Ato de posse acontece dentro do Encontro Estadual do PT e será aberto ao público. foto Assessoria João Coser
O Partido dos Trabalhadores – Diretório Estadual do Espírito Santo – realizará, nestas sexta (12) e sábado (13), o Encontro Estadual da sigla, que terá como ponto alto a posse do deputado estadual João Coser como novo presidente do partido. João foi eleito no Processo de Eleição Direta (PED), ocorrido em julho, e comandará o PT-ES no próximo biênio.
A posse de João Coser e do novo Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores será realizada no sábado (13), às 8h30, no Instituto Federal (Ifes) Cariacica, e será aberta ao público.
A programação do Encontro Estadual do PT-ES inclui ainda encaminhamentos das Resoluções do Encontro Nacional, construção partidária e eleições 2026. As atividades de sexta (12) e sábado (13) após a posse são exclusivas para delegados indicados pelos Diretórios Municipais.
Homenagem O Encontro Estadual do PT-ES presta uma homenagem a Edson Wilson, mais conhecido como Edinho. Grande liderança do movimento sindical brasileiro e dirigente partidário, Edinho faleceu no dia 13 de julho deste ano, aos 55 anos. Edinho teve uma trajetória marcada pela coerência, firmeza de princípios e militância na construção de um Brasil mais justo, solidário e democrático. No Sindicato dos Trabalhadores em Energia (Sinergia Espírito Santo) foi presidente, e, atualmente, exercia o cargo de Secretário de Formação. Já no PT-ES, exerceu mandatos e disputou eleições, sempre com dignidade e espírito público.
Posse João Coser Presidente do PT-ES Data: Sábado – 13/09 Hora: 8h30 Local: Ifes de Cariacica – Rodovia Governador Jose Sette, 184 – Itacibá – Cariacica
fonte e foto Assessoria João Coser- Loureta Samora
Ministra acompanhou voto do relator, Alexandre de Moraes para condenar ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quinta-feira (11) maioria de votos para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados na ação penal da trama golpista.
A maioria foi formada com o voto da ministra Cármen Lúcia. Com o entendimento da ministra, o placar pela condenação de todos os réus está em 3 votos a 1. Falta o último voto, que será proferido em seguida pelo ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado.
Nas duas sessões anteriores, Alexandre de Moraes e Flávio Dino se manifestaram pela condenação de todos os réus. Luiz Fux absolveu Bolsonaro e mais cinco aliados e votou pela condenação de Mauro Cid e o general Braga Netto pelo crime de abolição do Estado Democrático de Direito.
O tempo de pena ainda não foi anunciado e será definido somente ao final dos votos dos cinco ministros, quando é feita a chamada dosimetria. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.
Voto
Em sua manifestação, a ministra disse que o julgamento da trama golpista remete ao passado do Brasil, com rupturas institucionais.
“O que há de inédito nesta ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro na área das políticas públicas dos órgãos de Estado”, afirmou.
Cármen Lúcia também destacou que Bolsonaro e os demais réus não podem questionar a legitimidade da Lei 14.197/21, norma que definiu os crimes contra a democracia e que foi usada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para basear a acusação.
A norma foi sancionada pelo ex-presidente e pelos réus Anderson Torres, Braga Netto e Augusto Heleno, ex-integrantes do governo.
“Não é apenas legitima [a lei], como ainda não se pode dizer que se desconhecia que tentaram atentar contra a democracia. Quatro dos oito réus são exatamente os autores, os que têm a autoria do autógrafo”, disse.
8 de janeiro
A ministra também disse que os atos golpistas foram fruto de um “conjunto de acontecimentos” contra a democracia.
“O 8 de janeiro de 2023 não foi um acontecimento banal, depois de um almoço de domingo, quando as pessoas saíram a passear”, completou.
“Prova cabal”
A ministra afirmou que há “prova cabal” da participação do ex-presidente Bolsonaro e dos demais acusados em uma “empreitada criminosa”.
“A procuradoria fez prova cabal de que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou um plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas com a finalidade de prejudicar a alternância legitima de poder nas eleições de 2022, minar o exercício dos demais poderes constituídos, especialmente o Poder Judiciário”, disse.
Confira o resumo dos votos
Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia:
Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia durante sessão na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que realiza julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados. Fotos: Marcelo Camargo e Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Votos pela condenação de todos os réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram na terça-feira. A exceção é o réu Alexandre Ramagem, que foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Deputado federal em exercício, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e respondia somente a três dos cinco crimes imputados pela PGR.
Luiz Fux
O ministro Luiz Fux chega para proferir seu voto na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que realiza o quarto dia de julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados. Foto:Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Voto pela absolvição de Bolsonaro, Ramagem, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres e Almir Garnier de todos os crimes.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou 399 requerimentos nesta quinta-feira Saulo Cruz/Agência Senad
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou 399 requerimentos nesta quinta-feira (11): um acordo entre governistas e oposicionistas priorizou a quebra de sigilo de pessoas e empresas vinculadas a associações de aposentados, e também de sindicatos e entidades supostamente envolvidos em fraudes contra beneficiários da Previdência. Uma das pessoas que teve os sigilos bancário e fiscal quebrados foi Antônio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como o “Careca do INSS”.
Além disso, há entre os requerimentos aprovados solicitações de relatórios de inteligência financeira (RIFs) ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Também há pedidos de documentos e relatórios sobre visitas a instituições como Câmara dos Deputados, Palácio do Planalto, Receita Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), entre outras.
Os parlamentares da CPMI aprovaram ainda requerimentos de informações sobre inquéritos policiais e processos judiciais relacionados a fraudes.
Requerimentos excluídos
A pauta inicial previa a votação de 406 requerimentos, mas sete deles foram deixados de fora. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), explicou que os requerimentos excluídos não foram considerados porque solicitavam quebra de sigilo fiscal e bancário de pessoas que não fazem parte do inquérito da Polícia Federal.
Entre os alvos dos pedidos excluídos estavam os ex-ministros da Previdência Carlos Lupi e Ahmed Mohamad (José Carlos) Oliveira, além da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).
— Os [requerimentos] que foram retirados se referem a quebras de sigilo de quem não está nos inquéritos da Polícia Federal. Todos os [requerimentos] que estão aqui [aprovados], todas as informações que foram solicitadas estão já definidas pela Polícia Federal. Aqueles que não têm marco temporal não terão o sigilo quebrado até que surja uma notícia que possa nos embasar — declarou o presidente da CPMI.
Viana ressaltou que, em todos os pedidos de quebra de sigilo e de relatórios da Coaf, serão considerados dois critérios: a data de celebração dos acordos de operação técnica (das associações em questão com o INSS) e o marco temporal (contando a partir de 2015 até a presente data).
O mais citado
Um dos nomes mais citados nos requerimentos é o de Antônio Carlos Camilo Antunes, lobista que ficou conhecido como o “Careca do INSS”. Foram aprovadas solicitações de relatórios sobre suas visitas a órgãos públicos (como INSS, Supremo Tribunal Federal, Receita Federal, Casa Civil, Banco Central e TCU), além da quebra de seus sigilos bancário e fiscal.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) está entre os autores desses pedidos. Em um de seus requerimentos (REQ 174/2025 – CPMI INSS), ele destaca que o objetivo é rastrear a rede de influências e as conexões políticas de Antunes:
“Relatórios de inteligência já apontam uma movimentação financeira estratosférica e absolutamente incompatível com qualquer atividade lícita, registrando R$ 24,5 milhões em apenas cinco meses e repasses de associações suspeitas que superam a cifra de R$ 53,88 milhões. Esses valores, por si sós, já constituem causa provável mais do que suficiente para justificar a presente medida, indicando que o alvo é o principal arquiteto da engenharia financeira da fraude e que seus registros bancários e fiscais são a chave mestra para desvendar a totalidade da rede criminosa”, argumenta Izalci.
Também foi aprovada a quebra de sigilo de ex-diretores do INSS, como Edson Akio Yamada, Vanderlei Barbosa, Jucimar Fonseca e André Fidelis, e do ex-procurador-geral do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho.
Empresas e associações
Além disso, foram aprovados pedidos de quebra de sigilo tanto de pessoas e empresas vinculadas a associações de aposentados como de sindicatos e empresas supostamente envolvidos em fraudes contra beneficiários da Previdência.
Entre os alvos estão dirigentes de entidades como a Associação de Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen) e a União dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Unsbras), além de nomes ligados à Prospect Consultoria, ao Centro Médico Vita Care e à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Essa lista de requerimentos também inclui a quebra dos sigilos bancário e fiscal — assim como a solicitação do relatório de inteligência financeira (RIF) — do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem como vice-presidente o sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente da República.
Agente da Polícia Federal
Outro nome citado foi o de Philipe Roters Coutinho, agente da Polícia Federal que é investigado pela própria Polícia Federal. O REQ 1.539/2025 – CPMI INSS, requerimento da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), pede informações ao diretor-geral da Polícia Federal sobre transferências financeiras suspeitas que talvez tenham beneficiado o agente.
Em seu pedido, Soraya afirma que “surgiram suspeitas de que o referido agente da Polícia Federal possa ter recebido vantagens financeiras para facilitar ou acobertar práticas ilícitas. Verificar a existência de movimentações financeiras em nome de Philipe Roters Coutinho é medida essencial para a comprovação de eventual conluioentre servidores públicos e operadores privados do esquema”.
Indígenas, quilombolas e ribeirinhos
Entre os outros requerimentos aprovados estão o REQ 1.561/2025 – CPMI INSS, do senador Marcio Bittar (PL-AC), que pede à Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre informações sobre denúncias ou ações relacionadas a descontos indevidos em benefícios de aposentados ribeirinhos, indígenas e quilombolas.
Também está o REQ 1.623/2025 – CPMI INSS, da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), cuja solicitação se destina à Controladoria-Geral da União (CGU) — mais especificamente, à Coordenação de Auditoria das Áreas de Cultura, Esporte, Igualdade Racial e Povos Indígenas da CGU. Ela pede informações e documentos sobre a atuação em áreas indígenas das associações investigadas pela Polícia Federal, assim como sobre as medidas adotadas.
Em seu requerimento, Damares destaca que “relatos técnicos e depoimentos colhidos pela comissão apontam que comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, em localidades remotas e com maior barreira de acesso a informação e serviços bancários, constituíram alvo preferencial do esquema desde os momentos iniciais. Essa população apresenta vulnerabilidades adicionais — barreiras linguísticas e culturais, dispersão geográfica, baixa inclusão digital e bancária, dificuldade de acesso a canais de contestação e a serviços de defesa — que potencializam o dano causado pelos descontos indevidos e dificultam a reparação”.
Fundo e CNB
A CPMI também aprovou solicitação de informações ao Coaf, ao Banco Central, à Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e ao INSS sobre contas bancárias associadas a entidades que recebem recursos do Fundo do Regime Geral da Previdência Social.
Além disso, foram aprovados pedidos de informações ao Colégio Notarial do Brasil (CNB) para identificar beneficiários por meio de procurações registradas em cartórios.
Confira aqui a lista de todos os requerimentos analisados pela CPMI na reunião desta quinta-feira.VFonte: Agência Senado
Ministro alega que ex-presidente apenas cogitou medidas de exceção.
ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu da trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022.
O ministro rejeitou integralmente a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).O órgão queria a condenação do ex-presidente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A pena poderia chegar a 30 anos de prisão.
O ministro prossegue na leitura do voto sobre as acusações de mais cinco réus. A sessão já dura mais de dez horas.
Acusações
Bolsonaro e mais sete réus respondem pela suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento voltado ao sequestro e homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula.
A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Autogolpe
Para o ministro, a PGR “adotou uma narrativa desprendida dos fatos”. Segundo Fux, os atos praticados por Bolsonaro quando ele estava no cargo não podem ser entendidos como crimes.
“Resta fora dos limites semânticos do tipo penal, o comportamento do mandatário que se encontra no exercício do cargo, mas viola os deveres limites a ele inerentes, com o intuito de perpetuar-se no poder, o chamado autogolpe”, afirmou.
Minuta do golpe
Fux também reconheceu que Bolsonaro apenas cogitou medidas e “não aconteceu nada”. No entendimento dele, a cogitação não é suficiente para punir o ex-presidente.
“Nas reuniões de novembro de 2022, [com as Forças Armadas] houve uma mera cogitação do emprego de medidas de Garantia da Lei e da Ordem, como fruto da irresignação do réu [Bolsonaro] quanto ao insucesso sua representação ao TSE [recurso contra eleições]”, entendeu.
8 de janeiro
Sobre as acusações de responsabilidade pelos atos golpistas, Fux classificou como “ilações” da PGR a suposta ligação de Bolsonaro com os golpistas que depredaram a sede do Supremo, o Congresso e o Palácio do Planalto.
“Esses elementos jamais podem sustentar a ilação de que Jair Bolsonaro tinha algum tipo de ligação com os vândalos que depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023”, declarou.
Fux também disse que Bolsonaro não pode ser responsabilizado por terceiros.
“Não encontra amparo na legislação criminal a pretensão de considerar alguém partícipe de um crime praticado meses ou anos depois por terceiros”, argumentou.
Abin Paralela
Fux também entendeu que Bolsonaro não pode ser punido pela acusação de uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para o monitoramento ilegal de ministros do STF e desafetos políticos.
“Não logrou a acusação explicar quais dispositivos legais proibiam o emprego da ferramenta FirstMile [software espião] pela Abin nem a participação dolosa e direta do réu [Bolsonaro] no que concerne a sua utilização”, disse.
Ataques às urnas eletrônicas
O ministro também rebateu a acusação de que Bolsonaro foi responsável pela propagação de ataques ao sistema eleitoral.
“Não se pode admitir que possa configurar tentativa de abolição do estado democrático de Direito discursos e entrevistas, ainda que contenham questionamentos sobre a regularidade do sistema de votação ou acusações contra membros de outros poderes”, disse.
Quem são os réus
8 de janeiro
Sobre as acusações de responsabilidade pelos atos golpistas, Fux classificou como “ilações” da PGR a suposta ligação de Bolsonaro com os golpistas que depredaram a sede do Supremo, o Congresso e o Palácio do Planalto.
“Esses elementos jamais podem sustentar a ilação de que Jair Bolsonaro tinha algum tipo de ligação com os vândalos que depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023”, declarou.
Fux também disse que Bolsonaro não pode ser responsabilizado por terceiros.
“Não encontra amparo na legislação criminal a pretensão de considerar alguém partícipe de um crime praticado meses ou anos depois por terceiros”, argumentou.
Abin Paralela
Fux também entendeu que Bolsonaro não pode ser punido pela acusação de uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para o monitoramento ilegal de ministros do STF e desafetos políticos.
“Não logrou a acusação explicar quais dispositivos legais proibiam o emprego da ferramenta FirstMile [software espião] pela Abin nem a participação dolosa e direta do réu [Bolsonaro] no que concerne a sua utilização”, disse.
Ataques às urnas eletrônicas
O ministro também rebateu a acusação de que Bolsonaro foi responsável pela propagação de ataques ao sistema eleitoral.
“Não se pode admitir que possa configurar tentativa de abolição do estado democrático de Direito discursos e entrevistas, ainda que contenham questionamentos sobre a regularidade do sistema de votação ou acusações contra membros de outros poderes”, disse.
Quem são os réus
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Fux vota pela absolvição de ex-ministro da Defesa de Bolsonaro
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira (foto), um dos réus do núcleo crucial da trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro.
O voto envolve a absolvição do general dos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A pena poderia chegar a 30 anos de prisão.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação, o general foi acusado de endossar críticas ao sistema eleitoral, instigar a tentativa de golpe e de apresentar uma versão do decreto golpista para pedir apoio aos comandantes das Forças Armadas.
No entendimento de Fux, não há provas de que o ex-ministro tenha participado de uma organização criminosa.
Trama golpista: Fux absolve general Heleno de todos os crimes
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do general do Augusto Heleno (foto), ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Jair Bolsonaro. O militar é um dos réus na ação penal da trama golpista.
O ministro rejeitou integralmente a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão queria a condenação do general pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A pena poderia chegar a 30 anos de prisão.
Durante as investigações, a PGR acusou Augusto Heleno de dar apoio às medidas para desacreditar o sistema de justiça, a votação eletrônica e às ações do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, que era subordinado ao GSI, para a “construção de ações para desacreditar as instituições”.
No voto favorável ao general, Fux disse que não é possível “punir rascunhos privados”. Durante busca e apreensão autorizada pelo STF, a Polícia Federal apreendeu uma agenda de Heleno com anotações contra o sistema eleitoral e citações sobre ações da Abin.
Fux vota pela absolvição total do ex-ministro Anderson Torres
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do ex-ministro da Justiça Anderson Torres (foto), um dos réus do núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado ocorrida no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Pela manifestação do ministro, Torres não deve ser condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A pena poderia chegar a 30 anos de prisão.
Apesar do entendimento de Fux, o placar pela condenação de Torres, Bolsonaro e mais cinco réus está 2 votos a 1. Os votos pela condenação foram proferidos ontem (9) pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) encontrou na casa de Torres o documento chamado de “minuta do golpe”.
Para Fux, o ex-ministro não tinha proximidade com militares e não há provas de que ele teria aderido à tentativa de golpe.
A Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd), a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e a Agência do Rio Sena assinaram, em Paris, um acordo de cooperação técnica. fotos: Mateus Poltronieri
O trabalho do Governo do Estado na recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce foi destaque em duas reuniões realizadas em Paris na última semana. Autoridades francesas, ambientalistas europeus e representantes da sociedade civil puderam conhecer as ações que o Espírito Santo vem realizando nas cidades capixabas impactadas pelo desastre de Mariana. As conferências ambientais na França resultaram também na assinatura de um acordo de cooperação técnica entre a Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd), a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e a Agence de l’Eau Seine Normandie, órgão público francês dedicado à gestão e preservação dos recursos hídricos no território da Bacia Hidrográfica do Rio Sena.
O documento foi assinado pelo secretário de Estado de Recuperação do Rio Doce, Guerino Balestrassi, e pelo diretor da Agência do Rio Sena, Frédéric Chauvel. O governador do Estado, Renato Casagrande, participou, por vídeo chamada, do encontro realizado na capital francesa.
O acordo de cooperação técnica entre o Espírito Santo e a França prevê a troca de experiências e de tecnologias na preservação dos rios, ações de capacitação, aperfeiçoamento nos sistemas de monitoramento e gestão de recursos hídricos, além do fortalecimento institucional dos comitês de bacias hidrográficas e agências de águas.
Um plano de trabalho deverá ser executado em até 60 dias e não haverá repasse de recursos entre as instituições.
O secretário Guerino Balestrassi afirmou que os trabalhos realizados pelo Governo do Estado na preservação da Bacia Hidrográfica capixaba foram bastante elogiados pelas autoridades e pelos ambientalistas europeus.
“Mesmo com apenas oito meses da criação da Secretaria de Recuperação do Rio Doce, os avanços que estamos conquistando são significativos. O Rio Sena, na França, e o Rio Doce, no Brasil, têm praticamente a mesma extensão, cerca de 800 quilômetros. E as duas bacias enfrentam problemas semelhantes”, frisou.
“Os franceses se interessaram muito pelo Programa Reflorestar Doce, que estamos realizando em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Seama. A finalidade é recuperar os processos naturais de circulação da água por meio da conservação e recuperação da cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural. Esse acordo de cooperação técnica vai proporcionar o intercâmbio de ações e de tecnologias entre os dois governos”, afirmou o secretário Guerino Balestrassi.
Depois da assinatura do acordo de cooperação, o secretário participou de uma conferência realizada na Maison de la Vie Associative et Citoyenne, espaço da Prefeitura de Paris destinado a apoiar associações locais, iniciativas cidadãs e a participação da população.
“Muito do sucesso do trabalho do Governo Francês na despoluição do Rio Sena contou com a participação dos comitês e dos moradores das cidades. Uma união que possibilitou, depois de 102 anos, transformar o rio europeu em espaço de lazer e de sustentabilidade”, pontuou Balestrassi.
Quem também participou das reuniões na capital francesa foram os ambientalistas Beto Pego e Fabio Medeiros, da ONG River Planet. A dupla realizou mais uma Descida Ecológica no Rio Sena, desde a nascente, na cidade de Dijon, até a foz, no Canal da Mancha. Em dezembro, no Brasil, a ONG River Planet organizará mais uma tradicional Descida Ecológica do Rio Doce.
Percorrendo Minas Gerais e Espírito Santo, a Descida do Rio Doce será um momento de conscientização sobre os dez anos do desastre ambiental de Mariana.
O secretário Guerino Balestrassi afirmou que os trabalhos realizados pelo Governo do Estado na preservação da Bacia Hidrográfica capixaba foram bastante elogiados pelas autoridades e pelos ambientalistas europeus. fonte Serd Renato Costa Neto / Karina
Pauta tem seis vetos totais para análise / Foto: Kamyla Passos.
À espera da análise de seis vetos a projetos aprovados na Assembleia Legislativa, a pauta de votações permanece trancada. Na sessão ordinária desta quarta-feira (10), o presidente da Comissão de Justiça, Dary Pagung (PSB), manteve o prazo para emitir parecer ao primeiro item da pauta, o veto ao Projeto de Lei (PL) 452/2020, de autoria de Capitão Assumção (PL). A matéria obriga as emissoras de televisão a incluir, nas transmissõs dos telejornais locais, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e recebeu veto total do Executivo.
A análise dos vetos se dá em duas etapas: primeiro a Comissão de Justiça apresenta e vota parecer no qual acolhe ou rejeita o impedimento do governo. Depois é a vez de o Plenário decidir: como se trata de vetos totais, isto é, à íntegra dos textos, se os vetos forem mantidos, as matérias serão arquivadas. Para derrubar um veto são necessários, no mínimo, 16 votos.
O projeto obriga a adoção da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na transmissão dos telejornais locais. A PGE sustenta que tal matéria, por se tratar do tema telecomunicações, é da alçada da União, segundo se extrai da Constituição Federal. Além disso, mexe em contrato firmado entre o Executivo e concessionária de serviço público.
Além disso, estabelece “novas regras para a prestação das emissoras de telejornais, o que configura interferência indevida na gestão do contrato administrativo, pois concessionária prestadora de serviço público telecomunicação estará sujeita as exigências previstas pela norma”. Para a PGE, a proposição atinge a também a livre inciativa. “(…) O Estado não pode interferir na atividade privada ao ponto de escolher como os serviços que serão por ela prestados”.
A proposição permite que produtos apreendidos pela polícia sejam direcionados a instituições públicas, filantrópicas ou de caridade. Segundo a PGE, a inconstitucionalidade deve-se à criação de obrigações ao Executivo, “uma vez que o impõe a obrigação de doar, sempre que possível, bens e produtos apreendidos no exercício do poder de polícia, às instituições públicas, filantrópicas ou de caridade”. A Procuradoria lembra que existe um programa federal com essas características, entretanto “bem mais restrito”.
Ainda segundo a PGE, o projeto viola a autonomia do Executivo ao defender apenas a doação como maneira de destinação dos bens. “(…) Dependendo da situação e dos bens pretendidos, o Executivo poderá entender como pertinente doá-los, utilizá-los, leiloá-los, se for o caso, para arrecadar recursos, ou até mesmo destruí-los”.
PL 889/2023, Coronel Weliton (PRD)
O projeto concede direitos no período de gravidez e amamentação a mulheres da Polícia Militar (PM), Bombeiros e Polícia Civil (PC). Para a PGE, as alterações propostas interferem no regime jurídico único dos agentes públicos. “(…) A organização da relação estatutária dos servidores públicos é atribuição reservada do Poder Executivo, não competindo a outro poder interferência indevida no espaço de decisões acerca dos comandos da administração pública”, frisa o parecer.
Pareceres da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) e da Polícia Civil confirmam o entendimento e apontam que, segundo a Constituição Federal, “a competência para deflagrar a produção de leis que alterem o regime jurídico dos servidores públicos é reservada ao chefe do Poder Executivo”.
O projeto trata da inclusão da disciplina “Educação para o Trânsito” na grade curricular do ensino infantil (até 5 anos) no Espírito Santo. Na análise da PGE, a proposição cria obrigações ao Poder Executivo. O órgão lembra que, conforme a Constituição Estadual, é prerrogativa exclusiva do governador dispor de leis que versam sobre a organização administrativa e pessoal do Executivo e a criação, estruturação e atribuições das secretarias.
As imposições do texto às escolas particulares também foram condenadas. “(…) As normas estaduais que impõem obrigações específicas às escolas particulares ferem objetivamente essa autonomia caso não estejam em conformidade com a legislação federal”, completa.
Por sua vez, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) lembra que o assunto “educação para o trânsito” é tratado de maneira transversal na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nos cadernos metodológicos de mesmo tema emitidos pela pasta em conjunto com o Detran-ES.
A proposta assegura a Indenização por Acidente em Serviço para policiais militares e civis, além de bombeiros que recebem por subsídio. Segundo a PGE, a matéria invade a competência legislativa do chefe do Executivo, que é a autoridade para alterar o regime jurídico, remuneração e organização dos servidores públicos. “Além disso, a matéria também acarreta aumento de gastos ao Poder Executivo, sem, todavia, ser amparada pelo respectivo demonstrativo do impacto orçamentário financeiro da medida, uma vez que haverá a extensão do pagamento àqueles agentes sujeitos ao regime de subsídio”, emenda o órgão.
PL 179/2024, Lucas Polese (PL)
A medida mexe no Projeto Social de Formação, Qualificação e Habilitação Profissional de Condutores de Veículos Automotores para especificar grupos que poderão ser beneficiados pelo programa e vetar a participação de pessoas que estejam cumprindo pena por condenação criminal ou que estejam em liberdade condicional.
O Detran-ES defende o impedimento da proposição com base na política de ressocialização. “Muito embora a justificativa do proponente afirme que tal previsão ‘oferece benesses àqueles que outrora foram malfeitores e causaram graves danos à sociedade’, a permissão de que tais cidadãos se inscrevam no programa visa unicamente possibilitar a ressocialização do apenado cuja pena já tenha sido cumprida integralmente”.
Já a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) destaca que a matéria é uma barreira aos fundamentos da Política Nacional de Atenção à Pessoa Egressa do Sistema Prisional. “Benefícios sociais como o CNH Social desempenham um papel crucial na reintegração de pessoas egressas do sistema prisional. Esses programas e políticas visam reduzir as barreiras que essas pessoas enfrentam ao reingressar na sociedade, promovendo inclusão social, reduzindo a reincidência e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa”, justifica a pasta. fonte ales
Ministro vai propor penas maiores para ex-presidente e Braga Netto, foto stf
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado.
Com o voto do ministro, o placar pela condenação está 2 votos a 0. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, também votou pela condenação. Faltam três votos.
O tempo de pena ainda não foi anunciado e deve ser definido somente ao final da rodada de votação sobre a condenação ou absolvição dos réus. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.
A sessão foi suspensa e será retomada amanhã (10) para o voto dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Dino aceitou totalmente a denúncia da trama golpista apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e condenou os acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
No caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal, a condenação se deu somente por três dos cinco crimes.
Por ser parlamentar, Ramagem não responde pelos crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, ambos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Em sua manifestação, Dino detalhou a participação de todos os acusados e se manifestou pela condenação de todos. Para o ministro, houve atos executórios para realização da tentativa golpista.
“Não se cuidou de mera cogitação. Não se cuidou de meras reflexões, que foram indevidamente postas em agendas, cadernos e folhas”, afirmou.
Penas maiores
Dino também adiantou que vai propor penas maiores para o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto. O ministro entendeu que eles tiveram a participação de liderança e poderão ter tempo de pena maior.
No entanto, o ministro disse que vai votar pela adoção de penas menores para o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio.
“Eu considero que há uma participação de menor importância em relação a cada um deles”, afirmou.
Bolsonaro
Sobre a atuação do ex-presidente, Dino disse que o ex-presidente era uma “figura dominante” na organização criminosa.
“Ele e o réu Braga Netto ocupam essa função. Era quem de fato mantinha o domínio de todos os eventos que estão narrados nos autos, e as ameaças contra os ministros Barroso, Fux, Fachin e Alexandre”, afirmou.
Anistia
Flávio Dino também considerou que os crimes imputados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e mais réus na trama golpista não podem ser anistiados. O ministro citou precedentes do Supremo sobre a questão.
“Esses crimes já foram declarados pelo Supremo Tribunal Federal como insuscetíveis de indulto e anistia”, afirmou.
Ameaças dos EUA
O ministro também acrescentou que “agressões e ameaças de governos estrangeiros” não influenciam no julgamento e são “fatores extra-autos”.
“Não há no voto que vou proferir nenhum tipo de recado, mensagem, nada desse tipo. Há o exame estrito daquilo que está nos autos”, disse.
Forças Armadas
Dino também frisou que a Corte não está julgando as Forças Armadas, mas as acusações específicas contra os militares que são réus.
“Espero que nenhum militar vá para convescotes partidários, utilizando a farda para tecer considerações desairosas a tal e qual posição política”.
Normalidade
Dino também destacou que a análise da ação penal da trama golpista é um “julgamento com outro qualquer” e negou motivação política.
“É um julgamento que se processa segundo as regras vigentes no país, de acordo com o devido processo legal, fatos e provas nos autos e em termos isonômicos”, completou.
Quem são os réus?
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022;
Para ministro, ex-presidente é o líder da organização criminosa. foto stf
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9) para que Jair Bolsonaro se torne o primeiro ex-presidente da história do Brasil a ser condenado pelo crime de golpe de Estado.
Relator da ação penal que tem como alvo uma trama golpista cujo objetivo seria manter Bolsonaro no poder mesmo após derrota nas urnas em 2022, Moraes votou também pela condenação de mais sete ex-auxiliares do alto escalão do governo Bolsonaro.
“O líder da organização [Bolsonaro], exercendo cargo de chefe de Estado e chefe de governo da República Federativa do Brasil, uniu indivíduos de extrema confiança para a realização das ações de golpe de Estado e ruptura das instituições democráticas”, resumiu Moraes na parte final de seu voto, que durou cerca de cinco horas.
O ministro dividiu o voto em 13 “atos executórios” e utilizou a apresentação de slides para expor os documentos e depoimentos que a seu ver comprovam o envolvimento dos réus com a trama golpista.
Logo ao abrir sua fala nesta terça, Moraes salientou não haver dúvidas da existência de uma tentativa de golpe de Estado, diante sobretudo da quebradeira ocorrida em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Em seguida, ele buscou demonstrar como a Procuradoria-Geral da República (PGR) conseguiu comprovar o complô golpista. Entre as provas apresentadas, por exemplo, estão anotações dos réus que remontam a meados de 2021, quando o plano de golpe começou a ser colocado em prática, observou Moraes.
Entre as provas, o ministro deu grande ênfase ao discurso em praça pública, no 7 de setembro de 2021, em que Bolsonaro afirma que somente deixaria o poder morto ou preso. “E quero dizer aos canalhas que não serei preso”, disse o ex-presidente na ocasião, diante de milhares de apoiadores.
“O líder do grupo criminoso deixa claro aqui, de viva voz, de forma pública, para toda a sociedade, que jamais aceitaria uma derrota democrática nas eleições, que jamais aceitaria ou cumpriria a vontade popular”, frisou Moraes.
O ministro ressaltou ainda a “sofisticação” da organização criminosa, “visto que os réus utilizaram a estrutura do Estado brasileiro para se reunir de modo estável e permanente, com a intenção de permanecer no poder independentemente de eleições”.
Antes de encerrar, Moraes negou ainda que o crime de abolição de Estado Democrático de Direito se confunda com o de golpe de Estado, afirmando que os dois foram praticados em separado pelos réus.
O ministro afastou uma das principais linhas de defesa dos advogados, em especial da equipe que defende Bolsonaro. Para as defesas, os atos apontados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, como criminosos, na verdade, não passaram de “pensamentos” ou “cogitações” que não caracterizam crime, sendo no máximo “atos preparatórios” para ilícitos afinal não cometidos.
“Aqui não se pode confundir a consumação do golpe com a consumação da tentativa de golpe”, afirmou Moraes.
Para o ministro, a mera tentativa do crime de golpe de Estado já caracteriza ato ilegal, até porque não faria sentido um tipo penal que criminalizasse somente golpes bem-sucedidos.
“Ninguém nunca na história viu golpista que deu certo se colocar no banco dos réus. [Se o golpe tivesse sido consumado] quem estaria no banco dos réus é o Supremo Tribunal Federal”, observou o ministro.
“A organização criminosa narrada na denúncia pela PGR realmente iniciou a prática das condutas criminosas, com atos executórios concretos e narrados anteriormente [no voto], em meados de 2021, e permaneceu atuante até o 8 de janeiro de 2023”, afirmou.
Julgamento
Nesta terça-feira (9), a Primeira Turma retomou o julgamento, iniciado em 2 de setembro, que pode condenar Bolsonaro e mais sete aliados por uma trama golpista que teria atuado para reverter o resultado das eleições de 2022.
O grupo faz parte do núcleo crucial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), formado pelas principais cabeças do complô.
O julgamento começou na semana passada, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus.
A partir de hoje, foi iniciada a votação que resultará na condenação ou absolvição dos réus. Depois de Moraes, deve votar o ministro Flávio Dino, ainda na tarde desta terça. Também foram reservadas sessões nos dias 10, 11 e 12 de setembro para finalização do julgamento.
Até a próxima sexta-feira (12), devem votar ainda, nessa ordem, os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma e responsável por conduzir os trabalhos .
Quem são os réus
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Crimes
Todos os réus respondem pelos crimes de:
Organização criminosa armada,
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
Golpe de Estado,
Dano qualificado pela violência e grave ameaça e
Deterioração de patrimônio tombado.
A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição.
A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro. fonte agência brasil
Votos começarão na sessão de terça-feira (9); confira ordem. foto arquivo – agencia brasil
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na terça-feira (9) o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.
Nesta semana, o colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os outros réus a mais de 30 anos de prisão.
Foram reservadas as sessões dos dias 9,10,11 e 12 de setembro para finalização do julgamento.
Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento voltado ao sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula. A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Quem são os réus?
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Próximos passos
Na terça-feira (9), às 9h, a sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Em seguida, será passada a palavra ao relator, ministro Alexandre de Moraes, que será o primeiro a votar.
Em sua manifestação, Moraes vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição.
Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre as questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito. Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena.
Sequência de votação
Após o voto do relator, os demais integrantes da turma vão proferir seus votos na seguinte sequência:
Flávio Dino;
Luiz Fux;
Cármen Lúcia;
Cristiano Zanin.
A maioria de votos pela condenação ou absolvição ocorrerá com três dos cinco votos do colegiado.
Prisão
A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática após o julgamento e só poderá ser efetivada o após a análise dos recursos contra a condenação.
Recursos
Em caso de condenação com um voto a favor da absolvição, Bolsonaro e os demais réus terão direito a mais um recurso para evitar a prisão, a ser analisado também pela Primeira Turma. A condição pode ser obtida com placar de 4 votos a 1, por exemplo.
Com a publicação do acórdão com o eventual placar desfavorável, as defesas poderão apresentar os chamados embargos de declaração, recurso que tem objetivo de esclarecer omissões e contradições no texto final do julgamento. Em geral, esse tipo de recurso não tem poder para rever o resultado do julgamento e costuma ser rejeitado.
Para conseguir que o caso seja julgado novamente e levado a plenário, os acusados precisam obter pelo menos dois votos pela absolvição, ou seja, placar mínimo de 3 votos a 2. Com agência brasil
Deputado estadual do PT João Coser. foto assessoria do deputado
Na última sexta-feira dia 05/09, o deputado estadual João Coser (PT/ES), se reuniu com as lideranças e filiados do Partido dos Trabalhadores nas cidades de Pancas e de Colatina.
Pela manhã na cidade de Pancas o deputado João Coser, se reuniu e prestigiou a posse do novo Presidente do Diretório Municipal do PT Pancas e participou de um encontro com os produtores da agricultura familiar do município, onde alinharam algumas demandas (recursos) para as comunidades.
Em Colatina, o deputado João Coser teve uma agenda com vários encontros, na parte da tarde o deputado João Coser, deu entrevistas na rádio Massa FM elogo em seguida no portal afolhaonline.com.
No final da tarde, ele se reuniu com lideranças Sindical, filiados (a) do Partido dos Trabalhadores e prestigiou da posse do novo Presidente do Diretório Municipal do PT Colatina, ex-deputado estadual Genilvado Lievore.
Nesses dois encontros o deputado João Coser, colocou seu mandato à disposição dos municípios, principalmente nas demandas busca o fortalecimento da agricultura familiar, das pessoas idosas, do turismo, da moradia, na qualidade de vida do homem do campo e entre tantas outros.
João Coser ser reuniu com os produtores da agricultura familiar em Pancas. foto divulgação
POSSE DE JOÃO COSER
Com 4.027 votos, o deputado estadual João Coser, foi eleito como novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Espírito Santo, após vencer o Processo de Eleição Direta (PED) da legenda. A vice-presidente na chapa é a deputada estadual Iriny Lopes (PT/ES). O mandato dos eleitos terá duração de quatro anos (2025/2029).
Na solenidade de posse de João Coser, como novo Presidente do Diretório do Partido dos Trabalhadores do Espírito Santo (PT/ES), acontecerá no dia 13/09, no Ifes Campus Cariacica, ainda no mesmo dia, serão apresentados os nomes que compõem a executiva do Partido. O evento de posse contará com a participação de deputados, prefeitos e vereadores, além dos novos dirigentes e filiados da sigla.
A missão de João Coser na presidência do partido é de reorganizar o Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado e nos municípios, com objetivo de impulsionar a militância e fortalecer a atuação do partido nos próximos anos.
Em forma de gratidão, o deputado João Coser agradece a todos os companheiros pelo apoio na eleição PED 2025. Ele comentou que aconteceu um amplo debate e dialoga na construção de um projeto de entrega político voltado para o povo capixaba. Ele agradeceu também o apoio do atual Presidente Nacional do PT Edinho Silva e da ministra Gleisi Hoffmann,que irão proporcionar a nova direção no PT do Espírito Santo, um novo caminho de mais prosperidade ao PT e povo capixaba.
A presença de companheiros históricos, de representantes de movimentos sociais e da nossa juventude, na posse, inclusive na composição do diretório, me dá ainda mais certeza de que vamos fazer um ótimo trabalho” João Coser.
Perfil do deputado João Coser.
João Carlos Coser eleito deputado estadual em 2022 com 58.279 votos, ele é membro fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) no Espírito Santo, no começo dos anos 1980, quando também foi um dos fundadores da Associação de Moradores de Itararé, bairro de Vitória.
O primeiro mandato eletivo foi de deputado estadual (1987-1991), cargo para o qual foi reeleito (1991-1995). Em 1992 foi candidato a prefeito de Vitória. Nas eleições gerais de 1994, foi eleito deputado federal, ocupando a cadeira na Câmara por dois mandatos seguidos (1995 a 2003). Nas eleições de 2002 coser disputou uma das duas vagas para o Senado Federal, mas ficou em 3º na disputa, com 584 mil votos.
Em 2004 foi eleito prefeito da capital Vitória em pleito decidido em dois turnos, sendo reeleito no primeiro turno em 2008, disputa que contou com uma ampla coligação partidária. Durante o segundo mandato municipal presidiu a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP).
Na Assembleia Legislativa (Ales), o deputado João Coser atua com muita capacidade e interlocução e articulação política em prol dos capixabas. Ele lembrou também que trabalha junto ao Governo Federal e o Governador do estado Renato Casagrande (PSB/ES) para que ele atenda as suas reivindicações (projetos) na agricultura familiar, para pessoas idosos e também na geração de emprego e renda.
ALGUMAS INDICAÇÕES DO DEPUTADO
O projeto Cidade Amiga do Idoso visa incentivar a formulação de políticas públicas.
Implantação de UPA em Vitória.
Construção de Unidade do HEMOES em Cachoeiro do Itapemirim.
Drenagem e pavimentação na estrada a Itaguaçu aso distritos de Itaçu e Paraju.
Solicitação do aumento do valor do teto de isenção do ICMS para R$ 200 mil para compra de veículos por pessoa com deficiência
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
ELEIÇÕES 2026
O novo presidente estadual do PT João Coser, disse que após a sua posse, irá se reunir com as lideranças e filiados (a) do partido, porque a sua principal missão à frente da legenda e dos companheiros será garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições 2026.
Coser disse que estará presente nas bases, reorganizar seus diretórios, dialogar com o povo capixaba e se preparar para uma campanha eleitoral em 2026 com muitos desafios, e que todos do Partido tem o compromisso de fortalecer a luta em defesa do legado e da reeleição do presidente Lula, e também de reeleger Fabiano Contarato ao Senado, de ampliar a representação na Assembleia Legislativa do ES e na Câmara dos Deputados em 2026, Disse João Coser.
Projeto político para 2026
Apoio à agricultura familiar e à reforma agrária
Reindustrialização e fortalecimento da economia nacional
Redistribuição de renda e combate à desigualdade
Valorização do empreendedorismo de pequeno e médio porte
Ampliação de políticas públicas voltadas à população mais vulnerável