Entre os 99 corpos já identificados entre os mortos na Operação Contenção, 89 já foram liberados pelo Instituto Médico Legal para a retirada dos familiares. O instituto trabalha para identificar os 117 civis mortos na operação, e o trabalho pode ser concluído apenas no fim de semana. A operação também deixou quatro policiais mortos.
A Polícia Civil informou que está finalizando um documento de inteligência “com centenas de páginas, que reúne a qualificação dos criminosos mortos e uma análise detalhada sobre o papel estratégico dos complexos da Penha e do Alemão dentro da estrutura da organização criminosa”, diz em comunicado.
Segundo o governo do Rio de Janeiro, das 99 pessoas identificadas até o momento, 78 tinham histórico criminal, e 42 tinham mandado de prisão pendente. Segundo o secretário, ainda não é possível saber se esses mandados pendentes haviam sido expedido nesta operação ou anteriormente.
Já foram identificados 99 dos 117 civis mortos na operação.foto governo do rio
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Direitos Humanos e Proteção à Vítima (SUBDH), também trabalha para realizar uma perícia independente e acolher familiares dos mortos durante a liberação dos corpos das vítimas da Operação Contenção.
A perícia contou com uma equipe de oito profissionais, sob acompanhamento integral de um promotor de Justiça integrante do Ministério Público.
O objetivo da operação era, de acordo com o governo do estado, conter o avanço do Comando Vermelho, cumprindo 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão.
Principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, segue foragido. Ele é considerado o principal chefe do Comando Vermelho que não está preso.
Entidades de direitos humanos e organizações da sociedade civil denunciam que a operação como “massacre” e “chacina” e criticam a alta letalidade da ação.
Familiares e moradores do Complexo da Penha retiraram dezenas de corpos de uma área de mata na região na madrugada seguinte à ação e relatam que tambem havia sinais de tortura e até mutilações nos cadáveres. fonte agência brasil
O Governo do Espírito Santo acionou o plano de contingência elaborado, de forma preventiva, para monitorar as atividades de integrantes de facções criminosas após a Operação Contenção, realizada pelas forças policiais do Rio de Janeiro. O plano, formulado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), foi apresentado nesta quinta-feira (30) pelo governador Renato Casagrande e pelo vice-governador Ricardo Ferraço, coordenador do Programa Estado Presente em Defesa da Vida.
O objetivo é criar um fluxo de informações de inteligência entre todas as agências federais e estaduais, com o intuito de identificar possíveis fugas para o Espírito Santo, tanto de criminosos que atuam no Rio de Janeiro quanto de indivíduos do Estado que estejam escondidos em território fluminense e tenham intenção de retornar.
Os municípios de Presidente Kennedy, Mimoso do Sul, Apiacá, Bom Jesus do Norte, São José do Calçado e Guaçuí, que fazem divisa com o Rio de Janeiro, estão com monitoramento reforçado, contando, inclusive, com apoio da Polícia Rodoviária Federal. foto governo do es
“Estamos desde o ocorrido avaliando a repercussão e se é necessária alguma retenção. As nossas agências de inteligência estão integradas, tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal. Estamos acompanhando as divisas com a Polícia Rodoviária Federal. É bom destacar que, na verdade, as lideranças criminosas daqui estão migrando para o Rio de Janeiro, pois sabem que aqui são grandes as chances de serem presas. E já adianto: se tentarem voltar, serão alcançadas. O Espírito Santo está mostrando o jeito de fazer segurança pública que produz efeito para o cidadão, com inteligência e tecnologia, operações cirúrgicas, prisões de lideranças, além do trabalho social”, pontuou o governador Casagrande.
Até o momento, conforme apontam os levantamentos de todas as agências de inteligência, não há nenhum indicativo de que possa haver migração de criminosos ao Espírito Santo após a operação realizada nessa terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha. Estradas que cortam os municípios de Presidente Kennedy, Mimoso do Sul, Apiacá, Bom Jesus do Norte, São José do Calçado e Guaçuí, que fazem divisa com o Rio de Janeiro, estão com monitoramento reforçado, contando, inclusive, com apoio da Polícia Rodoviária Federal.
“Assim que tomamos conhecimento da operação na cidade do Rio de Janeiro, nosso núcleo do Estado Presente está atento aos desdobramentos e mobilizado. A integração das forças de segurança permite recebermos informações precisas e estratégicas do que acontece lá para estruturarmos nossas ações aqui. Nosso plano de contingência já está em operação, tático e estratégico. A estrutura de segurança pública do nosso Estado está pronta. Bandidos fogem do Espírito Santo para buscar abrigo em outros estados porque sabem que aqui nossas polícias irão alcançá-los e prendê-los. Eles sabem bem dessa atuação efetiva das nossas forças”, reforçou o vice-governador Ricardo Ferraço.
O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno, destacou que o Espírito Santo é considerado território hostil para os criminosos e a tendência é que não haja nenhum tipo de migração para solo capixaba.
“Aqui, os bandidos não se criam. Temos exemplos recentes de líderes de facções criminosas do Estado que resolveram voltar, por algum motivo, do Rio de Janeiro, e foram capturados. Marujo, irmãos Vera, Boca de Lata — alguns chefes que estavam há tempos escondidos no estado vizinho e, quando precisaram vir, em poucos dias estavam na cadeia. Nosso governador e vice-governador nos exigiram um monitoramento profundo para identificar se há qualquer possibilidade de vinda de bandidos para cá e, até o momento, não temos esse indicativo. Porém, caso ocorra, estaremos preparados”, afirmou.
O governador Cláudio Castro anunciou a criação de um Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime, com atuação integrada dos governos estadual e federal. O anúncio foi feito após reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira (29/10), no Palácio Guanabara, sede administrativa do Governo do Estado. O encontro, que tratou sobre Segurança Pública no estado do Rio de Janeiro, aconteceu após a Operação Contenção, que resultou na prisão de 113 criminosos e na apreensão de quase 100 fuzis nos complexos do Alemão e da Penha.
– Estamos unindo esforços de forma inédita para romper a barreira da burocracia, respeitando as competências de cada esfera. A segurança pública exige velocidade, inteligência e integração, e este escritório emergencial nasce para garantir que todas as forças trabalhem juntas, em ação real e imediata. O crime é nacional, e a resposta também precisa ser, para proteger a população – afirmou o governador Cláudio Castro.
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciaram nesta quarta-feira (29) a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado no estado. foto governo do rj
O novo escritório será comandado pelos secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, do Estado do Rio, e Mario Sarrubbo, do Governo Federal. O objetivo é uma atuação conjunta com os dois escritórios já existentes — o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA), que investiga a lavagem de dinheiro para recuperação de ativos, e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/RJ).
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou o alinhamento entre os governos.
– Tivemos uma conversa extremamente proveitosa. A cúpula da segurança nacional apoiará integralmente o Rio de Janeiro. Vivemos um federalismo cooperativo e viemos aqui para, dentro do possível, colaborar para superarmos essa crise de segurança – afirmou.
Na reunião, o ministro Lewandowski afirmou que vai atender o pedido do governador para disponibilizar vagas em presídios federais de segurança máxima para a transferência de líderes de facções, além de colocar à disposição peritos criminais para os desdobramentos da Operação Contenção, aumentar o efetivo da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal, e intensificar as atividades de inteligência.
Participaram do encontro os secretários de Estado de Segurança Pública, Victor dos Santos, de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel, da Casa Civil, Nicola Miccione, e de Defesa Civil, coronel Tarciso Salles. Também estiveram presentes o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Souza. fonte governo rj
O governador do Rio, Cláudio Castro, disse nesta quarta-feira (29) que a Operação Contenção foi um sucesso e que as únicas vítimas dos confrontos foram os policiais mortos.
“Temos muita tranquilidade de defender o que foi feito ontem. Queria me solidarizar com as famílias dos quatro guerreiros que deram a vida para libertar a população. Eles foram as verdadeiras quatro vítimas. De vítima ontem, só tivemos os policiais”, disse Castro em entrevista no Palácio Guanabara, sede do Executivo estadual.
“Quais são os indícios que levam a crer que todos eram criminosos? O conflito não foi em área edificada. Foi todo na mata. Não creio que tivesse alguém passeando na mata num dia de conflito. Por isso a gente pode tranquilamente classificar de criminosos”, acrescentou o governador.
Castro: operação foi “sucesso” e policiais mortos foram únicas vítimas. foto governo do rj
Número de mortos
Cláudio Castro disse ainda que o número oficial de mortos na operação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão nessa terça-feira (28) é de 58 mortos, incluindo os dois policiais civis e os dois policiais militares. Ele não explicou o motivo da mudança da contagem oficial, mas disse que o dado oficial vai mudar “com certeza”.
Ontem, o governo contabilizou 64 pessoas mortas, inclusive os quatro agentes das forças de segurança. O governador também não quis comentar sobre os cerca de 60 corpos retirados da área de mata pelos moradores do Complexo da Penha após a operação mais letal da história do estado.
O governador destacou que o estado do Rio é o epicentro do problema da segurança pública que “assola o Brasil”.
“Mostramos ontem um duro golpe na criminalidade e que temos condições de vencer batalhas. Mas temos a humildade de reconhecer que essa guerra não será vencida sozinhos. Agora é momento de união e não de politicagem”.
Moradores do Rio de Janeiro viveram momentos de medo nessa terça-feira (28) diante da operação policial. Milhares de pessoas enfrentaram dificuldades para conseguir chegar em casa devido aos bloqueios das vias da cidade, além de terem de fugir dos tiroteios.
Especialistas ouvidos pela Agência Brasilcriticaram a ação que gerou grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado.
Para a professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jacqueline Muniz, a operação foi amadora e uma “lambança político-operacional”. Movimentos populares e de favelas também condenaram as ações policiais e afirmaram que “segurança não se faz com sangue”. fonte agência brasil
Cerca de 60 corpos foram localizados e retirados de uma área de mata do Complexo da Penha por moradores, após a Operação Contenção realizada pelas forças de segurança do estado, nessa terça-feira (28). Os corpos foram reunidos na Praça São Lucas, no centro da comunidade, e de acordo com os moradores, não fazem parte da contagem oficial de 64 mortos – 60 suspeitos e 4 policiais. A Polícia Militar foi procurada, mas ainda não se pronunciou.
O ativista Raul Santiago, morador do complexo, fez uma transmissão ao vivo e denunciou a “chacina que entra para a história do Rio de Janeiro, do Brasil e marca com muita tristeza a realidade do país.”
A pedido dos familiares, os corpos foram expostos para registro da imprensa e, depois, foram cobertos com lençóis. A comunidade aguarda a retirada dos corpos pelo Instituto Médico-Legal.
Dezenas de corpos foram trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, após ação policial da Operação Contenção. Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil
O Corpo de Bombeiros já começou a retirar os corpos no Complexo da Penha. Ainda há incerteza sobre o número total de mortos na ação, que está sendo considerada pelo governo do estado como “a maior operação da história do Rio de Janeiro”. A contagem oficial na terça-feira foi de 64 óbitos, sendo 60 suspeitos e 4 policiais. Isso já caracteriza a ação como a mais letal.
No entanto, seis corpos encontrados por moradores no Complexo do Alemão foram levados para o Hospital Getúlio Vargas durante a noite, além dos 60 localizados na Penha durante a madrugada e manhã de hoje. Caso não haja duplicidade, a conta pode chegar a 130 mortos.
Terça-feira
Moradores do Rio de Janeiro viveram momentos de pânico e medo na terça-feira (28) diante da operação policial nos Complexos da Penha e do Alemão. Milhares enfrentaram dificuldades para conseguir chegar em casa devido aos bloqueios das vias da cidade, além de terem de fugir dos tiroteios.
Especialistas ouvidos pela Agência Brasilcriticaram a ação que gerou um grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado. Para a professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jacqueline Muniz, a operação foi amadora e uma “lambança político-operacional”.
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, defendeu as ações da polícia afirmando que se for necessário vai exceder os limites e as competências do governo estadual para manter “a nossa missão de servir e proteger nosso povo”. Ele cobrou mais apoio do governo federal. Na noite desta terça, ele solicitou a transferência de 10 detentos presos em penitenciárias do Rio para presídios federais.
Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
As forças de segurança do Governo do Estado do Rio de Janeiro prenderam 81 criminosos, entre eles um dos líderes conhecido como ‘Belão’, e apreenderam 93 fuzis na Operação Contenção, realizada, nesta terça-feira (28/10), nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. Após receber um relatório de Inteligência da Polícia Civil, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, o governador Cláudio Castro decidiu solicitar ao Governo Federal dez vagas para a transferência imediata de lideranças criminosas para presídios federais.
– Estamos enfrentando o crime com rigor, dentro da lei, e quem continuar comandando ações criminosas de dentro das cadeias vai ser isolado e responsabilizado. O Rio de Janeiro não vai tolerar conivência nem complacência com o crime – disse o governador.
A ação conjunta, considerada a maior da história do Rio de Janeiro, mobilizou 2.500 policiais civis e militares, com a participação do Ministério Público, e teve como objetivo cumprir mandados de prisão e conter a expansão territorial do Comando Vermelho. Durante a ação houve intenso tiroteio e quatro policiais foram mortos.
A Operação Contenção é resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), nos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades. Durante todo o dia foram registrados diversos confrontos principalmente na área de mata, e 60 criminosos, que reagiram à ação policial, morreram. Mais de meia tonelada de drogas foi apreendida.
– A reação dos criminosos mostra que estamos no caminho certo. O Estado não vai recuar até prender as principais lideranças e devolver a tranquilidade à população. As forças de segurança continuam nas ruas, garantindo a volta para casa e a normalidade da vida dos cidadãos. Nosso compromisso é com a segurança da população e com o enfrentamento das lideranças criminosas – afirmou Castro.
Cumprindo medidas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da ADPF 635, os agentes utilizaram câmeras corporais portáteis. Além disso, ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate, da PM, deram apoio à operação, que também contou com duas aeronaves, drones e 32 veículos blindados.
O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, reforçou a importância da ação em uma área territorial extensa.
– Estamos falando de uma região com cerca de 9 milhões de metros quadrados, o que corresponde a dois bairros de Copacabana, onde vivem mais de 200 mil pessoas. Essa ação foi fruto de inteligência e de um planejamento cuidadoso para garantir resultados efetivos.
Já o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, destacou a importância da inteligência nesse tipo de operação.
– O fato de termos tantos focos de confronto mostra a precisão das informações de inteligência que apuramos. Quanto mais inteligência, mais resistência e chance de confronto. Os ataques ordenados da facção criminosa mostram uma tentativa covarde e desesperada de tirar o foco da polícia. Nossas equipes agiram de forma estratégica para capturar ou neutralizar narcoterroristas que tiram a liberdade e a tranquilidade da população – enfatizou o secretário Felipe Curi.
O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, enfatizou a presença ostensiva da corporação e a grande quantidade de fuzis apreendidos:
– Empregamos força máxima nesta operação e o alto poder de fogo dos criminosos confirma a dificuldade que nossa tropa tem de avançar nesses terrenos com intensos confrontos. Somente nesta operação foram quase 100 fuzis retirados de circulação. Essas armas de guerra são usadas contra os policiais e também contra a população – disse o secretário da PM.
Participaram da operação policiais do Comando de Operações Especiais (COE), de unidades operacionais da Polícia Militar da capital e da Região Metropolitana, além de agentes da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil. A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) reforçou a vistoria nos presídios com lideranças do Comando Vermelho e apreendeu celulares e drogas. E também monitora 30 presos que violaram o sistema de tornozeleira eletrônica na região da operação. A Vara de Execuções Penais (VEP) vai expedir mandados de prisão para todos. Fonte e foto Governo do Rio Janeiro
O Governo do Estado e as prefeituras de Colatina e Linhares assinaram, neste sábado (25), a ordem de serviço para o asfaltamento da Rodovia ES-442, que vai ligar a BR-101 (próximo à WEG, em Linhares) ao Porto Seco de Colatina, passando pela região de Lagoa do Limão, na margem sul do Rio Doce. A obra representa um avanço logístico, econômico e social para o interior capixaba e atende a uma demanda histórica de produtores rurais e comunidades da região.
“Essa é uma obra que traz dignidade para o homem do campo e fortalece o turismo e a economia da nossa região. Colatina agradece ao Governo do Estado por atender este pedido antigo, porque investir no interior é investir em quem produz”, afirmou o prefeito Renzo Vasconcelos.
Para o governador, a rodovia representa uma ligação estratégica entre dois importantes polos do Espírito Santo:
“Estamos conectando dois polos empresariais importantes do Estado. Essa estrada tem um impacto enorme no desenvolvimento, na agricultura e no turismo. Nosso compromisso é colocar o Espírito Santo sempre em primeiro lugar”, afirmou.
A pavimentação da ES-442 vai criar um novo corredor entre Colatina e Linhares, encurtando o deslocamento e facilitando o escoamento da produção rural. O investimento é de mais de R$ 157 milhões, com execução do Governo do Estado por meio do DER-ES.
“Esse investimento fortalece a economia de Colatina e Linhares. É uma estrada que reduz distâncias e leva infraestrutura para onde se gera riqueza: no interior”, destacou o diretor do DER-ES, José Eustáquio de Freitas.
A obra vai além da pavimentação. Estão previstas intervenções de:
drenagem pluvial,
sinalização horizontal e vertical,
contenção de encostas,
barreiras para evitar assoreamento,
revegetação de áreas atingidas pelos aterros,
passagens aéreas e subterrâneas para a fauna silvestre.
FONTE E FOTO Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social
Multa é aplicada por deduzirem impostos da tragédia de Mariana. foto samarco
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) obteve decisão favorável à União contra o pedido da Samarco Mineração S.A., que deduziu indevidamente do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) valores devidos pela empresa a título de recuperação ambiental e multas ambientais, de 2016 a 2019.
O colegiado do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) seguiu entendimento da PGFN e manteve as autuações no valor de mais de R$ 1,8 bilhão para a Samarco e a Vale, que é acionista da mineradora.
Durante a sustentação no julgamento, o procurador da PGFN Vinícius Campos destacou que, se a decisão favorecesse a mineradora, desvirtuaria o sistema punitivo e administrativo do direito tributário.
Na sua opinião, estaria sendo criado “um sistema contraditório, em que o Estado, ao mesmo tempo em que aplica uma penalidade, aceita que ela use isso como benefício fiscal”, sustentou Vinícius. O procurador completou que, dessa forma, a “União daria estímulo à prática de ilícito”.
O caso foi julgado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que negou o pedido da mineradora e manteve o valor integral dos autos de infração. A empresa descontou na apuração dos tributos as despesas com reparação ambiental e socioambiental e multas por infrações de natureza não tributária, decorrentes dos gastos envolvendo o rompimento da barragem do Fundão em Mariana, em Minas Gerais, em 2015.
No recurso, a Samarco alegou que os valores deduzidos são de recuperação e compreendidos como essenciais, pois a sua atividade envolve risco ambiental. A mineradora considera as despesas operacionais como aquelas necessárias, normais e usuais para o desenvolvimento da atividade. Na normativa, esses gastos são caracterizados como dedutíveis das tributações.
Os valores suprimidos pela Samarco, segundo a defesa da mineradora, decorrem das despesas fixadas em acordos judiciais assinados com municípios, o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e outros órgãos da Justiça.
Um deles, o Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), definiu a criação da Fundação Renova, inicialmente designada para gerir o processo reparatório da cidade e de indenizações, sendo o principal destino de parte do valor deduzido dos impostos. Outra parte da soma descontada teria sido paga em multas ambientais.
Em defesa da Fazenda, a PGFN alegou que tais gastos não preenchem os requisitos legais de necessidade, normalidade e usualidade, previstos no artigo 47 da Lei nº 4.506/1964, tratando-se de sinistro excepcional, e que sua dedutibilidade representaria socialização indevida do risco empresarial.
Após a celebração do Termo de Ajustamento de Conduta, a Vale S. A. foi definida como responsável subsidiária por ser acionista da Samarco. Dessa forma, ela também seria responsável pelos repasses à fundação, usando o mesmo argumento para descontar valores do IRPJ e da CSLL, baseando-se na mesma legislação apresentada no recurso da Samarco ao Carf.
Na tese da PFGN, acolhida pelo colegiado, a Vale é definida como responsável subsidiária, tendo seu pedido de deduzir despesas, negado, assim como a responsável principal (Samarco). De acordo com o Carf, “os repasses não se relacionam com as transações ou operações de suas atividades produtivas”.
Em nota, a Samarco informou que discutirá o assunto nos autos dos processos, que a empresa cumpre rigorosamente o Novo Acordo do Rio Doce e reafirma o compromisso com a reparação”. Ainda cabe recurso no Carf.
Também em nota, a Vale argumentou que as indenizações são despesas obrigatórias e, portanto, dedutíveis. “A Vale considera que a dedução de imposto de renda é aplicável, uma vez que os pagamentos de indenizações e compensações relacionados ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, refletem uma despesa obrigatória, decorrente da responsabilidade objetiva de reparação por parte da empresa”.
Entenda o caso
O desastre ocorreu em 5 de novembro de 2015. O rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana, de propriedade da Samarco, resultou em grande volume de lama e detritos, que devastaram o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. A onda de lama deixou 19 mortos, além de dezenas de desabrigados e desaparecidos.
A lama de rejeitos percorreu mais de 600 quilômetros pelo Rio Doce até chegar ao litoral do Espírito Santo, causando um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil. O distrito de Bento Rodrigues, que ficava a 25 km do centro de Mariana, foi praticamente destruído pela enxurrada de lama e rejeitos. As matérias da época mostravam imagens aéreas do vilarejo soterrado, com a lama invadindo e arrastando casas e carros.
A avalanche de rejeitos se espalhou por mais de 650 quilômetros pelo Rio Doce e seus afluentes, chegando até o litoral do Espírito Santo. A Samarco, à época, declarou que ainda não era possível determinar a causa ou a extensão do acidente, enquanto moradores eram aconselhados a deixar a região.
As reportagens iniciais noticiavam mortes e desaparecimentos, com a quantidade de vítimas aumentando com o passar dos dias. Posteriormente, o número oficial de mortos foi confirmado em 19 pessoas, além de 600 famílias desabrigadas.
Houve a contaminação do Rio Doce, com os efeitos da lama sobre a vida aquática, com a morte de peixes e a degradação da biodiversidade local. A preocupação com o abastecimento de água potável para cidades ao longo da bacia também foi tema recorrente.
* Matéria atualizada às 11h20 para acréscimo da nota da Vale.
Notificações foram enviadas por aplicativo ou extrato bancário. foto inss
Quatro milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terão de fazer prova de vida para não ter seu benefício bloqueado. De acordo com o instituto, todos já foram notificados por meio do aplicativo Meu INSS ou por meio do extrato do banco no qual é feito o pagamento.
Segundo o INSS, a mensagem foi entregue somente para os beneficiários cuja comprovação de vida não pôde ser feita de forma automática pelo sistema.
Os beneficiários terão o prazo de 30 dias para fazer a prova de vida, contados a partir da data do aviso para realizar o procedimento.
O instituto divulgou um passo a passo para ajudar os beneficiários a regularizarem a situação:
Acesse o site ou aplicativo Meu INSS, faça login e siga as instruções para o reconhecimento facial, se for pedido;
Em alguns bancos, é possível realizar a Prova de Vida online, diretamente pelo aplicativo ou site do banco;
Se preferir, o beneficiário também pode comparecer presencialmente à agência bancária responsável pelo pagamento e apresentar um documento oficial com foto.
Quem precisa fazer?
Mesmo com o novo sistema automático, em alguns casos o INSS não consegue confirmar a Prova de Vida sozinho. Quando isso acontece, o próprio beneficiário deve realizar o procedimento, que pode ser feito pelo Meu INSS, pelo aplicativo ou site do banco, ou indo à agência bancária pessoalmente, se preferir.
Por que a Prova de Vida é importante?
A Prova de Vida é a confirmação de que o beneficiário está vivo e tem direito de continuar recebendo o benefício previdenciário. O procedimento é fundamental para prevenir fraudes e garantir que os pagamentos sejam feitos de forma correta, protegendo o sistema e o dinheiro de quem contribuiu a vida inteira para o país.
Alerta contra golpistas
Aposentados e pensionistas devem ficar atentos para os golpistas que tentam enganar os beneficiários com ligações e mensagens falsas, ameaçando corte do benefício, solicitando dados pessoais ou até marcando falsos agendamentos.
O INSS não realiza contatos diretos pedindo a realização da Prova de Vida nem envia mensagens por WhatsApp, SMS ou aplicativos, ameaçando o bloqueio do benefício. Também não envia servidores às residências dos beneficiários para recolher documentos ou para fazer o procedimento de comprovação de vida.
Dúvidas podem ser esclarecidas por meio dos canais oficiais do INSS:
Corrida terá três categorias: geral, atletas com deficiência e universitários / Foto: Prefeitura Rio das Ostras
Como parte da celebração pelos seus 190 anos de história, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) vai realizar a Corrida da Cidadania no dia 23 de novembro, em Vitória, conforme anunciou nesta sexta-feira (24) o presidente Marcelo Santos (União) em suas redes sociais.
“Fica o convite para os capixabas participarem da Corrida da Cidadania, que faz parte da comemoração dos 190 anos da Assembleia Legislativa, essa Casa que representa a sociedade”, disse Marcelo. A corrida de rua terá percursos de 5 e 10 quilômetros. As inscrições começam no dia 4 de novembro.
Inscrições
Os participantes poderão se inscrever no site www.ticketsports.com.br, a partir das 10 horas do dia 4. As vagas serão limitadas, em lote único, distribuídas em três categorias: geral, atletas com deficiência e universitários. A organização do evento espera mais de 2 mil participantes.
A corrida de 5 quilômetros terá o seguinte percurso: largada na avenida Américo Buaiz, em frente à Ales, sentido Praia do Canto, e retorno para a Praça do Papa, com chegada no ponto de largada. Quem for correr 10 quilômetros fará o mesmo percurso, mas duas vezes.
Todos os participantes que concluírem o trajeto ganharão medalhas e os três primeiros lugares de cada categoria, divididos entre atletas do sexo feminino e do sexo masculino, serão premiados com troféus.
A Corrida da Cidadania é organizada pela Ales, com patrocínio master do governo do Estado por meio da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport), via Lei de Incentivo ao Esporte Capixaba. Também são patrocinadores a ES Gás e a Caixa Econômica Federal.
Retirada de kits
Para a retirada dos kits, será organizada uma ação solidária. Os atletas poderão retirar o material na Ales mediante a entrega de um pacote de fraldas geriátricas (G ou GG). Os itens arrecadados serão doados ao Asilo dos Idosos de Vitória e ao Abrigo à Velhice Desemparada Auta Loureiro Machado (Avedalma), em Cariacica. A retirada dos kits ocorrerá nos seguintes dias e horários: dia 21 de novembro, das 10 às 18 horas; e dia 22 de novembro, das 10 às 13 horas.
Serviço
Corrida da Cidadania (5km e 10km) Data: 23 de novembro Horário: largada às 6h30 Data das inscrições: a partir de 4 de novembro, às 10 horas Inscrições e informações: www.ticketsports.com.br FONTE ALES