Foram realizadas 1.200 entrevistas entre os dias 4 e 6 de outubro; margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. fotos redes sociais
Uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada pela CNN Brasil nesta terça-feira (7), mostra um cenário acirrado na corrida pelo Governo do Espírito Santo em 2026. O levantamento revela empate técnico entre o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) — com 27% e 26% das intenções de voto, respectivamente. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Apesar do empate numérico, Ricardo Ferraço já desponta com vantagem política, graças ao apoio declarado de importantes lideranças capixabas, como o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), além do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), que, apesar de tentar se colocar no tabuleiro eleitoral como pré-candidato, deve marchar ao lado de Ferraço nas eleições de 2026.
A pesquisa da CNN também mostra Vidigal e Arnaldinho empatados em terceiro lugar, com 11% cada, seguidos pelo deputado federal Helder Salomão (PT), com 5%. Votos nulos e brancos somam 8%, enquanto 12% dos entrevistados se disseram indecisos.
O levantamento ouviu 1.200 eleitores capixabas entre os dias 4 e 6 de outubro, com nível de confiança de 95%.
Com o resultado, Ferraço consolida seu nome como principal alternativa de continuidade ao atual governo de Renato Casagrande (PSB), contando com apoios estratégicos tanto na Região Metropolitana quanto no interior.
Nos bastidores, lideranças políticas avaliam que o vice-governador chega ao pleito com forte estrutura, alianças consistentes e discurso de gestão equilibrada, enquanto Pazolini aposta em sua visibilidade como gestor da capital.
A disputa, segundo analistas, promete ser uma das mais polarizadas dos últimos anos, colocando frente a frente dois nomes com perfis distintos, mas com ampla influência no cenário estadual, principalmente no campo da direita.
A Serd está investindo cerca de R$ 6 milhões no IntegraCAR, que vai aprimorar o diagnóstico ambiental nas cidades capixabas
O governador do Estado, Renato Casagrande, lançou, nesta segunda-feira (06), o projeto Integração do Cadastro Ambiental Rural no Estado do Espírito Santo (IntegraCAR), em solenidade realizada no Palácio Anchieta, em Vitória.
A iniciativa tem como objetivo realizar a coleta de informações das propriedades rurais do Estado para subsidiar a análise e validação do CAR, sejam de responsabilidade privada ou do Poder Executivo Estadual.
O Cadastro Ambiental Rural é crucial por diversas razões: promove a regularização e o planejamento ambiental de imóveis rurais, garante segurança jurídica aos proprietários e facilita o acesso a crédito e políticas públicas de apoio.
Além disso, o CAR é um instrumento essencial para a conservação da natureza e o uso sustentável da terra, pois permite o mapeamento e o monitoramento de áreas de preservação e vegetação nativa, sendo um requisito obrigatório para a legalidade de atividades rurais.
O Espírito Santo é destaque nacional no processo de validação do Cadastro Ambiental Rural, sendo o Estado com o maior índice de validação dos imóveis, com aproximadamente 70% dos cadastros em análise ou concluídos, superando a média das outras Unidades da Federação.
Mesmo assim, há a necessidade de unir esforços diante dos desafios nos processos de levantamento e análise das informações referentes à regularização ambiental das propriedades rurais.
Para alavancar os processos de CAR no Estado, foi firmada uma parceria entre órgãos do Estado, como o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e as Secretarias de Gestão e Recursos Humanos (Seger) e de Recuperação do Rio Doce (Serd), com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).
O IntegraCar é um dos projetos contemplados no Edital Inova Seger 2025, do banco de projetos, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação no Espírito Santo (Fapes).
“O IntegraCAR é uma ação integrada que vai modernizar a gestão ambiental no Espírito Santo. Ao combinar geoprocessamento, sensoriamento remoto e inteligência artificial, vamos melhorar a análise do CAR, identificar prioridades para regularização e facilitar o acesso dos produtores a políticas públicas e de crédito. A participação de alunos e servidores mostra que investimos em formação, inovação e transparência, garantindo mais segurança jurídica aos proprietários e mais conservação para o nosso patrimônio natural”, afirmou o governador Casagrande.
Para a execução do projeto, o Governo do Estado está investindo R$ 12,6 milhões em recursos do Idaf e também com aporte financeiro da Secretaria de Recuperação do Rio Doce.
Para o secretário estadual Guerino Balestrassi, além das obras de saneamento, dos projetos de recuperação ambiental e das iniciativas de desenvolvimento socioeconômico, que são os pilares da atuação da Secretaria de Recuperação do Rio Doce, o novo acordo de repactuação também prevê investimentos na regularização rural das cidades capixabas impactadas pelo desastre ambiental de Mariana. “Os recursos que estamos repassando para o Idaf, de cerca de R$ 6 milhões, serão decisivos para aprimorar o diagnóstico ambiental, a conservação e o desenvolvimento sustentável dos municípios que compõem a Bacia Hidrográfica”, completou.
O IntegraCAR busca garantir a integração de dados em um tempo mais ágil, com a utilização de tecnologias inovadoras, como geoprocessamento, Inteligência Artificial (IA) e sensoriamento remoto, para otimizar a coleta, análise e validação de dados das propriedades rurais, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ao Planejamento Estratégico 2023-2026, e às diretrizes do Programa Inova Seger.
O levantamento e o tratamento das informações permitirão o Idaf – órgão responsável pela realização do CAR – desenvolver estratégias personalizadas para a regularização ambiental das propriedades rurais com mais agilidade, fundamentando políticas públicas com evidências científicas.
“O fomento à regularização das propriedades rurais facilitará a fiscalização florestal, viabilizará o acesso de produtores a incentivos fiscais e resultará em maior segurança jurídica no território capixaba. A integração de bases de dados utilizando tecnologias inovadoras irão tornar a coleta, análise e validação de dados das propriedades rurais mais rápidas. No âmbito ambiental, contribuirá para a demarcação das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e Reservas Legais (RLs), permitindo a preservação dos recursos naturais, e o fortalecimento de políticas públicas para a recuperação das áreas degradadas, por meio do Programa de Regularização Ambiental (PRA), com previsão de recomposição de 170 mil hectares de vegetação nativa”, explicou o diretor geral do Idaf, Leonardo Monteiro. fonte Renato Costa
Os dois presidentes conversaram nesta segunda-feira por 30 minutos. REUTER/YURI GRIPAS E MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram nesta segunda-feira (6) uma conversa de 30 minutos por videoconferência. Na oportunidade, Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a conversa entre os dois chefes de Estado como “positiva”, do ponto de vista econômico.
“Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro”, informou o Planalto.
De acordo com o Planalto, a ligação telefônica ocorreu por iniciativa de Trump. Os dois presidentes chegaram a trocar telefones para estabelecer via direta de comunicação.
Na conversa, Lula disse que o contato representa uma “oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”.
Ele recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Na sequência, solicitou a retirada da sobretaxa de 50% imposta a produtos nacionais, além das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.
“O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad”, informou o Planalto.
Os dois presidentes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. Lula sugeriu que o encontro seja durante a Cúpula da Asean, na Malásia. Ele reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém; e se dispôs também a viajar aos Estados Unidos. fonte PEDRO PEDUZZI – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL
A proposta altera a Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), incluindo a oferta de cursos de educação financeira aos atletas profissionais como obrigação das organizações esportivas. foto assessoria do deputado.
A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (02), o parecer da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ao Projeto de Lei nº 3.151/2025, de autoria do deputado federal Da Vitória (PP-ES). A proposta altera a Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), incluindo a oferta de cursos de educação financeira aos atletas profissionais como obrigação das organizações esportivas.
“A aprovação deste parecer representa um passo importante para a formação completa dos atletas profissionais. Educação financeira é essencial para que eles possam planejar suas carreiras e garantir segurança econômica durante e após a vivência ou vinculação a uma dessas organizações”, afirmou Da Vitória, parlamentar que também é coordenador da bancada capixaba.
O substitutivo apresentado pela relatora propõe que a exigência seja direcionada especificamente às organizações esportivas formadoras de atletas, em vez de ser aplicada a todas as entidades de prática esportiva profissional, como originalmente sugerido. Segundo Laura Carneiro, essa medida garante maior viabilidade de implementação, considerando o porte diferenciado das organizações no País.
Em seu voto, a deputada destacou que a iniciativa busca capacitar os atletas para o planejamento financeiro, mitigando problemas como contratos de curta duração e períodos de instabilidade econômica. “A medida contribui para reduzir endividamentos crônicos e promove maior segurança econômica durante e após a carreira esportiva”, afirmou.
O substitutivo altera o artigo 99 da Lei Geral do Esporte, incluindo a educação financeira entre os requisitos para que uma organização seja considerada formadora de atletas. Como o artigo 99 já estabelece obrigações de caráter formativo, como programas de orientação contra abuso e exploração sexual e assistência educacional, a mudança seria coerente com o escopo legal.
Com a aprovação do parecer, o projeto segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde será examinada sua constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Caso seja aprovado, o PL 3.151/2025 poderá contribuir significativamente para a capacitação financeira dos atletas, promovendo maior estabilidade e planejamento econômico durante e após suas carreiras esportivas.
Eduardo Tagliaferro ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do STF foi liberado e não permaneceu preso. foto senado federal
O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes Eduardo Tagliaferro foi detido nesta terça-feira (1°) pela polícia da Itália, onde reside.
A detenção foi determinada pela Corte de Apelação de Catanzaro. Tagliaferro é alvo de um pedido de extradição feito governo brasileiro. Após ser notificado sobre a extradição, ele foi liberado e não permaneceu preso. Ele teve de informar o endereço em que pretende permanecer na Itália e foi proibido de sair do país.
O ex-assessor tem cidadania italiana e deixou o Brasil sob a alegação de perseguição, após vazar para a imprensa conversas que, segundo ele, revelariam supostas ilegalidades cometidas quando Moraes ocupou o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2022. O ministro afirmou que não houve nenhuma ilegalidade nos atos.
Após a divulgação das conversas, Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de investigação penal.
O ex-assessor foi investigado pela Polícia Federal pelo vazamento de conversas com outros funcionários do gabinete de Alexandre de Moraes. Tagliaferro foi contratado pelo próprio ministro para trabalhar na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), seção que funcionou no TSE durante as eleições de 2022.
Moraes rebateu as acusações feitas por Tagliaferro. Em nota divulgada por sua assessoria no início de setembro, o ministro disse que todos os procedimentos de investigação foram realizados de forma regular.
Relator, Eduardo Braga inseriu regra de idade de candidatos em projeto de Romário sobre acessibilidade na propaganda eleitoral; objetivo, disse, é harmonizar legislação a tempo de valer para eleições de 2026. Marcos Oliveira/Agência Sen
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (2) o projeto que redefine o marco temporal para verificação da idade mínima para fins de elegibilidade. A proposta segue para sanção presidencial.
No Senado, o projeto foi aprovado na quarta-feira (1º) como PLS 528/2015 (Na Câmara, foi nomeado PL 4.911/2025). Do senador Romário (PL-RJ), o texto estabelece que parte do material impresso de candidatos nas eleições majoritárias deverá conter folhetos e volantes no sistema braile, conforme futura regulamentação por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O relator da matéria, senador Eduardo Braga (MDB-AM), inseriu uma emenda para tratar do marco temporal de idade mínima constitucional para fins de elegibilidade — com o objetivo, segundo ele, de harmonizar a legislação eleitoral com a interpretação já consolidada pelo TSE.
A Constituição de 1988 define as idades mínimas de acordo com o cargo pleiteado:
35 anos para presidente e vice-presidente da República e senador;
30 anos para governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal;
21 anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito, vice-prefeito e juiz de paz; e
18 anos para vereador.
O projeto altera a Lei das Eleições para harmonizá-la com interpretações já adotadas pelo TSE. Desta forma, o texto determina que:
para cargos do Poder Executivo, a idade será verificada na data da posse, como já acontece hoje;
para cargo de vereador, valerá a regra definida pela Justiça Eleitoral, que considera a data-limite para o pedido de registro de candidatura; e
para cargos de deputado e senador, será feita a aferição da idade na posse presumida, considerada como aquela ocorrida dentro de um prazo de até 90 dias contado da eleição da respectiva Mesa Diretora.
Senado aprova impressão de material em braile para eleições majoritárias
O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (1º) projeto que prevê que parte do material impresso de candidatos nas eleições majoritárias deverá conter folhetos e volantes no sistema braile (PLS 528/2015). Do senador Romário (PL-RJ) e relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), o projeto segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
Mais cedo, a matéria já havia sido aprovada de forma terminativa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Mas houve um recurso para a votação no Plenário, antes de o projeto ser enviado para a Câmara.
Pelo texto, haverá uma parcela de material especial voltado às escolhas para o Executivo (presidente, governador e prefeito) e para o Senado — que são eleições majoritárias. Romário afirmou que a proposta assegura às pessoas com deficiência a oportunidade de participar ativamente das decisões relativas aos programas dos candidatos. Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regular a quantidade de impressos a serem criados em braile.
Painel de Líderes aconteceu na Vale e contou com a presença de funcionários da mineradora / Foto: Eduardo Dias
O presidente da Assembleia Legislativa (Ales), deputado Marcelo Santos (União/ES), participou, na manhã desta quinta-feira (2), de um evento para promover a integração entre os setores público e privado do Espírito Santo.
O Painel de Líderes aconteceu na Unidade Tubarão da empresa Vale, em Vitória, e contou com a presença de diretores e diversos representantes da mineradora.
Durante o encontro, o presidente do Legislativo estadual falou sobre a atuação da Ales em relação à economia do estado, com a tramitação de projetos de lei e discussões parlamentares para o fomento do setor industrial.
Outro ponto destacado no painel foi a importância de ações da empresa, como a que acontece na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que é uma das mais importantes ferrovias em operação no Brasil. A via é essencial para o escoamento de minério de ferro, especialmente da região do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais até o Porto de Tubarão, em Vitória.
“Essa interação entre a sociedade, as empresas e a própria Assembleia pode continuar e pode aumentar para prosperar o nosso estado, o que acho que é o grande objetivo de todos nós. O Espírito Santo se destaca pela integração. Acredito que o presidente da Assembleia deixa muito claro isso, o seu trabalho dessa integração, dessa aproximação”, destacou o diretor de Pelotização e Briquetes da Vale, Rodrigo Ruggiero.
Depois do painel, o presidente da Assembleia também visitou algumas áreas operacionais da empresa, como o Centro de Controle Ambiental e o Centro de Controle Operacional da Estrada de Ferro Vitória a Minas.
No fim do encontro, o parlamentar ressaltou a importância do evento e do diálogo entre os setores público e privado.“É o diferencial do Espírito Santo para o resto do Brasil. Aqui os Poderes na esfera pública dialogam, mas também dialogam com a iniciativa privada, buscando entender os desafios desse setor, que gera tanta oportunidade para o Brasil e para o Espírito Santo”, reforçou. fonte ales
Políticos já condenados não serão beneficiados por mudança. foto stf
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a lei que reduz o prazo de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa (Lei 134/2010). Agora, os políticos condenados à inelegibilidade ficam proibidos de disputar eleições por, no máximo, 8 anos a contar da condenação. A nova Lei ainda limita a 12 anos o prazo máximo que políticos poderão ficar sem disputar eleição nos casos de condenações em múltiplos processos.
O projeto ainda veda a possibilidade de mais de uma condenação por inelegibilidade no caso de ações ajuizadas por fatos relacionados. O prazo de 8 anos passará a ser contado a partir:
da decisão que decretar a perda do mandato;
da eleição na qual ocorreu prática abusiva;
da condenação por órgão colegiado; ou
da renúncia ao cargo eletivo.
Na prática, os novos prazos reduzem o tempo de perda dos direitos políticos.
Atualmente, no caso de delitos eleitorais de menor gravidade ou de improbidade administrativa, a inelegibilidade dura por todo o mandato e por mais 8 anos após o término do mandato no qual o político foi condenado, o que pode se estender por mais de 15 anos.
Os crimes previstos na Lei da Ficha Limpa impactados pela mudança são:
contra a economia popular, a fé pública e o patrimônio público;
contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;
contra o meio ambiente e a saúde pública;
eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; e
de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública.
Para crimes mais graves e os crimes contra a administração pública, segue valendo a regra atual. Nela, o prazo de inelegibilidade de 8 anos começa a partir do final do cumprimento da pena.
Entre esses crimes estão o de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores; de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; de redução à condição análoga à de escravo; contra a vida e a dignidade sexual; e praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando.
Vetos
Lula vetou dispositivos do projeto que permitiam retroagir com a regra para políticos já condenados pela Lei da Ficha Limpa, reduzindo o prazo de inelegibilidade hoje vigente. O Palácio do Planalto justificou que essa mudança afrontaria o princípio da segurança jurídica ao relativizar a coisa julgada.
Segundo o Executivo, a mudança permitiria que decisões judiciais transitadas em julgado fossem “esvaziadas” pela nova legislação. O governo ainda citou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no Tema 1199 de Repercussão Geral, com efeitos sobre todo o poder Judiciário.
“Entre os princípios da retroatividade benéfica e da moralidade administrativa, a Corte conferiu primazia a este último, reafirmando a regra da irretroatividade”, afirmou a presidência. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitaram os vetos realizados pelo presidente Lula.
Além disso, para o governo, as mudanças vetadas afrontariam o princípio da segurança jurídica.
“O respeito à coisa julgada é indispensável à segurança jurídica e à estabilidade institucional, e não deve ser relativizado por norma infraconstitucional, sob pena de se incorrer em inconstitucionalidade”, informou o Planalto.
Os vetos ainda precisam ser analisados pelo Congresso Nacional, que pode manter ou derrubar as mudanças feitas pelo Executivo.
Entenda
O projeto foi aprovado na Câmara e no Senado sob o argumento de que a inelegibilidade não poderia ser por um tempo excessivamente longo e que dependesse apenas da decisão do magistrado responsável pelo caso.
Até então, o prazo de inelegibilidade variava de acordo com o processo no Judiciário e poderia se estender por mais de 15 anos. Porém, a nova regra que unifica o prazo em oito anos de inelegibilidade se aplica para delitos eleitorais de menor gravidade ou de improbidade administrativa. FONTE AGENCIA BRASIL
Coronel Weliton disse que o turismo é estratégico para o desenvolvimento do estado / Foto: Paula Ferreira
O presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), deputado Coronel Weliton (PRD), chamou atenção nesta terça-feira (30) para a queda do percentual de investimentos destinados ao setor na proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, encaminhada pelo governo à Casa. Apesar da previsão de aumento de cerca de R$ 2 bilhões na arrecadação estadual, a fatia reservada ao turismo caiu de 0,14% para 0,11%.
“Se o turismo gera renda, trabalho e desenvolvimento social, é fundamental que receba também valorização e investimentos. Precisamos estar atentos, sobretudo diante da Reforma Tributária que está se aproximando, para que o Espírito Santo não sofra perdas de arrecadação e possa manter o setor como fonte viável de crescimento econômico”, destacou o parlamentar.
O deputado reforçou ainda que o turismo é estratégico para o futuro do Estado, abrangendo desde pequenos empreendedores e artistas até grandes empresas que promovem eventos. “Estamos de portas abertas para acolher sugestões, projetos e cobranças. O turismo precisa ser visto como uma oportunidade de desenvolvimento sustentável para o Espírito Santo”, completou.
Na mesma reunião, Coronel Weliton explicou que, por falta de quórum, não foi possível votar projetos pautados para análise. “Existem dezenas de projetos já relatados, em condições de serem apresentados e encaminhados às outras comissões, mas, infelizmente, alguns deputados não puderam estar presentes por compromissos em seus municípios e atividades legislativas”, disse. A deliberação das propostas será retomada na próxima sessão da comissão. fonte ales
Ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, o parlamentar capixaba disse que o Programa Câmara Pelo Brasil estará atento aos desafios de todas as regiões. foto assessoria do deputado.
O lançamento do Programa Câmara Pelo Brasil, nesta terça-feira (30), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, foi marcado pela defesa das ações do Poder Legislativo frente aos desafios regionais do Brasil. O evento contou com a presença do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), do coordenador do Comitê, deputado Da Vitória (PP-ES), e dos coordenadores regionais.
O programa tem o objetivo de fortalecer o diálogo institucional da Câmara dos Deputados com estados, municípios, sociedade civil e setor produtivo.
Na solenidade, Da Vitória explicou que cada coordenador das cinco regiões vai liderar as atividades locais em sintonia com o Comitê e em articulação direta com o presidente Motta.
“A gente precisa dar celeridade às iniciativas que alcancem a vida dos brasileiros, seja com a votação dos projetos de lei, seja por meio do orçamento, para fazer justiça com cada região do Brasil. Cada estado tem seus desafios próprios. O meu estado, o Espírito Santo, por exemplo, precisa de melhores condições de ligação com o centro do País para que possamos fortalecer a nossa economia”, pontuou Da Vitória.
O presidente Hugo Motta destacou que, por ser um país grande, o Brasil possui problemas regionais diversos.
“O Programa Câmara Pelo Brasil pretende melhorar a percepção e a compreensão que os parlamentares têm das necessidades das pessoas e, com isso, oferecer respostas mais ágeis e duradouras. Nosso objetivo é aproximar ainda mais a Câmara dos Deputados dos estados e municípios diante dos desafios novos que surgem, melhorando a compreensão das necessidades das pessoas”, afirmou.
Na próxima semana, o Comitê começará os trabalhos reunindo-se com as comissões permanentes da Câmara para iniciar a formatação do cronograma de atividades, que também contará com a participação das frentes parlamentares e das bancadas estaduais.
Motta reforçou que todas as ações — sejam audiências públicas, comissões gerais ou visitas técnicas realizadas por parlamentares — poderão receber o selo de identificação do Programa e contribuir com ideias.
Compõem o Comitê do Câmara Pelo Brasil os seguintes deputados por região:
Junior Ferrari, representante da região Norte
Toninho Wandscheer, representante da região Sul
Leo Prates, representante da região Nordeste
Júlio César Ribeiro, representante da região Centro-Oeste
Da Vitória, representante da região Sudeste e coordenador do Comitê