundo o Plano OperaES, cada unidade hospitalar, seja ela da rede própria da Secretaria da Saúde ou contratada, tem metas de produção a serem cumpridas ao longo do ano.

Para 2025, o Plano Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas (OperaES) prevê investir R$ 130 milhões nos procedimentos eletivos. fonte e foto sesa