Número de incêndios florestais em Aracruz aumenta, prejudica o agro e liga sinal de alerta na região

Número de incêndios florestais em Aracruz aumenta, prejudica o agro e liga sinal de alerta na região

O período incomum de estiagens no Espírito Santo, onde os 78 municípios capixabas enfrentaram ou ainda enfrentam alguma situação de seca, vem culminando no aumento de incêndios em áreas florestais, sobretudo na região norte do estado, afetando gravemente a produção agrícola e pecuária e deixando sequelas por vários meses. O Corpo de Bombeiros do Espírito Santo registrou um aumento de mais de 120% nos incêndios combatidos entre janeiro e julho de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo dados levantados pela Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, o município de Aracruz vem sendo um dos mais prejudicados. A empresa registrou 121 ocorrências de incêndio de janeiro a julho de 2024, sendo 48 apenas no último mês, o que representa quase 40% das denúncias gerais. Ao todo, foram mais de 158 hectares de área afetada pelo fogo, sejam territórios próprios da Suzano ou não. O principal motivo para as queimadas ainda é a ação humana, segundo o comandante do Corpo de Bombeiros na cidade, Major Lucas Sossai.

“É importante desmistificar a ideia de que incêndios em vegetações são causados por guimbas de cigarro, fundos de garrafa ou algo assim. Essas são condições raríssimas. A grande maioria dos incêndios é causada por ações humanas, seja por irresponsabilidade ou intencionalidade, que é pior. E é importante ressaltar que quem provoca incêndio pode enfrentar sanções legais, incluindo responsabilidades civis e criminais, fora as tratativas que o IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo) pode colocar”, reforça o major, que ainda aproveita para alertar a população que existem normas durante épocas de estiagem: “A falta de percepção de risco ao iniciar fogo para limpeza ou outros fins, especialmente em períodos secos, pode resultar em tragédias. E é bom lembrar que essas práticas são proibidas por normas vigentes, normalmente decretos estaduais ou federais. Então existe um momento adequado para fazer as tais limpezas”, finaliza.

Pior que os números alarmantes em Aracruz, são os prejuízos socioambientais deixados pelo fogo. Além da destruição da biodiversidade, colocando espécies animais e vegetais em risco, as chamas geram a emissão de gases poluentes, extremamente nocivos à saúde do ser humano. Com a finalidade de reduzir os prejuízos ambientais e econômicos à região, a Suzano não mede esforços para contornar a situação. A empresa desempenha um papel importante na luta pela preservação de florestas nativas e no combate a incêndios. Por isso, vem investindo para a prevenção de incêndios, adquirindo equipamentos de monitoramento 24 horas, com apoio de imagem, satélites e drones de última geração que localizam os focos de incêndio a partir da identificação de fontes de calor.

A empresa também criou o “Guardiões da Floresta”, que é um canal direto e gratuito para captar denúncias de incêndios ou possíveis ações que possam gerar malefícios ao meio ambiente. A população pode ligar gratuitamente ou enviar mensagens via Whatsapp para o número 0800 203 0000 a fim de obter informações sobre como contribuir com a proteção das florestas ou reportar problemas.

Luiz Bueno, Gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Suzano, enfatiza a importância da colaboração da população e alerta sobre os principais riscos. “As chamas não conhecem divisas e ainda representam danos sérios para o meio ambiente, saúde pública e economia local, uma vez que acarreta o aumento de atendimentos hospitalares e gastos gerais da população com a saúde”, reforça ele. “Com o ‘Guardiões da Floresta’ podemos intensificar nossa capacidade de resposta ao unificar as chamadas em um único canal, garantindo um monitoramento mais rápido e eficiente”, finaliza Bueno.

As ações da Suzano passam ainda por manejo florestal sustentável, além de investimento em treinamento das equipes de brigada seguindo rigorosas normas internacionais. As brigadas da empresa também atuam em parceria com o Corpo de Bombeiros capixaba, no caso de incêndios em áreas vizinhas aos limites das áreas da Suzano.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br Fonte e foto Vítor De Vincentis– p6comunicacao.com.br

Festa da Cidade dos 103 anos de Colatina teve show de Dilsinho e da dupla sertaneja Victor e Sander

A Avenida Beira Rio se transformou em um grande palco de celebração na primeira noite de Festa da Cidade, em comemoração aos 103 anos de Colatina.

Conhecidos por combinar o sertanejo com elementos de outros estilos, a dupla colatinense Victor e Sander, que faz sucesso em todo país, abriu a noite com hits de sucesso como “Eu só quero você” e “Vai kikando malvada”.

Na sequência, Dilsinho subiu ao palco acompanhado da energia contagiante do público que cantou em coro seus grandes sucessos do pagode como ‘Péssimo Negócio’, ‘Refém’ e ‘Trovão’.

O Coral Municipal também se apresentou na noite, levando muita emoção com canções em celebração à cidade.

O evento marca o início de uma programação festiva que promete movimentar a cidade até o dia 25 de agosto.

PROGRAMAÇÃO DESTA SEXTA-FEIRA (23)
Festa de Colatina – 103 anos
SEXTA-FEIRA 23/08
20:00 – FORRÓ VAI-VEM
21:00 – GABRIELA AVILA
22:00 – DURVAL LELYS

Produtor rural do ES poderá ser ressarcido por “apagão”

Produtor rural do ES poderá ser ressarcido por “apagão”

Garantir que os produtores rurais que sofram prejuízos em virtude de falta de energia elétrica sejam ressarcidos pela empresa concessionária do serviço. Esse é objetivo do Projeto de Lei (PL) 286/2024, apresentado na Assembleia Legislativa (Ales) pelo deputado Lucas Polese (PL/ES).

O ressarcimento deverá ocorrer quando a falha no serviço ocasionar perda de produtos perecíveis e danos a maquinários e equipamentos elétricos. Para obter esse direito, o produtor precisará comprovar o prejuízo mediante apresentação de um laudo técnico que indique a causa da perda e sua relação direta com a interrupção no fornecimento de energia. Esse ressarcimento será calculado com base no valor de mercado do bem ou produto danificado.

Na justificativa da proposta, o parlamentar aponta que os produtores vêm sofrendo perdas financeiras significativas em decorrência de falhas no fornecimento de energia elétrica. “Os problemas enfrentados incluem a oscilação recorrente de carga, resultando na queima de equipamentos como motores, bombas de irrigação e climatizadores”, destaca.

Segundo Polese, os prejuízos vão desde a perda de animais até a queima de equipamentos essenciais para a produção. “Produtores relatam a necessidade de recorrer a caminhões-pipas para evitar a morte de animais por falta de água, além de impactos na produção leiteira e na fumicultura (cultivo de tabaco). Na produção de leite, as quedas de energia comprometem a refrigeração adequada do produto, levando à sua deterioração e consequente prejuízo econômico”, ressalta.

Se o PL for aprovado e virar lei, a nova legislação começa a valer a partir de sua publicação em diário oficial.

Tramitação

A matéria foi encaminhada para análise das comissões de Justiça, Defesa do Consumidor, Agricultura e Finanças. Contudo, foi considerada inconstitucional pela Procuradoria da Casa por invadir a competência privativa da União de legislar sobre Direito Civil e energia.

Acompanhe a tramitação do PL 286/2024 Fonte e foto ales

Colatina celebra 103 anos de Emancipação Política nos dias 22 e 25 de agosto

Colatina celebra 103 anos de Emancipação Política nos dias 22 e 25 de agosto

Está chegando a hora! Colatina, a Princesa do Norte, celebra 103 anos de Emancipação Política no dia 22 de agosto com uma programação especial cheia de animação e festividades durante todo o mês. Entre os dias 22 e 25 de agosto, de quinta-feira a domingo, a área verde da Beira Rio será palco de diversas apresentações de artistas nacionais e locais, proporcionando momentos inesquecíveis para os colatinenses.

Serviço:
Festa da Cidade de Colatina – 103 anos
Quando: de 22 a 25 de agosto (quinta-feira a domingo)

Desfile Cívico: dia 22, a partir das 8h30, pela avenida Getúlio Vargas, com início no Posto São Miguel e dispersão em frente ao Iate no Camelódromo.

Shows na Área Verde da Beira Rio:
QUINTA-FEIRA 22/08
18:00 – CORAL MUNICIPAL MAESTRO GESY WILLIAN DE FREITAS
20:00 – VICTOR E SANDER
22:00 – DILSINHO

SEXTA-FEIRA 23/08
20:00 – GABRIELA AVILA
22:00 – DURVAL LELYS

SÁBADO 24/08
19:00 – PAULA CASSARO
21:00 – FITDANCE
23:00 – GUSTAVO MIOTO

DOMINGO 25/08
17:00 – RATIMBUM
20:00 – CORAL ARCELORMITTAL
21:00 – PÉROLA NEGRA

Entenda a cerimônia judaica de enterro de Silvio Santos

Entenda a cerimônia judaica de enterro de Silvio Santos

O sepultamento do corpo de Silvio Santos, ocorrido neste domingo (18), foi realizado de acordo com as tradições judaicas. Filho de imigrantes judeus que chegaram ao Brasil no início do século 20, o apresentador nasceu no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, em 1930.

Fundamentadas na Torá, livro sagrado da religião judaica, as regras determinam uma série de ritos que devem ser cumpridos pelos familiares desde o momento do falecimento até a cerimônia fúnebre.

De acordo com a Congregação Israelita Paulista (CIP), o ritual começa após os parentes comunicarem o Cemitério Israelita do Butantã, onde Silvio foi enterrado, sobre a morte do familiar.

Cabe ao Chevra Kadisha, grupo formado por homens e mulheres ligados ao cemitério, realizar os preparativos religiosos, civis e legais do sepultamento.

A primeira medida a ser tomada é cobrir o corpo para não ser deixado à vista. Pela tradição, deixar o falecido à mostra demonstra falta de respeito à imagem da pessoa em vida.

O mesmo motivo é levado em conta para não abrir o caixão durante o velório, que não é público e se restringe a familiares e amigos.

Preparação

Em seguida, o corpo deve ser lavado e envolvido em uma mortalha branca. A medida significa purificação, humildade e pureza.

Os olhos devem ser fechados. Para os judeus, o falecido se encontra com Deus ao morrer. Dessa forma, o ato simboliza deixar de observar as coisas mundanas e passar a enxergar a paz do mundo espiritual.

O sepultamento deve ocorrer no mesmo dia da morte. Se o falecimento ocorrer no sábado, dia de descanso para os judeus e no qual os enterros são proibidos, deverá ser no dia seguinte, como ocorreu com Silvio Santos. O apresentador morreu na madrugada de sábado (17) e foi enterrado na manhã deste domingo.

A cremação é proibida. A religião entende que a decomposição do corpo deve ocorrer naturalmente.

Enterro

A cerimônia de sepultamento é feita sem ornamentação de flores no local e no caixão porque todos devem ser tratados de forma igual durante a morte. Além disso, os judeus entendem que a ostentação serve para cultuar os mortos.

Durante o enterro, são cantados hinos de louvor a Deus e de pedidos de paz no mundo. Os parentes mais próximos jogam punhados de terra no caixão antes do término da cerimônia.

Ao deixar o cemitério, os familiares devem lavar as mãos para simbolizar que a vida é mais forte do que a morte. Em sinal de manutenção dos laços com o parente, as mãos devem secar naturalmente, sendo proibido o uso de toalha.

Silvio Santos morreu às 4h50 deste sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e tinha 93 anos.

Edição: Denise Griesinger agencia brasil e foto divulgação

Selo Escola Amiga do Autista deve virar lei no ES

Selo Escola Amiga do Autista deve virar lei no ES

Os deputados derrubaram por 25 votos contrários e nenhum favorável veto total do governo do Estado ao Projeto de Lei (PL) 2/2024, que institui o Selo Escola Amiga do Autista no Espírito Santo. A matéria, do Capitão Assumção (PL), foi analisada na sessão ordinária da Assembleia Legislativa (Ales) desta segunda-feira (19). 

Na Comissão de Justiça o deputado Tyago Hoffmann (PSB) emitiu parecer pela derrubada do veto. “Tenho uma defesa muito grande da causa dos autistas. Eu e Dary (Pagung) recorremos à Casa Civil e ao governador para sensibilizá-lo. A partir desse diálogo chegamos a um consenso. O projeto não traz custo para o Poder Executivo. Houve um erro de interpretação da Procuradoria do Estado, com todo respeito, e temos um entendimento divergente”, explicou.

Fotos da sessão

Assumção agradeceu a todos pela compreensão da importância da iniciativa. “É uma grande vitória para a comunidade dos autistas. É um passo pequeno e precisamos avançar cada vez mais”, destacou. Em seguida, o parecer foi acatado pelos membros do colegiado. 

Antes da votação em plenário, os deputados Dary Pagung (PSB), Coronel Weliton (PRD) e Camila Valadão (Psol) fizeram o encaminhamento de voto a favor do parecer de Hoffmann. “Em nossa análise o selo é importante para fomentar boas práticas de acessibilidade e inclusão, mas é fundamental ressaltar que são direitos das pessoas com deficiência, dentre elas, os autistas. Não é uma benfeitoria ou favor, mas um direito garantido. Todas as escolas devem ter acessibilidade e garantir a inclusão”, salientou a última. 

Na sequência o veto foi derrubado pelo Plenário da Casa. Com a rejeição, o PL 2/2024 segue agora para a promulgação do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB).

Trancamento da pauta

Segundo item da pauta, o veto total ao PL 150/2019, também de Assumção (PL), ficou em prazo regimental na Comissão de Justiça e “trancou” a pauta. A proposta obriga a execução do Hino Nacional e do Hino do Estado do Espírito Santo, além de outros de exaltação à pátria, em todas as escolas públicas e privadas de ensino fundamental e de ensino médio no Espírito Santo. Com o trancamento, todos os itens restantes voltam a compor a pauta da sessão desta terça-feira (20). Fonte e foto elen campanharo

Governo do ES finaliza remoção das antigas cabines de pedágio na Rodovia do Sol

Governo do ES finaliza remoção das antigas cabines de pedágio na Rodovia do Sol

A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) concluiu, nessa quinta-feira (15), a remoção das cabines da antiga praça de pedágio na Rodovia do Sol, em Guarapari. O serviço, que foi iniciado em 15 de julho, estava estimado para ser concluído em meados do mês de setembro.

O secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, ressalta que todo o processo foi realizado de forma eficiente, integrando o projeto de reorganização viária das antigas praças de pedágio. 

“Não registramos interrupção do trânsito ou qualquer contratempo, pelo contrário: conseguimos finalizar esse serviço na metade do tempo previsto. Essa medida vem complementar a significativa decisão da extinção do pedágio, que representou um marco para a população, aliviando os custos de deslocamento. Desde dezembro nós identificamos um aumento na circulação de veículos na Rodovia do Sol, que vemos como melhoria ao acesso aos serviços na região e também um fomento ao comércio local”, explica Damasceno.

Em dezembro de 2023, a cobrança do pedágio foi oficialmente encerrada, quando o Governo do Estado, por meio da Semobi e da Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES), assumiu a gestão do trecho que compreende a Terceira Ponte e a Rodovia do Sol. Vale lembrar que, há cerca de um mês, o Governo também concluiu a remoção das antigas cabines da Terceira Ponte.

Silvio Santos  morre aos 93 anos

Silvio Santos  morre aos 93 anos

O apresentador Silvio Santos morreu neste sábado (17), aos 93 anos. O apresentador estava internado no hospital Albert Einstein desde o início de agosto. A informação foi confirmada pelo STB pelas redes sociais.

Presente nos domingos dos brasileiros durante seis décadas, Silvio se consolidou como empresário e dono de um conglomerado que, além da rede de emissoras de televisão do SBT, inclui uma empresa de capitalização, uma rede de hotéis e uma marca de cosméticos.

Ao longo da vida, Silvio Santos se tornou um dos maiores nomes da televisão brasileira. Já como empresário, era de um tipo raro: aquele que distribuía barras de ouro, que, como ele gostava de brincar, “valem mais do que dinheiro”.

Nascido no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1930, Senor Abravanel, o Silvio Santos, era filho de pais imigrantes (um grego e uma judia) e tinha cinco irmãos.

Ainda menino, o comunicador usava o intervalo das aulas para vender doces e comprar mais guloseimas, mas a vida como vendedor ambulante teve início aos 14 anos, quando ele passou a vender itens simples no centro do Rio para gerar renda extra para a família.

Em uma tarde de 1945, Silvio ficou impactado ao ver a habilidade de um comerciante de rua na Avenida Rio Branco: o sujeito gritava oferecendo carteiras plásticas para guardar títulos de eleitor e vendia tudo em minutos. A escolha do produto não era à toa. Naquela época, o Brasil tinha passado pelo Estado Novo e, com o retorno à democracia, havia demanda para aquele acessório tão simbólico para os brasileiros.

Além das carteiras plásticas, Silvio ainda vendeu canetas, bijuterias, bonecas que dançam e até remédio para calos, mas o jeito dele era diferente. A atuação dele como vendedor era acompanhada por um verdadeiro show, com piadas e até truques de mágica.

Vida de camelô e artista

Apesar de todo o carisma que tinha, Silvio Santos não se livrava de passar pelos obstáculos que a profissão de camelô reservava. Mas o futuro apresentador de televisão não se deixava intimidar quando perdia as mercadorias e revidava com comunicação.

“Eu sou menor de idade, vocês não podem me prender. Vocês deviam prender os marginais, os ladrões, que estão soltos por aí, e não eu, que estou trabalhando”, dizia ele, segundo conta o irmão Léo, que o acompanhava nas vendas pelas ruas do Rio, e via o mais velho bater de frente com o “rapa”.

No relato ao biógrafo Arlindo Silva, publicado no livro “A fantástica história de Silvio Santos”, Léo ainda relembra que os discursos do irmão ajudavam a sensibilizar a população a tal ponto que os pedestres pediam aos fiscais para que devolvessem os itens do garoto.  A técnica, no entanto, não evitou que Silvio Santos fosse parar na delegacia — e isso teve papel crucial no que aconteceria em seguida.

“Um dia, o diretor da fiscalização da prefeitura, Renato Meira Lima, quis me levar para o Distrito, a fim de que eu não exercesse minha profissão de camelô”, relembrou Silvio, em depoimento ao livro de Arlindo Silva. “Ele estava prendendo por vadiagem os camelôs do Rio de Janeiro, mas quando me viu trabalhando, modificou seu pensamento a meu respeito.”

Lima entregou um cartão de um amigo que trabalhava na Rádio Guanabara e indicou que Silvio Santos o procurasse. Coincidência ou não, o dia escolhido por Silvio para visitar a emissora de rádio foi também a data de um concurso de locutores, que incluía candidatos de peso, como Chico Anysio.

Apesar da concorrência, Silvio ficou em primeiro lugar e foi contratado, mas a experiência durou pouco. O jovem locutor dizia que conseguia fazer muito mais dinheiro como camelô do que no microfone da rádio. “Pensando em tudo isso, tomei minha decisão: fiquei na Rádio Guanabara apenas um mês. E voltei a ser camelô”, contou.

De volta ao rádio

Silvio foi da Rádio Mauá para a Tupi, mas, em 1951, migrou para a Rádio Continental, passou a usar as barcas Rio-Niterói para ir ao trabalho e notou que havia muito público à espera de ser conquistado, mas ninguém tentando transformar esse potencial em negócio.

Diante deste cenário, Silvio decidiu pedir demissão, usou a indenização para investir em um equipamento de alto-falantes na barca e passou a se apresentar como corretor de anúncios. “Foi neste momento que o espírito de camelô morreu definitivamente dentro de mim”, declarou ele a Arlindo Silva.

Ele ainda foi o responsável por as barcas ganharem um bar e um bingo, além de implementar uma promoção para aumentar os lucros: um concurso com prêmios — bem no estilo do que faria anos mais tarde com o Baú da Felicidade e a Tele Sena.

Aos 24 anos, o jovem Senor decidiu tentar a sorte em outro lugar. Aprovado em um teste da Rádio Nacional (atual Rádio Globo), ele se mudou para São Paulo.

Naquela época, o futuro dono do SBT já tinha adotado o nome artístico que o tornaria conhecido dos brasileiros. A explicação para a escolha: ele considerava que Senor era complicado demais e gostava que a mãe o chamasse de Silvio.

Além do trabalho como locutor, o novo comunicador começou a fazer a apresentação em shows de circo e a famosa Caravana do Peru que Fala.

O sucesso da caravana rendeu um convite para que ele participasse de um quadro no programa de Manoel de Nóbrega na Rádio Nacional, o que elevou os índices de audiência e atraiu mais interessados naquele jovem de origem carioca.

O Homem do Baú

Quase no final da década de 1950, Nóbrega investiu na ideia do Baú da Felicidade, mas o principal sócio da iniciativa perdeu o dinheiro e deixou o negócio à beira de um prejuízo.

Nóbrega pediu ajuda de Silvio para dar fim naquela empreitada, atender as reclamações dos clientes e tentar fazer com que o fim do projeto fosse o menos conturbado possível. No entanto, ao conhecer o negócio mais fundo, Silvio percebeu que poderia torná-lo rentável.

Em 1958, o jovem locutor e Nóbrega tornaram-se sócios no Baú da Felicidade, e o Grupo Silvio Santos começou a tomar forma. Três anos depois, Silvio adquiriu a participação do parceiro e virou o acionista majoritário da empresa.

No início da década de 1960, o apresentador resolveu investir os primeiros rendimentos do negócio em um horário na TV e começou a migrar do rádio para a televisão, onde comandou o “Vamos brincar de forca” e o “Prá ganhar é só rodar”. Ambos os programas de Silvio eram veiculados pela TV Paulista, que acabou comprada pelas Organizações Globo (hoje, Grupo Globo), em 1966.

Já popular e consolidado à frente das câmeras, o apresentador comandava o “Programa Silvio Santos”, que ia ao ar aos domingos, tinha seis horas de duração e estava entre os mais assistidos da TV brasileira.

Surgimento do SBT

Anos depois, uma reformulação proposta pelas Organizações Globo na TV Paulista pretendia acabar com os programas de auditório. Com isso, o comunicador começou a busca pelo próprio canal.

Na década de 1970, Silvio Santos comprou 50% das ações da TV Record, que tinham sido colocadas à venda pelos donos da emissora. Depois, obteve a concessão da carioca TVS, o canal 11, que entrou no ar em 1976, mas o grande passo foi dado após a derrocada da TV Tupi, quando o governo lançou uma concorrência pelas concessões.

Da disputa, Silvio saiu com as concessões da Tupi em São Paulo (canal 4), TV Continental no Rio de Janeiro (canal 9), TV Piratini em Porto Alegre (canal 5) e TV Marajoara em Belém (canal 2). Nascia, então, o SBT, que fez sua primeira transmissão em 19 de agosto de 1981 e virou a casa oficial do “Programa Silvio Santos”.

Ao longo do tempo, o SBT cresceu e, em alguns momentos, chegou a ameaçar a liderança da TV Globo na disputa pela audiência dos brasileiros. Em 2011, o eterno Homem do Baú chegou a comentar a disputa com a concorrente na TV aberta. Em tom de brincadeira, Silvio afirmou que sabia que “lutar contra a Globo, na minha opinião, é impossível”.

Na batalha por bons índices, Silvio Santos perdeu Gugu Liberato para a Globo, no fim de 1987. O apresentador não tinha contrato com o SBT, então, a emissora carioca ofereceu um programa aos domingos. Gugu aceitou, mas não chegou a estrear.

Em uma manobra para não perder o apresentador, Silvio fez uma proposta milionária, deixou claro que pensava em Gugu para sucedê-lo e se ofereceu para acompanhá-lo até a emissora concorrente para romper o contrato e pagar a multa que fosse estipulada.

O dono do SBT conversou pessoalmente com Boni, então vice-presidência de Operações da Globo, e com Roberto Marinho, o proprietário do Grupo Globo. Até hoje, não há resposta oficial para como o caso se resolveu: se a multa foi paga ou não, mas Gugu voltou ao SBT, onde assumiu o programa dominical Domingo Legal, que apresentou até 2009.]

Comunicador que passou a maior parte da vida na frente das câmeras, Silvio Santos se casou duas vezes. A primeira mulher, Maria Aparecida Vieira, morreu em 1977. No ano seguinte, o apresentador se uniu a Íris Abravanel, que permaneceu ao seu lado desde então. Silvio também teve seis filhas, que ganharam papel de destaque na frente das câmeras ou nos bastidores do SBT, além de nove netos. Fonte cnn e sbt – foto metropolis

Voo 2283: até o momento, apenas dois corpos foram identificados

Voo 2283: até o momento, apenas dois corpos foram identificados
Atendimento no IML de São Paulo começou às 9h deste domingo.

O primeiro boletim divulgado neste domingo (11) pelo governo do estado de informa que o Corpo de Bombeiros concluiu os trabalhos de resgate dos corpos dos 58 passageiros e 4 tripulantes que estavam no voo 2283 operado pela Voepass Linhas Aéreas, e que caiu em um condomínio residencial em Vinhedo, interior de São Paulo, na última sexta-feira (9).

Não houve sobreviventes e todos os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista, para os procedimentos de reconhecimento. Até agora, no entanto, apenas dois corpos foram identificados, e o IML não informou quando devem ser liberados para as famílias realizarem o funeral.

As equipes que trabalharam no local do acidente finalizaram a mobilização às 22h45 de ontem (10), quando os corpos das 62 pessoas no total foram retirados dos escombros. O local continuará fechado e sob a responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

As caixas-pretas da aeronave que contém as gravações de voz da cabine e os dados técnicos do voo, desde a partida, em Cascavel  (PR), até o momento da queda, em Vinhedo, já começaram a ser periciadas de acordo com informação da Força Aérea Brasileira (FAB). O destino final desse voo seria o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A Polícia Científica do Paraná montou, em Cascavel, um posto para coleta de dados e amostras de DNA, no âmbito do protocolo DVI, de Identificação de Vítimas de Desastres, para ajudar no reconhecimento dos corpos que estão no IML de São Paulo. Até a noite de ontem, 26 famílias tinham sido atendidas.

Quinze pessoas fizeram a coleta de DNA com swab oral (cotonete usada coletar células da mucosa bucal). Catorze servidores da área de antropologia forense de Foz do Iguaçu foram deslocados para Cascavel para ajudar nos trabalhos e a Polícia Científica pede às famílias que levem documentos de identificação pessoal das vítimas; documentos odontológicos com registros de imagem como radiografias, tomografias, fotos dos dentes e fotos e vídeos recentes que mostrem características físicas das pessoas, como tatuagens. 

IML

Cerca de 40 profissionais – entre médicos legistas, odontólogos legais e equipes de antropologia e radiologia – estão dedicados ao trabalho de reconhecimento dos corpos. O IML central de São Paulo foi fechado para fazer um trabalho exclusivo às vítimas do acidente.

Ontem, 26 famílias de vítimas foram acolhidas no auditório do Instituto Oscar Freire, que fica próximo ao IML, no bairro de Cerqueira César. O atendimento neste domingo começou às 9h pelas equipes da Defesa Civil estadual e do IML.

A orientação aos familiares é que tragam documentações médicas que possam auxiliar na identificação dos corpos, além da coleta de materiais biológicos para a realização de exames genéticos, se assim for necessário. A coleta de materiais genéticos segue uma ordem para seleção das famílias, iniciando por mãe e pai dos desaparecidos; mãe ou pai, mais filho ou cônjuge do desaparecido; filhos e cônjuge do desaparecido; mãe ou pai, mais irmão germano (de pai e mãe) do desaparecido; irmão germano, mais filho e cônjuge do desaparecido ou dois ou mais irmãos germanos do desaparecido.

O governo paulista e a Voepass reservaram acomodações em um hotel nas imediações do IML para os familiares das vítimas vindas para a capital. Nos hotéis, 38 famílias já foram atendidas e receberam apoio psicológico. Em seguida são encaminhadas ao IML. A secretaria de Desenvolvimento Social faz o trabalho de monitoramento dos atendimentos.

As famílias de vítimas que residem em Cascavel, e na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e não quiserem se deslocar até a capital paulista, podem se apresentar aos núcleos de IML locais para realizar o atendimento, entregar documentação e coletar material biológico. A prefeitura de Cascavel anunciou que promoverá um funeral coletivo para os passageiros que eram naturais da cidade.  

Edição: Denise Griesingern – fonte agencia brasil e foto ghz

Duda e Ana Patrícia derrotam canadenses e são ouro no vôlei de praia

Duda e Ana Patrícia derrotam canadenses e são ouro no vôlei de praia
Duda e Ana Patrícia derrotam canadenses e são ouro no vôlei de praia. foto oul

No fim da noite parisiense, iluminada pela Torre Eiffel, ninguém brilhou mais na quadra de vôlei de praia do que Duda e Ana Patrícia. As brasileiras derrotaram as canadenses Melissa e Brandie por 2 sets a 1 (26-24, 12-21, 15-10) e conquistaram o ouro olímpico. Após a vitória na estreia da modalidade, em Atlanta, em 1996, as mulheres do Brasil passaram seis edições sem subir no degrau mais alto do pódio, jejum que se encerra com a conquista em 2024.

Duda e Ana Patrícia agora somam o título olímpico ao mundial conquistado em 2022. A parceria, vice-campeã do mundo no ano passado, confirma o status de equipe mais forte do planeta.

A final em Paris foi tensa. No primeiro set, a dupla canadense formada por Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson começou afiada, chegando a abrir 6 pontos de vantagem em um determinado momento (11 a 5). Após uma reação, as brasileiras tomaram a frente do placar e as duplas se alternaram na liderança, até o Brasil fechar em 26 a 24.

Na segunda parcial, Duda e Ana Patrícia vinham bem até mais ou menos a metade da disputa, liderando sem grande vantagem. No entanto, as canadenses emplacaram uma sequência de pontos sem resposta e acabaram por fechar o set sem maiores problemas em 21 a 12.

No tie-break, as brasileiras estiveram sempre à frente e conseguiram manter uma distância confortável. À medida que a decisão se aproximava, os ânimos e as reclamações com juízes se acirraram. Em uma jogada, a tensão gerou um momento cômico: Ana Patrícia e Brandie discutiram separadas pela rede. O DJ da arena, então, tocou Imagine, de John Lennon, canção recebida com risadas pelas jogadoras.

Na reta final, as brasileiras administraram a vantagem até fecharem em 15 a 10 e confirmarem o tão sonhado ouro.

Elas igualaram Jacqueline e Sandra, campeãs olímpicas há 28 anos, em uma decisão brasileira contra Adriana Samuel e Mônica. Desde aquela edição, as mulheres brasileiras pararam por três vezes na final olímpica, em Sydney (2000), Atenas (2004) e no Rio (2016).

Edição: Juliana Andrade agencia vrasil