Setor de tecidos, roupas e calçados cresce 25% e varejo capixaba se destaca entre os estados da região Sudeste

Setor de tecidos, roupas e calçados cresce 25% e varejo capixaba se destaca entre os estados da região Sudeste

Alta se refere à comparação entre julho de 2024 e de 2025. Movimentação do comércio em geral subiu 4,3% entre janeiro e julho deste ano, taxa 2,5 vezes maior que a brasileira. foto Pexels.

O comércio do Espírito Santo mostrou mais uma vez a sua força. Enquanto grande parte do país enfrenta oscilações, o varejo capixaba segue em ritmo acelerado, sustentado principalmente pelo crescimento expressivo do setor de tecidos, roupas e calçados, que avançou 25,3% em julho deste ano na comparação com o mesmo mês de 2024.

Além disso, no acumulado do ano, entre janeiro e julho, o Espírito Santo registrou alta de 4,3% no volume de vendas do varejo, desempenho mais de 2,5 vezes superior à média brasileira (1,7%) e mais de três vezes maior que o Sudeste (1,3%). Entre os estados da região, Minas Gerais cresceu 1,8% e São Paulo, 1%. Já Rio de Janeiro sofreu retração de 2%.

As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nos dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O Espírito Santo se consolida como líder regional e mostra vitalidade no consumo, mesmo em um cenário de cautela econômica no país”, afirmou André Spalenza, coordenador do eixo Observa do Connect Fecomércio-ES, o Observatório do Comércio.

O índice de volume de vendas do varejo capixaba chegou a 111,2 pontos, o terceiro maior para um mês de julho desde o início da série histórica em 2004, superando até períodos de recuperação econômica como 2022, marcado pelos estímulos pós-pandemia que ampliaram o acesso ao crédito.

No comparativo interanual, julho de 2025 registrou crescimento de 3,7% frente ao mesmo mês de 2024, desempenho que mais que dobrou a média do Brasil (1%) e do Sudeste (0,7%). Segmentos como móveis e eletrodomésticos (15,7%) e farmacêuticos, médicos e de perfumaria (11%) também apresentaram forte alta.

No varejo ampliado, que inclui veículos, motocicletas, partes e peças, materiais de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o Espírito Santo avançou 2,6% no acumulado do ano, enquanto o Brasil (-0,2%) e o Sudeste (-0,6%) encolheram. O destaque foi o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, que cresceu 28,3% em julho frente ao mesmo mês de 2024 e 24,6% no acumulado do ano (janeiro a julho).

“Os números mostram que o consumo no Espírito Santo tem se apoiado em setores de grande elasticidade, como o vestuário, e em segmentos essenciais, como o atacado de alimentos. Essa combinação contribui para a resiliência do varejo capixaba”, explicou Spalenza.

A manutenção da confiança dos consumidores nos últimos três anos, medida pelo Índice de Intenção de Consumo das Famílias na zona otimista (acima de 100 pontos), também ajudou a sustentar os bons resultados. “Aliado ao desempenho de setores estratégicos, esse ambiente de confiança reforça o papel do Espírito Santo como protagonista no varejo da região”, complementou o coordenador do Eixo Observa do Connect Fecomércio-ES.

A pesquisa completa, com os dados detalhados, está disponível no site portaldocomercio-es.com.br.

Sobre o Sistema Fecomércio-ES
A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e representa 405.455 empresas, responsáveis por 58% do ICMS arrecadado no estado e pelo emprego de 652 mil pessoas. Com mais de 30 unidades, tendo ações itinerantes e presente em todos os municípios capixaba – seja de forma física ou on-line –, o Sistema Fecomércio-ES atua em todo o Espírito Santo. A entidade representa 24 sindicatos empresariais e tem como missão contribuir para o desenvolvimento social e econômico do estado. O projeto Connect é uma parceria entre Fecomércio-ES e Faesa, com apoio do Senac-ES, Secti-ES, Fapes e Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI). fonte Kelly Kalle – Sistema Fecomércio-ES

81% das empresas brasileiras relatam escassez de profissionais em 2025

81% das empresas brasileiras relatam escassez de profissionais em 2025

; Estudo aponta dificuldade crescente na contratação de profissionais qualificados; trabalho temporário surge como alternativa adotada por empresas; foto Reprodução/Freepik

A escassez de talentos se tornou um desafio global no mercado de trabalho. Em um cenário marcado pela digitalização acelerada e outras transformações estruturais, muitos profissionais ainda enfrentam dificuldades para atender às exigências de qualificação.

Esse foi o foco de um estudo divulgado pelo ManPowerGroup em 2025, que revelou que 74% das empresas no mundo têm dificuldades para encontrar funcionários qualificados. No Brasil, esse índice é ainda mais alto: 81% das companhias relatam o mesmo problema.

A pesquisa também analisou os setores mais impactados e os fatores que contribuem para essa realidade, indicando que a solução está longe de ser imediata.

Pesquisa aponta causas da escassez de talentos

Segundo os responsáveis pelo levantamento, transformações digitais e mudanças demográficas estão tornando os cargos mais complexos. Isso dificulta a adaptação dos candidatos, que muitas vezes não conseguem acompanhar o ritmo das novas exigências do mercado.

Embora o Brasil esteja entre os países mais afetados, nações como Alemanha, Israel e Portugal apresentam índices ainda mais elevados, com escassez próxima de 90%. O avanço do problema em território brasileiro é notável: em 2018, apenas 34% das empresas relatavam essa dificuldade.

Entre os setores mais prejudicados, transporte e logística lideram, com 91% das empresas enfrentando falta de mão de obra qualificada. Finanças, mercado imobiliário, energia e tecnologia da informação (TI) também estão entre os mais afetados.

Geograficamente, São Paulo concentra o maior índice, com 84% das empresas relatando escassez de talentos, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além disso, a área de TI e Dados é considerada a mais difícil para contratação, acompanhando a média global.

Apesar do cenário, o estudo apontou estratégias adotadas por algumas empresas para minimizar o problema. Cerca de 40% dos empregadores afirmam investir na capacitação dos próprios colaboradores, enquanto 26% buscam contratar em novos polos.

Trabalho temporário ganha força como solução

Em resposta à escassez de talentos e à instabilidade econômica, o modelo de trabalho temporário tem se consolidado no Brasil como uma alternativa. Esse modelo permite que empresas mantenham suas operações e que trabalhadores encontrem uma porta de entrada para o mercado formal.

Entre abril e junho de 2025, mais de 630 mil vagas temporárias foram abertas no país, crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, datas comemorativas e setores como indústria, agronegócio e e-commerce aumentam a demanda.

Regulamentado pela Lei 6.019/74, o trabalho temporário garante direitos como salário proporcional, férias e 13º salário, além de oferecer segurança jurídica e redução de custos operacionais para as empresas contratantes.

O modelo também contribui para a inclusão no mercado de trabalho, sobretudo entre jovens e pessoas com pouca experiência. Hoje, metade das vagas temporárias é ocupada por mulheres, demonstrando avanços em termos de equidade de gênero.

Com boas perspectivas para o segundo semestre, o trabalho temporário tende a se consolidar como um motor da economia nacional. No cenário atual, essa modalidade pode oferecer às empresas maior flexibilidade e agilidade nos processos de contratação. Fonte Alan Santana – jornalista

Banco Central prevê crescimento de 1,5% para o PIB em 2026

Banco Central prevê crescimento de 1,5% para o PIB em 2026

Projeção revisada para este ano é 2%. foto  FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL

O Banco Central (BC) divulgou, nesta quinta-feira (25), a projeção de crescimento de 1,5% para o Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade) em 2026. A instituição também revisou a projeção para 2025, passando de um crescimento de 2,1% para 2% ao final deste ano. Os dados fazem parte do Relatório de Política Monetária referente ao terceiro trimestre de 2025.

relatório apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e avalia a evolução recente e as perspectivas da economia, especialmente as projeções de inflação.

O BC afirma que mantém a expectativa de continuidade da moderada atividade econômica ao longo do segundo semestre de 2025 e que essa tendência deve se estender para 2026. Por conta de fatores como os efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos, mas também de prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, o BC revisou a projeção de crescimento de 2,1% do PIB apresentada no último relatório, de junho, para 2% em 2025.

Já para 2026, a expectativa é de manutenção da política monetária em campo restritivo e baixo nível de ociosidade dos fatores de produção, de desaceleração da economia global e ausência do impulso agropecuário observado em 2025. Por conta desses fatores, o crescimento deverá ser inferior ao deste ano, chegando a 1,5%.

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Inflação

O BC ressalta que a inflação no Brasil segue acima da meta e que esse cenário deverá se manter, conforme a pesquisa Focus, tanto em 2025 quanto em 2026, quando deverá chegar, respectivamente, a 4,8% e 4,3%.

A projeção divulgada no Relatório de Política Monetária é que apenas no primeiro trimestre de 2027, ela se aproxime do centro da meta, chegando a 3,4%. A meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) é 3%, com intervalo de tolerância de menos 1,5 ponto percentual e mais 1,5 ponto percentual, isto é, de 1,5% a 4,5%.

Crédito

projeção para o crescimento do saldo do crédito ofertado tanto para pessoas físicas quanto para empresas em 2025 aumentou, de acordo com o relatório, de 8,5% para 8,8%. Esse aumento é puxado principalmente pelo desempenho acima do esperado do crédito direcionado às empresas. Já para 2026, o crescimento desse saldo deverá ser menor, de 8%, apresentando uma redução no crescimento tanto do crédito a pessoas físicas como no de pessoas jurídicas.

Emprego

Outro destaque do relatório é o emprego. A análise mostra que o mercado de trabalho continua aquecido e a taxa de desocupação nos últimos meses foi menor do que a esperada pela instituição. A taxa de desemprego em agosto foi 4,3%. Na análise do BC, ainda historicamente baixa e próxima da faixa de oscilação dos últimos doze meses e do nível de equilíbrio estimado.

De acordo com o relatório, a geração de empregos com carteira desacelerou, mas continua forte. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), dessazonalizados pelo BC, foram gerados em média 113 mil empregos por mês no trimestre maio-julho, abaixo da média de 165 mil verificada no trimestre anterior. A desaceleração foi mais significativa na construção civil e na indústria de transformação.

O BC afirma, no entanto, que apesar do arrefecimento no último trimestre, a geração líquida de empregos permanece em patamar historicamente elevado: no acumulado do ano até julho atingiu 1,34 milhão, apenas 148 mil postos abaixo do verificado no mesmo período de 2024.

O rendimento médio do trabalho medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad Contínua mantém crescimento alto em termos reais. No trimestre encerrado em julho, a variação acelerou para 1%, ante 0,6% no trimestre anterior, impulsionada pelos ganhos entre trabalhadores informais.

Atuação do Banco Central

Diante dos indicadores apresentados, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, avalia que a política monetária conduzida pela instituição está no caminho “que deve ser feito”, como afirmou em coletiva de imprensa após a divulgação do relatório, no final da manhã desta quinta. 

“A gente vem renovando a mínima sobre desemprego, de maneira sucessiva. O mercado trabalho vem mostrando bastante resiliência, com desemprego na mínima histórica e renda na máxima histórica”, diz o presidente.

E acrescenta: “Para a gente, o pior cenário que existe para o trabalhador, aquele com a maior queda de renda do trabalho, é quando a gente tem uma inflação elevada. Então, é importante que essa boa performance que se viu nos últimos anos da atividade econômica e do mercado de trabalho seja preservada, preservando a renda do trabalhador. Como é que você preserva a renda do trabalhador? Colocando a inflação na meta, permitindo que ele tenha uma inflação baixa, uma inflação não seja um tema na vida das pessoas.”

Com o argumento, Galípolo defendeu a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15%. A taxa é considerada alta pelo governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que o cenário seja melhor em 2026 e que possa haver uma queda na taxa. 

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter o impulso que a demanda aquecida provoca no aumento de preços. Os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, freando a atividade econômica. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

“O papel do, do banqueiro central é um pouco mais difícil do que de outras autarquias e secretarias, porque às vezes ele tem que desagradar um pouquinho, né?”, comentou Galípolo, que reforçou que os indicadores de emprego e salário reforçam que a atuação do BC tem sido acertada: “Dá mais convicção de que o caminho é esse mesmo e é o que deve ser feito”.

fonteMARIANA TOKARNIA – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

Comissão de Finanças da Ales se prepara para análise do Orçamento

Comissão de Finanças da Ales se prepara para análise do Orçamento

Com a proximidade do fim do prazo para envio do projeto que estabelece a Lei Orçamentária Anual (LOA) – 30 de setembro. Foto: Paula Ferreira

Com a proximidade do fim do prazo para envio do projeto que estabelece a Lei Orçamentária Anual (LOA) – 30 de setembro – , o presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, deputado Mazinho dos Anjos (PSDB/ES), aproveitou a reunião desta segunda-feira (22) para alertar os demais parlamentares da Casa para que se organizem quanto à elaboração das emendas.

“É bom que os deputados fiquem atentos e já se articulem para protocolarem suas emendas. Assim que o projeto chegar, o presidente deve encaminhar à comissão e vamos abrir o prazo para as emendas. O prazo é curto e é importante que os deputados já deixem tudo preparado”, disse Mazinho.

A LOA é o planejamento governamental sob o ponto de vista físico-financeiro e compreende o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

Projetos analisados

A Comissão de Finanças aprovou cinco dos sete projetos da ordem do dia. Dois projetos tiveram sua votação adiada pelo presidente do colegiado, por serem temas mais polêmicos e porque os relatores não estavam presentes.

Dos cinco projetos apreciados e aprovados, três se relacionam com o incentivo ao turismo do Espírito Santo: um cria a Rota dos Ipês, em Domingos Martins, de iniciativa do deputado Marcelo Santos (União/ES).

Os outros dois declaram patrimônio cultural material o socol, produzido em Venda Nova do Imigrante; e patrimônio histórico cultural imaterial o Festival Sommerfest, em Domingos Martins. Ambos são de iniciativa do deputado Coronel Weliton (PRD/ES), presidente da Comissão de Turismo.

Também foram aprovadas a garantia de carteira de identificação de pacientes hemofílicos, de autoria do deputado Dr. Bruno Resende (União/ES), e a concessão de adicional de insalubridade a policiais civis que exercem a função de examinador veicular – vistoriador no Espírito Santo, de autoria do deputado Delegado Danilo Bahiense (PL/ES).

Como a Comissão de Finanças é a última a emitir parecer para as propostas que tramitam na Casa, os projetos aprovados nesta segunda estão aptos a serem incluídos na pauta de votações da sessão. fonte ales

Ata do Copom indica Selic a 15% “por período bastante prolongado”

Ata do Copom indica Selic a 15% “por período bastante prolongado”

Comitê projeta inflação mais perto do centro da meta no fim de 2026. RAFA NEDDERMEYER/AGÊNCIA BRASIL

As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que fizeram com que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidisse, na semana passada, manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15%. A avaliação foi divulgada nesta terça-feira (23) na ata da última Reunião do Copom, que ocorreu nos dias 16 e 17 de setembro .

Após uma “firme elevação de juros”, o Comitê optou por “interromper o ciclo e avaliar os impactos acumulados”. A intenção é, de acordo com a ata, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada. 

“O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. O Comitê seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, afirma o documento.

Cenários interno e externo

Na Ata, o Comitê cita a conjuntura econômica dos Estados Unidos e as tarifas impostas pelo país como fatores externos que têm tido “maior impacto” do que temas estruturalmente desafiadores, que, por sua vez, têm tido menor impacto na formação dos preços de mercado do que esperado.

“Sobressai, assim, o debate sobre o início do ciclo de corte por parte do Federal Reserve [Banco Central dos Estados Unidos] e o ritmo de crescimento norte-americano, ao mesmo tempo em que persistem dúvidas sobre o impacto das tarifas sobre a inflação norte-americana. De todo modo, os riscos de longo prazo, que inclusive contribuem para tornar o cenário incerto, como a introdução de tarifas e a elevação de gastos fiscais, se mantêm presentes”, diz a Ata.

No cenário interno, o Copom avalia que “a conjuntura de atividade econômica doméstica segue indicando certa moderação no crescimento”. O comitê diz ainda que estímulos fiscais ou de crédito ainda não provocaram impactos relevantes para alterar esse cenário. “As pesquisas setoriais mensais e os dados mais tempestivos de consumo corroboram, em geral, o prosseguimento de uma redução gradual de crescimento”, diz o documento.

Meta da inflação

Em relação à inflação, o Comitê ressalta que as expectativas, medidas por diferentes instrumentos e obtidas de diferentes grupos de agentes, “permanecem acima da meta de inflação em todos os horizontes, mantendo o cenário de inflação adverso”.

Diante desse cenário, o Copom optou por manter a taxa Selic em 15%. “Após uma firme elevação de juros, o Comitê optou por interromper o ciclo e avaliar os impactos acumulados. Agora, na medida em o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”, diz a Ata da última reunião.

Projeções

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter o impulso que a demanda aquecida provoca no aumento de preços. Os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, freando a atividade econômica.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Os bancos consideram outros fatores além da Selic na hora de definir os juros a serem cobrados dos consumidores, entre eles risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Com a decisão, o Copom prevê que a variação da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feche 2025 em 4,8%, ainda acima da margem de tolerância. A meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) é 3%, com intervalo de tolerância de menos 1,5 ponto percentual e mais 1,5 ponto percentual, isto é, de 1,5% a 4,5%.

Já a projeção para 2026 é uma variação do IPCA de 3,6%, que deve cair para 3,4% no primeiro trimestre de 2027, índices mais próximos do centro da meta. FONTE AGÊNCIA BRASIL

Inscrições abertas para participar de evento gratuito que vai debater estratégias de fortalecimento do turismo capixaba

Inscrições abertas para participar de evento gratuito que vai debater estratégias de fortalecimento do turismo capixaba

ConecturES, que será realizado no dia 26 de setembro, é voltada para profissionais do setor, empresários e gestores públicos e vai contar com palestra e oficinas sobre inovação, turismos de experiência e pedagógico, governança e roteiros turísticos. foto divulgação

O turismo capixaba vai ganhar um espaço inédito de diálogo e inovação no dia 26 de setembro, quando o Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac irá realizar a primeira edição do ConecturES 2025, o Encontro Capixaba de Estratégias para o Turismo, que promete conectar ideias, destinos e pessoas.

Gratuito e voltado para empresários, gestores públicos, estudantes, lideranças, profissionais do setor e representantes da sociedade civil, o evento acontecerá das 9 às 17 horas no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória, em celebração ao Dia Mundial do Turismo, comemorado em 27 de setembro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site https://jacredenciei.com.br/e/conectures2025.
O encontro terá uma programação intensa que começa com falas institucionais de representantes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Ministério do Turismo, Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), governo do Estado e Sebrae-ES.

Na sequência, a publicitária e estrategista Renata Freire comandará a palestra magna Marketing dê sentidos: Transformando a jornada do cliente em experiências memoráveis, que abordará o uso dos cinco sentidos, da humanização e da inovação para criar experiências de hospitalidade que encantam e fidelizam os visitantes.

À tarde, os participantes poderão escolher entre quatro oficinas simultâneas com especialistas renomados: Roteirização turística, Criatividade para inovar no turismo, Governança, políticas públicas e integração regional e Turismo pedagógico e conexões interdisciplinares. Elas serão lideradas, respectivamente, por Helio Zanona, que é guia de turismo, graduado em Turismo e especialista em marketing e planejamento; Marcelo Pimenta, professor, consultor do Sebrae, empresário, escritor e especialista em Inovação; Leonardo Resende, bacharel em Turismo, guia de turismo e especialista em Governança e Inovação em Turismo; e Letícia Fischer, executora técnica do Projeto Tamar, voltado para a conservação das tartarugas marinhas.

O presidente do Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac, Idalberto Moro, ressaltou que o encontro reforça o papel da entidade como articuladora de políticas e estratégias para o setor. Ele explicou que o ConecturES é mais uma estratégia estruturante em prol do turismo capixaba que o Sistema Fecomércio-ES está propondo para o estado, por meio da Câmara Empresarial do Turismo (CET-ES), órgão consultivo da Federação.

“O ConecturES será um marco na forma como pensamos o turismo capixaba. É um convite para refletirmos juntos sobre inovação, experiência, tecnologia e sustentabilidade, fortalecendo um setor que é essencial para o desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo”, destacou.

Já o presidente da Câmara Empresarial do Turismo (CET-ES), Raimundo Nonato, órgão ligado à Fecomércio-ES, frisou que o setor movimenta a economia, gera empregos e contribui para o desenvolvimento regional. “Por isso, estamos reunindo os principais atores do turismo capixaba para construir soluções colaborativas que impulsionem ainda mais o crescimento e a competitividade do nosso estado”.

Além de fomentar conexões entre diferentes segmentos do trade turístico, o ConecturES oferecerá certificação para os inscritos nas oficinas. A intenção do Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac é consolidar o evento como um espaço anual de articulação e formação para os profissionais do setor. O evento tem apoio do Sebrae-ES, da CNC e do governo do Estado.

SERVIÇO
Saiba mais sobre o primeiro encontro capixaba de estratégias para o turismo:

ConecturES 2025 – Conectando ideias, destinos e pessoas
Data: 26 de setembro
Local: Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória
Horário: Das 9h às 17h
Público-alvo: Secretários e técnicos de turismo dos municípios capixabas, empresários e donos de agências de viagens, representantes de instâncias de governança, lideranças de entidades setoriais, estudantes e profissionais do setor
Inscrições: https://jacredenciei.com.br/e/conectures2025
Entrada gratuita e certificação para os inscritos nas oficinas

Programação:
9h – Boas-vindas com café da manhã
10h – Falas institucionais de abertura com representantes da CNC, Ministério do Turismo, Embratur, Governo do Estado e Sebrae
10h30 – Palestra magna: Marketing dê sentidos: Transformando a jornada do cliente em experiências memoráveis, com Renata Freire, publicitária, estrategista e especialista em transformar marcas em experiências
11h30 – Abertura para perguntas
12h – Pausa para almoço
14h – Retorno
14h30 – Oficinas simultâneas
Oficina 1 – Roteirização turística, com Helio Zanona, guia de turismo, graduado em Turismo, com MBA em Marketing, especialista em Planejamento e Gestão de Empreendimentos e Destinos Turísticos Sustentáveis, sócio da empresa Makunaima Soluções em Turismo
Oficina 2 – Criatividade para inovar no turismo, com Marcelo Pimenta, professor, consultor do Sebrae, empresário, escritor e especialista em Inovação
Oficina 3 – Governança, políticas públicas e integração regional, com Leonardo Resende, bacharel em Turismo, guia de turismo, especialista em Governança e Inovação em Turismo e gerente de Desenvolvimento e Governança Turística da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul
Oficina 4 – Turismo pedagógico e conexões interdisciplinares, com a Letícia Fischer, executora técnica do Projeto Tamar, voltado para a conservação das tartarugas marinhas
16h30 – Encerramento

O turismo e o Sistema Fecomércio-ES:
O setor de turismo é uma prioridade para o Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac e também para a CET-ES, órgão consultivo da Federação. O Sistema busca impulsionar o turismo e representar os interesses dos empresários do setor, uma vez que o turismo é uma engrenagem estratégica para o crescimento do estado e do país, capaz de gerar empregos, distribuir renda e transformar a qualidade de vida da população.

Há sete décadas, o Sistema atua para fortalecer essa cadeia. O Senac-ES qualifica profissionais para atuarem com excelência em todas as áreas ligadas à atividade turística, enquanto o Sesc-ES promove ações que elevam a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar dos trabalhadores do setor e suas famílias, por meio de eventos e também de suas unidades e parques aquáticos.

Por meio da CET-ES, a Fecomércio-ES amplia esse compromisso ao reunir lideranças para construir caminhos conjuntos, elaborar estudos e propor estratégias que impulsionem o turismo capixaba nas esferas federal, estadual e municipal. fonte Kelly Kalle

Confiança dos empresários do comércio capixaba cresce e indicador ultrapassa a média nacional

Confiança dos empresários do comércio capixaba cresce e indicador ultrapassa a média nacional

Número, que chegou a 106,4 pontos, considerado satisfatório para o empreendedor, também é maior que a média do Sudeste em agosto

A confiança dos empresários capixabas tem chamado a atenção. Em agosto, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) do Espírito Santo subiu 2,4% em relação a julho e alcançou 106,4 pontos, patamar considerado satisfatório (acima de 100). O avanço colocou o estado como líder do Sudeste e acima da média nacional (102,2 pontos), confirmando um cenário de retomada do otimismo no setor varejista, que tem tido altas desde maio.

As análises são de levantamento do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O Espírito Santo foi o único estado do Sudeste a registrar crescimento no mês, liderou o índice e manteve estabilidade na variação interanual, quando os demais estados da região registraram queda. São Paulo teve retração de 2,9%, Minas Gerais caiu 0,6% e o Rio de Janeiro ficou estável.

Segundo André Spalenza, coordenador do eixo Observa do Connect Fecomércio-ES, o Observatório do Comércio, o avanço da confiança mostra que o setor começa a colher os frutos da preparação para o segundo semestre, período tradicionalmente mais aquecido para as vendas e para a geração de empregos.

Segundo André Spalenza, coordenador de pesquisa do Connect Fecomércio-ES, o Observatório do Comércio, o avanço da confiança mostra que o setor começa a colher os frutos da preparação para o segundo semestre, período tradicionalmente mais aquecido para as vendas e para a geração de empregos.

“Os empresários estão mais confiantes em relação ao desempenho de suas empresas, da economia e do setor, e essa segurança tende a impulsionar investimentos, contratações e novos negócios nos próximos meses”, ressaltou.
O destaque de agosto no Icec ficou por conta do subíndice de Condições atuais, que cresceu 8,1% em relação a julho, impulsionado principalmente pela confiança no setor, que avançou 12%. A avaliação da própria empresa também subiu 4,9%. Já o subíndice de Intenções de investimentos teve alta de 0,7%, com ênfase para a intenção de contratação de funcionários, que registrou aumento expressivo de 4,6% no mês e de 7% na comparação com agosto do ano passado.

“Mesmo com um cenário macroeconômico nacional que ainda exige cautela, o empresário capixaba mostra disposição para ampliar suas equipes e apostar na expansão dos negócios”, afirmou Spalenza.

No recorte por tipo de produto, os bens não duráveis, como alimentos e produtos de higiene, se sobressaíram, com alta de 7% no mês e 8,4% em relação a agosto de 2024. Os bens semiduráveis, como vestuário e calçados, também cresceram 4,5% no mês, enquanto os bens duráveis sofreram retração de 1,6% no mês. “O desempenho dos bens não duráveis mostra que a confiança dos empresários está alinhada ao aumento do consumo imediato, que tende a ganhar força com as datas promocionais e festivas do segundo semestre”, completou o coordenador de pesquisa do Connect Fecomércio-ES.

O diretor de Negócios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Marcos Kneip, afirmou que o Espírito Santo conta com a força e diversidade do setor produtivo local para superar os desafios no comércio.

“A inadimplência tem mostrado queda, o que pode estar ligado a um perfil mais conservador na tomada de crédito, algo que também se observa entre os empreendedores. Esse comportamento mais prudente tem sido fundamental em um momento em que cada decisão de investimento precisa ser muito bem avaliada, priorizando ganhos de produtividade ou redução de custos operacionais como justificativa para seguir em frente”.

O levantamento completo, com os dados detalhados, pode ser acessado no site https://portaldocomercio-es.com.br.

Sobre o Sistema Fecomércio-ES
A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e representa 405.455 empresas, responsáveis por 58% do ICMS arrecadado no estado e pelo emprego de 652 mil pessoas. Com mais de 30 unidades, tendo ações itinerantes e presente em todos os municípios capixaba – seja de forma física ou on-line –, o Sistema Fecomércio-ES atua em todo o Espírito Santo. A entidade representa 24 sindicatos empresariais e tem como missão contribuir para o desenvolvimento social e econômico do estado. O projeto Connect é uma parceria entre Fecomércio-ES e Faesa, com apoio do Senac-ES, Secti-ES, Fapes e Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI). foto Envato e fonte Kelly Kalle/Sistema Fecomércio-ES

Empresas precisam correr contra o tempo para se adaptar às novas notas fiscais da reforma tributária

Empresas precisam correr contra o tempo para se adaptar às novas notas fiscais da reforma tributária

Especialista alerta que a falta de adaptação pode comprometer a emissão desses documentos e gerar travamentos operacionais já no próximo ano foto Fábio Nunes.

As empresas brasileiras entraram em uma verdadeira corrida contra o tempo: quem não se adaptar às novas notas fiscais exigidas pela reforma tributária corre o risco de ver suas operações paralisadas já no ano que vem. A partir de janeiro, começa a fase de transição do novo sistema, com a aplicação simbólica de 1% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Embora esse percentual possa ser compensado com os tributos atuais, sem gerar custo imediato, há uma armadilha que ameaça o funcionamento de qualquer negócio: se a nota fiscal não for emitida no novo modelo, a empresa terá de recolher o tributo mesmo assim e, pior, pode ficar impossibilitada de faturar.

O alerta é do advogado tributarista Samir Nemer, mestre em Direito Tributario. Segundo ele, o maior risco não está no pagamento do 1%, mas no colapso operacional que a falta de adequação pode provocar.

“Sem os campos obrigatórios do IBS e da CBS, a nota simplesmente não será emitida. E, sem nota fiscal, não há faturamento nem conclusão de operações. Para empresas que dependem de um fluxo contínuo de vendas, esse gargalo pode significar paralisação de atividades, ruptura em cadeias de fornecimento e até inadimplência contratual”, explicou Nemer, que é sócio do escritório FurtadoNemer Advogados.

Grandes grupos, já acostumados a lidar com alterações em sistemas fiscais, tendem a absorver a transição com mais facilidade, segundo o especialista. No entanto, pequenas e médias empresas enfrentam maior dificuldade, seja por limitações tecnológicas ou pela ausência de equipes especializadas. Além disso, a reforma amplia a complexidade ao exigir a integração de estados e municípios ao padrão nacional da Nota Fiscal de Serviço eletrônica (NFS-e), incluindo novos documentos para setores como saneamento, locação e mercado imobiliário.

De acordo com Nemer, o cenário se agrava porque muitas empresas ainda não iniciaram os testes em ambiente de homologação, apesar de a Receita Federal ter garantido disponibilizar todos os modelos até dezembro deste ano. Empresas de software já alertam que a mobilização começou tarde e pode se concentrar nos últimos meses, o que eleva a chance de falhas em sistemas e processos.

Para reduzir riscos, o advogado recomenda que negócios de todos os portes mobilizem imediatamente suas equipes de tecnologia, contabilidade e jurídico para revisar processos, adaptar sistemas e simular operações no novo ambiente.

“A transição para o IBS e a CBS é real e inevitável, e a negligência pode custar caro. Em 2026, não será o fisco o maior inimigo do contribuinte, mas a própria incapacidade de se adequar a tempo. A reforma tributária promete simplificar o sistema brasileiro no longo prazo, mas sua implementação exigirá, desde já, disciplina, investimento e planejamento”, declarou. fonte Kella Kalli

Copom mantém taxa básica de juros em 15% ao ano

Copom mantém taxa básica de juros em 15% ao ano

Anúncio foi feito depois de dois dias de reunião. foto banco central

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15%. O anúncio foi feito no início da noite desta quarta-feira (17), depois de uma reunião de dois dias entre o presidente do Banco Central (BC) e seus diretores.

No comunicado oficial, o Copom justifica a manutenção da Selic pela incerteza do ambiente externo, “em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos”.

O que, segundo o comitê, exige cautela “por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”.

Também é citado o cenário doméstico. Para o Copom, os indicadores de atividade econômica apresentam “moderação no crescimento”, apesar do “dinamismo” do mercado de trabalho, e a inflação permanece acima da meta.

“As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 4,8% e 4,3%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,4% no cenário de referência”, diz a nota do Copom.

Cenário inalterado

Na reunião anterior, nos dias 29 e 30 de julho, o Copom decidiu interromper o ciclo de alta da taxa de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano, sob a justificativa de que o ambiente externo está mais adverso, por conta das políticas comerciais e fiscais adotadas pelos Estados Unidos (EUA).

As decisões são tomadas levando em conta a situação inflacionária, as contas públicas, a atividade econômica e o cenário externo – tudo tendo como base a avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele associados.

As atas do Copom são publicadas no prazo de até quatro dias úteis. Esta foi a sexta reunião do ano do comitê. A taxa básica de juros da economia (Selic) vale para os próximos 45 dias, quando o Copom volta a se reunir.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Os bancos consideram outros fatores além da Selic na hora de definir os juros a serem cobrados dos consumidores, entre eles risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. fonte agencia brasil

Prefeitura de Colatina abre chamada pública para agricultores familiares

Prefeitura de Colatina abre chamada pública para agricultores familiares

As inscrições para o cadastramento devem ser feitas até o dia 22 de setembro, na sede administrativa da Assistência Social, no Centro de Colatina, antigo Restaurante Popular.

A Prefeitura de Colatina, por meio da Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Desenvolvimento e Infraestrutura Rural abriu chamada pública para agricultores familiares interessados em participar do Programa Estadual Compra Direta de Alimentos (CDA). As inscrições para o cadastramento devem ser feitas até o dia 22 de setembro, na sede administrativa da Assistência Social, no Centro de Colatina, antigo Restaurante Popular.

O Programa compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de vulnerabilidade social, participantes das atividades desenvolvidas na Assistência Social, tais como: CRAS, CREAS, Unidades de Acolhimento, Centro de Convivência, dentre outros. A iniciativa garante mercado para os produtores locais, fortalece a economia rural e promove mais segurança alimentar para quem mais precisa.

Podem se inscrever agricultores familiares, preferencialmente de Colatina, inscritos no Cadastro Único do Governo Federal, sendo famílias compostas por, pelo menos, dois integrantes na família. Os interessados devem entregar envelope único com documentos pessoais, DAP/CAF válida, cópia do espelho do Cadastro Único atualizado, título de eleitor, certidão de casamento (se casado), licença sanitária (quando necessário), cópia de nota fiscal eletrônica de produtor eletrônica em nome do mesmo e a proposta de fornecimento de Alimentos.

“Esse é um projeto que gera oportunidades para quem produz e acolhe quem precisa. É uma forma concreta de fortalecer a agricultura familiar, que é essencial para nossa cidade, e ao mesmo tempo atender famílias em situação de vulnerabilidade. Por isso, reforçamos o convite para que os agricultores façam a inscrição dentro do prazo”, destacou a secretária municipal de Assistência Social, Michela Penitente.

O prefeito Renzo Vasconcelos também ressaltou os impactos positivos do programa para Colatina:

“O Programa Compra Direta está vinculado às Políticas Públicas que visam dar mais segurança alimentar aos nossos cidadãos mais vulneráveis e faz diferença de verdade. Incentiva a produção rural, garante renda para as famílias agricultoras e assegura que alimentos de qualidade cheguem à mesa de quem mais precisa. É um ciclo de benefícios que fortalece toda a cidade”, destacou o prefeito.

Alimentos previstos no edital

Os alimentos previstos no edital para aquisição pelo programa são frutas, hortaliças, raízes, grãos e alguns itens processados, como:
Abacate, abacaxi, abóbora, aipim, alface, banana-da-terra, banana prata, batata-doce, cebolinha verde, cenoura, chuchu, coentro, couve, feijão carioquinha, laranja bahia, laranja lima, limão tahiti, mamão, melancia, mexerica, milho verde, morango, ovo caipira, pão caseiro, pepino, polpas de fruta (abacaxi, acerola, goiaba, manga, maracujá), quiabo, repolho, tomate e uva.

Sobre o Programa

O Compra Direta de Alimentos é um programa fundamentado na Política de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado do Espírito Santo, que consiste na aquisição de gêneros alimentícios de forma direta da agricultura familiar e doação simultânea dos produtos adquiridos à rede socioassistencial e de segurança alimentar e nutricional municipal. Existente desde 2007, o CDA se tornou programa de Estado a partir de 2011 com a publicação da Lei nº 11.505.

Além de ter menos burocracia, o programa conta agora com o Banestes como agente operador, repassando os pagamentos diretamente para a conta dos agricultores. O Espírito Santo é o único da Federação que conta com um Programa com orçamento próprio para aquisição de alimentos.

Clique aqui para acessar o edital do Programa.

fonte e foto Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social