A Inteligência Artificial tem transformado o mundo em um ritmo acelerado, mudando principalmente a forma como as empresas atuam. Com esse foco, o evento Ciclo do Saber Inteligência Artificial, promovido pelo Sistema Fecomércio-ES, Sesc e Senac, chega a Colatina na próxima quinta-feira (13) com entrada gratuita.
Com o tema “Como usar a Inteligência Artificial a favor do seu negócio”, o evento vai detalhar o uso da IA na rotina das empresas, desde assistentes virtuais a sistemas de análise, e como as novas tecnologias têm se tornado uma poderosa aliada, ajudando a otimizar processos, aumentar a produtividade e aprimorar a tomada de decisões.
Colatina recebe o Ciclo Saber nesta quinta-feira (13). O tema desta edição é “Como usar a Inteligência Artificial a favor do seu negócio”, conduzido por Otávio Lube (engenheiro de computação, mestre em Informática e doutorando em Ciência da Computação pela UFES).
A palestra será conduzida por Otávio Lube, que é engenheiro da computação, mestre em Informática e doutorando em Ciência da Computação pela UFES. O especialista abordará como as empresas e profissionais podem utilizar ferramentas de Inteligência Artificial para otimizar processos, inovar em produtos e serviços e aumentar a competitividade dos negócios.
“A Inteligência Artificial já é uma realidade que impacta diretamente o dia a dia das empresas, independentemente do seu porte ou segmento. Promover um evento como este em Colatina é uma forma de aproximar o conhecimento das pessoas e preparar os empresários locais para os desafios e oportunidades desta nova era digital e como o Senac pode ser um parceiro estratégico nesse assunto”, destaca o Gerente de Educação Profissional do Senac em Colatina, Thiago Angelo Costa Nascimento.
O Ciclo do Saber Inteligência Artificial é uma iniciativa do Senac de Colatina e conta com o apoio da Prefeitura de Colatina, CDL Colatina, Sindilojista ES e Sindivarejista ES. Para participar, os interessados devem acessar: https://www.sympla.com.br/evento/ciclo-do-saber-inteligEncia-artificial/3189741 e realizar a inscrição.
A entrada é gratuita, e o evento é voltado para empresários, gestores, estudantes e todos que desejam compreender como a Inteligência Artificial pode ser aplicada de forma estratégica nos negócios.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (10) que a governança global precisa contribuir a favor de uma transição justa para economias de baixo carbono que evite um colapso climático planetário. A declaração foi dada na abertura da 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), realizada em Belém. O evento prossegue até o próximo dia 21.
“Uma transição justa precisa contribuir para reduzir as assimetrias entre o Norte e o Sul Global, forjadas sobre séculos de emissões. A emergência climática é uma crise de desigualdade. Ela expõe e exacerba o que já é inaceitável. Ela aprofunda a lógica perversa que define quem é digno de viver e quem deve morrer. Mudar pela escolha nos dá a chance de um futuro que não é ditado pela tragédia. O desalento não pode extinguir as esperanças da juventude. Devemos a nossos filhos e netos a oportunidade de viver em uma Terra onde seja possível sonhar”, destacou o presidente.
Em seu discurso, o presidente citou o pensador indígena Davi Kopenawa para pedir clareza aos negociadores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (10) que a governança global precisa contribuir a favor de uma transição justa para economias de baixo carbono que evite um colapso climático planetário. A declaração foi dada na abertura da 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), realizada em Belém. O evento prossegue até o próximo dia 21.
“Uma transição justa precisa contribuir para reduzir as assimetrias entre o Norte e o Sul Global, forjadas sobre séculos de emissões. A emergência climática é uma crise de desigualdade. Ela expõe e exacerba o que já é inaceitável. Ela aprofunda a lógica perversa que define quem é digno de viver e quem deve morrer. Mudar pela escolha nos dá a chance de um futuro que não é ditado pela tragédia. O desalento não pode extinguir as esperanças da juventude. Devemos a nossos filhos e netos a oportunidade de viver em uma Terra onde seja possível sonhar”, destacou o presidente.
Em seu discurso, o presidente citou o pensador indígena Davi Kopenawa para pedir clareza aos negociadores. foto BRUNO PERES/AGÊNCIA BRASIL
“O xamã yanomami Davi Kopenawa diz que o pensamento na cidade é obscuro e esfumaçado, obstruído pelo ronco dos carros e pelo ruído das máquinas. Espero que a serenidade da floresta inspire em todos nós a clareza de pensamento necessária para ver o que precisa ser feito”.
Lula enfatizou que o aquecimento global pode empurrar milhões de pessoas para a fome e a pobreza, fazendo retroceder décadas de avanço, e lembrou do impacto desproporcional que mudança do clima causa sobre mulheres, afrodescendentes, migrantes e grupos vulneráveis, o que deve ser levado em conta nas políticas de adaptação.
O presidente reafirmou o papel dos territórios indígenas e de comunidades tradicionais nos esforços de mitigação do aumento das temperaturas, pela preservação das florestas e, consequentemente, a regulação do carbono na atmosfera. “No Brasil, mais de 13% do território são áreas demarcadas para os povos indígenas. Talvez ainda seja pouco”.
Em seu discurso, Lula fez duras críticas aos que negam a ciência e usam a desinformação para contrariar as evidências trágicas das mudanças no clima global. Ele repetiu fala anterior de que a COP30 será a “COP da verdade”.
“Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas. Sem o Acordo de Paris, o mundo estaria fadado a um aquecimento catastrófico de quase cinco graus até o fim do século. Estamos andando na direção certa, mas na velocidade errada”, apontou.
Acelerar a ação climática
Lula pediu que os líderes acelerem as ações necessárias para conter o aumento da temperatura do planeta, voltou a defender um mapa do caminho para superar a dependência dos combustíveis fósseis – que causam 75% do aquecimento global -, e sugeriu a criação de um conselho mundial sobre o tema.
“Avançar requer uma governança global mais robusta, capaz de assegurar que palavras se traduzam em ações. A proposta de criação de um Conselho do Clima, vinculado à Assembleia Geral da ONU, é uma forma de dar a esse desafio a estatura política que ele merece”, pontuou.
Ao citar o chamado à ação por parte do Brasil na COP30, Lula destacou a necessidade de formulação e implementação de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) mais ambiciosas, garantia de financiamento, transferência de tecnologia e capacitação aos países em desenvolvimento, além de priorizar políticas de adaptação aos efeitos da mudança do clima.
“A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro. É uma tragédia do presente. O furacão Melissa que fustigou o Caribe e o tornado que atingiu o estado do Paraná, no Sul do Brasil, deixaram vítimas fatais e um rastro de destruição. Das secas e incêndios na África e na Europa às enchentes na América do Sul e no Sudeste Asiático, o aumento da temperatura global espalha dor e sofrimento, especialmente entre as populações mais vulneráveis”, observou.
Um assunto que está na agenda nacional de debate será discutido na Assembleia Legislativa (Ales) na próxima semana: o fim da obrigatoriedade das autoescolas no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A Frente Parlamentar de Prevenção e Defesa às Vítimas de Acidente de Trânsito, liderada pelo deputado Coronel Weliton (PRD/ES), colocará o tema em pauta em reunião na quarta-feira (12), às 14 horas, no Auditório Augusto Ruschi.
Tema que está na pauta nacional será discutido em reunião da Frente Parlamentar de Prevenção e Defesa às Vítimas de Acidente de Trânsito. Foto: Divulgação/Agência Brasil
O novo modelo proposto pelo governo federal permite que o candidato escolha como se preparar para os exames: contratando aulas em um Centro de Formação de Condutores (CFC) – as chamadas autoescolas – ou por meio de um instrutor autônomo credenciado pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).
O governo federal alega que a mudança vai diminuir os custos para obtenção do documento, ampliando, assim, o acesso à habilitação para as pessoas de baixa renda. Países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra adotam modelo similar. Por outro lado, preocupações com a segurança no trânsito e com os impactos financeiros têm sido levantadas pelo setor de autoescolas.
Foram convidados representantes do Executivo estadual; das secretarias da Casa Civil e de Segurança Pública; do Detran-ES; do Conselho Estadual de Trânsito; das representações sindicais do setor de autoescolas; entre outros interessados no tema.
Condição genética
Na segunda (10), a Comissão de Saúde se reúne às 9 horas no Plenário Rui Barbosa, onde recebe a médica geneticista Terezinha Sarquis Cintra para falar sobre a Síndrome de Edwards, também conhecida como Trissomia do Cromossomo 18.
A Síndrome de Edwards é uma condição genética que pode causar diversos problemas, entre eles restrição de crescimento, microcefalia, alterações na visão, cardiopatias e outras malformações. O colegiado de Saúde é presidido pelo deputado Dr. Bruno Resende (União).
Água e esgoto
O abastecimento de água e o saneamento básico na região de Village do Sol, em Guarapari, serão os assuntos a serem tratados pela Comissão de Meio Ambiente em audiência pública no bairro. O colegiado tem um encontro com a população local no auditório da Escola João Batista Celestino, na quarta (12), às 19 horas. A comissão é presidida pelo deputado Gandini (Cidadania).
Cooperativismo
Em São Gabriel da Palha, a Comissão de Cooperativismo realiza uma audiência pública com o tema: “Integrando Cooperativismo, Negócios e Políticas Públicas”. A reunião acontece no clube Campestre, na quarta (12), às 18 horas. O presidente é o deputado Callegari (PL).
Confira a agenda completa
Segunda (10) 9h – Comissão de Saúde – Plenário Rui Barbosa
Terça (11) 10h – Comissão de Cooperativismo – Auditório Augusto Ruschi 13h30 – Comissão de Justiça – Plenário Dirceu Cardoso 19h – Sessão solene em homenagem ao Dia Estadual do Criador e Tratador de Cavalo – Plenário Dirceu Cardoso
Quarta (12) 14h – Frente Parlamentar de Prevenção e Defesa às Vítimas de Acidente de Trânsito – Auditório Augusto Ruschi 18h – Audiência pública da Comissão de Cooperativismo – Clube Campestre de São Gabriel da Palha 18h – II Seminário da História dos 190 anos da Ales: Funcionamento em Regimes Ditatoriais – Plenário Rui Barbosa 19h – Audiência pública da Comissão de Meio Ambiente – Auditório da Escola João Batista Celestino – Village do Sol, Guarapari
Quinta (13) 19h – Sessão solene em homenagem à Psicanálise – Plenário Dirceu Cardoso. fonte ales
Mesmo com um cenário econômico nacional ainda moderado, o comércio capixaba tem dado um show de desempenho. De janeiro a agosto de 2025, as vendas no Espírito Santo cresceram 4%, superando com folga a média brasileira (1,6%) e a do Sudeste (1,1%), sendo o estado que mais avançou na região, seguido por Minas Gerais (1,5%), São Paulo (0,8%) e Rio de Janeiro (-2%). O destaque capixaba vai para o segmento de tecidos, vestuário e calçados, que registrou uma alta de 17,4% no período, confirmando o vigor e a capacidade de reinvenção do varejo estadual.
As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nos dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Varejo avançou 4% de janeiro a agosto no Espírito Santo, enquanto a média regional foi de 1,1% e a nacional, 1,6%. Destaque vai para o segmento de tecidos, vestuário e calçados, com alta de 17,4%
De acordo com André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, o desempenho reflete a força do consumo no estado e o dinamismo das empresas locais. “O comércio capixaba tem mostrado consistência no crescimento, sustentado por fatores como a recuperação da renda das famílias, a confiança do consumidor e a modernização das estratégias de vendas”, afirmou.
Ele destacou ainda que o varejo do Espírito Santo vem mantendo índices superiores aos da média nacional há vários meses, o que demonstra uma estrutura empresarial mais sólida e resiliente. No ranking brasileiro, o estado ficou em 6º lugar no crescimento do volume de vendas do varejo.
Além de tecidos, vestuário e calçados, outros segmentos também apresentaram desempenho expressivo: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de 11,8% de janeiro a agosto; Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5,1%); Móveis e eletrodomésticos, tendo crescimento de 4,3%; e Hipermercados e supermercados (2,5%).
Esses resultados refletem, segundo Spalenza, uma tendência positiva de diversificação das vendas. “Mesmo com uma leve retração em agosto (1,2%), os números de 2025 confirmam o vigor do setor e reforçam as expectativas otimistas para o último quadrimestre do ano, especialmente com datas importantes como Black Friday e Natal”, explicou.
No varejo ampliado, que inclui veículos e motocicletas, material de construção e atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o crescimento também foi destaque: 2,2% no acumulado do ano, resultado superior ao do Brasil (-0,4%) e ao da média do Sudeste (-0,8%). O atacado de alimentos e bebidas teve papel essencial nesse avanço, com alta de 23,4% no acumulado de 2025, o melhor desempenho desde 2022.
Segundo Spalenza, esse cenário indica um ambiente comercial mais maduro. “O Espírito Santo tem conseguido conciliar expansão com sustentabilidade financeira, o que o posiciona como líder regional em competitividade varejista”, destacou.
Para o empresário Édson Wander de Souza, sócio-diretor do Grupo Prenda Shop, o segredo para bons resultados está na inovação e na aproximação com o cliente. “Mesmo com um mercado mais estável, temos investido em marketing digital, treinamento das equipes e estratégias de fidelização, como o cashback, que estimula o cliente a voltar e comprar novamente com desconto. Essa recompra contínua cria um vínculo forte com o consumidor e reforça a experiência do cliente dentro da loja. Nosso foco tem sido fazer com que o consumidor se sinta realmente bem atendido, confortável e valorizado. Esse cuidado é essencial para diferenciar o comércio físico da concorrência digital, que é cada vez mais forte”, explicou.
A prática do cashback, cada vez mais comum no varejo urbano, tem se consolidado como uma tendência nacional. Ao devolver parte do valor gasto para uso em futuras compras, o lojista cria um ciclo de engajamento constante com o cliente, algo que, segundo Spalenza, gera previsibilidade nas vendas e fortalece o relacionamento de longo prazo com o consumidor.
“Essa tendência evidencia que, mesmo em um cenário econômico desafiador, é possível estimular o consumo de forma estratégica. O cashback não apenas fortalece a fidelização, mas também cria oportunidades para lojistas de todos os portes inovarem em ofertas e experiências de compra, garantindo que o consumidor permaneça ativo e conectado à marca de maneira constante e previsível”.
A pesquisa completa, com os dados detalhados, está disponível no site portaldocomercio-es.com.br.
Sobre o Sistema Fecomércio-ES A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e representa 405.455 empresas, responsáveis por 58% do ICMS arrecadado no estado e pelo emprego de 652 mil pessoas. Com mais de 30 unidades, tendo ações itinerantes e presente em todos os municípios capixaba – seja de forma física ou on-line –, o Sistema Fecomércio-ES atua em todo o Espírito Santo. A entidade representa 24 sindicatos empresariais e tem como missão contribuir para o desenvolvimento social e econômico do estado. O projeto Connect é uma parceria entre Fecomércio-ES e Faesa, com apoio do Senac-ES, Secti-ES, Fapes e Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI). fonte Kelly Kalle – fecomércio e foto Envato
Levar o programa Arranjos Produtivos para os 78 municípios do Espírito Santo. Foi esse o compromisso que o presidente da Assembleia Legislativa (Ales), deputado Marcelo Santos (União), assumiu durante sua fala na abertura da 2ª Feira Capixaba da Agroindústria, que está sendo realizada na área externa do prédio do Legislativo estadual. O evento teve início nesta terça-feira (4) e segue até a próxima sexta-feira (7).
O parlamentar confidenciou que em conversa com os técnicos do programa, revelou o seu desejo de expandir o projeto para as demais cidades capixabas. “Eu disse pra eles do compromisso de fazer chegar esse programa, não só nas 27 cidades que ele está hoje, mas nas 78 cidades do Espírito Santo, para que vire um programa de Estado”, afirmou Marcelo Santos.
A 2ª Feira Capixaba da Agroindústria, que está sendo realizada na área externa do prédio do Legislativo estadual. foto Lucas S. Costa
O parlamentar confidenciou que em conversa com os técnicos do programa, revelou o seu desejo de expandir o projeto para as demais cidades capixabas. “Eu disse pra eles do compromisso de fazer chegar esse programa, não só nas 27 cidades que ele está hoje, mas nas 78 cidades do Espírito Santo, para que vire um programa de Estado”, afirmou Marcelo Santos.
Para o presidente, a realização do evento é mais uma forma de colher os frutos que foram plantados desde o início da iniciativa. “É uma realização, saber que nós podemos, através da Assembleia e das parcerias que nós constituímos, poder ajudar o homem e a mulher do campo da nossa agricultura familiar, agora na segunda edição da Feira da Agroindústria, importante evento que reúne aqui essa turma que integra o programa Arranjos Produtivos, expondo aqui, aquilo que nós semeamos lá atrás”, disse.
“São 27 cidades, já dialogamos com mais de 25 mil homens e mulheres do campo, já estamos em 3 mil propriedades aproximadamente, ou seja, diversificando, levando conhecimento, tratando agora da questão importantíssima do crédito de carbono, da proteção ambiental das nossas nascentes, da constituição de pequenas agroindústrias, do auxílio à constituição associativa”, acrescentou o deputado.
O chefe do Legislativo fez questão de mencionar também a colaboração dos demais parlamentares. “Tudo isso só foi possível porque a várias mãos nós construímos esse projeto, o que eu volto a dizer, eu fico muito feliz em poder ser presidente da Assembleia, ao lado dos meus colegas deputados, sabendo que nós conseguimos produzir bons resultados e que esse resultado é principalmente para o homem e para a mulher do campo da nossa agricultura familiar”, concluiu Marcelo Santos.
O governador em exercício, Ricardo Ferraço (MDB), participou da solenidade de abertura e destacou o protagonismo da agricultura familiar capixaba. “Não há como falar de agricultura do Estado do Espírito Santo sem a gente considerar a importância, a liderança, o protagonismo da nossa agricultura de base familiar. Uma agricultura criativa, empreendedora, sustentável, que é fonte de muita renda, de muito trabalho e de muita oportunidade no estado. Não apenas na atividade direta, mas na atividade da agroindústria, do agroturismo”, avaliou.
Presidente Marcelo Santos destaca importância das parcerias para o Arranjos Produtivos / Foto: Lucas S. Costa
“Tenho que destacar aqui a iniciativa disruptiva da Assembleia Legislativa, de botar de pé um projeto como esse, que vai além da visão convencional do Poder Legislativo, expandindo a sua atividade. (…) Você pode procurar país afora, se tem alguma Assembleia Legislativa colocando de pé uma ação executiva para nos ajudar a levar, como eu disse aqui, a assistência, a extensão e a pesquisa”, complementou.
Ferraço se comprometeu a manter o braço do Estado disponível para a ampliação do programa. “Para que essa iniciativa possa ganhar ainda mais tração, possa escalar e possa ampliar a cada ano a sua presença nos nossos municípios do Estado do Espírito Santo”, pontuou o governador em exercício.
A secretária da Casa dos Municípios, Joelma Costalonga, destacou que os 40 expositores da feira tiveram suas agroindústrias regularizadas com o auxílio do Projeto Arranjos Produtivos. “O projeto leva conhecimento, leva a oportunidade do agricultor trabalhar diversificação no seu quintal. Então aqui nós incentivamos isso também, aqui você vai encontrar queijos deliciosos, beiju, iogurte, frutas cristalizadas, tilápia (peixe), que é uma cultura que a gente também incentiva a produção. Se você quiser provar coisa gostosa, vem pra cá”, convidou a gestora.
Expositores
O expositor Jean Martins, esposo da proprietária da Queijaria Lalá, do município de Itapemirim, foi citado pelo presidente Marcelo Santos em sua fala. O produtor revelou ao chefe do Legislativo como o programa Arranjos Produtivos ajudou ele e sua esposa a tocarem o empreendimento.
“Esse projeto alcançou a gente e é um projeto bem bacana. Porque se não fosse esse projeto da Assembleia Legislativa, a gente não estaria aqui hoje com um produto legalizado. A gente produz iogurte, queijo, requeijão, doce de leite. E hoje a gente está registrado com o selo expedido pelo Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte (Siapp)”, detalhou o expositor.
“É um projeto que ajudou a gente a estar hoje onde a gente está. Nosso produto hoje é comercializado já em seis municípios do sul do estado. E a gente tem a liberdade de comercializar em todos os municípios do estado. Então, é um projeto que mudou a história da nossa agroindústria lá no interior”, afirmou Jean Martins.
Abertura
A solenidade de abertura contou ainda com a apresentação da Orquestra Sinfônica Sonore, de São Mateus, e com show da dupla sertaneja TH e Mateus. A 2ª Feira Capixaba da Agroindústria é uma realização da Ales e contará com exposição e venda de produtos, apresentações culturais, minicursos de culinária, aulas show, palestras, workshops e rodadas de negócios. A expectativa é que cerca de mil pessoas circulem a cada um dos quatro dias do evento. fonte e foto ales
Os 50 anos da Copa A Gazetinha foram celebrados em sessão solene realizada nesta terça-feira (4), na Assembleia Legislativa (Ales). Jogadores, ex-atletas, familiares, técnicos, coordenadores, dirigentes, prefeitos e secretários de esporte foram destacados em uma noite marcada por muitas homenagens.
A Copa A Gazetinha é um campeonato de futebol infantojuvenil, que, nas últimas cinco décadas, foi responsável por reconhecer talentos e formar gerações de atletas. “O objetivo não é só de descobrir jogadores, mas formar cidadãos”, destacou o jornalista José Antônio Nunes do Couto, o Janc, que foi o criador do campeonato.
Importância do esporte para a formação de valores foi ressaltada em discursos / Foto: Paula Ferreira
Janc, que comemorou 90 anos de idade neste ano, foi muito celebrado durante o evento. “É um bom presente nos meus 90 anos completados no dia 9 de agosto. Afinal, esse encontro é o reconhecimento do trabalho que realizamos”, agradeceu.
Durante a sessão, o criador da longeva Copa A Gazetinha contou que era editor do suplemento infantil A Gazetinha, do jornal A Gazeta. Ele, que sempre gostou de esporte, uniu o amor pelas crianças e pelo futebol.
“Havia um aterro no final da Praia do Canto e eu resolvi fazer um futebol de areia ali entre os jovens. Depois, o pessoal me procurou para um futebol de campo. E aí começamos a Copa A Gazetinha”, contou.
Hoje, quem está no comando da competição é o filho de Janc, Rodrigo Couto. Além de seguir os passos do pai na profissão de jornalista, Couto também assumiu a coordenação da Copa A Gazetinha. Ele ressaltou o exemplo do pai e disse que tenta seguir seus ensinamentos: “trabalho, paciência, humildade e uma fé enorme nas crianças”.
Torneio iniciado em 1975 formou gerações de atletas; jogadores, familiares, técnicos e outras personalidades foram homenageadas
Ales
O presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (União), foi o idealizador da homenagem. “A Copa A Gazetinha ajudou tanta gente a enfrentar os desafios dentro do campo e fora dele. Porque o esporte é uma ferramenta importante de transformação”, discursou.
O deputado Vandinho Leite (PSDB), ex-jogador de A Gazetinha, também participou da solenidade: “Os valores do esporte, como ética e disciplina, formam os seres humanos. É verdade que alguns atletas se tornaram revelações. Mas todos que participaram da Copa A Gazetinha se tornaram melhores cidadãos”, disse.
Mesa
Também participaram da mesa solene o ex-presidente da Federação de Futebol do Espírito Santo e ex-vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marcus Vicente; o prefeito de Bom Jesus do Norte, Toninho Gualhano; o prefeito de Itaguaçu, Darly Dettmann; e o jornalista Ronald Mansur.
Homenageados (informações do Cerimonial da Ales)
Prefeituras Apoiadoras Antônio Coimbra de Almeida Antônio Gualhano Azevedo Darly Dettmann Enivaldo Euzébio dos Anjos João Guerino Balestrassi Leandro Rodrigues Montibelle Lucas Scaramussa Luciano Faria Queiroz Maicon Ferreira de Paula Marcus Antônio Vicente Mário Sérgio Lubiana Max Freitas Mauro Filho Mayara Aparecida Moraes Eller Minino Sérgio Faria de Azevedo Thiago Lopes Pessotti Vagner Rodrigues Pereira Vagner Schwartz Vandir Nunes Machado Walter de Prá
Em Memória Abimar da Motta Pimentel Ademar Cunha Aloízio Santos Cariê Lindenberg Djalma Comério José Carlos Franco Marcelo Geneci Max Freitas Mauro Paulo Nardoto
Atletas/ Pais de Atletas Bernardo Batista Zuccoloto Flávio Cezario Livia Forattini Rigo Cezario Theo Forattini Rigo Cezario Valerio Zuccoloto
Ex-atletas Bartolomeu José Pessoa dos Santos Carpegyane Santos Silva Ewerson Telles da Rocha Fabiano Eller dos Santos Gerson Assunção Furlani Giovani Silva Hélio Bortolini Pimentel José Justino dos Santos Maxwell Scherrer Cabelino Andrade Richarlison de Andrade Ronaldo Lima da Silva Sávio Bortolini Pimentel Thiago Wanderkoken Vandinho Leite
Coordenação José Antônio Nunes do Couto José Maria Alfredo Barroca Luiz Alberto Garcia Maria de Lourdes Godoi do Couto Rodrigo Nunes do Couto Ronald Mansur Valberto Teixeira Guedes Waleria de Almeida Cunha
Professores/ Técnicos/ Dirigentes Afonso Henriques dos Santos Aldair José Pereira Alexandre Cota Rocha Alexandre Martins Matos Anderso da Silva Moreira Antonio Ailton Paschoal Brites Aridelson Bianchi Arlindo Pancieri Netto Carlos Santos e Santos Cosme Eduardo Danuso Daumas Durval de Freitas Elton Carvalho Emerson Gonçalves da Rocha Fabrício da Silva Lemos Fausto Gomes da Silveira Fernando Marin Brasileiro de Souza Inácio Batista Torres Iran Dias Joel Simões Jonias Maria José de Jesus Jade José Renato da Silva Leandro Carlos de Souza Leonardo Dutra de Carvalho Leonardo Gomes Paixão Luciana Cristina da Silva Moreira Marcela da Costa Pereira Marcelo de Lyrio Marco Antonio Xavier Marcos Antônio Ribas Odilon Abreu de Oliveira Raimundo Nonato de Sousa Régis Felisberto Masarin Rogério Cuzzuol Ronaldo Celso Costa Rubem Sérgio Nunes Rebello Tarcízio Carlos Soares da Silva Wandeslon dos Santos
Nesta quarta-feira (5), dia em que o rompimento da barragem de Mariana (MG) completa 10 anos, a coordenadora nacional e estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Juliana Stein Nicoli, falou à Tribuna Popular sobre as consequências do desastre ao meio ambiente e à saúde. Ela reiterou a necessidade de as empresas responsáveis quitarem o “débito social” ainda existente.
Um dos pontos mais visados pela convidada do deputado João Coser (PT/ES) foi o alijamento da participação popular nos acordos, como o de 2016, e a nova repactuação do Rio Doce. Na opinião dela, esse modelo de negociação acabou resultado na ausência de grupos que deveriam ter sido contemplados, como comunidades pesqueiras da Região Metropolitana da Grande Vitória.
“A maior parte dos atingidos do ES e Minas não teve ainda reparação justa”, afirmou Juliana Stein / Foto: Lucas S. Costa
Nesta quarta-feira (5), dia em que o rompimento da barragem de Mariana (MG) completa 10 anos, a coordenadora nacional e estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Juliana Stein Nicoli, falou à Tribuna Popular sobre as consequências do desastre ao meio ambiente e à saúde. Ela reiterou a necessidade de as empresas responsáveis quitarem o “débito social” ainda existente.
Um dos pontos mais visados pela convidada do deputado João Coser (PT/ES) foi o alijamento da participação popular nos acordos, como o de 2016, e a nova repactuação do Rio Doce. Na opinião dela, esse modelo de negociação acabou resultado na ausência de grupos que deveriam ter sido contemplados, como comunidades pesqueiras da Região Metropolitana da Grande Vitória.
Deputado estadual João Coser
“A maior parte dos atingidos do Espírito Santo e Minas Gerais não teve ainda reparação justa e integral aos seus danos”, considerou. Diante do cenário, o MAB, segundo revelou Juliana, luta atualmente para estabelecer o Conselho Estadual de Participação Popular, mesmo depois de uma Secretaria de Estado do Rio Doce (SERD) ter sido criada para tratar o assunto.
“Nossa luta vai continuar, por mais 5, 10, 20, ou quantos anos forem necessários até que todos os atingidos por esse crime sejam reparados integralmente e com justiça”, afirmou a convidada. O deputado João Coser ressaltou que o desastre comprometeu a vida de muitos. “O movimento cobra até hoje reconhecimento dos grupos que ainda estão fora”, completou.
Educação étnico-racial
Indicado pela parlamentar Camila Valadão (Psol/ES), o professor Ludovico Muniz Lima pediu a criação de mecanismos de fiscalização e políticas públicas para implementação da Lei Federal 10.639/2003. A legislação obriga o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nos níveis fundamental e médio em todo o Brasil.
Muniz apresentou gráficos que indicam desigualdades raciais na educação capixaba. De acordo com ele, os dados não mostram “um melhor desempenho de estudantes brancos por uma questão inata, e sim por uma desigualdade de acesso ao direito à aprendizagem”.
O convidado também falou do financiamento. “Para acessar o recurso que diz respeito a 2,5% do financiamento do Fundeb nos entes federados, é preciso reduzir desigualdades educacionais socioeconômicas e raciais. O Espírito Santo, para o exercício financeiro de 2025, foi considerado não habilitado”, disse.
Incentivo à leitura
Já Irene Neta de Oliveira Pianissola pontuou o incentivo à prática da leitura como uma maneira de propor um equilíbrio ao uso crescente de telas e jogos eletrônicos. Autora de 11 livros, ela sofre com uma doença rara chamada de ataxia espinocerebelar. Irene viu na escrita uma maneira de lidar com a sua condição. “A leitura é a chave que abre portas para o conhecimento”, avaliou a convidada do deputado Toninho da Emater (PSB).
Demais convidados
Também participou da Tribuna Popular Samarone Carlos Monjardim de Souza, presidente do Três de Maio Futebol Clube, na Grande Goiabeiras, em Vitória. Indicado pelo deputado Coronel Weliton (PRD), o convidado pediu apoio para que o campo do time seja refeito após disputas judiciais sobre o terreno. Já Roberta Alcalá divulgou o Festival Cultural Gospel Yahweh. fonte Angèle Murad – ales
Passados quase dez anos do desastre que abalou Mariana, em Minas Gerais, o processo judicial referente à tragédia continua sem uma resolução definitiva. Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, se rompeu, liberando 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos e resultando na morte de 19 pessoas. Comunidades inteiras foram devastadas e o Rio Doce sofreu impactos irreversíveis. Contudo, até o momento, nenhum responsável foi criminalmente condenado pelo ocorrido.
Auxiliar em um consultório odontológico, Mônica Santos, então com 30 anos, moradora do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), saiu de casa para o trabalho naquele dia 5 de novembro perto das 6h da manhã. Era preciso sair cedo para chegar na hora. Ela não imaginava que só veria sua casa de novo 24 horas depois coberta de lama e que dez anos depois ainda lutaria por justiça.
Mesmo passado uma década, a dor e a visão dos escombros ainda estão nítidas em sua memória. “É como se estivesse tudo acontecendo agora”, disse à Agência Brasil a líder comunitária. Atualmente, Mônica está desempregada.
Naquele dia, a barragem do Fundão, operada pela empresa Samarco, se rompeu liberando cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. O desastre matou 19 pessoas e deixou mais de 600 desabrigadas. Outras comunidades afetadas foram Paracatu de Baixo, Paracatu de Cima, Pedras, Águas Claras e Campinas.
Casa coberta por lama
No caso de Mônica, ela recorda que recebeu a ligação de uma prima naquela tarde, avisando o que havia ocorrido. Desesperada, buscou a mãe no trabalho e tentou ir no caminho de casa. Passou a tarde e a madrugada na estrada. O sol apontava no horizonte quando chegou a um local mais alto e conseguiu enxergar o que seria a própria casa. “Foi nesse momento que a ficha caiu. Eu não tinha mais nada”.
Mariana (MG) – Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), atingido pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco (Antonio Cruz/Agência Brasil) – Antonio Cruz/ Agência Brasil
Na casa, Mônica morava apenas com a mãe. Segundo ela, a empresa sempre deixou muito claro que a comunidade poderia dormir tranquilamente, já que a barragem era monitorada 24 horas por dia. Mônica lamenta que, no desastre, tenha perdido cinco amigos muito próximos.
Atualmente, ela reside no reassentamento da comunidade de Novo Bento Rodrigues, entregue pela Samarco. Fica a cerca de 13 quilômetros da antiga comunidade. “Mas a nossa casa ainda está cheia de problemas. A gente não pode falar que foi entregue 100%. Uma vez que ainda tem casa sendo construída e ainda tem morador desabrigado que nem projeto de casa tem”.
A líder comunitária diz que é preciso lutar por justiça. “Enquanto eu tiver força, vou lutar para fazer com que as pessoas sejam de fato indenizadas e restituídas”. Ela relata que a casa entregue pela Samarco não está ainda no nome dos desabrigados.
A principal esperança da líder comunitária é ver os conterrâneos reassentados em uma casa, que todas as vítimas sejam indenizadas e que haja responsabilização dos envolvidos. “Se tivesse acontecido a punição, não teria ocorrido a tragédia de Brumadinho (em janeiro de 2019 e que deixou 272 mortos).
Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), atingido pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco – Foto Antonio Cruz/ Agência Brasil
“Projetos antidemocráticos”
Para Márcio Zonta, integrante da direção nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, o desastre é um reflexo de como as decisões minerárias não estão ligadas à população.
“São projetos antidemocráticos em que as empresas não levam em consideração as organizações e populações”, avaliou. Ele entende que não há, em geral, um nível de reparação mínimo ao sofrimento das pessoas e que não existe um projeto nacional de mineração para o Brasil.
O Brasil tem 916 barragens, sendo que 74 delas teriam maior risco de colapso e 91 estão em situação de alerta. O ativista entende que desastres como esse ainda podem se repetir, particularmente em Minas Gerais (onde há 31 barragens). “É onde a Vale iniciou o que ela chama de Sistema Sul de Mineração.
Barragem da mineradora Samarco se rompeu no distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana, em Minas Gerais – Foto Corpo de Bombeiros/MG – Divulgação
O Sistema Norte está na Amazônia e o Sistema Sul é iniciado em Itabira”. Zonta pondera que os episódios de Mariana e Brumadinho também representam o colapso do sistema sul de mineração da Vale.
Caminhos da Reportagem
Nesta semana, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, intitulado “Lágrimas de ferro” revelou, em 53 minutos de duração, a luta por justiça dos moradores da região.
O promotor de justiça Guilherme de Sá Meneguin, do Ministério Público de Minas Gerais, destacou, por exemplo, que o rompimento atingiu 3 milhões de pessoas em Minas Gerais e no Espírito Santo.
“Afetou o meio ambiente, matou pessoas, destruiu economias. Eu diria que, mais do que um crime ambiental, foi uma grave violação dos direitos humanos, que foi se perpetuando ao longo do tempo”, disse.
Também para o Caminhos da Reportagem, o superintendente executivo da Agência Nacional de Mineração, Júlio César Rodrigues, considera que a regulamentação das barragens de mineração avançou mais do que a de pilhas.
“A política nacional de segurança de barragens já foi alterada. A gente tem hoje uma política bastante robusta para barragens. Isso não se repete ainda em pilhas”, avaliou.
Indenizações
À Agência Brasil, a empresa informou que, desde 2015, foram destinados R$ 68,4 bilhões para as ações de reparação e compensação. Nesse valor, estão R$ 32,1 bilhões pagos em 735 mil acordos de indenização individual.
A empresa defende que esses recursos “têm transformado a realidade econômica da bacia, estimulando o comércio, fortalecendo cadeias produtivas e gerando empregos”.
Obras de recuperação no Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG) – Foto Divulgação/Fundação Renova
O agricultor Francisco de Paula Felipe tem esperança que tudo melhore na nova moradia. “Tem dois meses que eu consegui mudar para a minha casa aqui no assentamento novo. A gente recebeu parte da indenização no começo. Parte está na Justiça ainda para ser resolvida. Não foi fácil a gente viver esses dez anos”, disse.
Ele espera ter saúde para encarar a vida. “Acabar de terminar de criar minhas duas filhas, ver elas estudarem e conseguir tomar o rumo da vida delas”, afirma.
Samarco aponta avanço an reparação após o Novo Acordo do Rio Doce
A Samarco anunciou na última semana que já destinou R$ 30,4 bilhões em ações de reparação e compensação no primeiro ano de execução do Novo Acordo do Rio Doce, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2024. Segundo a mineradora, os recursos impulsionaram o pagamento de indenizações, a conclusão dos novos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu, além da continuidade dos trabalhos ambientais ao longo da bacia.
Os valores somam as obrigações diretas da empresa, que representaram R$ 19,5 bilhões, e repasses de R$ 10,9 bilhões a entes públicos — possibilitando a realização de obras estruturantes em saúde, saneamento, infraestrutura e programas sociais. Desde o rompimento da barragem de Fundão, em 2015, o total investido em reparação e compensação teria alcançado R$ 68,4 bilhões, incluindo os recursos executados pela Fundação Renova até setembro de 2024. O acordo prevê aportes de até R$ 170 bilhões ao longo de 20 anos. De acordo com a Samarco, mais de 288 mil pessoas já receberam indenizações ou auxílios financeiros, somando R$ 14 bilhões. O Programa Indenizatório Definitivo (PID) foi responsável por cerca de R$ 8,9 bilhões, com mais de 242 mil pessoas e empresas indenizadas.
Povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais receberam R$ 943 milhões em auxílios específicos. As obras dos novos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu, em Mariana, foram concluídas — 389 estruturas entre moradias, equipamentos públicos e locais de comércio. fonte ageencia brasil e rádio Itatiaia
Exposição de produtos da agroindústria capixaba, minicursos, aulas-show, apresentações culturais, palestras, workshops e rodada de negócios estão entre as atrações da segunda edição da Feira Capixaba da Agroindústria, que acontece de 4 a 7 de novembro na área externa da Assembleia Legislativa (Ales). Gratuito e aberto ao público, o evento busca valorizar os produtos da agricultura familiar e fortalecer o setor agroindustrial capixaba.
Com uma estrutura maior e novidades, os preparativos para a feira estão a todo o vapor. A expectativa é que cerca de mil visitantes circulem em cada um dos quatro dias do evento, cuja estrutura está montada no estacionamento externo da Ales (avenida Américo Buaiz, 205, Enseada do Suá, Vitória).
Público poderá conhecer, experimentar e comprar os produtos dos 60 expositores / Foto: Arquivo Ales/Lucas S. Costa
Cafés especiais, geleias, queijos, embutidos, cachaças, mel são alguns dos produtos que serão comercializados pelos 60 expositores de todas as regiões do estado. A feira integra as ações do projeto Arranjos Produtivos, coordenado pela Secretaria da Casa dos Municípios da Ales.
“Espera-se que os produtores tenham uma excelente comercialização. Ano passado muita gente vendeu tudo que levou”, revela a consultora de agroindústria do Projeto Arranjos Produtivos, Alessandra Vasconcelos.
Para a secretária da Casa dos Municípios, Joelma Costalonga, o evento é uma grande vitrine. “A feira mostra o resultado de um trabalho coletivo, que leva conhecimento, visibilidade e renda para quem vive da agricultura familiar. É um espaço de celebração e de fortalecimento das agroindústrias capixabas”, afirma.
Programação
A abertura oficial acontece no dia 4 de novembro, às 18 horas, com apresentação da Orquestra Sinfônica Sonore e o workshop “Sabor, Tradição e Inovação: a Jornada da Cervejaria Rústica com o Projeto Arranjos Produtivos”.
De 5 a 7 a programação segue com palestras, workshops, rodadas de negócios, aulas-show, minicursos e apresentações culturais. Todos os eventos são abertos ao público.
Entre os destaques estão as aulas-show que reúnem ingredientes relacionados ao Projeto Arranjos Produtivos e à cultura capixaba. Na quarta (5), às 18 horas, o chef Juarez Campos ensinará um prato de ragu de carne de sol com mousseline (tipo de purê mais leve) de aipim.
No dia seguinte, no mesmo horário, Fabiano Giori, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), ensinará a receita de uma moqueca diferente. Nela, sai o tradicional peixe do mar e entra o lombo de tilápia acompanhado por molho de camarão.
Integram ainda a programação workshops sobre temas variados, passando por apicultura e meliponicultura; hidroponia; torra de cafés especiais; e cultivo do morango.
As palestras também abordam temas fundamentais para os agricultores, entre eles valorização dos produtos por meio de certificação, como o selo arte e o selo queijo artesanal; certificação de cafés; marca registrada; abate e processamento de pescados; e fruticultura no Espírito Santo.
Já nos minicursos os instrutores vão ensinar a preparar pratos com tilápia, bolos, pães, macarrão caseiro e tortas doces e salgadas. Como as vagas são limitadas, é necessário fazer inscrição prévia por meio de formulário eletrônico. Mas é bom se apressar, pois as inscrições acabam nesta sexta (31).
Rodada de negócios
A feira também reservará espaço para que os agricultores possam interagir diretamente com o mercado por meio da Rodada de Negócios, que será promovida na sexta-feira (7), das 13h30 às 16h30. Mas neste ano, a ação terá uma novidade.
“A Rodada de Negócios esse ano vai acontecer de forma diferente”, explica Alessandra Vasconcelos. “A rodada é com foco na comercialização dos produtos, no encontro de produtores e possíveis compradores de supermercados ou restaurantes, lanchonetes”.
Segundo ela, os compradores vão visitar os estandes para conhecer os produtos, diferentemente do que foi realizado ano passado, quando as ações ficaram concentradas em mesas de negociação, fora da feira. Caso as duas partes demonstrem interesse, o negócio poderá ser fechado na sala de palestras.
“O objetivo disso é criar oportunidade”, analisa Alessandra. “Na rodada a gente está oportunizando uma abertura de mercado que possivelmente eles não teriam porque eles (os produtores) estão lá no interior”, completa. “Nem todo expositor vai participar da rodada”.
Para fechar negócio o agricultor familiar receberá suporte da equipe do Arranjos Produtivos e do Sebrae. Além dos itens já citados, haverá ainda exposição de morango in natura, azeite, frutas desidratadas, iogurte, biscoitos, farinha de mandioca, fubá, conservas, beiju, tapioca, água de coco, entre outros.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reuniu-se nesta segunda-feira (3), com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova. No encontro, o governador apresentou ao ministro dados sobre o planejamento e a execução da Operação Contenção, realizada na semana passada no complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos. Em uma tentativa de conter a expansão territorial da facção Comando Vermelho, essa foi a incursão policial mais letal da história do estado.
A ida de Moraes ao Rio teve como objetivo colher informações sobre a operação, uma vez que o ministro é o relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, mais conhecida como ADPF das Favelas. A ação estabelece regras para diminuir a letalidade policial no Rio de Janeiro. Entre as regras da ADPF estão o uso proporcional da força policial, câmeras nas viaturas e a elaboração de um plano de reocupação de territórios invadidos pelas organizações criminosas. De acordo com o governo do estado, o relatório sobre o cumprimento da ADPF será encaminhado ao STF.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reuniu-se ontem (segunda-feira 3/11), com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova. FOTO: PHILIPPE LIMA/DIVULGAÇÃO
Moraes também visitou a Sala de Inteligência e Controle do CICC, onde está instalado o sistema de reconhecimento facial e das câmeras operacionais portáteis usadas pela Polícia Militar, com acompanhamento em tempo real dos deslocamentos em todo o território fluminense. O CICC é o principal polo de integração das forças de segurança do estado. Atua no monitoramento em tempo real de ocorrências, grandes eventos e situações emergenciais, reunindo representantes das polícias, Bombeiros, Defesa Civil, Detran e órgãos federais e municipais.
Após a reunião, Moraes não falou com a imprensa. Já o governador disse que os dois conversaram “sobre o projeto de retomada [de territórios] que está em fase de organização pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)”. “Demos ao ministro total possibilidade de tirar todas as dúvidas sobre a política de segurança do Rio de Janeiro e nos desafios no combate ao crime”, afirmou Castro.
Realizada pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, a ação policial deixou 121 pessoas mortas, sendo quatro policiais. O governo do estado considerou a operação “um sucesso” e afirmou que as pessoas mortas reagiram com violência à operação, e aqueles que se entregaram foram presos.
No total, foram feitas 113 prisões, sendo 33 de presos de outros estados. Foram recolhidas 118 armas e 1 tonelada de droga. O objetivo era conter o avanço da facção Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 de prisão, sendo 30 expedidos pela Justiça do Pará.
A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior e mais letal realizada no estado nos últimos 15 anos. Os confrontos e as ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteio, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde. Moradores da região, familiares dos mortos e organizações denunciam operação como uma “chacina”.
Em reunião no MPRJ, PGJ apresenta relatório ao ministro Alexandre de Moraes sobre ações após a Operação Contenção
O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, recebeu, nesta segunda-feira (03/11), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na sede do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A visita integrou a agenda do ministro no estado, com audiências voltadas ao acompanhamento da ADPF 635, da qual é relator, e das medidas relacionadas à Operação Contenção, deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão.
Antonio José Campos Moreira encaminhou ao ministro um relatório com todas as ações adotadas pelo MPRJ desde o início da operação até o presente momento.
Após a audiência com o PGJ, o encontro foi aberto aos representantes das seguintes estruturas do MPRJ: Subprocuradoria-Geral de Justiça de Atuação Especializada; Subprocuradoria-Geral de Justiça de Direitos Humanos e Proteção à Vítima (SUBDHPV/MPRJ); Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ); Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (GAESP/MPRJ); Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ); Coordenadoria de Inteligência da Investigação (CI2/MPRJ); Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Investigação Penal (CAO Investigação Penal/MPRJ); CAO Criminal/MPRJ; CAO Execução Penal/MPRJ; Ouvidoria/MPRJ; e a 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.