Colheita do café conilon começa em 2024 em todo o Estado capixaba

O evento contou com a presença do governador em exercício e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, e do diretor-geral do Incaper, Franco Fiorot.

Chegou a hora de colher o café conilon no Espírito Santo! O município de Linhares recebeu, na manhã desta terça-feira (14), o evento que marca o início da colheita dos cafezais de Coffea canephora em 2024 no Estado. A celebração foi realizada na comunidade de Quartel de Cima, pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

O evento contou com a presença do governador em exercício e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, e do diretor-geral do Incaper, Franco Fiorot.

O período de colheita do café conilon é, geralmente, realizado até o mês de agosto. Para este ano, é estimado que a produção atinja a marca das 11,1 milhões de sacas, representando um aumento de 9% em relação à safra anterior. A área colhida chegará a 262,98 mil hectares (+0,4%) e a produtividade média esperada é de 42 sacas por hectare (+8,2%), de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“São pelo menos 50 mil propriedades no Estado do Espírito Santo que vivem do café conilon. São 200 mil hectares de área plantada de uma lavoura que, a cada momento, a cada ano cresce com qualidade, produtividade e sustentabilidade. Essa riqueza tem sido uma alavanca social muito importante para milhares de capixabas. E o Governo do Estado é um parceiro permanente nos investimentos que faz, na infraestrutura, por meio da Secretaria de Agricultura e do nosso Incaper, levando à pesquisa, à inovação, assistência técnica, para que tudo isso possa se transformar em mais competitividade, e prosperidade para os nossos produtores”, afirmou o governador em exercício, Ricardo Ferraço.

Segundo informações compiladas pela Gerência de Dados e Análises da Seag, o Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do Brasil. No ano passado, o Estado produziu 10,2 milhões de sacas de 60 quilos, em uma área de 261,9 mil hectares. A produtividade média registrada foi de 38,8 sacas por hectare.

“Os cafeicultores capixabas têm provado, nos últimos anos, para o mundo que o Estado produz em quantidade e com qualidade. A qualidade já começa na colheita, na escolha do momento para iniciar a coleta dos grãos. Mas, agora, o mercado internacional também está exigindo sustentabilidade nos processos de produção, o que tem se tornado essencial para a permanência no mercado de exportação”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

O Espírito Santo também se destaca como maior exportador de café conilon, com cerca de 85% das exportações nacionais. Além das exportações de café conilon cru em grãos, ainda há volumes consideráveis de café solúvel, cuja exportação foi de 501,7 mil sacas em 2023. Somente no primeiro trimestre de 2024, o estado exportou 1,7 milhão de sacas de café conilon e mais 129 mil sacas em café solúvel.

O café conilon está cada vez mais eficiente em logística, aumentou a oferta de cafés com certificações de qualidade e sustentabilidade, permitindo ao Brasil, e ao Espírito Santo, acessar mercados consumidores dessa espécie que antes eram compradores de outras origens produtoras.

Cafeicultura sustentável

A programação do início da colheita do conilon contou também com a palestra técnica do projeto Cafeicultura Sustentável, iniciativa do Incaper financiada pelo Programa de Incentivo à Pesquisa, à Extensão, ao Desenvolvimento e à Inovação Agropecuária (Inovagro), desenvolvido pela Seag em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).

Na ocasião, o extensionista Geraldo Mendes falou sobre as ações que serão realizadas para promover a adequação de propriedades com base nos Indicadores de Sustentabilidade da Cafeicultura Capixaba.

“Aproveitamos esse dia de celebração pelo início da safra para apresentarmos a produtores, técnicos e instituições presentes essa iniciativa que vai ajudar a acelerar o processo de transformação socioambiental da cafeicultura capixaba, ampliando a qualidade e a competitividade do café do Espírito Santo”, comentou o diretor-geral do Incaper, Franco Fiorot.

Visita

Ainda no município, o governador em exercício Ricardo Ferraço fez uma visita técnica à obra da barragem de Rio Quartel, com investimento estadual de R$ 1,3 milhão por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). Esta é mais uma ação do Governo do Estado para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas que têm aumentado a irregularidade do regime de chuvas em várias regiões do planeta.

A nova barragem vai permitir uma reserva de água para diversas finalidades, tanto para a agricultura quanto para o abastecimento hídrico local. O empreendimento fortalece a irrigação de lavouras, o ecoturismo e, também, a dessedentação de animais. A capacidade de armazenamento da barragem é de 186 mil metros cúbicos em uma área alagada de 14,82 hectares.

Quantidade de brasileiros que investem nos EUA cai pela metade

Ainda assim, País é o sexto que mais recebe vistos de investimento EB-5 do governo americano, segundo pesquisa da AG Immigration.

No ano passado, 157 brasileiros receberam do governo americano o visto EB-5 – concedido a estrangeiros que investem de US$ 800 mil a US$ 1 milhão em projetos de geração de emprego nos EUA. Embora o número represente uma queda de 53,2% em relação às 336 emissões registradas em 2022, ainda assim o Brasil foi o sexto país que mais recebeu o benefício no período.

As emissões de EB-5 para brasileiros em 2023 representam o quinto maior volume anual da série histórica, cujo recorde foi registrado em 2018 (388). Todos os dados fazem parte de um levantamento da AG Immigration, escritório de advocacia imigratória especializado em green cards, elaborado com base em relatórios oficiais do Departamento de Estado americano.

“Em 2022, tivemos o segundo maior volume da história em emissões de EB-5 para brasileiros, então, a base de comparação era muito forte, o que ajuda a explicar a queda entre um período e outro”, diz Leda Oliveira, CEO da AG Immigration.

A principal vantagem do EB-5 é que ele concede o green card – documento americano de residência permanente – ao investidor estrangeiro e seus dependentes legais (cônjuge e filhos solteiros menores de 21 anos). 

“Por isso, tem sido uma porta de entrada bem popular entre os brasileiros com alto poder aquisitivo, uma vez que não exige os critérios de elegibilidade mais rigorosos existentes em outras categorias de green card, como os vistos EB-1A ou EB2 NIW”, afirma Leda, ressaltando que a popularidade do EB-5 ganhou força a partir de 2016. Antes disso, o Brasil não figurava entre as nações que mais solicitavam o documento.

Em 2023, a China foi o país que mais recebeu o visto EB-5, com 6.262 emissões. Índia (815), Vietnã (556), Coreia do Sul (446) e Taiwan (261) completam as cinco primeiras colocações da lista – praticamente a mesma do ano anterior, com Taiwan e Brasil trocando posições. 

Ao todo, 9.817 vistos EB-5 foram emitidos no período, para 89 países, com os dez primeiros respondendo por 91% desse total.

De acordo com a CEO da AG Immigration, o mais comum é que os brasileiros invistam em projetos imobiliários na Flórida, Nova York, Texas ou Massachussets. “O valor do aporte é somado a um pool de investidores, para a construção de prédios comerciais, como hotéis e cassinos, e residenciais. Nestes casos, por exemplo, é comum que os investidores recebam dividendos de aluguel, com base na sua participação sobre o capital investido, e também quando essas propriedades são vendidas”, explica.

Como obter o visto EB-5

A legislação americana determina que, para a obtenção do EB-5, estrangeiros invistam US$ 800 mil, no caso de projetos em áreas com altos níveis de desemprego (TEAs, na sigla em inglês), ou US$ 1.050 milhão para projetos nas demais localidades. Esses valores são ajustados pela inflação a cada cinco anos, com a próxima atualização prevista para 2027.

A prática mais comum entre os interessados no EB-5 é a contratação de um escritório de advocacia imigratória que possa apresentar o investidor a projetos elegíveis dentro das regras do visto.

 “É uma ótima opção para quem tem dinheiro disponível, pois é algo que pode ajudar o imigrante a ter uma aposentadoria de qualidade nos EUA. Além disso, os projetos de EB-5 são estruturados para que os investidores recuperem o valor aportado, contanto que deixem esse dinheiro por um prazo de cinco a sete anos”, comenta Leda. 

Os estrangeiros também podem usar o EB-5 para a abertura do próprio negócio, como uma consultoria, um comércio ou uma indústria, bastando demonstrar ao governo a capacidade do negócio de gerar, pelo menos, dez empregos nos EUA. “Mas como é preciso fazer um plano de negócio detalhado, que demora e tem um custo próprio, a maioria opta por investir em grandes projetos que já têm a autorização governamental.”

Dos 157 vistos EB-5 recebidos pelos brasileiros em 2023, apenas 6 foram na categoria de empreendimento próprio, com o restante indo para os chamados Centros Regionais, que é como o governo denomina os projetos de grande porte com múltiplos investidores. 

Além do aporte referente ao investimento, o estrangeiro que tenha a intenção de obter o green card por meio do EB-5 deve ficar atento a outros valores relacionados ao processo do visto, como honorários advocatícios e taxas administrativas da imigração.

Os investidores também precisam, independentemente do montante aplicado, comprovar a origem lícita dos recursos financeiros, indicando se foram obtidos por meio de herança, salários, lucros empresariais e financeiros, doação de amigos e familiares, empréstimos bancários, venda de bens e assim por diante.

O processo todo do EB-5 dura em média cinco anos, mas, entre 18 e 24 meses após a transferência do valor do investimento, o imigrante recebe o green card condicional, que depois pode ser convertido em um green card permanente. Fonte Thiago Tertuliano

Usinas de energia solar terão capacidade de reduzir cerca de 2,7 mil toneladas de CO₂ na região Nordeste do Brasil por ano

Usinas de energia solar terão capacidade de reduzir cerca de 2,7 mil toneladas de CO₂ na região Nordeste do Brasil por ano
Ao todo, a Trinity pretende investir cerca de R$ 300 milhões na região; oito unidades já estão concluídas.

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a região Nordeste do Brasil é uma das que mais se destaca no setor de energia solar, e possui o maior volume de potência instalada, 7,4 GW. Além disso, até o momento, é a que criou a maior quantidade de empregos no setor: 198 mil admissões realizadas desde o início da expansão da fonte de energia limpa no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR).

Dentro deste mercado, a Trinity Energias Renováveis, uma geradora de energia renovável, gestora e comercializadora de energia no mercado livre, anunciou o investimento de R$300 milhões para atender a demanda crescente que o setor apresenta, e possui oito usinas de energia solar já implantadas, sendo cinco no estado do Ceará e três na Bahia. As unidades, somadas, devem alcançar uma redução de cerca de 2,7 mil toneladas de CO₂ por ano. 

De acordo com João Sanches, CEO da Trinity, a região possui um potencial enorme, pois possui alta incidência solar e pouca chuva, características que favorecem a geração de energia através deste fonte. “Estamos no meio de uma grande discussão sobre transição energética e descarbonização no mundo, e o nosso país se destaca como um líder mundial nesta discussão, uma vez que 93% da energia gerada em 2023 foi por meio de fontes renováveis, como a solar”, afirma o CEO da Trinity, João Sanches. 

O estado do Ceará é o que teremos maior volume de usinas, hoje temos três usinas implantadas na cidade de Jaguaruana, uma na cidade de São Gonçalo do Amarante e uma na cidade de Ipu. Somadas, as usinas deverão atender até 4 mil residências. Até o final de 2024 teremos mais sete unidades concluídas no mesmo estado.

Na Bahia, as UFVs estão instaladas nas cidades de Morro do Chapéu e Irecê, e tem potência de conexão de 3 MW, atendendo a cerca de 1,9 mil e 2,1 mil residências, respectivamente. Já a unidade que será instalada na cidade de Petrolândia, no estado de Pernambuco, terá potência de conexão de 2,5 MW e deverá atender a 1,7 mil residências.

As usinas, deverão gerar cerca de 1.000 vagas de emprego temporário e devem durar até a finalização de cada construção, em média, 6 meses. Todos os profissionais são terceirizados e são selecionados por empreiteiras locais contratadas pela Trinity. Ou seja, as 1.000 vagas tendem a ser preenchidas por trabalhadores das regiões.

Somados, serão mais de 50 mil módulos solares que formarão os complexos, e as UFVs da Trinity na região nordeste do país terão uma capacidade de redução de CO₂ equivalente ao plantio de 19 mil árvores por ano.

Além do Nordeste, a Trinity também quer focar os olhos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e mirar, em um futuro mais distante, na geração de energia renovável por outra fonte: a eólica. “Estamos estudando essa possibilidade”, afirma. Fonte Carlos Samor – Benedita Comunicações

Governo e Apex Brasil discutem promoção de produtos agrícolas no mercado internacional

Estabelecer novas possibilidades de trabalho com o agronegócio capixaba e encontrar caminhos para abrir novos mercados no exterior e manter os já conquistados. Na tarde desta terça-feira (07), o Governo do Estado se reuniu com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil) e com representantes das cadeias produtivas dos cafés arábica e conilon, cacau, florestal e pimenta-do-reino, a fim de dar encaminhamento a ações e arranjos relacionados à exportação. O evento realizado no Palácio Anchieta, em Vitória, teve a participação do vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.


“A reunião de trabalho com a presença do presidente da Apex e sua equipe é um primeiro e importante passo para futuras cooperações com vistas à abertura de mercados para produtos do agro capixaba que impactam o desenvolvimento da maioria dos municípios do interior do Espírito Santo, sobretudo, na geração de emprego e renda”, afirmou Ricardo Ferraço.

O Espírito Santo é o terceiro exportador nacional do complexo cafeeiro, com predominância da comercialização do produto em grãos crus, não beneficiados. Contudo, nos últimos anos, o Estado evoluiu muito na qualidade da produção cafeeira e também na implantação de pequenas torrefadoras de cafés especiais. Esse fato também é semelhante para o arranjo produtivo do cacau, no qual mais de 40 iniciativas de sucesso para produção chocolate já estão em operação em terras capixabas. Nesse sentido, a Apex e o Governo do Estado vão estabelecer parcerias para a capacitação e promoção desses produtos diferenciados, com vistas ao mercado exterior.

A pimenta-do-reino é o terceiro produto na pauta de exportações do agronegócio capixaba, após celulose e café, mas depende de ações conjuntas para que volte a alcançar os mercados de elite no mundo. Alguns desafios precisam ser superados pelos pipericultores para a melhoria da qualidade requerida no comércio exterior, principalmente, nas operações de colheita, pós colheita e preparo do produto para a exportação.

“O Espírito Santo tem uma boa diversificação do agro, produtos agrícolas de qualidade, agroindústrias em franca expansão e registros de Indicação Geográfica para cafés, pimenta-do-reino e cacau, fatos que favorecem a consolidação de parcerias com a APEX Brasil, tanto na capacitação quanto na promoção de nossos arranjos produtivos, no sentido de conquistarmos mais espaços no mercado internacional com produtos especiais e de maior valor agregado, o que gera mais dinamismo, emprego e renda em nosso Estado”, destaca o secretário  de Agricultura Enio Bergoli.


Durante o encontro, também foi destaque o setor florestal, que vai muito além da exportação de celulose. A recuperação de pastagens degradadas passa pelo plantio de árvores e pela ampliação das áreas de integração pecuária-floresta, que contribuem para a descarbonização dos processos produtivos, o que reforça a imagem de sustentabilidade do agro capixaba e do país.

“Os números do Espírito Santo de exportação já são bastante robustos. É um Estado com economia aberta e pretendemos desenvolver programas que vão alavancar todas as cadeias produtivas emergentes e potenciais, que já deram certo aqui e necessitam de pequenos ajustes. A Apex vai ter no Espírito Santo um Estado de referência para que possamos desenvolver trabalhos focados no aumento das exportações e que possam servir de modelo para gente replicar em outros estados”, comentou Jorge Viana, Presidente da Apex Brasil.

Também participaram do evento, secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,  Felipe Rigoni, dirigentes da Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Caparaó-Apec, Associação de Produtores de Cafés Especiais das Montanhas do Espírito Santo-Acemes, Cooabriel, Natercoop, Coopbac, Fazenda Venturim, Associação Nacional dos Exportadores de Pimenta e Especiarias, Suzano Papel e Celulose, Espírito Cacau, Instituto Ampliê, Movimento ES em Ação e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Espírito Santo (Fetaes). Fonte e foto Governo do es.